Nossa natureza material e espiritual, que faz de nós um composto que luta constantemente neste campo de batalha, chamado mundo, é objeto futuro de desejo entre as partes deste combate. Por um lado, Deus nos quer no céu. Por outro, o diabo nos quer no inferno. E nós, o que queremos? Muitos poderiam dizer que esta é uma pergunta boba, ora bolas, todos nós queremos morar eternamente no paraíso! Mas, sabemos que não existe essa unanimidade entre os membros da raça humana. Existem, vamos resumir, dois grupos: os que querem ir ao céu e os que não querem. Os que querem ir ao céu já fizeram seu encontro com o Cristo Ressuscitado, acreditaram, foram batizados, renunciaram a si mesmos e tomaram sua cruz para segui-lo dia após dia. Já os que não querem ir ao céu passaram por um caminho semelhante. Alguns não se encontraram ainda com Jesus e outros se encontraram, mas não aceitaram a proposta do seu evangelho. São aqueles que querem ser amigos do mundo. São Tiago sobre estes nos diz que são inimigos de Deus (Tiago 4,4). No entanto, para todos, a natureza e finalidade do corpo, em sua continua caminhada, sofre as tentações da carne e dos prazeres terrenos e muitos, ao cederem, prejudicam a sua alma, transformando o seu uso santo querido por Deus num fantoche nas mãos do inimigo. Nosso corpo nos serve para interagirmos aqui neste plano terrestre entre as pessoas visando o bem comum, pois a diversidade de dons é distribuída para esta finalidade (1ª Coríntios 12,4-7). Cada membro do nosso corpo tem a sua natureza e finalidade e o conjunto serve a um propósito maior. Se uma pessoa ingerir veneno, passar mal e for se consultar com o médico, ele sem dúvida irá dizer que estais a passar mal porque a natureza do seu aparelho digestório não foi feita para esta finalidade de se ingerir veneno. Nossos ossos foram feitos para aguentar uma quantidade de esforço motor. Uma carga de muitíssimas toneladas fere a sua natureza criada e por isso acontecem as fraturas. E assim, as diversas partes possuem uma natureza pensada, desejada e criada por Deus. Da mesma forma, a natureza do aparelho sexual do corpo humano tem uma finalidade bem diferente daquela que o mundo quer dar. O mundo quer fazer desta parte do corpo um parque de diversões, uma área de lazer e com isso, comercializa o sexo, transforma homens e mulheres em objetos descartáveis e mancham o seu corpo santo no lamaçal do pecado. 1ª Coríntios 6,15-20 – “Não sabeis que vossos corpos são membros de Cristo? Tomarei, então, os membros de Cristo e os farei membros de uma prostituta? De modo algum! Ou não sabeis que o que se ajunta a uma prostituta se torna um só corpo com ela? Está escrito: Os dois serão uma só carne (Gênesis 2,24). Pelo contrário, quem se une ao Senhor torna-se com ele um só espírito. Fugi da fornicação. Qualquer outro pecado que o homem comete é fora do corpo, mas o impuro peca contra o seu próprio corpo. Ou não sabeis que o vosso corpo é templo do Espírito Santo, que habita em vós, o qual recebestes de Deus e que, por isso mesmo, já não vos pertenceis? Porque fostes comprados por um grande preço. Glorificai, pois, a Deus no vosso corpo”. Se não gostamos que alguém, por exemplo, modifique alguma roupa que emprestamos e nos entregue rasgada ou com um algum bordado ou quem sabe, se emprestamos um bem maior como um carro e a pessoa nos entrega, com outras rodas ou com adesivos colados por toda parte, o que podemos dizer a respeito de Deus? O versículo 19 da primeira carta aos Coríntios nos relembra que nosso corpo não nos pertence. Porque muitos acham que podem transforma-lo numa vitrine de vaidades, enche-lo de tatuagens, piercings, alargadores e outras lacerações e alterações e depois devolve-lo a Deus? Não nos foi entregue um corpo santo para personalizarmos ele além da modéstia, do pudor e da santidade que convém aos cristãos. Isso de achar bonitinho e legal, porque se viu em alguém, um piercing ou uma tatuagem e fazer em si é um completo atestado de burrice. É proferir uma verdade própria em detrimento da verdade que se origina em Deus. O pecado deixa uma marca, alguns pecados deixam marcas na alma e outros no corpo. Deus, porém, perdoa a todos os pecados. Nunca é tarde. É preciso arrepender-se, deixar os porcos e correr aos braços do Pai Eterno (Lucas 15,11-32). Nossa festa com ele, nos espera, mas precisamos nos comportar como filhos e glorifica-lo até em nosso corpo (1ª Coríntios 6,20). fonte: Jefferson Roger
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