segunda-feira, 9 de maio de 2016

Fazer sem esperar nada em troca

Ainda nos tempos de hoje, existem corações bons em meio a tantos corações ruins. Existem aquelas pessoas que, de forma gratuita, expõem seus sentimentos e agradecimentos por iniciativa própria. Pessoas assim são desapegadas dos achismos. Infelizmente muitas não o são. Estão sempre preocupadas com o que os outros irão achar a seu respeito, o que irão pensar, o que irão falar.

Não me visto como me sinto bem, me visto como manda a moda senão irão falar o que de mim? O que irão pensar de mim se eu disser isso, que acho que é certo? Melhor é ficar no silêncio do anonimato e fazer a política da boa vizinhança. Afinal preciso ficar bem com todo mundo porque um dia posso precisar de alguém. E dessa forma tudo fica girando na difundida tese de que primeiro importa agradar aos homens e depois agradar a Deus.

Pessoas assim tem dificuldade em “soltar” de suas bocas um obrigado, de forma desinteressada, que brote verdadeiramente do coração. Vejamos outro exemplo. Muitas vezes estamos no trânsito e ao darmos passagem para que outro carro adentre na pista de rolamento, o motorista nem olha na sua cara, não agradece com a cabeça, não faz nenhum aceno e nem dá sinal com o pisca do carro. E mais, o motorista de trás ainda buzina para você porque você está atrapalhando a vida dele. Afinal, pessoas assim não reconhecem na sua atitude um ato de cordialidade e caridade. Você se coloca no lugar das pessoas em qualquer situação e se imagina podendo estar passando por alguma situação que vise a precisar de ajuda. Ou nas palavras bíblicas, você tem compaixão pelo próximo.

Mas, quem tem o rei na barriga, como diz o ditado popular não enxerga as coisas assim. Todos o servem. Mas, que bom que não é assim com a maioria. Hoje, na data em que escrevo esse artigo, pude me deparar com uma senhora vindo até aqui no setor em que trabalho para me trazer um presente como agradecimento pelo serviço que foi executado em frente a sua confeitaria, fruto da minha intervenção.

Muitos problemas envolviam a região e foi preciso muito empenho e dedicação na causa para que tudo desse certo. Durou quase um ano. E hoje, para meu contentamento me trouxeram essa pessoa no setor em que trabalho. Ela me agradeceu pela dedicação e carinho que tive pelo seu pedido e me deu um bolo. Que sorte que é dona de confeitaria! Ganhei esse bolo que está na foto. Claro que é bem-vindo o presente, mas o que precisa ficar registrado foi a atitude da mulher. Ela estava mais contente em me dar o bolo do que eu ao receber. Pude sentir a sinceridade nas palavras dela, pude enxergar no olhar dela a satisfação do momento. Uma pessoa que possivelmente nunca mais eu veja, até porque a região onde ela trabalha não faz parte mais da minha alçada.

No entanto, pessoas assim, colocadas em nossas vidas, através desses esbarrões que Deus providencia nos fazem lembrar o que está escrito em Atos 20,35: Existe mais alegria em dar do que em receber.


fonte: Jefferson Roger

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