Quando nos deparamos com esta palavra, “Fortaleza”, logo a nossa mente nos vem a tendência de pensar e imaginar algo intransponível, algo muito forte, indestrutível, de difícil acesso, inabalável e por aí vai. Um grande castelo com altas muralhas, fortemente guardado e vigiado é o que podemos dizer, se formos dar um exemplo de fortaleza. No entanto, para nós católicos, a fortaleza constitui num Dom que recebemos de Deus através do Espírito Santo. Vamos recordar. O sacramento da confirmação, onde a pessoa irá em sua maturidade de fé concluir sua iniciação cristã, são ditas as seguintes palavras: “Recebe por este sinal o Espírito Santo, Dom de Deus”. Desta forma precisamos compreender que recebemos o Espírito em sua totalidade de dons. Isto está afirmado na bíblia: 1ª Coríntios 12,4-7 – “Há diversidade de dons, mas um só Espírito. Os ministérios são diversos, mas um só é o Senhor. Há também diversas operações, mas é o mesmo Deus que opera tudo em todos. A cada um é dada a manifestação do Espírito para proveito comum. Donde compreendemos então que as listas de dons que encontramos na bíblia como em Isaías e na primeira carta de São Paulo aos Coríntios tratam, segundo os estudiosos e teólogos das sagradas escrituras, de exemplos de dons. A igreja em sua tradição prega os “sete dons” do Espírito Santo não como forma de colocar limites, mas sim para mostrar que na linguagem bíblica o número sete representa a perfeição, a totalidade, a universalidade, ou seja, recebemos os inúmeros dons do Espírito. Mesmo assim, nada nos impede de pedir especificamente por este ou aquele dom em nossas orações. Sem medo de pedir ou errar, porque como Deus sabe do que precisamos antes mesmo de pedirmos, e por isso, nos quer como filhos dependentes dele, nos atende sempre na medida em que nossa vontade está configurada a sua. Por isso na carta aos Romanos 8,26 encontramos que “o Espírito vem em auxílio à nossa fraqueza; porque não sabemos o que devemos pedir, nem orar como convém, mas o Espírito mesmo intercede por nós com gemidos inefáveis”. Desta forma age o Espírito enquanto não estamos configurados ao Cristo e este é um dos seus papéis: através de seus dons nos ajudar a nos configurarmos a Jesus, para podermos dizer como São Paulo: Gálatas 2,20 – “Eu vivo, mas já não sou eu; é Cristo que vive em mim”. Já o dom da fortaleza consiste em fazer aquilo que se dá conta e entregar a Deus aquilo que não se dá conta. É um ótimo dom a se pedir uma vez que todos nós alguma vez na vida já passamos ou estamos passando por dificuldades, tristezas, problemas, tribulações ou provações. Quando a pessoa não se humilha perante Deus, reconhecendo que não pode dar conta sozinho de tudo, seus problemas terminarão acabando com ela. Tudo somatiza no corpo, mente e coração e a resposta de nossa natureza pode vir em forma de doença, física ou psicológica. Por isso, nunca esqueçamos da segunda pessoa da Santíssima Trindade que está sempre pronta a nos socorrer e nos cumular de seus dons nesta subida para a porta estreita. fonte: Jefferson Roger
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