terça-feira, 27 de dezembro de 2016

Não deixe a vaca ir para o brejo

Nesta expressão popular encontramos seu real significado e origem nas regiões rurais, quando em tempo de grandes secas, o gado em busca de sua sobrevivência era conduzido ou se conduzia para locais mais úmidos e pantanosos, como, por exemplo, os tais “brejos”. No entanto, a situação que já era difícil, pois era uma grande estiagem climática, poderia ainda se agravar, porque o gado corria grande risco de se atolar neste brejo e não conseguir voltar ao seu abrigo de origem, dando muito trabalho. Outra gíria semelhante é “a casa caiu”. Pois muito bem caros leitores, com certeza podemos fazer uma analogia em nossas vidas a partir deste dito que já é popular e se tornou gíria, que é a questão desta vaca que vai ou não para o brejo. Nossa vida é nosso campo fértil, terreno que precisa ser sempre cuidado. Em volta de todo este campo, existem os pântanos, os chamados aqui brejos, que são as investidas do mundo, de satanás e dos desejos carnais, os apetites do nosso corpo. Desta forma, por esta analogia estamos ilhados e sob constante vigilância, assim como nos recomenda Jesus. Cada área de nossa vida é uma vaquinha feliz e contente que, saltitando pelas planícies desta caminhada, segue alegremente rumo ao seu tão desejado cercadinho junto ao celeiro. Nós, os donos deste verdejante pasto, precisamos dar conta de todas as belas e desejadas vaquinhas. Cada uma é constantemente vigiada pelos predadores sedentos por abate-las e tirar de cada uma a possibilidade de se aconchegarem sob o conforto do abrigo para elas tão carinhosamente e cautelosamente preparado. E vamos concordar, que como são muitas para cuidarmos, não conseguimos sozinhos, já sabemos disso. E assim, podemos enxergar facilmente nesta pequena analogia, como se configura nossa caminhada e o cuidado que devemos ter em todas as áreas de nossa vida. Nós, que somos um composto de corpo e alma, um verdadeiro campo de batalha, precisamos não deixar nada para trás. Já nos ensina sobre isso Jesus na parábola da ovelha perdida. Então, mesmo que sobre o peso de muitas quedas, nosso esforço deve, no mínimo, ser o máximo. Transportando a analogia para nossa realidade de católicos, sob um olhar espiritual, deixar a vaca ir para o brejo significa desanimar, não perseverar, desistir, sucumbir perante as tribulações, se rebelar contra Deus, perder a fé. Que horror todas as verdades são. Que horror! Perder a fé, perder a razão de viver. Deixar de lado os porquês que nos motivam a suportarmos qualquer como! Que horror... E é de se chorar profundamente quando esta ferida atinge um coração, pois aqui neste momento, outro coração muito maior e capaz de amar do que o nosso já foi ferido. O coração de Deus. Quanta tristeza e quanto desgosto damos aos céus quando não suportamos o peso da cruz e não acreditamos no evangelho, na vida dos santos e santas de Deus, em Maria Santíssima e todo o coro dos anjos. Olhamos para nosso umbigo, não nos satisfazemos pela maneira que Deus quer que nossas vidas aconteçam e revoltados contra ele, meio como seus inimigos, vamos ficando sozinhos neste verde campo, já sem vida, assistindo inertes nossas vaquinhas indo para o brejo. Não deve ser assim: Romanos 12,12 – “Sede alegres na esperança, pacientes na tribulação e perseverantes na oração.” Artigo relacionado: Perseverança x Desânimo fonte: Jefferson Roger
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Faltar ao compromisso das leituras na santa missa

Mateus 21,28-31 – “Que vos parece? Um homem tinha dois filhos. Dirigindo-se ao primeiro, disse-lhe: - Meu filho, vai trabalhar hoje na vinha. Respondeu ele: - Não quero. Mas, em seguida, tocado de arrependimento, foi. Dirigindo-se depois ao outro, disse-lhe a mesma coisa. O filho respondeu: - Sim, pai! Mas não foi. Qual dos dois fez a vontade do pai?” E ainda, Mateus 5,37 – “Dizei somente: Sim, se é sim; não, se é não. Tudo o que passa além disto vem do Maligno.” E por fim, Lucas 16,10 – “Aquele que é fiel nas coisas pequenas será também fiel nas coisas grandes.” Como podemos ver caros leitores, não podemos tratar com simplicidade certas coisas. Não podemos atribuir valores segundo nossos princípios se eles estiverem contaminados pelo egoísmo. A reflexão deste artigo recai sobre uma situação que algumas vezes acontece dentro da celebração da santa missa. Antes desse acontecimento, os responsáveis pela organização da celebração elencam o papel de cada um. Quem vai ficar com essa leitura, quem vai ficar com as preces e assim por diante. Todos dão o seu sim e as vezes, quem já passou por essa atividade de organizar as tarefas da missa que competem aos leigos sabe muito bem, acontece que aquela pessoa simplesmente não aparece para o compromisso. Disse que viria, deu sua palavra, aceitou o convite, em suma, como o filho da história que Jesus nos contou em Mateus 21, disse sim mas não veio fazer a sua leitura. Como fica? Segundo Jesus, esta pessoa não pratica o que ele ensina em Lucas 16, pois não é fiel nas pequenas coisas e seu sim, como em Mateus 5 está perdendo o valor. Que perigo para alguém que acaba por se acostumar a agir assim na vida. Começa com atitudes que parecem insignificantes, mas Jesus nos alerta que a atenção tem que ser dada para as pequenas coisas. Não podemos deduzir que estes tipos de pecados, sim pois é uma desobediência direta aos ensinamentos que Jesus deixou nos evangelhos, conforme podemos comprovar no início do artigo, e mais, vamos deixar os rodeios de lado, se a pessoa mente porque fala que vai e não vai fazer a leitura, com culpa própria, está levantando falso testemunho contra si mesmo e isso como todo bom católico sabe é desobedecer ao oitavo mandamento da lei de Deus. Que triste é perceber a naturalidade com que as pessoas cometem seus erros e acham que tudo está bem porque, vamos recordar o início do artigo? – Agem com uma atitude contaminada pelo egoísmo. Agora, se não é culpa própria fácil é de se retratar pelo ocorrido com a boa e velha verdade, que aliás, diga-se de passagem, é muito mais fácil de lembrar do que a mentira! E assim, pautados no dever de sermos como convém a santos (Efésios 5,3), devemos levar a sério tudo aquilo que fazemos, pois, nossas obras e nossos comportamentos serão por onde seremos julgados (Apocalipse 22,12). Artigo relacionado: Levamos tudo a sério? fonte: Jefferson Roger
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segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

Os estágios de Deus

Andando pelos céus, Deus se dirige a Jesus e diz: “Como é possível estamos nessa existência apenas nós e não termos com quem compartilhar toda essa vida e todo esse amor? Assim não pode ser, penso em criar “alguém” para partilhar tudo isso”. E Jesus então disse: “Para mim parece perfeito”. E o Espírito Santo disse: “Estou de pleno acordo”. E assim, Deus pôs-se a iniciar a criação de tudo que conhecemos em vista de “alguém” que ele iria criar para partilhar o seu amor. Não alguma coisa, não algo, mais “alguém”. Esse “alguém” somos nós, que por ouvirmos a serpente nos colocamos meio que como inimigos de Deus, ferindo esse amor que não espera nada em troca, apenas ama. Por isso, é sempre fiel, porque o amor, mesmo exigente dá em primeiro lugar sem ressalvas e mesmo entristecido por não ser correspondido, quando esse alguém por vontade própria se condena deixando de viver o que pede este amor de Deus.

A introdução deste artigo é uma forma carinhosa de refletir sobre o início da criação. De lá para cá, muitas etapas na história da humanidade têm marcado diversas fases, diversos estágios pelos quais a mão cuidadosa do criador tem manipulado tudo “a sua vontade, assim na terra como nos céus”. Deus recebeu muitos rótulos da boca dos estudiosos. Tudo em vão pois está na carta de São João que Deus é amor. Pronto e fim de conversa. Agora, porque o Pai Eterno age desse ou daquele modo, não adianta ficar especulando já nos alerta Deuteronômio 29,29.

Porém, o que é mais fabuloso ainda, é que esse cuidado macro que existe para com a humanidade, existe de modo micro na vida de cada um. Como é bom sentir Ele próximo nas orações, através da sua igreja, de seus santos e santas, da sua santa palavra e de toda a criação que 100% do tempo dá testemunho da importância que esse “alguém” tem para Ele.

Neste cuidado micro que Deus tem por cada um, também acontecem os estágios. Em nossas vidas, facilmente podemos perceber, se pararmos um pouco e deixarmos o barulho do mundo longe e fora de nossos corações, as diversas etapas, os diversos estágios pelos quais passamos, ou estamos a passar. E lembremos, o estágio também tem caráter de aprendizado. Assim como um adolescente começa numa empresa a trabalhar sendo contratado como um estagiário, para poder aprender o ofício, ser corrigido, ganhar experiência e habilidade para alçar um melhor voo profissional, assim também acontece em nossas vidas e voo que procuramos alçar é em direção aos céus.

Por isso, não importa o quanto caímos nessa vida, importa que mesmo quando caímos, sabemos porque temos que levantar e seguir adiante. Se não sabemos, voltemos o olhar para nossas vidas para descobrir, através de muita oração também, qual estágio dela eu deixei de aproveitar, bem viver e com isso não aproveitei de modo a poder crescer e continuar caminhando pelo vale de lágrimas. Se for preciso, que façamos de novo a experiência que erramos, isso no mundo acadêmico equivale ao aluno que reprova e precisa fazer de novo o ano letivo, ou ainda aquele aluno que precisa fazer recuperação para poder completar a nota e ser aprovado. Em nossa vida, sobretudo espiritual, isso se chama conversão. Não importa se no dia do juízo chegaremos pecadores na frente do justo juiz, com certeza ele vai olhar nossos cotovelos, mãos e joelhos e vai perceber que caímos muitas vezes, mas que levantamos todas elas e mesmo que em prantos iremos nos apresentar em sua frente com tudo que tivermos feito e deixado de fazer. Agora no estágio da vida, nessa etapa que antecede a vida eterna é hora de trabalharmos pela nossa salvação e de nossos irmãos. Não fiquemos sentados como aqueles estagiários preguiçosos que não largam o celular, não saem da internet, não gostam de atender o telefone e só querem a “recompensa imerecida” do salário que não fizeram jus.


fonte: Jefferson Roger
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Quem erra cumprindo a lei, não tem culpa

Lucas 10,16 – “Quem vos ouve, a mim ouve; e quem vos rejeita, a mim rejeita; e quem me rejeita, rejeita aquele que me enviou.” Caros leitores, neste artigo vamos refletir sobre a paz no coração que brota nos fieis, membros do corpo de Cristo, que é a sua igreja, ao viverem suas vidas pautadas nos ensinamentos celestes e sob a gerência do magistério e toda a tradição apostólica. Já dizia, mui acertadamente, Santo Agostinho, que fora da igreja católica não existe salvação. Para aqueles que duvidam desta verdade basta uma simples leitura bíblica de alguns livros canônicos que comprovam a questão. Nem poderia ser diferente porque, como a igreja é de Jesus, fundada por ele sobre a profissão de fé de São Pedro, é muito fácil de se aceitar que dentro dela existe o que há de melhor para a salvação do povo de Deus. É possível conferir de modo objetivo essa afirmação acessando (como sugestão) no meu site a aba “a bíblia e a igreja” e rolando a página até encontrar o tópico “A salvação está dentro da igreja”, onde se é possível ler as 15 afirmações que Santo Agostinho e tantos outros santos e santas, além de grandes papas e teólogos ao longo dos tempos, são unânimes em apontar para esta realidade.

Pois bem, a igreja, casa do Deus vivo, que é a coluna e sustentáculo da verdade (1ª Timóteo 3,15), o é porque o próprio Cristo garantiu a sua vitória perante o mundo. Ela que é sustentada pelo Espírito Santo, que veio para nos recordar os ensinamentos de Jesus e nos ensinar todo o resto (João 14,26), através da condução da igreja una, santa, católica e apostólica não tem outro fim, senão aquele predito nas sagradas escrituras (Mateus 16,18). A menos que alguém tenha coragem de chamar Jesus, o verbo encarnado, de mentiroso. Ele e toda a sagrada escritura. Não é possível estar dentro da igreja, repito, que é santa, seguir os seus caminhos, que levam ao caminho da porta estreita e ainda assim cometer algum erro. A igreja é santa, mas formada por membros pecadores. Eis a questão.

Sendo assim, também é bom recordar que Santo Afonso entre tantos, nos disse que a doutrina da igreja católica é imutável. Perceberam? Nós somos pecadores, a igreja é santa. Se não compreendermos isso vamos ficar atirando pedras no telhado da igreja por conta de nossos pecados, querendo colocar nossas culpas na igreja. Aí é preciso deixar a sem-vergonhice de lado e tomar vergonha na cara. Se a igreja errar, em alguma matéria disciplinar, facilmente se verá o escândalo porque é preciso romper com a tradição bimilenar e com o próprio Jesus. Mesmo assim, se algum abuso, ingerência, má administração, condutas desaprovadas e outras atitudes que convergem para o lado oposto aos céus, acontecerem (em seus membros pecadores, atenção para este detalhe, são os membros pecadores), e nela formos inseridos, se não houver intenção ilícita, nos tranquilizemos porque os responsáveis serão cobrados: Ezequiel 22,26 = “Seus sacerdotes violam a minha lei, profanam o meu santuário, tratam indiferentemente o sagrado e o profano e não ensinam a distinguir o que é puro do que é impuro.”

Agora, se em nosso coração, sentimos que algo está errado, algo nos perturba, busquemos na oração a certeza para nossa inquietude, não sejamos apenas intelectuais. Deus revela aos pequeninos e confunde os soberbos. Devemos agir como em Ezequiel 3,20-21 que nos ensina a não cruzarmos os braços se algo está errado, porque esta omissão nos será pedida em conta. Mas também devemos ser imitadores de Cristo (1 Coríntios 11,1) para podermos aprender dele que é manso e humilde de coração. Já dizia Nossa Senhora em suas aparições que quanto mais rezarmos mais teremos consciência de nossos pecados. Se não o temos é porque não estamos rezando aos céus o suficiente. Sejamos vigilantes e fieis membros da igreja e não frutas podres que contaminam aqueles que querem se entregar a Deus. Assim fazem os hereges e os hipócritas.


fonte: Jefferson Roger
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sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

Respeite o que vem do alto

Com o passar do tempo o que se vê é uma adesão cada vez maior a proposta do mundo onde satanás prega que não é necessária uma vida ascética tão enraizada nos caminhos do evangelho, já trilhados por tantos santos e santas da nossa religião católica. Como o esforço que se emprega para descer a ladeira é bem menor do que o esforço para subi-la, é de se compreender porque tantas pessoas vivem com um falso alívio de consciência por ter abraçado conceitos que, para elas, são uma verdadeira rota alternativa para fugir do tão congestionado aclive pedregoso que separa o aqui da eternidade do paraíso.

Aos poucos, vai-se comprando a ideia de que tais práticas católicas se constituem num verdadeiro exagero e o povo de Deus vai sendo enganado e passa a viver na política de salário mínimo, contentando-se em fazer pouquíssimo e ainda achar que fez sua parte, cobrando de Jesus, quase que sempre em suas orações, uma lista de pedidos estando com suas mãos vazias, como se nosso salvador tivesse que, por misericórdia, nos conceder, o que queremos antes daquilo que precisamos. Por isso é preciso a obra, o fruto do nosso suor, da nossa dedicação, nosso empenho e nosso compromisso na instauração do reino de Deus.

Deus não nos quer como pedintes, que estamos sempre de mãos estendidas à Ele a pedir de joelhos por graças que queremos agradecer com o nosso “nada”. É preciso darmos importância a tudo. Até as brincadeiras precisam ser levadas a sério, para que não se tornem maldosas. Jesus não é meu chapa, meu camarada ou o carinha da minha turminha, que posso dar um tapinha nas costas, fazer alguma brincadeira e tudo fica por isso mesmo. Muito pelo contrário. O rei dos reis, digno de todo o louvor, pelos séculos dos séculos, que derramou seu sangue na cruz redentora, por mim e por você caro leitor, está acima de nós em dignidade infinita e não nos cabe, pecadores que somos, deixar a humildade de lado e nos aproximarmos de Jesus como se ele fosse menos do que é.

Pensemos bem em nossas atitudes. Principalmente diante de Jesus, durante a adoração ao santíssimo, na santa missa, durante o rosário e outras atividades religiosas; ao passar em frente ao altar do presbitério cumprimente Jesus, não faça pouco caso nem seja preguiçoso. Teu desdém, mesmo que involuntário é uma atitude agravante e de ofensa. Lembre-se que Jesus está vendo. Cuidado! Não seja negligente, desatencioso e descuidado. Faça tudo que for fazer por Jesus, para Jesus e com Jesus levando no coração o máximo de cuidado e zelo pelas coisas do altíssimo. Nossa resposta de amor para aquele que nos amou primeiro não deve ser de descuido, desrespeito e falta de temor.

Deve, antes de tudo ter, no mínimo, o máximo de esforço de nossa parte em todos os momentos de nossa vida.


fonte: Jefferson Roger
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quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

O uso irregular dos MESC's

Como bem sabemos caro leitor, não é de hoje que a igreja católica ensina uma coisa na teoria e na prática faz outra coisa, bem ao estilo condenado por Jesus dos fariseus. Fico aqui a pensar o quanto a igreja que Jesus fundou o desagrada com seus membros pecadores que tanta baderna fazem dentro dela. Ainda bem que ela (a igreja) é santa e que Jesus nos garantiu que as portas do inferno não prevalecerão contra ela mas que o inferno faz um estrago aos seus membros e faz padecer na caminhada a igreja militante, isso não resta dúvidas a ninguém. Apenas resta dúvidas para aqueles que querem não enxergar a profundidade das coisas. Eu particularmente ando entristecido por fazer parte de uma igreja tão suja por dentro e que varre tanta coisa para debaixo do tapete. Os membros dessa igreja em sua maioria seguem o papa e não Jesus, ou ainda a Santíssima Trindade e muitos são os exemplos que qualquer pessoa interessada, com algumas horas de séria pesquisa pode comprovar a questão. Por aqui, neste artigo irei apenas citar um simples exemplo de como é o comportamento da igreja católica. Comportamento que não é bom, já quero adiantar. É o caso dos ministros extraordinários da sagrada comunhão, que nada mais são que leigos instituídos pela igreja para ajudar o sacerdote em algumas de suas atividades que o sacramento da ordem elencam como exclusivas deste ministério. Já começa aí o problema, acompanhem o raciocínio, que é pessoal e portanto livre de aceite ou não. Segundo São Tomás de Aquino em sua publicação Suma Teológica, ele descreve as razões pela qual a distribuição do corpo de Cristo deve ser feita apenas por quem tem o sacramento da ordem. São elas: Primeiro, porque... é ele que consagra assumindo o lugar de Cristo. Ora, o próprio Cristo distribuiu o seu Corpo durante a Ceia. Portanto, assim (como) a consagração do Corpo de Cristo cabe ao padre, é também a ele que cabe a sua distribuição. Segundo, porque o padre foi instituído intermediário entre Deus e os homens. Por conseguinte, como tal, é ele que deve encaminhar a Deus as oferendas dos fiéis e também levar aos fiéis as dádivas santificadas por Deus. Terceiro, porque, por respeito por este Sacramento, ele não é tocado por nada que não seja consagrado. Por causa disto, o corporal e o cálice são consagrados e igualmente as mãos do padre o são, para tocar este Sacramento. Assim, nenhuma pessoa tem o direito de o tocar, a não ser em casos de necessidade como, por exemplo, se o Sacramento cair no chão, ou casos semelhantes" (Summa, III pars, Qu. 82, art 3). Pois bem, se alguém acha que o santo não tem razão porque são outros tempos e outra realidade aproveito para dizer que um dos frutos do Concílio Vaticano II foi a definição de que a Suma Teológica deveria ser estudada e aprendida por todo o clero. Sinal claro da importância que igreja dá para este doutor. Mas, em tempos que são outros, como dizem muitos, estes atiram no próprio pé porque acham que a messe é grande e os operários são poucos, então, por conta da falta de vocações sacerdotais, vamos diminuir o sacro ofício consagrado de se distribuir o corpo do Senhor para poder permitir que qualquer leigo de boa índole, mesmo que isso desagrade aos céus, distribua a eucaristia. E os padres defendem a questão alegando muitas atividades e que sem os ministros leigos não dariam conta do recado. Vou dar um exemplo. Numa missa em paróquia de bairro, normalmente um sacerdote distribui a comunhão no corredor central dos bancos e dois ministros ficam nas laterais junto a parede. Dessa forma são quatro filas que se formam e em aproximadamente 5 a 7 minutos a comunhão é distribuída a todos. Este é um uso irregular dos mesc's porque se as filas laterais sem unissem as filas do meio a celebração iria aumentar apenas 7 minutos, já que o padre leva 7 minutos para dar conta de duas filas centrais. Já no altar os mesc's apenas abrem o sacrário, entregam as âmbulas ao sacerdote no altar e no final da distribuição colocam as reservas eucarísticas de volta ao sacrário. Pelo amor de Deus, isso o padre pode fazer. São apenas alguns metros do altar até o sacrário, mesmo que o sacrário esteja na capela do santíssimo. Padres preguiçosos talvez? Algum compromisso depois da missa que não permite que ela passe um pouco de uma hora de duração? E vejam que o exemplo acontece em uma situação cotidiana e que eu presenciei em várias missas em toda a arquidiocese de Curitiba, não só na paróquia em que eu vivo. Sem "multidão excessiva" que justificaria o uso "extraordinário" dos ministros leigos, uma vez que duração da missa se tornaria demasiado excessiva, como recorda tantos documentos da igreja entre eles a Redemptionis Sacramentum, só para citar um exemplo. Desta forma, como podemos ver, a causa até é aceitável, mas o uso que se faz do antídoto para o problema não é. Os ministros leigos são utilizados de forma regular em desacordo com a própria determinação da igreja através de seu magistério. Sem falar nas aparições que Jesus e Maria fizeram ao longo da história da humanidade condenando esta prática, que também tem condenação bíblica tanto no antigo quanto no novo testamento. Infelizmente para as pessoas de bem que aceitam essa investidura lhes é ensinado apenas o porquê da situação, bem ao estilo evangélico/protestante. Posso afirmar isso porque eu fiz o curso de mesc e vivenciei a "lavagem cerebral" que o clero ou outros leigos querem fazer nos ansiosos candidatos para a missão de ministro extraordinário. E só para constar eu não quis ser investido no cargo porque ciente do uso irregular que desagrada Jesus, não convém agradar aos homens (Gálatas 1,10 - Atos 5,29) O erro é da igreja que faz uso errado desta função. Se é para ser extraordinário porque usar de forma cotidiana tornando uma prática regular? Este mau exemplo de prática doutrinária exige dos céus o oitavo sacramento, o sacramento da santa ignorância, já dizia Monsenhor Athanasius, Padre Amorth, Padre Duarte Sousa Lara e Padre Paulo Ricardo, só para mencionar alguns exemplos de grandes sacerdotes. Artigo relacionado: Missa Tradicional x Mesc's fonte: Jefferson Roger
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terça-feira, 20 de dezembro de 2016

Sereis perseguidos por causa de mim

Para toda pessoa que se esforça para viver os ensinamentos dos evangelhos o título deste artigo é bem lembrado por todos os católicos praticantes. Está no sermão da montanha (Mateus 5). Por duas vezes o Cristo diz que devemos nos alegrar por causa das perseguições que iríamos sofrer. Nos disse também que o servo não é maior que o seu mestre e que se o perseguiram, perseguirão também a nós (João 15,20).

Pois bem, com uma busca atenta por toda a história da cristandade encontra-se até com certa facilidade, relatos sobre o martírio que muitas pessoas sofrem por amor a Deus, a Jesus e seu evangelho e a religião católica. Vale lembrar que a palavra “martírio” quer dizer “testemunho”. Morre-se dando sua vida por amor a Cristo pois “quem perder a sua vida por causa dele (de mim – diz no evangelho) irá salvá-la.”

O mal que se infiltrou no paganismo alastra a sua perseguição utilizando-se, além do fator “medo da morte física”, sua ou de alguém que você gosta, o fator “surpresa”. Eis aí em nossa atual época o estado islâmico em sua arrojada perseguição frente aos cristãos intitulados por eles como apóstatas. Recentemente mais um atentado de autoria deste grupo foi assumido por eles neste mês: A morte de 25 cristãos em um tempo copta do Cairo, capital do Egito.

Numa capela próxima a catedral de São Marcos, quase ao final da missa dominical eis que uma forte explosão, que atravessou toda a capela, levou a vida de 25 pessoas deixando outras 49 feridas. Em sua maioria mulheres e crianças. Entrevistados os sobreviventes comentaram que tinham vivido um atentado como aqueles que apenas se assistia pela televisão e nos filmes. Agora é uma realidade, afirmava um sobrevivente de 59 anos, Magdy Ramzy, que após o incidente saiu a procura de sua esposa, tendo a infelicidade de encontrá-la morta.

O grupo que assumiu o atentado declarou que irá continuar com o que eles chamam de “sua guerra contra os apóstatas”. São os últimos tempos? Nossa Senhora revelou ao Padre Stefano Gobi, fundador do movimento sacerdotal mariano que o tempo da grande tribulação, da abertura dos selos e das taças já está acontecendo. Ele começou, a abertura do primeiro selo, com a chegada do vírus HIV. Portanto, não são tempos de desespero e sim de oração, como sempre precisou ser. Foi Jesus quem nos avisou para sermos vigilantes e constantes na oração. O católico deve sempre estar com “sua mala” pronta para fazer a passagem, a vida irá seguir na eternidade e o medo é algo que não devemos cultivar, pois dentro dele existe a falta de fé.

É claro que aqui não podemos ser hipócritas ao ponto de falarmos da isenção do medo. Ela é possível, é alcançável. Haja vista tantos exemplos de santos e santas, nossos heróis da fé, que viveram suas vidas até o martírio. Eis aí a estatura de Cristo exigida de todos nós (Efésios 4,13). É preciso pedirmos a graça de não termos medo. Por fim é preciso também e não de forma secundária, rezarmos uns pelos outros, rezarmos por aqueles que nem conhecemos pessoalmente e que passam por tribulações diárias ou não, muito maiores que as nossas. Cada um possui sua cruz, feita sob medida e recebe de Deus força suficiente para carrega-la. A aparente impossibilidade em leva-la rumo ao calvário, para coloca-la do lado da cruz de Jesus não passa disso, de aparência, embora denote que estamos deixando de fazer a nossa parte, que é sermos dependentes de Deus para tudo e 100% crentes em sua palavra. Que possamos sempre nos comportarmos como nos recorda o apóstolo São Paulo (Romanos 12,12): “Sede alegres na esperança, pacientes na tribulação e perseverantes na oração.”


fonte: Jefferson Roger e agências internacionais de notícias
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quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

O Exame de Consciência

Se ao dicionário recorrermos iremos encontrar algumas explicações para a expressão consciência. Todas, de uma forma geral, relacionam a palavra com algum aspecto voltado para o conhecimento. Ter consciência é estar ciente a respeito de algo ou alguma coisa. Vejamos que interessante a questão. Se digo que eu estou “ciente” a respeito de algo é o mesmo que dizer que eu tenho consciência disso. Podemos compreender que estar consciente a respeito de algo implica em se saber, em ter o conhecimento a respeito daquilo. A respeito daquilo que é uma informação para nós, guardada num lugar chamado cérebro. Por sua vez, aprendeu-se no meio estudantil que, em linhas bastante resumidas e gerais, nosso cérebro pode considerar duas divisões para estas informações: a divisão do consciente e a divisão do subconsciente, deixando a questão do inconsciente de lado, conceitos estes muito utilizados em psicologia. Lá, no subconsciente ficam as memórias não acessadas cotidianamente, não presentes em nossa atualidade. Funciona como uma espécie de baú.

Pois bem, feito esta pequenina explanação sobre essa belíssima área de nosso corpo humano, vamos partir para o finalmente. Vamos colocar a questão sobre um olhar sobrenatural. Tratemos aqui do exame de consciência que todo cristão deve fazer em sua jornada rumo a porta estreita. Já nos ensina a antiga tradição católica que boa prática é o exercício do exame de consciência feito em três momentos do dia. Pela manhã, logo ao acordar, fazemos nossa avaliação do dia que ficou para trás e nos propomos perante Deus para o dia que se inicia. Afinal não sabemos quanto tempo temos de vida. No meio do dia, mais uma parada para o segundo exame de consciência, para avaliarmos como está nosso propósito de vida, feito no início deste dia. Se necessário aqui podemos recolocar nos trilhos o que não estiver a contento. Ao fim do dia, quando estamos indo deitar e entregamos a Deus o fruto do nosso dia, cabe o último exame de consciência. Onde perante o altíssimo agradecemos por tudo que fizemos, pedimos perdão pelas omissões e faltas e colocamos nossa vida a disposição de Deus.

Prática esta muito salutar uma vez que nos mantém conectados e conscientes a respeito da nossa realidade do hoje. Examinar a consciência é algo que precisamos sempre fazer. Devemos, como diz o ditado popular, “nos policiar”, vigiarmos nossa conduta em todas as áreas. No que falamos, no que fazemos, no que não falamos e no que não fazemos. E isso não deve soar esquisito porque Jesus já nos avisou que seremos cobrados por nossas omissões.

Por isso, não devemos baixar a guarda e nos julgarmos já merecedores do céu. De forma alguma. Nossa exigência diária deve cada vez mais aumentar pois do contrário iremos parar de crescer e a estatura de Cristo não iremos alcançar. Nesta exigência, os termos de comparação que devemos ter não devem ser os que melhor se identificam conosco. Se me comparo a um bandido, assassino e malfeitor, facilmente posso me julgar “um santinho”. Mas se me comparo a Jesus, a Virgem Santíssima, aos anjos e santos de Deus, aí a coisa muda de figura e facilmente percebo o quanto estou longe da santidade. Assim deve ser. Nosso exame de consciência deve ser honesto para conosco porque Deus conhece os corações e nada perante ele ficará oculto. As aparências não passam disso, de aparências. Deus que vê no oculto abomina a hipocrisia, haja vista o próprio Jesus tanto criticar os fariseus hipócritas nos mostrando que devemos ser humildes e sinceros e reconhecer nossa fragilidade e dependência dele para tudo. É preciso agradar a Deus e não aos homens (Gálatas 1,10) e é preciso antes obedecer a Deus (Atos 5,29) do que aos homens pois quem se faz amigo do mundo se constitui inimigo de Deus (Tiago 4,4) e o que aos olhos dos homens é elevado aos olhos de Deus é abominável (Lucas 16,15).


fonte: Jefferson Roger
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sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

Abominável aos Olhos de Deus

Não é de hoje que a conduta do “politicamente correto”, do comportamento que preciso ter para que os outros não falem mal de mim pois podem pensar o que? E ainda aquele comportamento ou maneira de agir esperado pela onda da maioria que proclama a inevitável evolução da humanidade, só que, detalhe, o que chamam de evolução caminha num sentindo muito oposto ao caminho das pedras que termina na porta do céu. Não é de hoje que isso tudo só aponta para um caminho que não é o da salvação (Apocalipse 21,8 – 1ª Coríntios 6,9-10 – Gálatas 5,19-21 – Romanos 1,28-32).

A bíblia nos ensina que Deus não faz distinção e pessoas (Atos 10,34). Nos ensina que ele ama o pecador e odeia o pecado. Por isso, Deus que é amor e que nos amou primeiro (1ª João 4,19) não espera nossa conversão para nos amar. Ele está muito acima dos nossos pequenos e falhos sentimentos. Mas, em nossa não conversão e consequente inimizade voluntária com Deus, nos satisfazemos com o seu cuidado genérico, como o cuidado que Deus tem com uma espécie de animal irracional. Nos contentamos que ele nos deixe em paz com seus castigos e exigência para que vivamos um paraíso já aqui na terra sem ele, agitando a estrondosa e escandalosa bandeira da igualdade entre os homens.

Quanto absurdo. Deus, que é fiel aos seus filhos, muito se entristece quando alguém se perde e se condena por iniciativa própria. Essa pessoa não vê, ou não quer ver, ou ainda finge que não vê, todo o esforço que os céus fazem para a colocar de volta aos trilhos da salvação. Não consegue entender que a paz que vem de Deus não é ausência de problemas, não é ausência de dificuldades, não é ausência de tribulações. A paz que vem de Jesus não é como a paz que o mundo oferece (João 14,27).

Mas, como essa paz de Cristo exige de cada um, um comprometimento com o evangelho, ela acaba para tantos se tornando algo que tem um preço muito alto a se pagar. E a exigência é alta. Jesus nos ensina que quem não renunciar a si mesmo e não tomar a sua cruz dia após dia (Lucas 9,23) não irá chegar ao Reino dos Céus. E diz ainda que quem ama alguém nesta vida mais do que ama a ele, não é digno dele (Mateus 10,37-38). Palavras do Salvador. Quem não aceitar poderá depois no dia do seu juízo “bater boca” com aquele que é “a verdade e a vida”.

Eis aí um grande desafio que muitos que até tentam desistem por achar difícil conseguir o êxito. Jesus é claro, é preciso renunciar a si mesmo e isso, todos os dias com a cruz nas costas. Este é um dos principais pontos da rebeldia e revolta das pessoas. Elas não querem abrir mão dos seus desejos, seus prazeres, suas ideias e suas vontades. Em suma, não querem renunciar a nada e isso inclui renunciar a si mesmas. Essa parte da exigência que o amor divino implica elas pulam e preferem virar as costas para Deus e promover todo e qualquer tipo de algazarra como seus semelhantes cidadãos de Sodoma e Gomorra. Avisadas todas estão perante os céus, está por escrito nas sagradas escrituras em tantas passagens mas, implica renúncia e então é melhor deixar para lá.

Jesus advertiu a todos quando disse: Lucas 16,15 - “Vós procurais parecer justos aos olhos dos homens, mas Deus vos conhece os corações; pois o que é elevado aos olhos dos homens é abominável aos olhos de Deus.” E aquele que se faz amigo do mundo se faz inimigo de Deus nos diz o apóstolo São Tiago (4,4). Direitos reprodutivos das mulheres que podem decidir matar seu filho ainda na barriga, ideologia de gênero nas escolas para nossos filhos e em toda a parte, liberdade sexual e desregrada em as naturezas humanas criadas por Deus, tudo isso e uma lista enorme que acompanha estas ‘justiças’ que o homem moderno quer forçar aceitação na sociedade não irá sair barato pois Deus não deixará de ficar do lado daqueles que são fiéis as suas promessas (Hebreus 6,12).


fonte: Jefferson Roger
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quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

Deus, uma atividade extraclasse

A modernidade que para muitos traz muitas coisas boas, para outros, serve como pano de fundo para justificar a necessidade de inovações em áreas que não necessitam nem um pouco de mudanças. Para estes, talvez nem percebam, mas a modernidade que cultivam caminha numa direção oposta a de Deus. Deus simplesmente fica reduzido a uma expressão, a uma palavra qualquer, não passa mais nenhum sentimento em relação ao que representa. Até se admite no inconsciente a sua existência e tudo o mais, mas o esforço não vai além disso. Ou vai, como já disse, na direção oposta.

Facilmente ele nem é lembrado no cotidiano das tão ocupadas vidas modernas. Existe a internet, amiga inseparável de tantos. Existem os smartphones, que parecem estar “colados” nas mãos das pessoas. Existem os jogos eletrônicos e seus videogames, responsáveis por controlar boa parte do tempo de muita gente. Existem é claro, precisamos mencionar, toda a atividade destruidora dos tóxicos, legais e não legais. E a lista como bem sabemos, é imensa. Se um ranking existisse facilmente a posição que Deus ocuparia na vida de uma pessoa, que se abraça aos prazeres do mundo, sua tecnologia, as pessoas e toda a parafernália que nos cerca, seria uma posição que contrasta e muito com o seu lugar tão merecido por natureza e direito. Afinal, quer queiram as pessoas, quer não, deixou-nos esse Deus o mandamento de amá-lo sobre todas as coisas, com todo o nosso coração, alma e entendimento e de amar ao próximo como a nós mesmos. E ainda vai além, disse que tudo se resume a estes dois mandamentos.

No entanto, não vamos nos enganar, nem enganar a ninguém. Com poucos minutos de meditação e reflexão, se formos sinceros, iremos perceber que Deus não ocupa o primeiro lugar em nossas vidas. Para os mais adiantados na caminhada da fé rumo a porta estreita Deus, sim, já faz parte de suas prioridades quase 100% do tempo. Mas não é assim com uma fatia grande da humanidade. Existem horas que Deus rege nossas vidas, existem horas que Deus é deixado de lado. Ô fraqueza humana que cede tão facilmente aos pedidos do corpo. Que campo de batalha complicado somos nós, que ainda possuímos continentes inteiros que não se configuraram, nem apontam para o Cristo. Vamos reconhecer, é preciso muito esforço (Mateus 11,12), não desanimemos.

Porém, como já estamos a refletir, muitos de nós, colocam Deus como uma opção lá no final da lista. Afinal ele exige tanto da gente e nos concede tão pouco do que pedimos não é mesmo! Assim pensam tantos, que mimadamente, querem seus caprichos atendidos para ontem, do contrário não o seguiremos. Dizem tantos, como se fosse para estes concedido o direito de exigir de Deus alguma coisa que fosse. As pessoas não entendem o “esquema” e por isso pensem poderem adaptar o criador as necessidades da criatura. Como pode? Não pode é claro.

E assim, o Deus do amor, que nem precisaria nos ter criado, para com ele vivermos a felicidade eterna no paraíso assim o fez. Do nada, agora seremos eternos e tem gente que reclama por conta das exigências que a palavra de Deus através do verbo encarnado nos apresenta. O preço é baixíssimo, basta refletir, do nada para a eternidade. Mas também basta escolher. A eternidade com Deus ou com o diabo. O estudante aplicado além do conteúdo obrigatório quer ir além e procura estudar matérias além da grade curricular normal, matérias extras. O estudante que só estuda o mínimo para passar de ano, procura ocupar seu tempo livre com alguma atividade fora dos estudos, um verdadeiro lazer, que não exige compromisso nenhum.

Devemos ser como o estudante aplicado e buscar a Deus indo sempre além e não como o estudante mesquinho que arruma tempo para o lazer e para aquilo que lhe agrada, longe dos compromissos. Uma vez, um entrevistador perguntou em seu programa ao pai de uma artista famosa, aqui no Brasil, como faziam para conciliar o sucesso na tv com as atividades escolares. E para uma triste contestação, o pai não pensou duas vezes e disse: “Nós tiramos ela das atividades extraclasse”. Então o apresentador perguntou: “Que atividades?” E mais rápido ainda o pai disse: “da catequese”. Nem preciso ir além, aí tem o dedo da modernidade comandada pelo príncipe deste mundo (João 12,31 e 14,30) que procura alastrar a “sua catequese” na vida das pessoas. Acordemos, Deus não quer pessoas modernas, quer pessoas santas. Que o mundo nos sirva e que nós não sejamos escravizados por ele, porque o amigo do mundo se faz inimigo de Deus (Tiago 4,4).


fonte: Jefferson Roger
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terça-feira, 29 de novembro de 2016

Porque todos não recorrem aos sacramentos?

Não sei vocês caros leitores, mas penso que uma pergunta pode pairar em nossas reflexões. Nós católicos, que procuramos a tutela da igreja una e santa para recorrermos aos sacramentos, cuja economia foi deixada por Nosso Senhor, como meio eficaz de salvação e santificação, podemos nos perguntar: por que as pessoas não recorrem aos sacramentos?

Talvez algumas pessoas não saibam que os sacramentos são sinais visíveis de uma graça invisível. Não depende de quem administra para acontecer, sua eficácia é garantida pelo Cristo Ressuscitado. Por isso não é preciso alegar que não se confessa com o padre porque ele também é pecador, confessa-se direto com Deus, como apenas um exemplo entre tantos motivos que fazem as pessoas deixarem de lado os sacramentos. Ou então não comungam na santa missa porque dizem que estão em pecado. Ora, simples, muito simples, se arrepende, se confessa e se converte! Por que não fazem assim? Abandonam as graças provindas do sacramento da reconciliação e se contentam em viver apenas sob os cuidados genéricos que o afastamento da amizade, do amor e da união com Deus promove através deste sacramento tão maravilhoso. Ficam satisfeitas apenas com o ato penitencial, que não se equipara ao poder sacramental da confissão pessoal dos pecados para Jesus. Sim, porque o sacerdote é um instrumento atuando na pessoa de Cristo, mas é um instrumento. Deus perdoa a cada um que o procura com uma contrição perfeita, mas onde está a garantia sacramental, no caso do perdão, absolvição e imputação da penitência? Jesus prevendo essa questão nos deixou os sacramentos.

E quanto ao sacramento do matrimônio? Quantos apenas casam no cartório? Quantos não batizam os filhos na igreja? Não conduzem os filhos ao sacramento da crisma? E pior, quando o fazem o fazem pelos motivos errados? Casam na igreja porque a mulher engravidou e o pai dela obriga. Batizam a criança porque ouviram dizer que faz bem. Conduzem os filhos para receber a crisma para que encerrem a praxe documental da igreja para posterior casório. E por aí vai a infame lista de motivos. Mas pode ainda ser pior, sempre pode. Infelizmente.

Existem os sacrílegos que são aquelas pessoas que recorrem aos sacramentos de maneira leviana e sem o devido respeito pelo que é sagrado. Cometem um pecado muito mais grave e maior, o pecado do sacrilégio. Continuemos. Na santa missa, excluindo-se as crianças que ainda não concluíram o período da catequese, seria normal de se esperar que toda a comunidade celebrante entrasse na fila da comunhão para receber Jesus Eucarístico! O rei dos reis, salvador da humanidade que é o pão da vida, a porta do céu. Alimentam-se apenas da mesa da palavra e se contentam com isso. Parecem ir apenas de corpo presente na santa missa e de coração fechado porque, após tantos anos não mudam de atitude e continuam com o mesmo comportamento, nutrindo-se com o mínimo de esforço e comprometimento.

Jesus nos diz que o céu é arrebatado a força e são os violentos que o conquistam (Mateus 11,12). E diz que muitos tentarão e poucos conseguirão. Por que então fazer um esforço mínimo, no estilo política de salário mínimo, se Jesus já esclareceu que se precisa de um esforço muito maior (um esforço violento)? E ele nos atesta uma triste realidade, é preciso muito esforço porque há quem apenas se esforce e não consiga (Lucas 13,24).

O importante é trilharmos um caminho deixado por Jesus e não tentarmos seguir por um caminho feito por nós. Não há caminhos para o céu. Ele mesmo disse que é o caminho (João 14,6) e assim encerra a conversa. Todos bem sabemos o quão difícil é nossa caminhada rumo aos céus. Porque abrirmos mão de todo o auxílio celeste e tentar percorrer por forças próprias? Isso se chama “pelagianismo”, que significa achar que não é preciso graça alguma vinda de Deus para nos santificarmos e nos salvarmos, basta nosso esforço humano para conquistarmos isso. Assim pensava um monge chamado Pelágio, que caiu na tentação de deixar a humildade de lado em reconhecer sua dependência de Deus para tudo e assim pregando e agindo, perdeu-se do caminho que conduz ao paraíso.


fonte: Jefferson Roger
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sexta-feira, 25 de novembro de 2016

Quando as esposas, deixam de ser mulher e se tornam “mães”

A natureza humana em todo o curso de sua existência deu inúmeros exemplos de que ela procura imitar a natureza divina. Em várias áreas de nossas vidas nos comportamos, ou procuramos nos comportar, de acordo com a conduta celeste. Exemplos são tantos e nem iremos aqui aprecia-los, pois, aqui o que nos vale essa citação, é o seguinte:

Nos evangelhos acompanhamos belíssimos exemplos dados por Jesus quanto a sua vida de oração. É possível acompanhar em toda a narrativa que quando iriam acontecer grandes episódios em sua vida e testemunho, Jesus recorria ao pai através de sua oração. Lembremos aqui o episódio da ressureição de Lázaro, apenas para citar um exemplo. Ou ainda no episódio da agonia de Jesus, quando se colocava para iniciar a sua paixão e morte na cruz. Nestes dois momentos, pela oração ele buscava o que lhe faltava. Força, alento, confiança, consolo e outras necessidades.

Pois bem, assim é na vida de cada um. Se nos falta algum mantimento nos armários da cozinha, vamos ao supermercado para reabastecer a despensa. Se o combustível está a acabar no tanque do carro, nos dirigimos ao posto de combustível para reabastece-lo. Ou seja, sempre vamos atrás daquilo que necessitamos porque não temos conosco o que precisamos. Não temos um mercado em casa e nem um posto de combustível, então nos deslocamos em busca do que precisamos. Assim é em todos os aspectos de nossa vida, material e espiritual. Eis o perigo, eis a oportunidade para que o inimigo se disfarce naquele vendedor ambulante que ao bater em nossa porta (em nossa vida), tem em sua farta mala de ofertas, muitas coisas (muitas tentações) a nos propor.

Chegando ao ponto em questão, me faço de um pequeno acontecimento pelo qual os homens passam. Sobretudo os homens casados. Refiro-me a transformação que eles precisam encarar em suas vidas quando a sua bela esposa, que lhe era toda sua, se transforma pela maternidade abençoada em mãe. Muitos não sabem lidar com essa realidade e dentre estes muitos também as mulheres estão incluídas. Seja como for, naturalmente, o instinto de mãe, divinamente brotado no cerne da mulher, a transforma por completo naquilo que é sua natureza pensada e criada por Deus. Uma mãe. A partir deste ponto, além de cuidar de si, passa agora a cuidar da prole. Se for mais de uma maior é o empenho. E nesta equação o homem precisa se enquadrar pois do contrário irá apenas cobrar que sua esposa seja a mulher que ele espera no aspecto sentimental e matrimonial e vai se esquecer que a bola da vez passou para o outro canto da mesa.

As relações intimas tendem a diminuir, pois já passaram pelo ápice e na medida que a idade avança e os filhos exigem por natureza, uma dedicação completa da mulher, mas também do marido, aquele perfil feminino, da época do namoro, do noivado e dos primeiros anos de casamento são transformados pelo amadurecimento da relação que tem como frutos a família. O amor parece ter acabado mas ele se transformou e muitas pessoas não enxergam isso. Parece quererem viver numa condição que nunca acabe. Querem ser eternos jovens desfrutando dos prazeres corporais e da jovialidade e furor dos hormônios em contrapartida ao que as etapas seguintes da vida nos entregam.

Ora, de nada adianta querer que as coisas se mantenham pois é um curso natural. É preciso um olhar atento para compreender que no tempo de cada um as coisas ainda permanecem, não foram deixadas de lado. Mas se foram, é preciso antes de tudo, como nos ensina o evangelho, tirar a trave do nosso olho e não ficar apontando o cisco no olho do irmão.


fonte: Jefferson Roger
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quarta-feira, 23 de novembro de 2016

O teste da Fé

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Como bem sabemos não nos é possível compreendermos todo o alcance dos desígnios de Deus para com suas criaturas. Não nos é possível atingir a plena compreensão do querer divino e sobre isso já nos atesta Nossa Senhora em suas aparições quando diz que “no céu tudo vos será revelado”. E também sobre isso, nos confortam as sagradas escrituras em Deuteronômio 29,29 onde se lê que “o que está oculto pertence ao Senhor, nosso Deus; o que foi revelado é para nós e para nossos filhos, para sempre, a fim de que ponhamos em prática todas as palavras desta lei”. Como vemos caros leitores, já nos foi ensinado que é em vão o esforço para entendermos o criador porque nós, as criaturas, fomos criados de forma limitada por ele. Ainda bem, diga-se de passagem, porque olhando para como anda o mundo e o relacionamento humano, imaginemos só, se ao homem lhe fosse dado mais capacidade intelectual. Com certeza o estrago seria maior. Ou será que não? Bom, já sabemos que não há como saber.

É preciso, como sempre costumo comparar, jogar o jogo observando-se as regras. Mas eis aí outra grande questão: quais são as regras? Existe a lei de Deus? Existe o pode ou não pode? Se somos criados a sua imagem e semelhança porque tanta disparidade entre os homens? Porque tanto mal no mundo? Tanta desigualdade? Não parece que Deus assiste tudo lá de cima e quer ver o circo pegar fogo? Que se danem os homens, ninguém mandou a raça humana e dos anjos me desobedecerem, agora que paguem o pato! Não ocorrem estas questões e tantas outras na cabeça de tantas pessoas? Em nossas cabeças? Com certeza devem ocorrer e a nossa limitação na busca dos porquês ou das respostas aos anseios e desejos de cada um, muitas vezes esbarra na fraqueza humana e o resultado quase sempre é o erro que se comete ao tentar acertar. Em outras palavras, erramos o alvo tentando ser felizes, buscando a felicidade onde ela não se encontra (falo aqui da felicidade eterna, que nos aguarda no paraíso) e como não a encontramos, erramos, e errando pecamos. São João da Cruz numa de suas reflexões sobre os desígnios divinos comenta mui poeticamente o episódio onde Deus quis servir-se de Maria Santíssima para a salvação dos homens. Diz o santo: “a mãe se assombrava com a troca que ali havia, o pranto do homem em deus e no homem a alegria”.

Essa breve frase exprime sem dúvida uma atitude que vai de encontro a todo o mau pensamento que podemos ter de Deus. Vejam só, o Deus tido como castigador e vingador se coloca na natureza humana, em triste choro, vindo ao mundo como uma indefesa criança, para a redenção dos homens, fato este que é visto pela humanidade e nas palavras do santo pela mãe de Deus, com imensa alegria. Como diz a frase, é um assombro. Não se poderia cogitar que o todo-poderoso faria isso pelas suas criaturas. Mas assim aconteceu, nos garante a verdadeira e autêntica fé, toda a tradição e as santas palavras da bíblia. Isso nos mostra que o Deus do antigo testamento, que é o mesmo do novo testamento e que na história da humanidade parece deixar os ventos dos acontecimentos soprarem sobre a história da humanidade para que cada um “se vire” como puder, é muito mais do que podemos compreender.

Ele poderia ter varrido por definitivo sua criação para debaixo do tapete, ou jogado tudo no latão de lixo e deixado para lá. Mas não, ao modo como não entendemos agora ele conserta tudo, mesmo quando as coisas não nos parecem justas, assim o são. Nós temos critérios humanos para analisar os fatos, não critérios divinos. Basta-nos a fé e os frutos do Espírito santo para caminharmos alinhados ao evangelho e seguindo o exemplo de tantos que já alcançaram o céu. Um sinal não nos será dado, assim afirma Jesus. É preciso um olhar para a eternidade, não para o amanhã, pois Deus nos espera lá no céu, não no amanhã, que pertence somente a ele.

Fonte: Jefferson Roger

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terça-feira, 22 de novembro de 2016

O Jejum da Tecnologia

Duas coisas são bem sabidas entre aqueles que se esforçam para trilhar o caminho da porta estreita. A necessidade do jejum e a necessidade de servir-se da tecnologia e não de ser seu servo ou escravo. A tecnologia pressupõe “técnicas inteligentes” para colaborar com o ser humano no cotidiano de sua vida facilitando os vários aspectos do seu dia a dia. Ainda me lembro que em tempo que não são tão distantes, dizia-se que se poderia fazer melhor e em menos tempo alguma tarefa, graças a tecnologia, restando ao ser humano mais tempo para se dedicar, por exemplo, a família e ao lazer. E de fato isso aconteceu e acontece até os dias de hoje. A facilidade que os meios tecnológicos trouxeram em vários setores da humanidade é, sem dúvida alguma, inegável. Vamos recordar do gramofone? Aparelho que se dava corda e tocava música? Depois veio o disco de vinil, a fita cassete em meio magnético, os discos de gravação a laser e atualmente o meio digital de armazenamento, que pode ser no virtual local chamado de nuvem. É apenas um pequeno exemplo, qualquer um de nós pode exemplificar facilmente sobre o que estamos a refletir. Pois bem, lá vamos nós. Nosso mundo, no entanto, não consegue evoluir, apesar de tudo, para um patamar onde Deus seja o centro da vida das pessoas que fazem, tantas vezes, com que outros deuses sejam o centro. Como o dinheiro, os bens materiais, as pessoas e elas mesmas. Assim agindo, conservam longe de si a liberdade concedida lá do alto para viver o desapego as coisas que passam. Este é um grande problema da humanidade. Divinamente falando, liberdade é viver não sendo escravo do pecado e não poder fazer o que se quer. Eis um grande detalhe que pega muitos distraídos em suas tentações. Desta forma, já que o pano de fundo da realidade do mundo é esta, cabe como se dizia no início do artigo tomar uma atitude. E como se diz no dito popular, unir o útil ao agradável, de forma bastante simples, prática e direta. E ainda friso a questão dizendo que, o que vou dizer, é muito difícil de se praticar para muitos por conta do enraizado apego que se permitiu instalar dentro de cada um. Trata-se da prática do jejum. Que consiste em abrir mão, voluntariamente de algo que lhe faz falta, para os mais diversos motivos. O crescimento pessoal, a reparação pelos pecados da humanidade e sua conversão, por alguma graça ou agradecimento, enfim, motivos que não devem em sua maioria serem egoístas, pois se és um católico imerso na igreja, corpo de Cristo, suas atitudes devem visar o bem do todo e não apenas seu próprio umbigo. E mais especificamente, continuando a reflexão sobre o tema, falo aqui do jejum da tecnologia. Que precisa, urgentemente ser colocado em prática em todos os lares e por todas as pessoas. Fala-se assim, do jejum da tecnologia, porque desta forma ele engloba a televisão, o computador, o smartphone, a internet, os jogos eletrônicos e toda a parafernália digital que escraviza o homem, tomando dele um tempo que poderia dedicar a si, sua família, ao próximo mas, em primeiro lugar, a Deus. Se alguém não pensa ser necessário pois afirma não ser dependente dessas coisas a ponto de ter tempo para o que realmente é importante, que faça a experiência. Saia de casa sem o celular logo pela manhã, passe o dia sem ele, ou fique o fim de semana sem assistir tv, desligue a internet de sua casa por alguns dias. Melhor ainda, faça isso e coisas semelhantes mais vezes e verá que se conseguir em todas elas realmente irá vivenciar o que é ser livre, do contrário verás que ainda existem continentes inteiros dentro de ti que precisam se configurar ao Cristo Ressuscitado. Fazendo esta prática verás que irá te sobrar tempo para ler um livro, conversar ao vivo com alguém que não costuma conversar e vai te sobrar tempo, mais tempo para conversar com Deus. Pois é no silêncio do mundo tecnológico que ele nos fala e que tantas vezes não escutamos porque queremos que ele responda entre um clique e outro do mouse, ou ainda entre um vídeo do youtube e outro, ou entre um programa de tv e seu intervalo. Artigos Relacionados: Já rezou hoje? E o celular já usou hoje? Quem educa quem. Pokemon Go, pode ou não pode? O bom uso do tempo. Exagerar não e exagerar sim. fonte: Jefferson Roger
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segunda-feira, 21 de novembro de 2016

Perseguição aos Cristãos

Mateus 5,11-12 – “Bem-aventurados sereis quando vos caluniarem, quando vos perseguirem e disserem falsamente todo o mal contra vós por causa de mim. Alegrai-vos e exultai, porque será grande a vossa recompensa nos céus, pois assim PERSEGUIRAM os profetas que vieram antes de vós”.

João 15,20-21 – “Lembrai-vos da palavra que vos disse: O servo não é maior do que o seu senhor. Se me PERSEGUIRAM, também vos hão de perseguir. Se guardaram a minha palavra, hão de guardar também a vossa. Mas vos farão tudo isso por causa do meu nome, porque não conhecem aquele que me enviou.

Muito bem caros leitores, como bem vemos não é de hoje que acontecem as perseguições aos cristãos. Na bíblia encontramos relatos dessa prática que foi de antemão, anunciada por Jesus. E ele foi bem claro. Quem é um fiel seguidor de Jesus, será perseguido assim como ele foi. E mais, Jesus atesta que quem segue aquilo que é mandato de Deus também sofre a perseguição e nos comprova que os profetas durante a época que antecedeu sua vinda, por agirem assim, foram perseguidos. Vamos resumir? Cristão é perseguido. Cristão que não é perseguido é um cristão covarde, de alma tíbia e de comportamento morno, em cima do muro. Estes são aqueles que por medo de perderem a sua vida fazem de tudo. Para estes Jesus disse que irão perde-la e disse porém, que para aqueles que perderem a vida por causa dele, salvar-se-ão.

Ora, basta um estudo pela história e tradição da igreja católica para aprender que muitos santos e santas de Deus, homens e mulheres como tantos de nós, passaram por grandes martírios por amor a Deus. Ao estudarmos suas vidas nos deparamos com uma fé vivida de modo heroico, uma fé que não mede consequência e que põe a prova todo o ser da pessoa. Nada nela vale mais do que amar a Deus e poder fazer parte do seu reino no paraíso. É o que nos conta Jesus na parábola da pessoa que descobriu a pérola preciosa e que vende tudo para poder compra-la.

Jesus nos ensina que precisamos ser assim, precisamos vender tudo, ou em outras palavras precisamos ser “pobres de espírito” (Mateus 5,3). Precisamos nos desapegar de tudo e não só de uma porcentagem. Não abrir mão de algum capricho pessoal significa dizer que não se abre mão de algum pecado de estimação. São Tomás de Aquino nos ensina que a obstinação ao pecado é uma das seis formas de pecado contra o Espírito Santo, que não tem perdão nesta vida e nem na eternidade, já nos alertou Jesus. (Mateus 12,31)

Por fim, fato é de que sempre existirá essa afronta contra os cristãos. Afinal, cada um de nós cristãos somos uma pedra no caminho de satanás. Ele quer nos chutar para fora do caminho, para que caiamos para fora da estrada. Quer nos ver rolar ladeira abaixo para a condenação eterna. Haja vista atualmente a investida religiosa do estado islâmico. O que nos resta então não é o apego a vida e sim o apego a Deus, pois é como Jesus nos disse que devemos temer aquele que pode matar a alma e não aquele que pode apenas matar o corpo (Mateus 10,28).


fonte: Jefferson Roger
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Semelhantes a Deus? Será?

O ser humano, criado a imagem e semelhança de Deus (Gênesis 1,26), conforme nos relata as sagradas escrituras, se parar para pensar um pouquinho, ou ainda se estudar um pouco mais a bíblia verá que em outra passagem está escrito que ninguém pode se assemelhar a Deus (Isaías 40,18). Como ficam as coisas? Parece contradição não é mesmo mas, se cremos que a bíblia é inspirada por completo pelo Espírito Santo, então devemos procurar compreender a mensagem contida nessa aparente contradição.

De cara, o que se aprende já na catequese é o que se diz no livro do Gênesis. E qualquer um pode compreender essa passagem intuindo para si que somos semelhantes a Deus enquanto aparência. Dessa forma, um elefante, também criado por Deus, não é semelhante a ele, assim como nenhum animal. Apenas, segundo as escrituras, o ser humano. Indo um pouco mais adiante, encontramos no Salmo 85,8 que “não há semelhante a ti entre os deuses, Senhor”. Se as escrituras afirmam isso, com relação as divindades pagãs e o próprio criador do universo, o que dizer então da raça humana? Sem dúvida, pelo que nos ensina o salmo, não somos semelhantes a Deus, já que nem os deuses pagãos o são.

Refletindo um pouco mais, é fácil de se aceitar que um objeto branco não é semelhante a um objeto doce pois possuem naturezas diferentes. Nem podemos dizer que um tablete de açúcar, que é doce, é semelhante a um pedaço de maria mole, que é branca. E então, como fica nossa situação nesta questão apresentada pela palavra de Deus? Somos semelhantes ou não? Já que a bíblia aponta as duas situações. A resposta é simples, sim e não. E quem nos elucida a questão é o doutor angélico São Tomás de Aquino em sua suma teológica artigo terceiro da primeira parte.

Ele nos ensina que a semelhança e imagem não está relacionada com a ordem natural. Dois homens se parecem e são semelhantes, enquanto a forma, pois pertencem a mesma ordem de grandeza. Já Deus, que está acima de todas as ordens e é a essência de todas elas, não se equipara a elas. Não se pode dizer que Deus se parece com o homem porque esta não é a ordem das coisas. O homem, sim, se parece com Deus no sentido de se assemelhar a sua imagem. Notemos que no livro do Gênesis muitas coisas foram criadas por Deus, saíram dele, mas apenas o homem foi feito a “sua imagem e semelhança”, enquanto aparência e não enquanto natureza e é por isso que, para deixarmos de ser suas criaturas e passarmos a condição de filhos adotivos, recebemos a graça do batismo conquistado na cruz. Notemos que nossa existência, que partiu da essência de Deus não nos equipara a ele, mas por seu amor, somos semelhantes em aparência e somos convidados a sermos seus imitadores (1ª Coríntios 11,1).

Tanto é, que o próprio redentor, fazendo a vontade do pai, assumiu nossa natureza humana, sem perder sua natureza divina, para nos ensinar e dar exemplo de como devemos nos assemelhar a ele, para podermos alcançar a coroa da glória eterna. Se somos assim, semelhantes a sua imagem devemos ser semelhantes as suas atitudes. Por isso, é preciso entender que não somos imperfeitos, somos perfectíveis. Somos criaturas que podem chegar a perfeição, contribuindo com o Pai Eterno. Aquilo que é imperfeito não pode mudar sua natureza por força própria. Sempre será imperfeito a não ser que a mão divina, para o qual tudo é possível, intervenha em sua criação.

Sendo assim, nos alegremos, pois esse Deus que nos criou por amor, nos concedeu essa natureza humana perfectível para que, passando por esse vale de lágrimas, cresçamos até a estatura de Cristo para conquistarmos o prêmio eterno do céu.


fonte: Jefferson Roger
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UNESCO – Comandada por satanás

Muitas pessoas ao redor do mundo fazem um esforço tremendo para viver uma vida e um progresso evolutivo e inevitável, (assim dizem elas) para viverem suas vidas trabalhando com unhas e dentes para que elas, as suas vidas, sejam um paraíso já aqui na terra. Este esforço que é tremendo, o é porque as pessoas querem, permitam-me a comparação, jogar um jogo sem obedecer às regras do mesmo. O ainda, querem trabalhar numa grande empresa sem seguirem as normas e regulamentos internos da mesma. Como pode? Não pode não é mesmo!

Mas, muitos acham que pode. Acham que de Deus só lhes cabe aceitar que os criou e que os concedeu o livre-arbítrio, a liberdade. Não compreendem o que de fato é esse livre-arbítrio e acham que essa liberdade os permite fazerem tudo o que querem, ferindo a natureza criada por Deus, revoltando-se contra o criador e pecando a vontade, defendendo e empunhando a bandeira de sua causa, que é uma causa que não caminha e não está alinhada ao evangelho de Jesus Cristo.

Porém, para estes, o pecado não é mais definido por Deus e sim conforme seus interesses próprios. Jesus e seu evangelho não passam de um fato histórico que é melhor ficar dentro deste conceito: na história. “Não quero esse Jesus na minha vida, ele me proíbe de tantas coisas. Ele e esse Deus Pai todo poderoso são desmancha prazeres. Prefiro aproveitar os prazeres da vida, conquistar a felicidade e os aplausos da humanidade, ser próspero, bem de vida e ser feliz. Esse Deus não me dá o que eu quero.” Este é um dos pensamentos das pessoas que não querem aceitar a sua realidade de criaturas de Deus, filhos pela graça do batismo, conquistado na cruz.

E o mundo segue adiante em suas tentativas de povoar o planeta com uma raça pervertida pelo mal e por tudo aquilo que não provém do Altíssimo. Haja vista outro recente exemplo. A UNESCO, neste mês de novembro lançou um documento com 142 páginas que estabelece mecanismos de doutrinação LGBT em todas as escolas do mundo, usando novamente como desculpa a violência e o bullying. O informe fala em “homofobia” e “transfobia” nos colégios. Afirma também que a imposição de normas de vestimenta e de corte de cabelo supõem uma forma implícita de homofobia e transfobia”. Alguns dados (forjados e manipulados) do informe:

•85% dos estudantes LGBT dos EUA sofrem violência e bullying.
•45% dos estudantes transgênero da Argentina abandonaram os estudos.
•Os estudantes LGBT tiveram resultados acadêmicos ruins na Austrália, China, Dinamarca, El Salvador, Itália e Polônia.

Tudo isso de acordo com dados “pré-fabricados”, retirados de pesquisas feitas por organizações LGBT, como a ILGA (International lesbian, gay, bisexual, trans and intersex association). Até as fotos são cedidas pelo lobby gay de estudantes europeus.

O informe também promove a agenda de gênero, definindo este termo da seguinte maneira: “Construção Social aprendida por meio do processo de socialização dos atributos e oportunidades associados a homens e mulheres.” A definição é flagrantemente autocontraditória: se não podemos falar em “homem” ou “mulher”, já que são mera construção social, por que utilizar os conceitos numa definição que pretende negá-los?

O que o lobby LGBT propõe:

•Uma educação “inclusiva e compreensiva” em relação às diferentes identidades sexuais e expressões de gênero “desde a mais tenra idade”.
•Os conteúdos deverão ser livres de preconceitos e objetivos. Não poderão ser “inexatos nem estigmatizantes” e deverão ser transversais, ou seja, serão incluídos em todas as disciplinas.
•A criação de uma campanha de sensibilização mundial que avaliará a evolução do programa.
•Os países deverão incorporar essas propostas.

Mais uma vez podemos notar o caráter eufemístico do palavreado usado para apresentar o programa. Apesar de ser uma tática cada vez mais previsível, os revolucionários ainda precisam recorrer a ela, pois se não o fizerem ninguém lhes dará ouvidos. Precisam usar uma linguagem sentimentalista para tentar enganar as pessoas, pois o que querem realmente é doutrinar as crianças com uma “cosmovisão LGBT”. O informe não menciona em nenhum momento o direito dos pais a educar seus filhos.

Valha-nos Jesus e Maria Santíssima. Como sempre digo e escrevo, a batalha continua. Vamos escolher morar na cidade santa, a Jerusalém Celeste, ou já aqui na terra, na torre de Babel?


fonte: Jefferson Roger, Citizen Go e UNESCO
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sexta-feira, 11 de novembro de 2016

Entender Deus

A teologia busca, através do esforço humano, compreender os ensinamentos de Deus, contidos nas sagradas escrituras e na santa tradição, fazendo uso de análises e conjecturas sobre toda a revelação bíblica. Porém, facilmente pode-se notar que, com poucos metros de caminhada, a profundidade do bondoso Deus do novo testamento (Mateus 19,17), que é o mesmo Deus da guerra do antigo testamento, o mesmo Deus que se arrependeu da criação humana (Gênesis 6,7) e o mesmo Deus que parece ter testado a fidelidade de Adão e Eva no Jardim do Éden (Gênesis 2,16-17) e ainda o mesmo Deus que manifesta sua ira contra sua criação (Isaías 13,13), pode-se notar que, parece existir um Deus que muda de temperamento ou de opinião.

E o que dizer desse Deus, pregado como onipotente, onisciente e onipresente, que parece deixar de lado seu poder total para promover o bem da humanidade, parece não saber de tudo pois perguntou onde estava Adão (Gênesis 3,9) e onde estava Abel (Gênesis 4,9)? O que dizer de um Deus que cobra que nos humilhemos como servos inúteis se quisermos suas graças? Também se pode cogitar porque o pecado, invenção angélica, surgiu num ser criado perfeito por Deus (Ezequiel 28) mas que as escrituras afirmam que desde o princípio foi mentiroso (João 8,44)?

Pois bem, a realidade de tudo isso não está revelada. Nossa Senhora já nos alertou em suas aparições que “tudo nos será revelado nos céus”. Eis aí uma bela oportunidade para exercermos nossa fé. Sem a luz da fé, dom de Deus, uma certeza a respeito daquilo que não se vê (Carta aos Hebreus), o ser humano não consegue olhar para as escrituras com uma visão sobrenatural. Não consegue separar sua análise crítica e literária sobre os textos, seus contextos e suas épocas, da intenção pela qual eles nos foram entregues.

Muitos estudiosos bíblicos apontam para o fato de que Deus se utilizou dos seres humanos, criaturas perfectíveis, porém com suas limitações, para, inspiradas pelo Espírito Santo, colocar por escrito os ensinos divinos (2ª Pedro 1,20-21). Desta forma, sob sua assistência e com a luz da fé, todas as aparentes contradições são digeridas e se percebe que os “vários” deuses ou o “deus” imperfeito com um comportamento de “lua” e “bipolar”, nada mais é do que uma tentativa humana errônea de rotular o que é incompreensível em nosso criador. Sendo assim, também esse é um dos motivos de tantas denominações religiosas existirem.

Praticamente todas argumentam que Deus é um só e por isso tanto faz a qual religião as pessoas pertencem. Mas isso não é verdade porque na prática tantas dizem que receberam a revelação do espírito e que “eles” pregam a verdade. Tão errado é que, quando se desentendem, saem dessas denominações religiosas e fundam outras dizendo que agora pregam a verdade, inspirados pelo espírito santo. Quanta “jacuzisse” para não falar palavrão maior e quanto pecado contra a terceira pessoa da Santíssima Trindade.

São João Maria Vianney, já esclarecia em seus ensinamentos que não devemos nos preocupar em saber aquilo que, caso não saibamos, não será motivo para nossa condenação. Deus nos disse em Malaquias 3,6 – “Eu sou o Senhor seu Deus e não mudo. E disse ainda em Isaías 45,23 – “Minhas palavras não serão revogadas.” O próprio Deus é bastante claro ao nos afirmar isso em Deuteronômio 29,29 – “O que está oculto pertence ao Senhor, nosso Deus; o que foi revelado é para nós e para nossos filhos, para sempre, a fim de que ponhamos em prática todas as palavras desta lei.”

Deus não precisa nos provar nada, ele é Deus e sem nós continua sendo Deus. Nós, criaturas suas, que por Jesus recebemos a salvação e a vida eterna é que precisamos aderir ao seu projeto.


fonte: Jefferson Roger
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quarta-feira, 9 de novembro de 2016

O preço da "porta estreita"

Com a correria do dia a dia e a frenética agitação que o mundo impõe para as almas sedentas de felicidade e alegrias, passa despercebido para muitos a consciência de como andam seus preparativos para a vida eterna. O bondoso Deus (Mateus 19,17) que em sua justiça irá recompensar cada um segundo suas obras (Mateus 16,27) nos apresenta um desafio que não podemos vencer sozinhos (Mateus 19,26), que se trata da nossa salvação. Sem a ajuda de Jesus nada podemos fazer (João 15,5) e isso nem seria o mais importante, já que o mais importante para o católico, que é a salvação de sua alma, nem isso pode fazer sozinho, a ajuda de Jesus não pode em hipótese nenhuma ser ignorada. Aqueles que assim o fazem, ele mesmo já disse que já receberam a sua recompensa (Mateus 6).

Esse desafio, no entanto, é alcançável. O desafio de passarmos pela “porta estreita”, Jesus, a porta do céu (João 10,9). Sozinhos não podemos, já sabemos, mas nossa parte devemos fazer, isso também sabemos. Deus não quer filhos infiéis e inúteis (Eclesiástico 15,22), muito pelo contrário. Nos quer dependentes e obedientes a sua vontade, configurados à sua imagem. Porque “muitos tentarão e poucos conseguirão” (Lucas 13,24).

E esta afirmação do Cristo Ressuscitado muito dura e verdadeira atesta uma triste realidade. E uma realidade que nos deve fazer pensar em nossas vidas e em nossos comportamentos a todo o instante. Nos deve fazer questionar como andam nossas práticas religiosas e nossas obras pois, o que está em jogo por conta de alto preço, é a salvação da nossa única alma. Precisamos realmente, se acreditamos que depois desta peregrinação terrestre existe a vida eterna, nos empenharmos em viver a radicalidade pedida no evangelho por Jesus, para que através dessa violência (Mateus 11,12), alcancemos a coroa imperecível da gloria eterna.

Devemos nos perguntar: Será que estamos vivendo como Deus quer? Ou será que fazemos parte dos muitos que estão tentando e não conseguirão? Afinal, o próprio Jesus é quem nos revela isso: “muitos não conseguirão”. Vale também refletir a seguinte questão. O tempo da graça abundante de Deus é agora, no tempo que vivemos chamado tempo da igreja. No hoje que nos é concedido dentro deste tempo nos cabe nos corrigirmos, nos convertermos, nos arrependermos e nos humilharmos para sermos exaltados (Mateus 23,12).

Já pensou, caro leitor, chegarmos no fim de nossa peregrinação terrestre e na frente de Jesus Justo Juiz, nos apresentarmos sem ter atingido a meta? Não termos feito o bem suficiente em vida e estarmos com as mãos vazias de obras queridas por Deus? Sabemos que se assim o for, nosso julgamento irá nos presentear com a segunda morte, o fogo inextinguível do inferno. E vamos recordar como o preço é alto? Acompanhemos um pequeno trecho do livro dos Gálatas 5,19-21:

“Ora, as obras da carne são estas: fornicação, impureza, libertinagem, idolatria, superstição, inimizades, brigas, ciúmes, ódio, ambição, discórdias, partidos, invejas, bebedeiras, orgias e outras coisas semelhantes. Dessas coisas vos previno, como já vos preveni: OS QUE AS PRATICAREM NÃO HERDARÃO O REINO DE DEUS!”

Como podemos bem ver caro leitor, a passagem pela porta estreita exige que toda a natureza pecaminosa seja deixada de lado. O católico sabe que sua fé é no todo, em toda a escritura e não em parte dela. Ou se crê por completo e se é católico ou se crê naquilo que convém e se é uma pessoa que é seu próprio deus e devoto, alegando que a bíblia não é expressão integral da verdade, por ter sido escrita por mãos humanas. Errado! Está afirmação vai contra 2ª Pedro 1,20-21. Fiquemos atentos, é preciso cuidarmos do pouco, e não só do muito. Basta a obstinação a um pecado, consentido e adotado, para não podermos entrar no paraíso do três vezes santo.


fonte: Jefferson Roger
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terça-feira, 8 de novembro de 2016

Não matar é mais que "matar"

A observância aos mandamentos da lei de Deus, que são acatados pelo católico por estarem na nova aliança, no novo testamento, confirmado por aquele que faz novas todas as coisas (Apocalipse 21,5), comumente é reduzido pelos fiéis a uma interpretação um tanto simplista. Para muitos, obedecer ao quinto mandamento: não matar, simplesmente significa não tirar a vida de alguém com intenção de se praticar este ato.

Mas, a exigência que o amor de Deus nos apresenta pede muito mais. O padrão com que seremos julgados é altíssimo. Não nos é possível conceber uma ideia de que Jesus Misericordioso irá passar a mão na cabeça do cristão, como o vovô faz com o netinho, querendo conforta-lo porque o pai ou a mãe o corrigiu por alguma malcriação. Muitos esquecem que o tempo da graça é agora. Agora, como nos disse Jesus, através da mensageira da misericórdia Santa Maria Faustina Kowalska, é o tempo da misericórdia onde as comportas do seu coração derramam abundantes rios de graças aos que o pedem e se deixam conduzir pela sua mão.

Após, será o tempo da justiça, onde o seu pesado braço irá nos julgar conforme nossas obras (Apocalipse 22,12). O pecado grave que o quinto mandamento aponta, envolve muitas questões, assim como todos os mandamentos de Deus e toda a sua doutrina. Dessa forma é preciso se entender, que a entrada pela porta estreita não será “arranjada” ou “facilitada”. Ninguém será admitido a gloria eterna sendo disfarçado de bonzinho. Em suas aparições Nossa Senhora nos recorda que todos os pecados serão colocados na balança da justiça de seu filho. Afinal, se assim não o fosse, Jesus não seria o justo juiz.

Para Deus “Quem tira de um homem o pão de seu trabalho, é como o assassino do seu próximo (Eclesiástico 34,26).” E “Quem odeia seu irmão é assassino. E sabeis que a vida eterna não permanece em nenhum assassino (1ª João 3,15).”

Por isso é que Jesus em seu sermão da montanha nos ensina que: Mateus 5,44-48 – “amai vossos inimigos, fazei bem aos que vos odeiam, orai pelos que vos [maltratam e] perseguem. Deste modo sereis os filhos de vosso Pai do céu, pois ele faz nascer o sol tanto sobre os maus como sobre os bons, e faz chover sobre os justos e sobre os injustos. Se amais somente os que vos amam, que recompensa tereis? Não fazem assim os próprios publicanos? Se saudais apenas vossos irmãos, que fazeis de extraordinário? Não fazem isto também os pagãos? Portanto, sede perfeitos, assim como vosso Pai celeste é perfeito.”

É preciso, portanto, um esforço diário e uma constante violência contra o mal, contra o pecado, pois assim se chegará ao Reino dos Céus (Mateus 11,12). A inteligência que recebemos de Deus precisa ser utilizada para um aprendizado sadio de tudo que nos é essencial para bem vivermos o evangelho. Já sabemos que é muito difícil e que sozinhos não conseguimos (João 15,5). Precisamos então pedirmos como fazia São Francisco de Assis em suas orações:

“Jesus Cristo desfigurado, configura-me”. Ele que também recitava: “Senhor, fazei-me instrumento de vossa paz. Onde houver ódio que eu leve o amor...” Vê-se assim, com este pequeno exemplo, como deve ser a vida do cristão, uma vida que procura imitar o Ressuscitado (1ª Coríntios 11,1)


fonte: Jefferson Roger
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segunda-feira, 7 de novembro de 2016

O comportamento

A palavra comportamento tem sua origem do latim “comportare”, que é uma junção de “com”, ‘junto, com’ e “portare”, ‘carregar, transportar’. Por isso cada pessoa tem o seu. A maneira de agir ou não, suas atitudes e omissões, tudo que fazemos fazem de nós o que somos, se constituem em nossa “bagagem”, que levamos conosco para onde formos. Através de nosso comportamento demonstramos para as outras pessoas quem somos.

Geralmente, na sociedade se diz que quem se comporta bem é bem-educado, e quem se comporta mal é mal-educado. Neste ponto compreendemos que nos comportamos conforme nossa educação. E nossa educação existe na medida daquilo que aprendemos. Feito este apanhado geral, a nós católicos cabe ainda, refletirmos sobre nossa conduta, frente a nossa realidade espiritual, apresentada e exigida por Deus.

Para isso retornemos para o exemplo da sociedade, lembrando sempre que a natureza humana procura imitar a natureza divina. Pois bem, é sabido de todos que as leis humanas, punem o mau comportamento humano, de várias formas, ainda que, infelizmente é preciso dizer, só na teoria. Que dureza não é mesmo pois temos que lembrar aqui da impunidade que assola tantas áreas de nossas vidas. Não nos deixemos desanimar por isso, nós justos; lembremos das bem-aventuranças do evangelho. Sabemos também, que o bom comportamento social abre portas.

E na vida espiritual como fica? Como somos todos filhos de Deus, pelo batismo, um mau comportamento que de alguma forma, ofende ao próximo ou o prejudica em algo, inevitavelmente desagrada a Deus, pois somos irmãos em Cristo Jesus. De igual maneira, nosso bom comportamento para com o próximo, de forma gratuita, termina por agradar a Deus, pois Jesus nos disse que o que fazemos ao irmão é a ele que fazemos.

Seja como for, para nós, que desejamos e trabalhamos para conquistarmos o céu (Mateus 11,12), é preciso sim, seguirmos os ensinamentos celestes. Como nos recorda a carta de São Paulo a Tito cap. 02: “O teu ensinamento, porém, seja conforme à sã doutrina. E mostra-te em tudo modelo de bom comportamento: pela integridade na doutrina, gravidade, linguagem sã e irrepreensível, para que o adversário seja confundido, não tendo a dizer de nós mal algum.” E ainda, para concluirmos a reflexão, recordemos o que nos diz o Senhor através dos profetas e do livro das revelações.

Isaías 55,6-8 - “Buscai o Senhor, já que ele se deixa encontrar; invocai-o, já que está perto. Renuncie o malvado a seu comportamento, e o pecador a seus projetos; volte ao Senhor, que dele terá piedade, e a nosso Deus que perdoa generosamente. Pois meus pensamentos não são os vossos, e vosso modo de agir não é o meu, diz o Senhor.”

Jeremias 17,10 – “Eu, porém, que sou o Senhor, sondo os corações e escruto os rins, a fim de recompensar a cada um segundo o seu comportamento e os frutos de suas ações.”

Apocalipse 22,12 – “Eis que venho em breve, e a minha recompensa está comigo, para dar a cada um conforme as suas obras.”


fonte: Jefferson Roger
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domingo, 6 de novembro de 2016

Orações em formato de "fórmulas"

Muitas pessoas de várias denominações religiosas expressam o seu desejo e práticas de diálogo com o altíssimo através de súplicas e outras expressões pessoais que se afastam um pouco dos ensinamentos das sagradas escrituras. E esta prática também acontece entre os católicos. Muitas são as pessoas que contestam as várias orações que existem na bíblia. Dizem que fazem suas orações de forma espontânea ao invés de decorarem as “fórmulas” ensinadas pelas escrituras inspiradas pelo Espírito Santo. Vai saber, não é mesmo, o motivo de cada um, em achar que suas orações substituem aquelas que nos foram dadas do céu.

O que dizer então do Livro dos Salmos? Das 150 orações que prefiguram a vinda de Cristo e antecedem o Saltério Mariano entregue por Nossa Senhora a São Domingos de Gusmão? Seja como for, uma coisa é sempre importante ficar bem claro a todos. É muito evidente que a oração que brota de dentro do coração, de forma natural, com fé profunda e reta intenção chega aos céus pelas mãos dos anjos.

Porém, os escritos sagrados também nos ensinam que “o Espírito vem em auxílio à nossa fraqueza; porque não sabemos o que devemos pedir, nem orar como convém, mas o Espírito mesmo intercede por nós com gemidos inefáveis. (Romanos 8,26)” E ainda mais, Nossa Senhora em toda a história de suas aparições, sempre com caráter de chamada de atenção, pratica para com a humanidade uma antífona pessoal de forma constante e incansável. Sempre nos recorda a mãe de Deus e nossa mãe: “rezem o Santo Rosário”.

Como fica a importância que algumas pessoas dão ao pedido de Maria, que com certeza sabe muito mais do que qualquer ser vivente? Vale lembrar que ela foi especialmente agraciada por Deus (Lucas 1,28). Ou como fica, também incluindo a doutrina da igreja, a oração a São Miguel Arcanjo, elaborada pelo Papa Leão XIII? Pois é, há de se pensar a respeito uma vez que a igreja está sendo conduzida pelo Espírito Paráclito, responsável por todo o ensino (João 14,26).

Por fim, vamos recordar o ensinamento de Jesus, nosso salvador. Aquele que nos trouxe a boa nova do Reino de Deus e nos deixou um caminho para ser percorrido de volta. E dentro de seus ensinamentos o messias nos ensinou a maior expressão de todas as orações: a oração do Senhor, o Pai Nosso (Mateus 6,9-13).

A oração, única arma do cristão, como nos recorda Santo Antão, sempre será a comunicação direta entre o Pai e o filho. Sob todas as formas. As pessoais mas sobretudo as ensinadas pela luz divina. Deixar de lado ladainhas, rosários, terços e toda forma de oração promulgada pela igreja católica para se dedicar apenas a uma conversa pessoal e informal com Deus é abrir mão do tesouro de Cristo e de sua igreja (Mateus 16,18) e contar apenas com o próprio esforço invalidando as palavras de Jesus que nos confirma que sem ele nada podemos fazer (João 15,5). A igreja militante (na terra), ajuda a igreja padecente (no purgatório) e é ajudada pela igreja triunfante (no céu). A graça concedida por Deus a todos, que é a comunhão dos santos é algo que se recorda em todas as missas de preceito, através da oração do creio.

Se essa oração, que é nossa profissão de fé, for rezada da boca para fora, seremos como os hipócritas que nos alerta Jesus (Lucas 7,6).


fonte: Jefferson Roger
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