quarta-feira, 28 de setembro de 2016

Fazemos o que não gostamos na maior parte do tempo

Numa conversa que presenciei entre uma mãe e sua filha, eis que esta frase, em tom de desabafo e constatação apareceu em meio a conversa. A filha falou isso para sua mãe que concordou. Motivado pelo tema que estava a ser debatido, coloco aqui neste artigo um pouco de luz das sagradas escrituras para compreendermos um pouco mais o funcionamento da vida em que vivemos.

Pois bem, como já nos disse Jesus, no princípio não era assim. Em várias discussões que os mestres da lei e fariseus tiveram com nosso salvador, sempre estavam a tentar colocá-lo em situação difícil ao confrontar seus ensinamentos e comportamentos baseados na lei de Moises e nas tradições com “t” minúsculo. Baseado neste contexto colocado por Jesus, este fato acontece desde o início da criação, ou seja, tudo foi pensado, desejado e criado por Deus. O homem ao se desviar do plano de amor do seu criador tornou-se sujeito às consequências temporais que sua desobediência ocasionou. Vamos ver:

Gênesis 3,17-19 – “E disse (Deus) em seguida ao homem: “Porque ouviste a voz de tua mulher e comeste do fruto da árvore que eu te havia proibido comer, maldita seja a terra por tua causa. Tirarás dela com trabalhos penosos o teu sustento todos os dias de tua vida. Ela te produzirá espinhos e abrolhos, e tu comerás a erva da terra. Comerás o teu pão com o suor do teu rosto, até que voltes à terra de que foste tirado; porque és pó, e pó te hás de tornar”.

Como podemos ver caro leitor, tudo era diferente, conforme nos recorda Jesus, no início dos tempos. O homem administrava a criação divina e vivia em harmonia com seu criador até que sucedeu a sua queda na tentação da antiga serpente. E as consequências temporais de termos perdido essa harmonia com o criador, como vimos no livro do Gênesis, recaiu sobre toda a humanidade. Ai esse Adão e essa Eva viu!

Sendo assim, eis a nossa realidade diária, passar a maior parte do tempo fazendo aquilo que não gostamos. Por culpa de Adão e Eva ergueu-se em nossas vidas uma barreira que precisamos transpor para voltarmos a viver como no início dos tempos. Deus é bastante claro e nos diz que os trabalhos serão PENOSOS e o sustendo será mediante o SUOR. Vamos traduzir? A vida fácil e tranquila que existia no Jardim do Éden agora tem um preço a pagar, uma penitência a se cumprir. É natural que não gostemos afinal se não temos paz a culpa não é nossa, herdamos dos acontecimentos do Jardim do Éden conforme bem sabemos pelas sagradas escrituras.

Outra coisa importante a se saber é com relação a esta falta de paz. Lembremos que paz não é ausência de problemas, não é ausência de dificuldades ou tribulações, paz é um conforto na alma que Jesus nos transmite para passarmos pelas pedras da vida na certeza de que ele, que está sempre conosco, nos dá o remédio necessário para chegarmos a morada eterna, se fizermos em vida a escolha de segui-lo com a cruz nas costas (Lucas 9,23).

Como vemos a mesa está posta, os convidados foram chamados, muitos, mas Jesus adverte, poucos serão os escolhidos. Ao invés de nos lamentarmos e reclamarmos das dificuldades da vida, que existem e sempre existirão, precisamos fazer com o tempo que nos é dado, no mínimo, o máximo de esforço de nossa parte. Desta forma não seremos um outro Adão, e sim um outro Cristo.


fonte: Jefferson Roger

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