Passa o tempo, entram e saem pessoas daqui e acolá e o polêmico tema das palmas durante a celebração da santa missa volta a ser iluminado pelos holofotes dos diferentes pontos de vista dos mais variados tipos de católicos. Vamos lá, de novo... conversar mais um pouquinho sobre o assunto. A este tema sempre gosto de começar a conversa lembrando de uma passagem relatada na biografia do Padre Pio, onde um dirigido seu lhe faz a seguinte pergunta: Padre, como devo me comportar na santa missa? Ao passo que o bom santo lhe respondeu: Como Maria, o apóstolo João e as mulheres piedosas ao pé da cruz. Já começamos bem e vamos em frente lembrando que Jesus pediu que fizéssemos isso em memória dele. Pois bem caros leitores, nós não estamos diante de um acontecimento que por sua natureza exija aplausos. Jesus está no ápice de sua paixão e a tradição e as escrituras nos ensinam que os deboches e atitudes deste gênero eram feitas por parte dos algozes de Jesus e das pessoas que apoiavam Caifás. Já dizia o papa Bento XVI e eu estou com ele, de que: “Santa Missa é sacrifício! Quem bate palma na Santa Missa está aplaudindo os algozes”! Após tudo que Jesus passou, a tradição nos revela através de Catarina Emmerich, que Nossa Senhora viveu os últimos anos de sua vida em Éfeso, onde nasceu, por causa de sua dor pela perda do filho, a Via Sacra, fruto da memória que Maria Santíssima fazia toda a semana, recordando com profundidade o que ela passou com seu filho nos momentos finais. E a Virgem Santíssima revelou também, que a dor dela era tanta que nem tinha forças para chorar. Aqui nos cabe uma lição caros leitores. Quando as dificuldades da vida recaírem sobre nós e o pranto descer de nossos olhos, nos alegremos como nos ensina o apostolo Tiago, porque ainda temos força para chorar. Nossa Senhora nos conta que não tinha forças. Peçamos a ela, que é a Mãe do Bom Conselho que nos ajude a transformar nossas lágrimas em orações pacientes e de humildade para com o amor de Deus que nos corrige porque nos ama. Ela, Maria, Nossa Senhora das Lágrimas de Sangue, sofreu suas sete dores nesta caminhada e somente teve seu choro amparado quando da sua assunção. Não podemos nós, em meio a tudo isso, misturarmos uma manifestação humana refletida através dos aplausos com a natureza muito excelsa do que estamos a celebrar na santa missa. Ah, mas todo mundo bate palma, então eu também bato. O padre mandou bater palmas tem que bater. A equipe sacrílega dos músicos mandou bater palmas nos cantos vamos bater. Está tudo errado! Não nos acovardemos perante a opinião dos homens. Não esqueça que quando você bate palmas entristece a Deus enquanto o inferno te aplaude. Não esqueça. Em Gálatas 1,10 aprendemos que: É, porventura, o favor dos homens que eu procuro, ou o de Deus? Por acaso tenho interesse em agradar aos homens? Se quisesse ainda agradar aos homens, não seria servo de Cristo. E também aprendemos em Atos 5,29 que: Importa obedecer antes a Deus do que aos homens. Portanto, meu irmão e minha irmã em Cristo, liturgicamente falando, não cabem palmas durante a celebração da santa missa. Historicamente falando não é da natureza do acontecimento vincular a manifestação das palmas dentro da santa missa. Biblicamente falando essa prática não se insere no contexto do sacrifício incruento da santa missa. A tradição confirma pela vida da igreja e dos grandes santos e doutores dela. São tempos modernos? Precisamos inovar? Por que? Jesus não quer pessoas modernas e inovadoras, Jesus quer pessoas santas porque não é possível inventar uma nova maneira, bem moderna e com escada rolante para ir aos céus. Jesus é o único caminho, um caminho apertado para a porta estreita onde ele mesmo disse que muitos tentarão e não conseguirão. Já que nosso salvador nos dá essa triste afirmação de que muitos não conseguirão, embora tentem, não é melhor tentarmos fazendo a coisa certa? Assim sendo sabemos muito bem que chegaremos ao céu pois muitos santos e santas antes de nós já trilharam por esse caminho. fonte: Jefferson Roger
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