Segue para início de reflexão duas explicações formais sobre a questão do fundamentalismo: A- Um movimento religioso e conservador, nascido entre os protestantes dos E.U.A. no início do século XX, que enfatiza a interpretação literal da Bíblia como fundamental à vida e à doutrina cristã que, embora militante, não se trata de movimento unificado, e acaba denominando diferentes tendências protestantes dos tempos seguintes. B- Qualquer corrente, movimento ou atitude, de cunho conservador e integrista, que enfatiza a obediência rigorosa e literal a um conjunto de princípios básicos; integrismo. Com estas duas boas explicações nos fica fácil enxergar que o famoso “ao pé da letra” pode ser seguido e adotado, mas, é preciso existir um ingrediente fundamental: o contexto. Ele, é capaz de nos apontar o sim ou o não para acatarmos algum ensinamento, seja em que esfera for, ao pé da letra ou não. Vamos ilustrar? Jesus diz no sermão da montanha para “não matarmos”. E isso é bastante claro, ninguém vai procurar algum contexto para dizer olha, se a situação for assim é permitido matar, é até obrigatório, Jesus no meu lugar mataria esse sujeito. Agora, os leprosos da época de Jesus, curados por ele que eram mandados apresentarem-se aos sacerdotes viviam num contexto específico. Era preciso essa atitude porque para a época, estes doentes viviam isolados do povo e dessa forma, a cura recebida por Jesus iria recoloca-los na vida em sociedade. E hoje, se alguém que sofre de grande doença e recebe uma graça de cura faz o mesmo? Corre se apresentar ao seu pároco para que ele admita a pessoa de novo a vida em sociedade? Claro que não! Outra época remete a outro contexto. Eis porém, o ensinamento sempre maravilhoso, atual e constante das sagradas escrituras. Nos dois exemplos que escrevi, fica muito claro que é preciso glorificar a Deus com nossas vidas. Na época de Jesus, o leproso curado era liberado de seu exílio pelo sacerdote e regressava ao convívio com as pessoas testemunhando sua experiência de Deus. Nos dias atuais, as graças que recebemos dos céus, da mesma forma são testemunhadas com nossas vidas e nossos corpos (1ªCoríntios 6,20 - Tobias 13,6). Vemos nisso tudo, que fundamental é aprender o que existe para aprender. Não devemos ler e estudar os ensinamentos celestes sem a luz do seu autor: o Espírito Santo, pois do contrário, seremos sempre interpretes pessoais moldando a verdade absoluta conforme nossas conveniências. E se assim o procedermos corremos o risco de chamar a atenção das pessoas sempre que nos propuserem alguma verdade que vem do alto. Iremos então dizer: cuidado com o fundamentalismo. E isso é uma verdade, pois é preciso sempre cuidado e vigilância, assim nos ensina Jesus. Se formos seus imitadores (Efésios 5,1 – 1ª Tessalonicenses 1,6) não correremos o risco de vivermos sem a conformidade daquilo que o Espírito Santo de Deus nos veio lembrar e ensinar toda a verdade (João 16,13). Busquemos ficarmos em paz, naquela paz que Jesus ressuscitado desejou aos apóstolos e sigamos ladeira acima, rumo a pátria celeste como ramos da videira, para darmos frutos a cem por um e um testemunho vivo de Jesus para que ele não nos negue diante do Pai (Mateus 10,33). fonte: Jefferson Roger
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