Estas foram as palavras ditas na época do papa Paulo VI, quando ele se referia ao fato de que dentro da doutrina de mais de dois mil anos da fé católica transmitida pelos apóstolos, santos padres dentro da tradição e de toda a documentação da igreja, pessoas começavam a questionar, colocar em dúvida e até mesmo se rebelar contra verdades que guiaram os fieis ao longo de tantos séculos, numa tentativa de implantar a espiritualidade do não precisa. Já nos alertava Santo Tomás de Aquino: "Quem não vive o que crê, termina crendo o que vive." Portanto é esta a tentativa dos inimigos do autêntico catolicismo. Haja vista tantos e tantos exemplos de pessoas que abandonam suas práticas e suas rotinas católicas em prol da mentalidade do "não precisa": para que comungar na boca, para que se confessar todo mês, para que rezar de joelhos, apra que ir na missa, para que ler a bíblia, para quê isso e para quê aquilo.... pare com esse exagero, esse devocionismo exagerado e por aí vai! E é neste espírito que levo até vocês uma verdade muito bonita de nossa religião: o amor pela Mãe de Deus, Maria Santíssima, intitulada por Ela mesma, no Evangelho de Lucas, como a escrava do Senhor, e Ela complementa: "faça-se em Mim segundo a Tua palavra". Pois bem, caros leitores, eis aí a afirmação de que Maria é toda de Deus, nada faz por vontade própria mas tudo conforme a vontade do Pai, e a propósito é o que nos ensina Nosso Senhor Jesus Cristo na oração do "Pai Nosso". Sendo assim, fica claro que na história da humanidade, todas as aparições que Nossa Senhora fez e continua fazendo pelo mundo afora, inclusive em lugares já aprovados e reconhecidos pela igreja, são graças concedidas à humanidade por vontade de Deus. Maria Santíssima não aparece porque quer, aparece porque é da vontade de Deus, e isso Ela mesmo já relatou em suas aparições. Da mesma maneira se dá também suas mensagens e exortações; o que Ela nos traz do céu, nos relembra e nos transmite, sempre são originários do Pai, pois Ela como submissa a vontade de Deus (coisa que os Evangelhos convidam todos a ser), não faz nada para si ou por si, mas sim a mando do Pai e pelo Filho, com o Espírito Santo. Maria que é uma criatura que o desígnio Divino quis lhe conceder uma glória que a ninguém mais deu é uma fonte, um canal por onde transborda o olhar do Criador sob sua criação. Em todas as aparições Ela tem como uma das antífonas principais o seguinte: "Rezem o rosário". Nossa Senhora, que com certeza tem mais sabedoria que qualquer ser vivente neste mundo, ao "bater" insistentemente nesta tecla sabe da importância que a recitação do rosário tem para contribuir com a salvação da humanidade e lembremos, Maria faz a vontade do Pai. Todos os santos eram santos porque tinham devoção por Ela e não o contrário e dentre tantos vamos lembrar de São Luiz Maria Grignon de Monfort, o santo que escreveu o Tratado da verdadeira devoção a Virgem Santíssima, livro amplamente divulgado, aceito pela igreja, reconhecido enquanto as verdades que professa e que já naquele tempo, afirma que a devoção à Mãe de Deus era necessária, isso já no século XVI, quem dirá nos tempos em que vivemos. Tão verdade é que o papa João Paulo II, papa Mariano consagrado a Virgem Maria viveu essa consagração a Mãe de Deus por meio do tratado, entre tantos outros exemplos. Infelizmente caros leitores fica aqui registrado que na data de 13/05/2015, mais um episódio, que faz parte da "fumaça" que perambula pelos corredores da igreja, aconteceu durante a santa missa celebrada ao meio dia, da qual participei. O pároco da arquidiocese de Curitiba, na catedral de Nossa Senhora da Luz dos Pinhais, em sua homilia proferiu em suas palavras que a prática da devoção do santo terço não é algo importante e necessário para a salvação, ele disse que essa prática nos ajuda a vivermos melhor no amor e que se nos faz bem podemos fazer, mas se não o fizermos, "tudo bem"! O efeito foi instantâneo, suas palavras horrorizaram aqueles católicos que vivem uma comunhão com Maria mais profunda, como é o meu caso. Vamos lembrar que Deus não precisa do consentimento de ninguém, pois como Deus Ele faz. Deus poderia ter enviado Jesus adulto a este mundo, mas em Seu projeto de salvação da humanidade Deus quis a realidade da família, Deus quis servir-se de Maria, o caminho oficial pelo qual Ele veio até nós na pessoa do Filho. Maria é o caminho oficial. Jesus não se contradiz, ao dar o mandamento de honrar pai e mãe, de forma alguma Ele poderia deixar sua mãe de lado e tanto é, que na cruz confiou a Maria a humanidade e a igreja: "Mãe, eis aí o teu filho", o apóstolo João, representava os primeiros sacerdotes e portanto, como membro da igreja, a representava e representava a humanidade. Aproximar-se de Maria em um ato de devoção e amor, não nos tira o senhorio de Jesus, pois nada fica na mão Dela, tudo Ela entrega ao Filho, pois lembremos também, Jesus disse "Eu sou o caminho, a verdade e a vida, ninguém vai ao Pai senão por Mim." E este é o papel de Maria: nos ajudar nesta peregrinação a nos salvarmos nesta caminhada que nos leva a Jesus! Cada um tem sua cruz, Maria teve a dela e cada um carrega a sua. O mistério do rosário existe, o rosário que é uma oração cristocêntrica, isso mesmo, no centro da oração está Jesus, é o resumo dos Evangelhos, são pedidos à Santíssima Trindade por intercessão de Maria, que se doa por nós pela vontade do Pai para interceder e nos auxiliar em nossa caminhada. Esta realidade Deus desejou, planejou e implantou. Infelizmente como muitos padres marianos dizem, a teologia afasta a fé aprendida nos lares, de geração em geração e também na tradição da igreja e vida dos santos. O que devemos aprender de tudo isso? Jesus mesmo disse no Evangelho de Mateus, 26,41: "vigiai e orai...." Encerro esta publicação comentando que este padre em momento nenhum incentivou a prática desta devoção, ressalto mais uma vez, ele disse que é uma prática não obrigatória que nos ajuda a viver melhor o amor. Depois ele tentou "arrumar" o que fez, mas o leite já estava derramado e infelizmente os fiéis iniciantes, de pouca fé ou com fé ainda se robustecendo podem se deparar com um novo problema em suas mentes e em seus corações. Fica aqui portanto o registro e o alerta deste acontecimento e o pedido em forma de oração para que Jesus mais uma vez pronuncie as mesmas palavras que disse na cruz: "Pai, perdoa-lhes porque não sabem o que fazem". fonte: Jefferson Roger
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