quarta-feira, 13 de julho de 2016

O matrimônio















Vez por outra podemos nos deparar em meio a alguma conversa com a seguinte pergunta: "Você é casado?" E certas vezes a resposta é "só no civil". E esta resposta que muitos dão, muitas vezes sem levar em conta o principio pensado por Deus, é a mais pura verdade. Pois o casamento se celebra na igreja perante Deus, para recebermos o sacramento do matrimônio. Onde Jesus disse que o que Deus uniu o homem não separe. Se trata de uma ordem, um mandamento. Já em nossas origens aprendemos que Deus fez o homem e depois, sua companheira, a mulher. Em Gênesis 1,18,22-24 lemos: O Senhor Deus disse: “Não é bom que o homem esteja só; vou dar-lhe uma ajuda que lhe seja adequada.” E da costela que tinha tomado do homem, o Senhor Deus fez uma mulher, e levou-a para junto do homem. “Eis agora aqui, disse o homem, o osso de meus ossos e a carne de minha carne; ela se chamará mulher, porque foi tomada do homem.” Por isso o homem deixa o seu pai e sua mãe para se unir à sua mulher; e já não são mais que uma só carne.

Vemos portanto que o sacramento do matrimônio carrega uma carga de comprometimento junto a Deus e ao próximo muito grande. Os mandamentos do amor, amar a Deus sobre todas as coisas e amar ao próximo como a ti mesmo estão intimamente ligados à este sacramento, que deve ser vivido pela vida inteira, como bem está ensinado nas sagradas escrituras, até que a morte os separe. Por este sacramento tão atacado por satanás, através de inúmeros meios, como a ideologia de gênero entre tantas outras coisas, integrantes da cultura da morte, nos doamos ao marido, a esposa e aos filhos na tarefa de ajudá-los a alcançar o céu. Tarefa árdua sem dúvida, mas nunca esqueçamos, o céu fica pra cima e pra chegar lá e encontrar a porta estreita, segue-se pelo caminho da cruz, que Jesus já deixou claro, "que muitos tentarão e poucos conseguirão". No entanto o que tem ocorrido na história da humanidade é que a tentação do cristianismo analgésico tem invadido muitas mentes, muitos lares, muitas áreas da sociedade e, por fim, tem se transformado num cristianismo pagão que já não pode ser chamado de religião.

O homem passou a resolver, assim pensa ele, seus problemas sem Deus! Esquecendo ele, ou fazendo de conta que isso não é importante, que Jesus disse: "sem mim nada podeis fazer", "o homem não pode salvar-se sozinho, pois isso é impossível, mas para Deus tudo é possível". Mas, pensam eles que estas palavras de Jesus são um mero detalhe. Eis que surge o casamento civil, no cartório. Que beleza! - Agora se pode casar só no civil e deixar de fora do casamento, de forma ingrata, Aquele que deu a vida e de quem tudo depende. Alguns dizem que vão fazer a experiência de casar só no civil e morar juntos para ver se dá certo. Mais um engano, essa atitude fere incontáveis ensinamento bíblicos destacando apenas que quem vive maritalmente sem o sacramento do matrimônio fere o sexto mandamento e só por essa via as coisas perante o justo juiz já ficam complicadas no dia do juízo particular. Vamos adiante? Há aqueles que se separam, recorrem ao cartório para conseguir a carta de divórcio.

Outra "brilhante" invenção humana, para resolver seus problemas, tampando o sol com a peneira pois se ambos, caso tivessem contraído o sacramento essa atitude os colocaria em situação de adultério uma vez que uma das partes ou as duas começassem outro relacionamento marital formando outro casal, seja de que forma for. Apocalipse 21,8 nos ensina que essas relações são impuras e depravadas tendo como consequência o fogo do inferno. Na primeira carta aos Coríntios 6,9-10 temos que os adúlteros, impuros e os devassos não irão possuir o Reino de Deus. Na carta aos Romanos 1,28-32 aprendemos que comportamentos depravados de pessoas que não querem adquirir o conhecimento de Deus, tornam estas pessoas inimigas do altíssimo e como consequência a bíblia nos relata que estes são dignos de morte, e aqui se fala da segunda morte, da morte que leva para a condenação.

Com estas passagens dentre tantas outras fica bem claro que o "jeitinho" para resolver as coisas, seja qual for sempre irá esbarrar no salário do pecado. E assim, muitos encaram o divórcio com naturalidade, e ainda outros pensam que ele é inevitável, não dá para escapar. Ninguém aguenta conviver com a mesma pessoa por uma "eternidade". De fato, conviver com a mesma pessoa por toda a vida não é tarefa fácil. Até satanás sabe disso e por isso ele ataca pesado o sacramento do matrimônio. É pesado aguentar a mesma mulher ou o mesmo marido com a mesma roupa, o mesmo batom, as mesmas piadas, as mesmas reclamações e assim por diante. Aí perguntamos: o que é mais produtivo, mudar o cônjuge ou mudar as atitudes? Mudando o cônjuge, por um tempo tudo é novidade, mas se não estão dispostos a se reinventarem, logo cai na mesmice.

A estratégia para manter uma casamento não é manter uma relação estável , mas saber mudar junto. Tudo muda ao nosso redor. O segredo então é renovar o casamento e não procurar um casamento novo. E tudo isso pode ser feito sem que você se separe. O segredo é descobrir a nova mulher ou o novo homem que vive ao seu lado, em vez de sair por aí tentando descobrir um novo par interessante. Tente ser interessante para o outro e fazer o outro mais interessante para você. Não existe mágica. O que existe é comprometimento e trabalho. E é isso que salva as famílias. Mateus 18,19-20- 19- Digo-vos ainda isto: se dois de vós se unirem sobre a terra para pedir, seja o que for, consegui-lo-ão de meu Pai que está nos céus. 20- Porque onde dois ou três estão reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles. Lutemos por nossas famílias, pois assim quis nosso salvador, Jesus se fez família e habitou entre nós, sigamos o exemplo da sagrada família, vivendo felizes com nossa cruz e fazendo a vontade do Pai. 

Fonte: Jefferson Roger e adaptação do boletim da Paróquia Nossa Senhora da Luz dos Pinhais

Nenhum comentário:

Postar um comentário