1ª Pe 4,12-19 - Caríssimos, não vos perturbeis no fogo da provação, como se vos acontecesse alguma coisa extraordinária. Pelo contrário, alegrai-vos em ser participantes dos sofrimentos de Cristo, para que vos possais alegrar e exultar no dia em que for manifestada sua glória. Se fordes ultrajados pelo nome de Cristo, bem-aventurados sois vós, porque o Espírito de glória, o Espírito de Deus repousa sobre vós. Que ninguém de vós sofra como homicida, ou ladrão, ou difamador, ou cobiçador do alheio. Se, porém, padecer como cristão, não se envergonhe; pelo contrário, glorifique a Deus por ter este nome. Porque vem o momento em que se começará o julgamento pela casa de Deus. Ora, se ele começa por nós, qual será a sorte daqueles que são infiéis ao Evangelho de Deus? E, se o justo se salva com dificuldade, que será do ímpio e do pecador? Assim também aqueles que sofrem segundo a vontade de Deus encomendem as suas almas ao Criador fiel, praticando o bem. Com essa belíssima e direta exortação o apóstolo Pedro não manda recado a ninguém. De forma muito clara fica para nós o ensinamento de que é preciso compreender que os sofrimentos permitidos ou enviados por Deus, fazem parte da nossa condição de cristãos, seus filhos. Então, por ser assim, a provação, que é atividade ordinária em nossas vidas, precisa ser reconhecida como graça de Deus. Um Deus bonzinho no estilo vovô e papai Noel é muito distante do Deus verdadeiro, que por nos amar primeiro nos criou. Ele que castiga e corrige os que ama não irá jamais nos mimar e nos poupar do que precisamos para alcançarmos a glória eterna. Santa Catarina de Sena dizia em locução com Deus Pai: “Se é assim que o Senhor trata os seus amigos não é à toa que tem tão poucos”. Parece um contraste mas significa entender que o padrão de comportamento que Deus espera de nós, no mínimo é o máximo no esforço em carregar a cruz. Como muitos não entendem isso ou não querem entender encaram Deus como um desmancha prazeres. Mas não é nada disso além do que, Jesus confirmou ao nos dizer que é muito difícil entrar no Reino dos Céus. E mais, como São Tiago nos recorda que a prova da fé produz a paciência, é preciso perceber que o tempo de Deus não é o nosso. Os desejos de Deus não são os nossos, caso estejamos olhando para o criador com um olhar de decepção. Se assim for, nós não estamos de acordo com seu plano de amor e salvação, e não Deus, que por birra e para ver o circo pegar fogo em nossas vidas, cruza os braços para nos ver cair da frigideira para a fogueira. Por fim, São Pedro nos lembra que, se o justo se salva com dificuldade, o justo que no livro dos Provérbios 24,16 é aquele que peca até sete vezes por dia, quem dirá dos que não se esforçam para andar dentro do caminho apertado que conduz para a porta estreita? É preciso realmente muito esforço pois Jesus já nos deu a triste notícia de que muitos tentarão e não conseguirão. E assim sendo, nos resta então, muito esforço na caminhada, constante prática do bem, que se reflete na caridade, paciência em viver a vontade de Deus e reconhecimento pela glorificação do criador que tudo se resume ao fim último: vivermos na glória eterna do paraíso. Precisamos de mais algum motivo para aguentarmos firme e segurarmos a onda aqui na terra? Acho que não. Nada aqui nesta terra vale o preço de se perder o paraíso. Nada! fonte: Jefferson Roger
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