“Deus corrige aqueles que ama e castiga os que reconhece por seus filhos” – Pr 3,12, Heb 12,6. Começo este artigo caros leitores com esta expressão que muitas pessoas tendem a esquecer em seu dia a dia. Muitos esquecem desta verdade bíblica que nos acompanha por toda a vida. Ou então não se dão conta de que da mesma maneira é assim que procedem na vida. Vejam, quando uma mãe ou um pai dá uma ordem ou ensinamento e o filho desobedece, ele será repreendido e receberá um castigo, pois foi avisado das consequências. “Se não terminar a lição de casa vai ficar sem vídeo-game”. E se a criança desobedecer vai ficar mesmo. E pensemos então: os pais passaram a amar menos o filho por que ele ao desobedecer cometeu um erro? Claro que não. A punição ou o castigo infringido pelos pais tem origem num amor que busca o melhor para a prole. Nisso todos concordam que passar a mão na cabeça das crianças e mimá-las trará consequências desastrosas de caráter e em outras áreas de sua vida. Ora, vemos muito bem que a natureza humana nada mais está a fazer que imitar a natureza divina. Porém, as pessoas querem corrigir os outros mas não querem ser corrigidas. As leis devem punir os outros mas não devem nos punir. Queremos só a parte boa da coisa e a ruim nem admitimos como hipótese. Assim todos os dias comportam-se tantos e tantos cristãos, que ao menor sinal de sofrimento correm para Jesus pedindo o livramento. Não agem por maldade, podem estar agindo por ignorância. Ou então já estão com a mente embotada pelo mundo e seu príncipe satanás. Vamos a uma constatação? Certa vez, São Pedro Julião Eirmard ao fazer um exorcismo pergunta ao espírito maligno: “O que você mais odeia?” – e o espírito respondeu: “Odeio o sofrimento humano porque o sofrimento salva almas, principalmente o sofrimento de uma pessoa por Jesus ou por outra pessoa, e também o sofrimento dos jovens. E é por isso que eu quero fazer com que as pessoas tenham ódio e horror ao sofrimento para que busquem apenas o prazer, assim ninguém mais irá querer sofrer e eu perderei a muitos no inferno”. O que dizer a respeito disso? Qualquer dorzinha, qualquer sofrimento ou enfermidade e os fiéis correm aos pés de Jesus pedindo a cura dos males ou seja o que for. Não se permitem por amor a Cristo e ao próximo aceitar e viver com paciência o sofrimento mandado por Deus, seja em que esfera da vida for. Esquecem da finalidade das coisas e confundem os desígnios divinos. Deus está pronto a nos curar, mas nos curar de tudo que nos impede de nos salvarmos. Vejamos: Jeremias 30 - 11 Estou contigo - oráculo do Senhor - para livrar-te. Aniquilarei os povos entre os quais te dispersei. A ti, porém, não destruirei; castigar-te-ei com eqüidade, sem te deixar impune. 12 Porque eis o que diz o Senhor: tua ferida é incurável e perigosa a tua chaga. 13 Ninguém quer tomar o encargo de curá-la, não há para ti remédio nem emplasto. 14 Esqueceram-te os que te amavam, e contigo nem mais se preocupam. Pois que te feri, como se fere um inimigo, com cruel castigo, por causa da gravidade de tua falta e do número de teus pecados. 15 Por que choras sobre tua ferida? Por que incurável é tua dor? É por causa da gravidade de tua falta e do número de teus pecados que te fiz isso. 16 Todos aqueles, contudo, que te devoram, serão devorados; irão para o cativeiro teus opressores; teus destruidores serão despojados, e entregarei ao saque os que te pilharam. 17 Vou enfaixar tuas chagas e curar tuas feridas - oráculo do Senhor. Isaías 53 - 4 Em verdade, ele tomou sobre si nossas enfermidades, e carregou os nossos sofrimentos: e nós o reputávamos como um castigado, ferido por Deus e humilhado. 5 Mas ele foi castigado por nossos crimes, e esmagado por nossas iniqüidades; o castigo que nos salva pesou sobre ele; fomos curados graças às suas chagas. 1ª Pedro 2, 24 Carregou os nossos pecados em seu corpo sobre o madeiro para que, mortos aos nossos pecados, vivamos para a justiça. Por fim, por suas chagas fomos curados. Pois bem caro leitor, certamente a escritura é bastante clara. Ela nos ensina que Deus tem reservado para nós, nossa cota de sofrimento. Eles estão impregnados na cruz da cada um conforme a medida que nos cabe. Também nos ensina, como já havíamos refletido, que tudo aquilo que nos impede de irmos ao céu é definitivamente curado através das chagas de Jesus. O poderoso sangue e água que brotaram do peito aberto de Jesus tem poder para nos preservar de todo o mal e de todo o pecado. Deus confirmou isso em colóquio a Santa Catarina de Sena quando disse que: “aquele que recorrer com fé verdadeira ao precioso sangue de Cristo não será mais capaz de cometer pecados”. Chega a arrepiar uma confirmação tão forte como esta vindo do Pai Eterno. Algo que já sabíamos e que aprendemos de Jesus e das sagradas escrituras, mas, que tantas vezes esquecemos. Tantas vezes deixamos que em nosso coração a catequese do mundo se misture com as verdades do Rei dos reis e passamos a nem ter fé como a de um grão de mostarda. Haja vista Nossa Senhora em suas aparições, sempre em tom de advertência e seriedade, ter que vir por vontade de Deus, nos dar um tão merecido puxão de orelha porque a humanidade insiste em ceder as ofertas do diabo e não viver segundo tudo que Jesus deixou nos evangelhos para nossa salvação. Peçamos a Deus a graça de não termos medo de abraçar nossa cruz, de estarmos dispostos a tudo por amor a Deus, sempre conscientes de que fomos feitos para o céu. Esta vida terrena vai passar. É apenas um ponta pé inicial rumo a eternidade. Peçamos a Deus que nunca queiramos trocar alguns anos de prazeres miseráveis da carne e dos sentimentos pela glória eterna do paraíso. amém. fonte: Jefferson Roger
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