terça-feira, 5 de janeiro de 2016

O justo Juiz


Livro do Eclesiástico 5,6-10

6 Não digas: A misericórdia do Senhor é grande, ele terá piedade da multidão dos meus pecados,
7 pois piedade e cólera são nele igualmente rápidas, e o seu furor visa aos pecadores.
8 Não demores em te converteres ao Senhor, não adies de dia em dia,
9 pois sua cólera virá de repente, e ele te perderá no dia do castigo.
10 Não te inquietes à procura de riquezas injustas, de nada te servirão no dia do castigo e da escuridão.

Olá caros leitores, mais uma vez estamos aqui a meditar um pouco mais sobre a palavra de Deus, que nunca passa em vão e sempre nos atinge como flecha. Mesmo aqueles que acham que são inatingíveis e a prova de tudo. Grande engano acharem que o que Deus tem para nos falar através de sua palavra não é para eles, grande engano.

Pois bem, este pequeno trecho do livro do Eclesiástico cai como uma luva a todos nós pecadores. Uma vez que o pai da mentira, nosso inimigo cruel, satanás, sempre está a misturar meias verdades com mentiras, é muito fácil cairmos na tentação de acharmos pelo pecado da presunção que seremos salvos graças a misericórdia de Deus, independente de nossa conduta, pois sua misericórdia é insondável. Triste engano dos que pensam assim pois passam a agir com indiferença perante os ensinamentos do altíssimo confiantes que basta pedir perdão que tudo se resolve.

Não é assim. Não é assim. O perdão de Deus é uma realidade para aqueles que estão verdadeiramente arrependidos. Pecar intencionalmente e premeditadamente com intenção futura de pedir perdão não possui aí, nenhum sinal de arrependimento. Como nos ensinou Jesus, o que vem somente da boca para fora não provem do coração. É muito fácil apoiar-se apenas em Jesus misericordioso e deixarmos de lado o Jesus justo juiz. Aquele que vai julgar os vivos e os mortos. Essa é a fé que proclamamos e não devemos portanto, deixar de lado e transformar essa realidade em um pequeno detalhe que como uma sujeirinha no tapete pode passar despercebida.

Interessante notar que é exatamente sobre isso que trata este trecho da bíblia. Ele busca marcar em nós, o fato de que existe a misericórdia e a justiça e de que não devemos levar na brincadeira essa questão, deixando para depois de cuidar da salvação de nossas almas até porque Deus só nos dá o hoje. O amanhã não existe ainda e o ontem não existe mais. Essa história de que depois eu faço, amanhã eu rezo, quando der me confesso, quando sobrar tempo vou a missa e por aí em diante, pode se transformar num verdadeiro tiro pela culatra. O inesperado pode chegar, nossa hora da passagem pode bater as portas de nossa peregrinação terrestre e a inutilidade de nossas atitudes em correr atrás das coisas que passam se tornarão um fardo capaz de impedir nossa entrada no céu.

O mundo é assim; faz de tudo para que nossa entrada no céu seja proibida. Os pecados sempre apresentados em pratos saborosos sempre irão esconder o gosto amargo ensinado nas sagradas escrituras. Tudo tem seu custo. Tudo que fazemos e escolhemos gera uma consequência. Muitos passam a vida juntando dinheiro e terminam esta existência com as mãos vazias. Muitos dedicaram suas vidas aos prazeres do mundo e escolheram viver aqui na terra seu paraíso, um paraíso sem Deus. Para os que procedem assim, aprendemos na carta aos Romanos que Deus os entregou as suas paixões. Sabem que é errado, fazem o que é errado e ensinam aos outros. São dignos de morte e aqui se trata da segunda morte, a morte da alma.

Que todos nós saibamos sempre manter a vigilância que tanto nos pede Jesus. Que a seriedade de nossas atitudes sempre nos envolva e nos mantenha focados com o olhar para a eternidade pois nenhum preço que pagarmos será muito alto ao compararmos com a felicidade eterna do paraíso. Vamos recordar. Nossas almas custaram sangue. Sangue derramado na cruz por amor a cada um de nós pobres pecadores. Jesus aceitou a vontade do Pai, mesmo na agonia do jardim das oliveiras. Que nós saibamos reconhecer que o criador, por amor a nós, entregou seu filho unigênito para nos salvar. Que essa redenção nos converta e nos transforme dia após dia nos fazendo crescer nas verdadeiras virtudes cristãs que irão nos trazer a glória eterna, transformando nosso coração em morada cristalina e digna de receber nosso salvador.


fonte: Jefferson Roger

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