É fácil estar ao lado do namorado, noivo ou marido quando tudo está bem. No entanto, quando as finanças apertam e a saúde se vai muitos se arrependem dos votos firmados e decidem seguir a vida sozinhos. O araucariense Jonathan Ralf da Silva, de 31 anos, sabe muito bem o que isso significa. Casado há 12 anos com Kelem Andressa de Oliveira, ele viu sua amada enfrentar os resultados da diabetes e dar adeus à vitalidade que possuía nos primeiros anos da união. Jonathan conta que há três anos ela teve um glaucoma e, infelizmente, ficou completamente cega. Além disso, desde o ano passado passou a ter problemas nos rins e precisa realizar hemodiálises constantes. Se ele tivesse deixado a jovem enfrentar a situação sozinha, essa seria apenas mais uma de muitas histórias de amor interrompidas pelo destino, mas a coragem desse morador do Jardim Gralha Azul fez a diferença na vida dos dois. E ele confirma: "Eu decidi ser os olhos da minha esposa, então deixei meu emprego e agora me dedico inteiramente a ela. Afinal, a gente casou para ficar junto em tudo o que der ou vier". Ressaltando aqui queridos leitores que esse tipo de decisão puramente cristã, algumas vezes esbarram em opiniões adversas, pois aos olhares externos, da moda, do mundo ou das conveniências é melhor deixar tudo de lado e procurar uma situação melhor. De acordo com ele, sua companheira demonstrou o mesmo apreço em 2009, quando enfrentou com o marido um grave problema de apendicite seguido por depressão. Ele explica: "Eu não conseguia nem andar, e os médicos falam que fiquei vivo por um milagre. Então, ela foi o motivo de eu estar aqui". Atualmente ele acompanha a esposa em todas as consultas médicas, ajuda nos serviços domésticos, prepara a alimentação da casa e até cuida do cachorro. "Sem dúvida, o Jonathan se tornou meus olhos. Ele é um excelente marido, e eu só tenho que agradecer", afirma Kelem. Realização de um sonho Com uma história tão bonita assim, não demorou para que o casal atraísse a atenção de amigos e entidades da cidade. Por isso, passou a receber ajuda financeira e ainda terá a oportunidade de realizar um grande sonho. “Em uma conversa informal, eles nos contaram que são casados somente no civil e sempre tiveram vontade de oficializar a união perante Deus. Então, nós buscamos alguns fornecedores da cidade e estamos organizando um casamento pra eles com a colaboração de muitas pessoas”, conta Marcelo Murin, responsável pelos Vicentinos de Araucária. Para Kelem, esse casamento é o maior presente que ela poderia receber. “É um momento de muita alegria, e não consigo nem explicar o que estou sentindo”, conta a jovem. “Mas essa será apenas a confirmação dos votos que fizemos há 12 anos, pois sempre levamos o relacionamento a sério e, por isso, chegamos até aqui”, completa o noivo, que incentiva outros casais a terem o mesmo comprometimento. “Afinal, casamento é algo para a vida inteira”, finaliza. Caros leitores, esse é mais um testemunho de que o sacramento do matrimônio é um sacramento de serviço. Casa-se para ajudar o outro a chegar ao céu, a ajuda é mútua. Nos votos dizemos na alegria e na TRISTEZA, na saúde e na DOENÇA... Não se trata portanto a outra pessoa como um objeto, que me serve enquanto satisfaz minhas necessidades egoístas, depois que não serve mais ou começa a dar problemas, troco, passo para a frente, como muitos fazem com um carro velho. Como nos ensina Jesus, o homem deixará pai e mãe e se unirá a sua mulher e já não serão dois mas uma só carne. Portanto o que Deus uniu o homem não separe. O sacramento do matrimônio não é um contrato de prazo determinado e com validade, cujo remédio para situações difíceis se chama "divórcio", solução humana contrária ao projeto de Deus. Não esqueçamos a diferença entre "gostar" e "amar": GOSTAR é me preocupar com aquilo que é bom pra mim. AMAR é me preocupar com aquilo que é bom para o outro. fonte: Jornal Popular do Paraná e Jefferson Roger
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