Um dos três objetivos do matrimônio é a abertura a fecundidade; ter filhos e educá-los no temor ao Senhor. Sua recusa portanto implica na negação à verdade revelada por Deus do Seu desejo de se unir ao homem por amor em perfeita comunhão. "Crescei e multiplicai-vos" - diz a Sagrada Escritura. Esta finalidade vai ao contrário de qualquer sentimento de egoísmo. Muitos casais, que de casais não possuem nada pois se comportam como uma dupla, escolhem se casar e não terem filhos. E a lista de motivos, muito bem embasados é bem extensa. Nosso orçamento não dá conta, temos um ritmo de vida muito agitado, gostamos de sair em atividades noturnas, gostamos de festas, gostamos de poder fazer o que quisermos quando quisermos, gostamos de viajar, nos casamos para fazermos muito sexo quando quisermos e como quisermos, queremos primeiro construirmos nossa vida, nossas carreiras, concluir nossos projetos de vida e por aí vai... Mas o matrimônio, que é uma realidade natural do ser humano é muito mais que um simples casamento, sem falar que suas dificuldades e desafios são tantos. Qualquer um pode ver quantas brigas, ciúmes, crimes, violências domésticas, doenças afetivas, adultérios e tantas outras realidades que mancham esta verdade que deveria ser tão bonita que é o amor. Por isso Nosso Senhor Jesus Cristo elevou essa realidade virtuosa do casamento em sacramento. E o que é o sacramento? É um sinal eficaz da graça, que opera para a santificação. Portanto marido e mulher e seus filhos não estão mais sozinhos em seus próprios esforços; entregando-se a Cristo passam a receber a graça divina que ajuda e santifica a vida em família. É fácil perceber o que se passa com a prole do casal. Como suportar as noites mal dormidas, a realidade de se educar os filhos, de passar horas de preocupação e de se desdobrar para o bem de todos os membros da família senão estiver aí a ação da graça? Muitos se casam sem levar a sério a realidade do sacramento do matrimônio e, sem convidar Jesus para estas núpcias, tentam em vão resolverem as dificuldades, tribulações e provações da vida familiar e matrimonial sem Ele. Bem sabemos onde isso vai parar não é mesmo! Famílias desfeitas, separações, a solução humana do divórcio, álcool, drogas e tantas outras consequências que todos já viveram, vivem, viverão ou sabem de alguém que já passou por algo assim. E não é fácil, por isso é que o inimigo cruel, satanás leva muito a sério a questão da "família" e muito se empenha para colocar abaixo tantas famílias quanto puder. Não vamos esquecer do que nos recorda São Paulo em sua carta aos Efésios onde ele nos diz que não é contra a carne e o sangue que é a nossa batalha, mas contra os espíritos malignos dispersos pelos ares. Não se trata, observemos bem, de colocar toda a culpa no diabo, pois nossa alma tem três inimigos: o diabo, a carne e o mundo. E não é fácil; que tal relembrarmos dos cuidados que uma nova vida traz para o seio familiar? São etapas e etapas com cuidados diferentes em cada fase da vida. Missão constante. Bebês choram. Ainda não falam. Os recém nascidos choram. Choram porque precisam ser trocados, choram para mamar, choram porque estão com dor ou porque tem algo errado. Choram se levam um susto. Choram se algo os incomoda. A linguagem do bebê é o choro, verdadeiro teste inicial pois lá se vão os velhos hábitos, as lembranças retornam caso não seja o primeiro filho e tudo isso confronta o peso da idade dos pais caso esse fator tenha peso na vida familiar. Sem a graça de Deus é mais difícil... Bebês dormem. Parece bom isso não é mesmo, mas bebês dormem quando querem e quase sempre não dormem quando os adultos precisam dormir. Outro desafio cotidiano na vida da família, pois alguns precisam descansar "bem" para aguentarem a rotina do dia a dia, trabalho, estudos e tudo o mais. É interessante perceber que sempre são vinte e quatro horas para serem divididas pelo número de membros da família e suas tarefas. Fácil concluir que o resultado desta conta é a unidade, indissolubilidade e a fecundidade, que são as três características presentes no matrimônio após o livre consentimento perante Deus. fonte: Jefferson Roger
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