Essa é uma das reclamações que mais são faladas pelos homens. Até aí, nada demais, porque a natureza do ser humano corrompida pelo mundo, o faz reclamar de tudo. Se está frio, dizem “ai que frio”. Se está calor, dizem “ai que calor”. Se estão com sono, dizem “ai que sono”. E tantos outros exemplos.
O que ocorre, já que se reclama de tudo, o que é um erro, lembremos bem, é para qual direção estamos apontando quando falamos. Parece coisa sem importância, mas nosso inimigo cruel, o diabo, nunca descarta nenhuma situação, pois ele vê em tudo uma oportunidade para nos derrubar.
Se numa conversa entre amigos o homem reclama para seu colega sobre sua mulher, pode ser possível e até provável que ocorra o mesmo da outra parte. E assim, o assunto dos homens acaba sendo falarem delas. Mas, se o homem passa a reclamar para outra mulher, os ingredientes para essa mistura podem produzir um resultado infrutuoso. Quando o homem se abre em desabafo para outra mulher, ele está sinalizando um “sinal verde”, primeiramente para o diabo. Depois, a encargo de satanás, para a mulher. Desta forma, perigosamente (Eclesiástico 3,27) o ombro amigo acaba por se tornar o poço para se afogar as mágoas e receber fora do seio do lar, aquilo tudo que o diálogo íntimo sempre pode resolver.
Erro do homem. Sua cultura machista e patriarcal que insiste em permanecer ativa nos machões de plantão, se encarrega de fazer o homem não olhar para a mulher segundo o ensinamento celeste que vemos em Efésios 5,25: “Maridos, amai as vossas mulheres, como Cristo amou a Igreja e se entregou por ela”.
Ora, por fugir ao contexto sobrenatural que nossas vidas devem ter, o homem esquece da primorosa humanidade da mulher e passa a vê-la como um objeto a disposição. Chega do trabalho e quer sua mulher a disposição para relações íntimas muitas vezes até sem nenhum teor de romantismo ou ainda como um serviçal que lhe traz tudo a mão.
A mulher é dona de casa, cuida dos filhos, do marido e suas coisas, tem emprego; dá conta de tudo isso e muitas vezes não lhe sobra tempo nem para cuidar-se pois se dedica em tempo integral à sua família. Enquanto isso o ingrato e egoísta marido só enxerga seu umbigo e sua cegueira espiritual é um trampolim para o diabo apresenta-lo para seu tão querido ombro amigo, que lhe fará tudo aquilo que desejas. Te dará os prazeres, te usando para se satisfazer e te contentar com o que não tem em casa e depois que te sujar com a lama do pecado, ainda lhe devolve para sua esposa, fazer “o serviço sujo”, pensa a outra.
Esquece o homem, que sua esposa cozinha para ele, lava e passa sua roupa, mantem a casa em ordem, tudo limpinho e cheiroso, até a cama que dorme. Trata bem os parentes, é hospitaleira, se preocupa com a família muitas vezes se sujeitando a trabalhar fora para não sobrecarregar ao marido o custo de vida da casa. Quanto esquecimento, para não dizer outra coisa. Pobre do homem, esquece que se ficar acamado e bem doente, quem vai cuidar dele vai ser a esposa, que “vive cansada”, mas não deixa que este cansaço a impeça de acompanhar seus momentos difíceis.
Como vemos, se não existe a caridade, a doação mútua e a compreensão do que é ser família, tudo não passará de motivação para satanás tentar separar o casal, que se deixam transformar em réu e acusador. Não é hora do homem dar ouvidos ao que sua mulher diz e olhar para o que está acontecendo dentro de sua própria casa?
fonte: Jefferson Roger
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