terça-feira, 2 de agosto de 2016

Negar os Ensinamentos da Nova Aliança

É muito comum, certas denominações religiosas enraizarem seus ensinamentos doutrinários exclusivamente na antiga aliança, contida no antigo testamento. Parecem se comportar como os judeus, que ainda esperam a vinda do messias, enquanto nós católicos, que vivemos segundo a nova e eterna aliança, esperamos a nova vinda do Cristo Salvador.

Pois bem, hábitos assim, já historicamente comprovados, levam as pessoas a serem privadas de toda a palavra de Deus e os frutos que ela pode produzir na vida de cada um. Abstendo-se de sete livros em suas bíblias e ainda se utilizando de bíblias com traduções personalizadas, ferem a própria sagrada escritura, que afirma que nenhuma profecia é de interpretação pessoal, pois os homens santos de Deus, falaram inspirados pelo Espírito Santo (2ª Pedro 1,20-21).

Vejamos um trecho do antigo testamento que no novo testamento é referido. Trata-se do Livro da Sabedoria 13,1-9: São insensatos por natureza todos os que desconheceram a Deus, e, através dos bens visíveis, não souberam conhecer Aquele que é, nem reconhecer o Artista, considerando suas obras. Tomaram o fogo, ou o vento, ou o ar agitável, ou a esfera estrelada, ou a água impetuosa, ou os astros dos céus, por deuses, regentes do mundo. Se tomaram essas coisas por deuses, encantados pela sua beleza, saibam, então, quanto seu Senhor prevalece sobre elas, porque é o criador da beleza que fez estas coisas. Se o que os impressionou é a sua força e o seu poder, que eles compreendam, por meio delas, que seu criador é mais forte; pois é a partir da grandeza e da beleza das criaturas que, por analogia, se conhece o seu autor. Contudo, estes só incorrem numa ligeira censura, porque, talvez, eles caíram no erro procurando Deus e querendo encontrá-lo: vivendo entre suas obras, eles as observam com cuidado, e porque eles as consideram belas, deixam-se seduzir pelo seu aspecto. Ainda uma vez, entretanto, eles não são desculpáveis, porque, se eles possuíram luz suficiente para poder perscrutar a ordem do mundo, como não encontraram eles mais facilmente aquele que é seu Senhor?

Vejamos agora no novo testamento, o ensinamento bíblico que trata deste trecho. Está na carta aos Romanos 1,16-25: Com efeito, não me envergonho do Evangelho, pois ele é uma força vinda de Deus para a salvação de todo o que crê, ao judeu em primeiro lugar e depois ao grego. Porque nele se revela a justiça de Deus, que se obtém pela fé e conduz à fé, como está escrito: O justo viverá pela fé (Hab 2,4). A ira de Deus se manifesta do alto do céu contra toda a impiedade e perversidade dos homens, que pela injustiça aprisionam a verdade. Porquanto o que se pode conhecer de Deus eles o leem em si mesmos, pois Deus lho revelou com evidência. Desde a criação do mundo, as perfeições invisíveis de Deus, o seu sempiterno poder e divindade, se tornam visíveis à inteligência, por suas obras; de modo que não se podem escusar. Porque, conhecendo a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças. Pelo contrário, extraviaram-se em seus vãos pensamentos, e se lhes obscureceu o coração insensato. Pretendendo-se sábios, tornaram-se estultos. Mudaram a majestade de Deus incorruptível em representações e figuras de homem corruptível, de aves, quadrúpedes e répteis. Por isso, Deus os entregou aos desejos dos seus corações, à imundície, de modo que desonraram entre si os próprios corpos. Trocaram a verdade de Deus pela mentira, e adoraram e serviram à criatura em vez do Criador, que é bendito pelos séculos. Amém!

E assim, caros leitores, percebemos que, como disse Jesus, Ele veio (com sua nova e eterna aliança), para dar pleno cumprimento da lei e leva-la a perfeição. Não devemos, pois, escolhermos o que mais “combina” com nossos desejos, porque é preciso fazer a vontade do Pai, e por isso todo o seu ensinamento nos é necessário; do contrário estaremos levantando falso testemunho contra nós mesmos, bem no estilo dos fariseus.


fonte: Jefferson Roger

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