Para se conversar com Jesus usamos a oração e para conversarmos com as pessoas usamos o celular. Jesus que nos disse que subiria aos céus, mas que estaria conosco todos os dias até o fim dos tempos não tem celular. Para falar com ele não precisamos de internet rápida com velocidade 4g, nem de smartphone de última geração. Tão pouco precisamos de um pacote mensal de plano de telefonia e internet com bônus disso e vantagens naquilo para sermos fiéis a esta ou aquela operadora. Nenhum dinheiro precisa ser gasto para nos mantermos conectados a Jesus. A diferença é estrondosa. Muitos utilizam o despertador do celular pela manhã para começarem o seu dia. Enquanto estão se aprontando para irem ao trabalho, o celular já começa a tocar ou vibrar anunciando os primeiros chamados de bom dia ou aquelas mensagens do dia anterior que não vimos. Muitos saem de suas casas e pelo caminho colocam seu fone de ouvido para escutarem suas músicas a caminho de seus afazeres. Enquanto isso é possível ir olhando as redes sociais e as mensagens instantâneas. Não importa se estão de carro ou de ônibus. A pé não se olha por onde anda, se olha no celular e com a visão periférica cuidam para não se envolverem em acidentes ou coisas do gênero. De carro, dirigem com uma mão no volante e outra no aparelhinho. Nos semáforos aproveitam cada segundo para se deleitarem em seu viciante dominador de suas vidas. O celular não fica mais no bolso da maioria das pessoas ou na bolsa da maioria das mulheres. Nada disso, esse aparelhinho e seu chip miraculoso escraviza as pessoas de tal maneira que elas não conseguem sequer larga-los de sua mão. Por onde se anda lá estão os dedos habilidosos a mover a tela para baixo e para cima e com extrema habilidade digitar suas mensagens. Para os que trabalham a cena é ainda mais degradante. Na hora do almoço muitos na linha de servir do buffet estão com ele não mão. Sofrem para se servirem, mas não abandonam a pérola preciosa. Depois sentam-se para comer, mas o celularzinho não dá descanso e os dedos continuam a se exercitar nas telas de toque. A tecnologia escravizou a tantos e os deixou ortograficamente preguiçosos. O bom português foi agora substituído por um amontoado de letras onde as pessoas para ganharem mais tempo ao escrever fazem uso da associação de sons das letras para expressarem suas ideias. Que pena, se acham tão espertas, mas se permitem um empobrecimento destes. Tudo em prol da moda e da agilidade dizem eles. E assim passam o dia, levando o celular para todo o lado, até para o banheiro. E dê-lhe foto. Foto disso, foto daquilo, vídeo desse outro, afinal, tudo vira motivo para compartilhar as particularidades e privacidades ou não, com os amigos. Aqueles amigos que como estes não vivem sem os vícios tecnológicos e não são capazes de praticar o jejum da tecnologia. São viciados igualmente como os viciados em drogas e não são capazes de admitir ou nem se preocupam com isso. Mas e Jesus? A pessoa que morreu na cruz também por todos estes que são ferrenhos utilizadores da tecnologia móvel e suas redes sociais? Quantas horas do dia estas pessoas passam em oração e louvor ao seu salvador e quantas horas do dia passam em ação e envoltos ao seu escravizador? Sem a virtude da temperança, do equilíbrio, as coisas podem se complicar lá na frente. É preciso dar prioridade na vida às coisas que não passam em detrimento das que passam. A tecnologia existe para nos servir e não para nos escravizar. É preciso acordar da cegueira que o mundo promove nas nossas almas, mentes e corações. fonte: Jefferson Roger
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