Olá, meus amigos e minhas amigas, venho através deste meio de comunicação expressar minha alegria e gratidão em retornar à Casa de Deus, a Santa e Única Igreja Católica Apostólica Romana. Nasci em lar católico, na minha cidade natal de Aiuaba-Ceará. Durante minha infância e adolescência cresci um pouco desligado das coisas da fé, limitando-me a apenas algumas poucas missas em ocasiões especiais como Natal, Festas da Padroeira, dentre outras. Conheci o protestantismo através das pregações de amigos e amigas a quem estimo e considero com amor fraternal, pois os considero irmãos e irmãs em Cristo, dado que a Igreja Católica sempre os considerou e considera como “irmãos separados”. Chegando à idade adulta tomei uma decisão difícil e enfrentei diversas provações para aderir à “nova fé cristã” no protestantismo assembleiano pentecostal, onde conheci Fábia, minha esposa com quem tive dois filhos. Vivemos em Aiuaba por alguns anos. E foi estudando a bíblia que fui convidado pelo pastor para anunciar o evangelho e ajudar na igreja através da música e do louvor. Enfrentando dificuldades de conseguir trabalho, mudamos para Santa Catarina, onde vivemos até hoje. Aqui chegando, consegui trabalho e pude também realizar um antigo sonho de cursar Teologia. Matriculei-me num curso de Teologia pela Faculdade São Brás e ali tive algumas surpresas que colocaram em estado de alerta e expectativa diante de algumas certezas que alimentei por mais de 10 anos no protestantismo. O curso de Teologia recomendado pela igreja assembleia de Deus de Santa Catarina fez-me conhecer doutos e mui preparados professores de eclesiologia, história da Igreja, e outras disciplinas. Foi especificamente na disciplina de História da Igreja que tive um verdadeiro encontro pessoal com meu Salvador: o professor elogiou a Bíblia de Jerusalém (Edição Católica) como a melhor tradução da Bíblia de estudos em português. Como se não bastasse, ainda indicou estudar com atenção os Pais da Igreja (Clemente de Roma, Inácio de Antioquia, Policarpo de Esmirna, Irineu de Lyon, Tertuliano de Cartago, Orígenes de Alexandria, Cipriano de Cartago, Eusébio de Cesaréia, Agostinho de Hipona etc) que me dei conta de que a Igreja Cristã não nasceu na Reforma Protestante em meados de 1500, com os conhecidos Reformadores Lutero, Calvino e outros. Mas nasceu realmente nos dias de Cristo, quando este andando aqui entre nós, chegou a afirmar para Pedro: “E eu te declaro: tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja; as portas do inferno não prevalecerão contra ela.Eu te darei as chaves do Reino dos céus: tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus.” (Mateus 16,18-19) E, mais ainda falou: “Eis que estou convosco todos os dias, até o fim do mundo.” (Mateus 28,20). Ora, meus amigos, como pode ter acontecido - pensava eu em dias de muito sofrimento e dúvida interior – como explicar que Jesus Cristo tivesse ensinado e doutrinado Sua Dileta Esposa, a Igreja Cristã através dos apóstolos e dos pais da Igreja durante mais de 15 séculos por meio de Seu Espírito Santo e então, chegando em 1500, inspirou Lutero e os demais a dizer que estava a Sua Igreja errada e ensinando heresias? Isso foi um verdadeiro choque! Não conseguia nem mesmo me alimentar direito e passei noites sem dormir normalmente impressionado e tentando encontrar uma forma de harmonizar os ensinos dos Padres da Igreja com o Protestantismo. Foi tudo em vão! Não consegui e sofri ainda quando reli a passagem de Efésios capítulo 4, versos de 3 a 6 e vi Paulo falando de UNIDADE DA FÉ, UMA SÓ FÉ E UM SÓ BATISMO: “Sede solícitos em conservar a unidade do Espírito no vínculo da paz. Sede um só corpo e um só espírito, assim como fostes chamados pela vossa vocação a uma só esperança. Há um só Senhor, uma só fé, um só batismo. Há um só Deus e Pai de todos, que atua acima de todos, por todos e em todos.” (Efésios 4,3-6) Aí foi que eu sofri, por que como harmonizar, na verdade, a diversidade de igrejas protestantes, todas ensinando doutrinas desencontradas a partir da mesma bíblia. Eles dizem que são ministérios diferentes, mas na verdade não é bem assim: uns pregam que os dons espirituais ainda agem nos dias de hoje e outros os negam veementemente, baseados na mesma bíblia. Uns dizem que a trindade não é mais que invenção de alguns e outros sustentam sua veracidade com base bíblica. Uns ensinam que se deve dar o dízimo e outros dizem que não é mais necessário. Uns deixam mulheres ser ordenadas como pastoras, bispas e diaconisas e outros apenas os homens. Ou seja, isso não satisfaz o desejo de Paulo quando fala sobre a UNIDADE DA FÉ Depois meu primo Liminha Feitosa, que tanto se esforçou em me evangelizar durante esse 10 anos, me indicou os vídeos do professor Paulo Leitão, daí foi que as coisas passaram a ficar mais claras ainda, quanto mais se esclareciam, mais eu ficava confuso enfim... Para resumir a minha história, trago o tema que mais fortaleceu a minha ideia de retornar à Igreja católica: A EUCARISTIA! “Então Jesus lhes disse: Em verdade, em verdade vos digo: se não comerdes a carne do Filho do Homem, e não beberdes o seu sangue, não tereis a vida em vós mesmos. Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna; e eu o ressuscitarei no último dia. Pois a minha carne é verdadeiramente uma comida e o meu sangue, verdadeiramente uma bebida.Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele.” (João 6,53-56) Li os Santos Padres como Inácio de Antioquia falando sobre a Eucaristia no primeiro século da História da Igreja: "Na graça que procede do Nome, vos reunis na mesma fé e em Jesus Cristo, que descende segundo a carne de Davi, filho do homem e filho de Deus, para obedecermos ao bispo e ao presbitério numa concórdia indivisível, partindo um mesmo pão, que é o remédio da imortalidade, antídoto contra a morte, mas vida em Jesus Cristo para sempre". (Carta aos Efésios, parágrafo 20, cerca de 80-110 d.C.) "Não me agradam comida passageira, nem prazeres desta vida. Quero pão de Deus que é carne de Jesus Cristo, da descendência de Davi, e como bebida quero o sangue d’Ele, que é Amor incorruptível". (Carta aos Romanos, parágrafo 7, cerca de 80-110 d.C.) Também São Justino, Mártir disse: "Esta comida nós chamamos Eucaristia, da qual ninguém é permitido participar, exceto o que creia que as coisas nós ensinamos são verdadeiras, e tenha recebido o batismo para perdão de pecados e renascimento, e que vive como Cristo nos ordenou. Nós não recebemos essas espécies como pão comum ou bebida comum; mas como Cristo Jesus nosso Salvador, que se encarnou pela Palavra de Deus, se fez carne e sangue para nossa salvação, assim também nós temos ensinado que o alimento consagrado pela Palavra da oração que vem dele, de que a carne e o sangue são, por transformação, a carne e sangue daquele Jesus Encarnado." - (Primeira Apologia", Cap. 66, cerca de 148-155 d.C.) CONCLUÍ que a “santa ceia” da qual eu participava não continha a realidade da EUCARISTIA mencionada pelos Santos Padres da Igreja, conteúdo que meus professores orientaram para estudar na Teologia. A EUCARISTIA CATÓLICA, é a meu ver e de acordo com os ditames da minha livre consciência, a verdadeira “CARNE E SANGUE” de Jesus Cristo aqui na Terra, para alimento de todo aquele que nele vive e nele crê! Sendo assim, resolvi de livre e espontânea vontade, de comum acordo com minha esposa que eu devo retornar às fileiras da Única Igreja de Jesus Cristo aqui na Terra. E, domingo dia 12 de abril fui à missa e lá, sentado nos bancos últimos da Igreja, fui vendo cada gesto, cada rito, cada palavra e cada oração, ali sim, tive o maior e mais verdadeiro encontro pessoal com Jesus Cristo, sobretudo quando o padre elevou a Eucaristia, meus olhos brilharam como nunca e “vi o Senhor!” Seria covardia de minha parte ignorar o trabalho do Espírito Santo em minha vida nos últimos meses, seria a negação da Santa Vontade de Deus continuar indo a uma denominação onde sabia bem que não existia a EUCARISTIA, mas apenas um mero simbolismo (com boa intenção de muitos), mas devo dizer que estão perdendo ao não comungar a verdadeira Hóstia Santa, nas santas missas! Para terminar, quero dizer àqueles que pensam que os católicos são idólatras por causa das imagens sagradas, resta-me apenas dizer que precisam estudar para compreender a diferença entre “ídolo” e “imagem” e saber que, no contexto bíblico, Deus proíbe fazer imagens de falsos deuses para adorar. A Igreja Católica não adora nenhuma de suas imagens, pois são imagens de pessoas que serviram a Nosso Senhor e Sua Igreja. Existindo apenas para serem veneradas e para estimular a fé do povo simples que não sabe ler as Escrituras, mas compreende a linguagem transmitida através daquelas imagens de que é possível seguir a Cristo, apesar de nossas fraquezas e limitações. Não recrimino quem porventura não me compreenda, mas peço as orações daqueles que ficarão felizes pela minha decisão e espero contar com a mesma força que animou os apóstolos e santos da primeira hora para dar testemunho da verdade e não negar o que Deus tem feito em minha vida. Obrigado a todos por lerem meu testemunho! Desculpem-me por não ser breve, mas na verdade, não há como resumir uma história tão edificante como esse testemunho de mais um filho que volta à Casa da Verdadeira Mãe, a Igreja Católica Apostólica e Romana. fonte: icatolica.com
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