terça-feira, 10 de maio de 2016

Não existem dois evangelhos

Gálatas 1,7-9 - De fato, não há dois (evangelhos): há apenas pessoas que semeiam a confusão entre vós e querem perturbar o Evangelho de Cristo. Mas, ainda que alguém - nós ou um anjo baixado do céu - vos anunciasse um evangelho diferente do que vos temos anunciado, que ele seja anátema. Repito aqui o que acabamos de dizer: se alguém pregar doutrina diferente da que recebestes, seja ele excomungado!

Anátema do latim anathema, significa etimologicamente oferenda, porém, no seu uso principal leva um sentido de condenação, ao se colocar de lado ou separar alguém, cortando-o do seu ambiente, de sua comunidade. A palavra Anátema será de certa forma uma sentença pronunciada e mediante a qual se expulsava alguém considerado um “herege” do seio da sociedade religiosa.

Feita esta pequena explicação sobre a expressão contida neste trecho separado do livro de Gálatas, iremos neste artigo refletir um pouco sobre estas verdades muito bem confirmadas pelo apóstolo Paulo. Logo no começo de sua carta, percebemos o espanto que Paulo sente ao ver que o povo da Galácia “cedia” com facilidade à outras verdades que não eram as verdades autênticas de Cristo. Do seu Evangelho.

Nossa Senhora, já questionada sobre o porquê de tantas aparições suas ao longo da história da humanidade respondeu: “Desço do céu para lembra-los que não estão vivendo conforme a vontade de meu filho. Jesus deixou tudo que vocês precisam para se salvarem nos evangelhos. Mas vocês não leem o evangelho e não o vivem”. Percebem que não existe nenhuma novidade nas aparições da Virgem Santíssima? Todas são em tom de chamado de atenção. É o famoso puxão de orelha de nossa mãe do céu, que já está diante do Altíssimo. Ela, que com certeza sabe muito mais do que todos nós, não se cansa de pedir que voltemos para o evangelho de seu filho. Ainda em vida ela já dizia: “façam tudo o que ele vos disser”.

Com calma é possível compreender as palavras do apóstolo Paulo. E ao compreende-las se perceberá que Jesus pregou amor e espada e não ecumenismo e paz. Jesus que era e é um homem santo e correto, amava, ensinava, corrigia, mas o que tantos esquecem, ele também julga.

Com isso encerro este artigo enfatizando que, o mundo criou e prega este segundo evangelho, que não existe. Um evangelho sutilmente modificado pelo príncipe do mundo para inserir em seu contexto o ecumenismo. Nos moldes que ele é divulgado esse ecumenismo não existe nos evangelhos. A humanidade parece cega e surda porque dessa forma leva sua vida misturando seus interesses mundanos, egoístas e passageiros com as verdades imutáveis do evangelho. E assim a religião se torna uma religião de supermercado. Porque tanto esforço em espremer e interpretar os escritos sagrados e querer modernizar a religião? Porque?

Os cristãos deveriam seguir Jesus; em primeiro lugar se deve obedecer a Deus (Atos 5,29). Isso previne cada um de nós de darmos ouvidos aos que apontam para um caminho que não é o caminho que Jesus abriu do céu até nós. Se por este caminho segue alguém que gostamos, podemos segui-lo também. Se por este caminho segue nosso pároco, podemos segui-lo também. Se por este caminho segue o bispo, podemos segui-lo também. Se por este caminho segue o papa, podemos segui-lo também. Porém, se um destes ou como diz o apóstolo, até um anjo nos apresentar um evangelho que nos pede que sigamos um caminho diferente do caminho de Cristo. Deixemos essa oferta de lado.

O problema é que um anjo já apareceu, é o príncipe do mundo, lucifer, que infiltrado como fumaça no seio da igreja, segundo as tão acertadas palavras do papa Paulo VI, já distribui por toda a parte suas mentiras disfarçadas de verdade. E muitos acreditam, e muitos aderem e muitos divulgam e promovem. Sejamos atentos para que, com um olhar divino, percebermos a diferença do joio semeado entre o trigo.


fonte: Jefferson Roger

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