A pornografia está em alta. Nunca se falou tanto sobre sexo como nos dias de hoje. Essa banalização, porém, tem gerado muitas controvérsias. A pornografia mudou o panorama da adolescência para além de qualquer reconhecimento", afirma o jornal britânico "The Telegreph". Dos aspectos mais preocupantes, o artigo destaca o aumento das relações anais. "O sexo anal", escreve a articulista Alisson Pearson, "tornou-se padrão entre os adolescentes agora". Alisson cita alguns estudos que mostram como práticas do tipo causam sérios problemas emocionais e distúrbios psicológicos, principalmente nas mulheres. E conclui: "Nós precisamos educar e encorajar nossas filhas a lutar contra a pornografia". Há, além disso, outro agravante ainda mais perigoso. O universo pornográfico está criando "uma nova ideologia do sexo, em que as mulheres são objetos para serem abusados e consumidos e os homens, agressores sexuais, que usam garotas e mulheres para obterem o máximo de prazer possível". Em todas as suas variedades mais agressivas, o sexo é frequentemente apresentado pela mídia pornográfica como uma via autêntica de prazer. E isso não é nenhum exagero. Dados como esses nos obrigam a questionar alguns aspectos da cultura em voga. Ora, o desregramento sexual é desaconselhado desde antes do cristianismo. Em seus escritos, Aristóteles indica a busca das virtudes como condição primeira para o alcance da vida boa, isto é, a felicidade suprema, que para nós cristãos é vivermos segundo a vontade de Deus. O ser humano, ensinava, deve controlar seus desejos pelo bem maior. E o motivo é evidente: a libertinagem sexual não somente mata a capacidade de amar, como desfigura a natureza do ser humano e da sociedade. Primeiro, porque se trata de atitudes que não visam o bem comum. Ao contrário, o outro é considerado apenas como objeto de prazer. É descartável. Segundo, porque se trata de práticas governadas pela ilusão; prendem o indivíduo em um mundo de fantasias e desejos ilusórios. A realidade, por conseguinte, torna-se um fardo. Isso por si só mostra o quão equivocada está a ideia por trás da liberdade sexual. Essa liberdade é falsa. Não existe liberdade quando o homem se torna refém de suas paixões. Não existe liberdade quando se fere a dignidade alheia em nome do próprio prazer. E sendo assim, todas as vezes que a Igreja se posiciona quanto à sexualidade, logo ela é acusada de moralista e castradora. O ensinamento dos papas, dos santos e, em última análise, do próprio Cristo, é ridicularizado, ora por artigos pseudo acadêmicos, ora por programas de nível duvidoso. Os frutos da revolução sexual, porém, mostram o que, de fato, não é novidade alguma: a moral católica está certa. Está certa porque valoriza o homem em todas as suas dimensões, ordenando a sexualidade segundo sua reta natureza. Não é o caso da pornografia. Está certa porque defende o primado do amor contra os abusos da concupiscência. Também não é o caso da pornografia. E a mídia secular, vimos, já não pode dissimular isso. Qualquer pessoa honesta e boa de juízo consegue perceber algo de profundamente perverso em um material que induz à violência, ao desprezo pelo semelhante, ao prazer a qualquer custo. Por mais que nos acusem de moralismo, o óbvio é irrefutável: a pornografia está gerando a cultura do estupro. Esse é, sem dúvida, o fruto mais podre da revolução sexual. adaptado da fonte: padrepauloricardo.org
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