A questão em reflexão neste artigo tem diversas raízes. Podemos passar mal por vários motivos, tanto fisiológicos, como psicológicos e até por questões intelectuais. Como o ser humano é um composto de corpo e alma, em alguns casos os motivos para este tipo de sensação, de se passar mal, pode ter uma, mais de uma ou até uma razão com ingredientes das duas naturezas. Ao se observar um grupo de estudantes no intervalo do recreio, este tipo de situação é muito facilmente verificado. Vemos os grupinhos reunidos. As turminhas e também aquelas pessoas isoladas ou em duplas. Podemos concordar facilmente também que estes grupos de pessoas procuram ficar assim agrupadas por alguns motivos que são afins entre os membros. Os góticos num canto do pátio, os roqueiros no outro canto, os estudiosos no outro canto, os gordinhos no outro canto e tantas outras “espécies” de turmas. E por quê? Porque algo existe em comum entre eles. Da mesma forma os que não integram esta ou aquela turma é porque não possuem em comum o que a turma compartilha. Isso se constitui um perigo social pois é o preconceito atuando em tempo real e ferindo aqueles que, com sua baixa autoestima, se deixam afetar por este tipo de situação. É claro que se não existe baixa estima e sim convicção de seus conceitos o que ocorre com o preconceito é que ele atua mantendo a pessoa longe daquilo que ela não quer para si pois defende outra verdade e outro ponto de vista. Exemplifico: Um bom cristão que procura viver a sua vida dentro do evangelho, recorrendo aos sacramentos, fazendo seus jejuns, indo à missa, rezando o seu rosário e defendendo a fé católica, num esforço diário para progredir na santidade e ajudar os outros a fazerem o mesmo, esse cristão ao entrar no transporte coletivo se depara com a cena de duas mulheres com tendência homossexual em meio ao maior agarramento, beijos, abraços, carícias e conversas de baixo pudor, sem se importarem com o que os outros pensem ou achem e até agindo com um tom provocativo e promíscuo. Certamente o bom cristão não irá se sentir bem. Ele defende valores que são contrários aos que aquelas duas mulheres vivem e, portanto, não irá compactuar jamais e nem aprovar aquela situação. Quanto mais se sentir mal com aquela cena mais significa que ele está profundamente vivendo o evangelho que prega. Cabe a este cristão dizer assim como Jesus: “Pai, perdoa-lhes porque não sabem o que fazem”. Se queremos o céu, porque lá está o nosso coração, não podemos ser egoístas. Jesus pede mais de cada um de nós. Pede que amemos os inimigos e odiemos os seus pecados. É tarefa difícil, sabemos disso, peçamos por isso a ajuda celeste. Se não passamos mal perto de alguém que está a testemunhar com seu comportamento, atitudes, sua maneira de vestir, com o cuidado com o seu corpo, que é templo do espírito santo e não uma vitrine de vaidades, algo temos de errado também. Pode ser um sinal de que estamos nos acostumando a conviver com o comum. Mas nem tudo que é comum é certo. Como diz São Paulo, não nos conformemos com este mundo. Se algo nos faz mal interiormente, em nossa alma e no coração a ponto de se manifestar em nosso corpo, saibamos isso vem de Deus. Certa vez Jesus em conversa com Santa Catarina de Sena lhe confirmou um episódio assim, onde ela queria saber do salvador porque tinha passado tão mal perante uma situação a ponto de sentir um aperto e uma angustia tão grande no coração. Jesus revelou a ela que ela se sentiu assim porque ele, com o pai e o espírito santo habitavam o coração dela. Melhor resposta não poderia existir, vindo do próprio Cristo. fonte: Jefferson Roger
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