Quando uma pessoa tem algum tipo de comportamento que não permite variações e permeia a fina linha que alcança a intolerância e a relevância, pode-se dizer dela que age com rigor. E quanto mais estreita é esta faixa de tolerância mais rigorosa é a pessoa. Infelizmente pelo mundo afora existem tantos e tantos exemplos de atitudes pautadas em algum tipo de rigor e quando este aponta ao excessivo, como é o caso do atual exemplo do grupo terrorista estado islâmico, este rigor tem características fundamentalistas. Diz-se que a pessoa é uma fundamentalista em virtude de agir com extremo rigor dentro daquilo que acredita e professa como verdade. Mas convém ao cristão agir com rigor? Será que é benéfico ser uma pessoa que “não deixa passar nada”? Como dizem os antigos ou “é oito ou é oitenta”? Pessoas assim bem sabemos que sofrem em algumas áreas de suas vidas por conta desse rigor. São aquelas pessoas que se incomodam com qualquer coisinha que não esteja de acordo com o jeito que elas querem. Conhecemos também aquelas pessoas rigorosas que chamamos de perfeccionistas. Tudo fazem para tentarem atingir o êxito máximo em tudo aquilo que praticam e quando não conseguem, apontam os culpado,s mas tantas vezes não se apontam como culpados, para não dizermos que nunca se acham culpados. Conhecemos também os detalhistas. Pessoa que procuram o máximo cuidado no que fazem para que não fique esquecido algum detalhe importante que possa vir a fazer falta na empreitada. Este tipo de pessoa corre o risco de se tornarem chatas porque são aquelas pessoas que cuidam até dos centímetros das roupas na gaveta do armário e se a pasta de dente está sendo apertada de trás para frente, bem certinho. Mas e aí, são apenas alguns exemplos entre tantos que todos nós podemos elencar. No fim das contas ainda permanece a dúvida. Convém ao católico agir com rigor? Jesus agia com rigor? Deus é rigoroso? Bom, para que a reflexão não se estenda neste artigo vamos resumir a questão. As sagradas escrituras nos ensinam que é preciso discernimento e equilíbrio em nossas vidas. Atrelado a isso também se agrega o bom senso. Equilíbrio porque assim como aprendemos da vida de Jesus, em várias situações que passou ao longo da jornada nosso salvador nos mostrou que não se deve agir com radicalidade, ou seja, usando todo o tempo o rigor. Se fosse assim, estaríamos nós pecadores perdidos porque se Deus nos tratasse segundo nossas faltas e comportamentos, conforme nos recorda o salmo, o que seria de nós? Lembram da mulher que disse a Jesus sobre as migalhas que os cachorrinhos comiam do chão? E da casa de Marta e Maria? Onde aprendemos que é preciso acolher em nossas vidas um equilíbrio para bem seguirmos adiante? Ora, bem sabemos que para algumas coisas não podemos agir com uma frouxidão, relaxamento e desatenção e em outras podemos conduzir com uma dose de tranquilidade maior. Portanto a mensagem que o mestre nos deixa é que devemos agir com temperança. Essa virtude nos garante uma conduta de bom senso e equilibrada sem deixar de se comportar com severidade, justiça, amor e correção, assim como fazia Jesus. Como diz a canção, “Amar como Jesus amou, Sonhar como Jesus sonhou, Pensar como Jesus pensou, Viver como Jesus viveu, Sentir o que Jesus sentia, Sorrir como Jesus sorria, E ao chegar ao fim do dia Eu sei que dormiria muito mais feliz...” Sejamos imitadores do Cristo, assim não incorremos ao erro (1ª Coríntios 11,1). fonte: Jefferson Roger
Nenhum comentário:
Postar um comentário