Abrimos esta postagem com esse pequeno vídeo de 10 minutos, mostrando um pequeno exemplo de uma verdadeira amizade desinteressada. Uma amizade pautada no amor, com nos ensina Jesus nos Evangelhos. "Não existe amor maior do que aquele que dá a vida pelo irmão. Sermos verdadeiros amigos de alguém deve, em primeiro lugar, mover nosso coração para que esse alguém alcance a santidade e sua salvação eterna. A caridade fraterna é parte imprescindível da espiritualidade cristã. Sem ela, cairíamos com facilidade na tentação do individualismo, algo, infelizmente, tão difundido em nossa época. Jesus nos mostra que Seu amor é benevolente e beneficente, pois não deseja outra coisa senão o bem de seus irmãos e possui verdadeira eficácia. Não pede nada em troca. Antes, entrega-se diligentemente para que o outro seja capaz de entrar no céu. O bem que Jesus nos dá é o bem da salvação eterna. Todos são chamados a essa espécie de amizade. Um bom amigo é capaz de inspirar atitudes santas, afastando o risco dos ambientes depravados e promíscuos. "Quem o achou, descobriu um tesouro" (Eclo 6, 14). Quantos não conheceram a Igreja e seus sacramentos por meio de uma sólida amizade? Os testemunhos são numerosos. Neste sentido, seria oportuno que fizéssemos um adequado exame de consciência: temos procurado a amizade daqueles que estão afastados da Igreja, oferecendo nossa atenção e auxílio? Que tipo de exemplos oferecemos a nossos amigos? Escândalos? Comodismo? Egoísmo? O amparo de Nossa Senhora pode ser uma grande força para crescermos neste aspecto. A amizade, quando bem orientada, também é um dos alicerces da vida contemplativa, de modo que não se pode alcançar esse grau de oração sem um prudente discernimento sobre o significado da caridade fraterna. Parece óbvio a qualquer um que almeje a santidade os perigos que existem no relacionamento com quem se dedica ao pecado. Tudo ameaça ruir se não se coloca logo um ponto final. Não que seja proibido o contato com essas pessoas. A regra cristã exige justamente o contrário. Mas para levá-las a Deus. A cumplicidade com o erro está fora de cogitação. Todavia, há outro risco nessa seara, tanto mais perigoso pois menos evidente, que pode igualmente causar sérios estragos para o progresso espiritual. É preciso afastá-lo com firmeza e determinação, ainda que custe. Falamos das grandes amizades. É natural que, no trato com as várias pessoas de nosso ambiente, afeiçoemo-nos a umas mais que a outras. De fato, somos propensos a querer estar perto de quem comunga de nossos interesses pessoais e gostos. Isso parte sobretudo da personalidade de cada indivíduo. Notem a advertência da Sagrada Escritura: "Dá-te bem com muitos, mas escolhe para conselheiro um entre mil" (Eclo 6, 6). Uma regra salutar. Há amigos para os momentos de recreação, mas não muitos para a tempestade. Prova-se uma amizade pelo fogo da tribulação. Contudo, tais amizades, se não forem guiadas pelo espírito da oração e da ascese, podem converter-se em graves obstáculos ao crescimento no amor a Deus, levando-nos à escravidão. Em nossas amizades portanto, devemos ser como que faróis, não freios, para a caminhada de nossos amigos rumo à santidade. Às vezes, acontece de sermos solicitados somente nos momentos de dificuldade, na hora das lágrimas. Quase nunca para os momentos de recreação e divertimento. Que importa? Mais vale uma amizade para as lágrimas que para as gargalhadas, pois "há amigo que só o é para a mesa, e que deixará de o ser no dia da desgraça" (Eclo 6, 10). Lembremos da mensagem da Beata Madre Teresa de Calcutá: "O bem que você faz hoje, pode ser esquecido amanhã. Faça-o assim mesmo. Veja que, ao final das contas, é tudo entre você e Deus! Nunca foi entre você e os outros." adaptado da fonte: padrepauloricardo.org
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