Olá caros leitores, sejam sempre muito bem-vindos. Hoje neste artigo iremos atender o e-mail de uma de nossas leitoras que nos conta que foi convidada por sua sobrinha para ser madrinha de crisma e gostaria de saber mais a respeito do assunto. Iremos então colocar aqui um pouquinho a respeito deste assunto que todos os anos acontece nas paróquias do mundo inteiro. No número 1113 do Catecismo da Igreja Católica está escrito: “Toda a vida litúrgica da Igreja gravita em tomo do sacrifício eucarístico e dos sacramentos. Há na Igreja sete sacramentos: o Batismo, a Confirmação ou Crisma, a Eucaristia, a Penitência, a Unção dos Enfermos, a Ordem, o Matrimônio”. E entre estes sacramentos o fiel recebe alguns sacramentos no início de sua caminhada na fé que juntos, se configuram nos sacramentos da iniciação cristã. São eles o Batismo, a Eucaristia e a Crisma ou Confirmação. E por que são assim chamados? Porque, como sugere o sacramento da Crisma, a pessoa que está para recebê-lo, em sua caminhada catequética e agora amadurecido na fé, aceita livremente ser discípulo missionário de Cristo e seguir o seu mandato dado em Mateus 28,19-20. Em seu número 1294 o catecismo diz que “A unção com o santo crisma depois do Batismo, na Confirmação e na Ordenação, é o sinal de uma consagração. Pela Confirmação, os cristãos, isto é, os que são ungidos, participam mais intensamente da missão de Jesus e da plenitude do Espírito Santo, de que Jesus é cumulado, a fim de que toda a vida deles exale “o bom odor de Cristo”. E que bela missão recebemos. Antes pelo batismo recebíamos os dons do Espírito Santo para nos salvar e agora, pela crisma, recebemos a plenitude dos dons do Espírito Santo para como servos e soldados de Cristo, ajudarmos a igreja a salvar os outros. Um soldado não é alguém covarde, muito pelo contrário, ao soldado não basta o seu exterior, mas também aquilo que existe dentro de si. Aquilo tudo que aprendeu e recebeu de seus pais, parentes e seus catequistas. Porém, agora como cristão que sai em missão, o crismado não sai só, conta com toda a ajuda celeste e aqui na terra, com a ajuda da comunidade que pertence, seus parentes e seus padrinhos. Ser padrinho ou madrinha é uma tarefa belíssima. É um convite feito por alguém que nos ama de verdade e que confia, em sua falta a própria guarda de uma pessoa. Quando a ser batizada a criança, na pessoa dos pais e padrinhos, é batizada na fé da igreja, professada por eles. Em seu crescimento vai aprendendo na caminhada sobre o seguimento de Jesus para enfim, no sacramento da Crisma, confirmar que é este mesmo Jesus, esta mesma igreja, este mesmo evangelho, que ela quer seguir e ensinar para toda a vida a todas as criaturas. O que ocorre então, até de forma natural, é que os padrinhos de batizado acompanhem seus afilhados durante a caminhada até a conclusão da iniciação cristã e indo além. Mas, algumas vezes isso não ocorre. Por falta de conhecimento ou outros motivos, como morte dos primeiros padrinhos ou mudança de endereço para muito longe, além de outras possibilidades, outra pessoa acaba por assumir o posto de madrinha ou padrinho de Crisma. Isso é valoroso e não desmerece em nada a pessoa que agora será madrinha, ou os padrinhos de batizado. Mas é agora? Não sereis mais tio ou tia? Tenho que fazer alguma coisa diferente? Em termos práticos e cotidianos, sempre se percebe que os padrinhos na prática, passam a dar mais ênfase ainda ao que já faziam: acompanhar de perto a vida espiritual de seus afilhados. Muito mais que dar presentes bons e ser chamado por madrinha ou padrinho, o que importa a Deus, de fato é assumir essa responsabilidade que é para toda a vida. Não existe prazo de validade pois a caminhada de todos só termina quando passamos pela experiência da morte. No livro de Macabeus 3,43 está escrito: “Cuida do teu povo e da tua religião”. E é exatamente isso que somos chamados a fazer, padrinhos ou não padrinhos. Nosso povo começa em nossa casa e com nossos familiares, se estendendo depois, por mandato de Cristo (Marcos 16,15) para toda a humanidade. Sejamos firmes católicos, engajados cristãos, empunhando nossos Rosários e em oração constante e vigilância que não cessa, saibamos levar a palavra de Deus a todos, através de nossos testemunhos e de nossos comportamentos de acordo com aquilo que nos convém (1ª Cor 6,12). fonte: Jefferson Roger
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