terça-feira, 12 de julho de 2016

O jogo do Charlie e a Fé Católica


O QUE TEM ACONTECIDO com as brincadeiras? O que significa o "desafio Charlie"? Nos últimos tempos a prática dessa “brincadeira” tem preocupado pais, professores e a Igreja.

Essa prática tem sido muito recorrente no meio dos adolescentes e tem como propósito invocar espíritos maus através da invocação de “Charlie”, um suposto espírito mexicano, a responder se está ali ou não. Há várias controvérsias sobre este espírito na cultura mexicana ou de povos antigos. Porém, a grande preocupação está na proximidade com o mal, o ocultismo, a invocação de espíritos e demônios.
O grande mal está em abrir as portas do coração para a ação do mal e do demônio na vida das pessoas em uma prática real e concreta. Quem participa de tais rituais atrai, além de danos espirituais, danos psicológicos e morais. Tais práticas advém da curiosidade e da falta de fé cada vez mais frequente entre as pessoas. Quando se invoca o mal acaba-se renegando a Deus, deixando-se de amá-Lo sobre todas as coisas e pedindo o auxílio de forças maléficas para a vida. Deve-se tomar cuidado! O demônio quer mesmo que se o invoque, mesmo que seja numa “brincadeira”.

Invocar as forças ocultas do mal é pecar contra o primeiro Mandamento: Amar a Deus sobre todas as coisas. O próprio Deus proíbe que se procure adivinhações, feitiçaria, mágica, invocação de mortos (Dt 18, 10-12; Lv 19,31; 2 Rs 17,17; Mq 5,11). Estes que buscam segurança nestas coisas serão renegados por Deus.

“O mal não é uma abstração, mas designa uma pessoa, Satanás, o Maligno, o anjo que se opõe a Deus. O ‘diabo’ (‘diabolos’) é aquele que ‘se atira no meio’ do plano de Deus e de sua ‘obra de salvação’ realizada em Cristo.” (Catecismo da Igreja Católica, 2851)

Lembremos uma homilia do Papa Francisco, realizada em outubro de 2014, onde ele alertava em sua Missa na Casa Santa Marta: “Fizeram crer a esta geração, – e a tantas outras, – que o diabo era um mito, uma figura, uma ideia, ideia do mal, mas o diabo existe e nós temos de lutar contra ele”. A luta contra o demônio é se armar com o escudo da fé. Não é um simples confronto, mas um contínuo combate. Por isso é preciso buscar a Deus, rezar, ouvir e colocar em prática a Palavra de Deus, receber a Eucaristia, a fim de que se possa "ser santo (separado) como Deus é Santo" (1Pe 1, 15-16; Mt 5,48). Cristo venceu o príncipe do mundo quando se entregou na cruz. Rezando o Pai Nosso ('livrai-nos do mal'), pede-se a libertação de todos os males, presentes, passados e futuros, dos quais o demônio é autor e instigador.

E nunca esqueçamos, São Paulo nos recorda em Efésios 6,12, Pois não é contra a carne e o sangue, mas contra os principados e potestades, contra os príncipes deste mundo tenebroso, contra os espíritos malignos dispersos pelo ares que é a nossa batalha.


fonte: o fiel católico e o Jefferson Roger

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