Já dizia Jesus que não existe amor maior do que aquele que dá a vida pelo irmão. Amar é fazer aquilo que é bom para o outro. Gostar é fazer aquilo que é bom para si próprio. Por isso no curso de nossas vidas encontramos tantas pessoas gostando demais e amando de menos. Gostar tem raízes egoístas. Através do dom da sabedoria, recebido pelo Espírito Santo, passamos a amar o próximo como a nós mesmos, mas por amor a Deus. Essa atitude que fica em completa sintonia com os mandamentos do amor faz a pessoa se colocar a serviço do próximo, seja esse próximo quem for. Aqui neste artigo, iremos exemplificar com uma matéria publicada no portal r7 que trata justamente deste tema: Fazer pelo outro, na gratuidade. Mães fazem de tudo para proteger seus filhos, mas Fernanda e o marido Rafael dedicam suas vidas para proteger o filho Bernardo, de dois anos, que tem um nível de alergia ameaçador, tanto que é preciso andar com uma caneta de adrenalina sempre para evitar uma tragédia. O pequeno Bernardo tem alergia a uma série de alimentos: leite, soja, banana, ovo, carne de vaca, corante vermelho, castanhas, pistache e todas as oleaginosas. Se fizer contato com algum destes alimentos, surgem manchas na pele do menino, vômitos e até diarreia com sangue. A mãe conta que descobriu a doença do filho logo que ele nasceu. — Meu obstetra me disse: "Corta o leite porque dá muita cólica", aí eu cortei, mas continuei com o queijo, a soja, mas isso tudo eu consumindo. E o Bernardo era uma criança estranha. Ele chorava muito, vomitava o tempo inteiro e o refluxo dele era daqueles que voava longe, e também tinha umas brotoejas na pele. Quando eu levava no pediatra, diziam que brotoejas eram de calor, o refluxo porque ele era pequeno e o choro normal. Como mãe de primeira viagem, pensava: "Tudo é normal mesmo" — Quando ele fez três meses, voltei a tomar leite e tive que interná-lo no hospital horas depois. Ele teve uma diarreia, vômito excessivo, tanto que chegou no hospital com desidratação. No caminho, lembro que ele estava tão desidratado que estava desfalecendo no meu colo. Chegando lá, contei a história para uma gastropediatra e ela logo descobriu que ele era alérgico a leite. Neste período também, nós fomos ao mercado e o Rafael comeu um salgadinho de queijo e deu um beijo nele, logo subiu uma placa vermelha no rosto. Foi aí que descobrimos. Ele tem reações que envolvem as células do sistema imunológico e podem levá-lo a ter um choque anafilático. O casal mudou completamente a alimentação, tanto que Rafael emagreceu mais de 30 kg e Fernanda pouco mais de 15 kg. Fernanda se emociona ao falar sobre a vida social que perderam para cuidar de Bernardo. — As pessoas não acreditam na alergia dele. Se eu vou em algum lugar e peço para a pessoa não pegá-lo e explicou o motivo, já torcem o nariz. Um dia, meu filho quis abraçar uma criança e a criança também quis abraçar ele, então a gente pediu para a mãe trocar a camiseta porque se tivesse algum farelo prejudicaria, ela disse: "Não. Ele que olhe de longe". De tudo que passou, foi o que mais doeu. Cheguei em casa e chorei muito. Depois, enxuguei o rosto e disse: "Não vou mais chorar porque meu filho é perfeito. Ele não tem nada e, de hoje em diante, vou lutar para a vida dele ser a melhor possível. E é. Se algum dia alguém não quiser abraçá-lo, não tem problema, porque ele tem abraço em casa. Para evitar tragédias, sempre que sai com Bernardo, Fernanda leva uma injeção de adrenalina, pois se o pequeno tiver um choque anafilático, é apenas essa medicação que pode salvá-lo. Os pais fazem de tudo para que Bernardo não se sinta sozinho. — Quando a gente anda na rua, se ele vê uma criança, ele quer soltar da minha mão e abraçar. Como mãe, faço o que posso. Meu marido até diz que sou mais moleque que ele. Completamente apaixonada por Bernardo, Fernanda afirma que abriria mão de sua vida para fazer seu filho feliz. — Nada que eu faça pelo Bernardo é demais. Ele é meu filho, meu melhor amigo, é um presente que Deus deu para mim. fonte: portal r7
Nenhum comentário:
Postar um comentário