segunda-feira, 30 de maio de 2016

Ou ouvimos Jesus, ou ouvimos o mundo

Eclesiástico 3,1-4 - Os filhos da sabedoria formam a assembléia dos justos, e o novo que compõem é, todo ele, obediência e amor. Ouvi, meus filhos, os conselhos de vosso pai, segui-os de tal modo que sejais salvos. Pois Deus quis honrar os pais pelos filhos, e cuidadosamente fortaleceu a autoridade da mãe sobre eles. Aquele que ama a Deus o roga pelos seus pecados, acautela-se para não cometê-los no porvir. Ele é ouvido em sua prece cotidiana.

Vira e mexe a pornéia, doença espiritual responsável pelos pecados da luxúria, varre com sua calda, de tempos em tempos, mais uma leva de pessoas que, dominadas pelos prazeres carnais desordenados e por isso, fora do contexto da sacralidade querida e desejada por Deus, cometem em seus abusos e consequentes pecados mortais, verdadeiras atrocidades que fazem o inferno aplaudirem os protagonistas de tamanha ofensa ao amor de Deus e a dignidade que Ele nos concede pela teologia do corpo.

Neste artigo, o foco da questão paira mais uma vez sobre a família. Pais e filhos. Como bem ensinado no trecho do livro do Eclesiástico acima mencionado, é preciso sabedoria, é preciso obediência, humildade, amor e oração constante. E isso por parte de todos. Do contrário, se faltar o aceite para aprender, a desobediência se tornar estandarte de vida, o orgulho formar um escudo protetor, a indiferença e o ódio encobrirem o amor e o falar com Deus através da oração ceder lugar ao que o mundo “vomita” em nossos ouvidos, triste daqueles que assim procederem. Terão escolhido como afirma Jesus, já aqui nesta terra, a sua recompensa. Escolhendo mergulharem suas almas mais brancas do que a neve, na lama do pecado, mancham a obra do criador que foi elevada à condição de filhos e viram as costas para as alegrias eternas que nos aguardam e nem podemos imaginar.

Quanta burrice, quanta burrice e mais uma vez, quanta burrice e loucura. Por isso alguns santos diziam que no mundo deveria existir muitos manicômios para encarcerar os loucos pecadores. Nossa condição doente nos cega para algo que, na saúde de nossa alma sequer cogitamos abraçar para nossas vidas. Vigiai e orai, dizia Jesus. Chega de mundo, chega de pecado, dizia Santa Catarina de Gênova.

Mas, como bem sabemos, satanás, trabalha bem, e perverte muitos corações que permitem que ele entre por uma brecha. Sim, uma brecha basta, pois, o resto dos corações ele conquista. Vejamos mais um exemplo dessa natureza. Na semana passada os meios de comunicação noticiaram mais um caso de abuso sexual ou não, porque existem duas verdades na mídia. Uma defende o abuso e a outra o ato consentido. Uma jovem de 16 anos, que saiu na sexta-feira para ir a um baile funk, retornando para casa na segunda-feira, após o ocorrido veio a sentir falta de seu celular. Quando se deu conta retornou para o local da festa onde então aconteceu o premeditado ato sexual e detalhe, premeditado também pela jovem, que posteriormente confessou não ser a primeira vez esse ato consentido de fornicação, desta vez com a participação de pouco mais de 30 jovens.

E ainda por cima aconteceu a ostentação do fato, sendo exibido o acontecimento nas principais redes sociais da internet. Pessoal, é o momento em que todos se sensibilizam pela jovem. Mas onde entram os pais nesta história? Uma menor de idade com permissão para ir ao baile funk por quatro dias? O cristão precisa olhar para as causas, não só para os sintomas e consequências. Jesus fazia exatamente assim. No episódio narrado no evangelho de Marcos, o cego Bartimeu aproxima-se de Jesus após certa insistência e pede por compaixão. Jesus pergunta ao cego “que queres que eu te faça”. Se olharmos sem atenção, parece que não é necessário que Jesus pergunte isso ao cego. Ora, caímos na tentação de achar que é óbvio que o cego queira enxergar! E Jesus ali, facilmente percebe o sintoma e a consequência que a cegueira traz ao cego Bartimeu. Porém, Jesus quer mais, Jesus quer uma resposta que vem do coração. O cego podia pedir tantas coisas para a necessidade do momento, mas isso seriam paliativos. No coração, no entanto, existia o verdadeiro anseio e desejo que era o que Jesus esperava encontrar. Ele foi curado porque queria e não porque precisava. Jesus confirma isso dizendo que a fé o salvou. Sejamos assim, pessoas que não se cansem de pedir a Jesus que nossa fé nos mantenha firmes naquilo que brota do coração, onde está a semente de Deus que nos inquieta, como diz Santo Agostinho. Porque fomos feitos para Deus e nosso coração, nossa alma não descansa enquanto não repousar em Deus. Sejamos também, pessoas que não se cansem de agradecer a Jesus pela sua mão que nos sustenta e nos impede de vivermos segundo a carne mas sim, segundo o espírito. Basta abrirmos o nosso coração para que a trindade santa faça morada em nós.


fonte: Jefferson Roger

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