Vazios, homens vazios e mulheres vazias. Vazios de valores. Ocos em seu interior, Bonitos e chamativos por fora. No fundo são como cortes de carne a amostra no balcão do açougue das vaidades humanas. E como tudo que fica exposto ao tempo, está sujeito às moscas. Também pode logo ser comprado, consumido e a sobra descartada. Pessoas assim quantos livros será que já leram este ano? Possivelmente nenhum. Neste estado de vazio elas não gostam de exercitar o cérebro, preferem exercitar os glúteos e os peitorais numa academia de ginástica. Preferem passar horas em frente ao espelho conferindo se tudo está no lugar, bem firminho, na ilusória esperança de que seus corpos em forma escondam o quanto são vazios por dentro. O melhor amigo destas pessoas é o dinheiro, dinheiro em suas carteiras, independente da proveniência. Se é lícita ou não, isso não importa. O importante é que com esse dinheiro podem comprar seus perfumes caros numa tentativa sem sucesso de disfarçarem o fétido odor da falta de caráter e respeito por si mesmas. Também elas, as mulheres vazias nunca esquecem ao saírem, da massa corrida de suas caras sem expressão, a massa corrida da pesada maquiagem que utilizam para esconderem suas falsidades. E assim, com suas amigas interesseiras, suas vidas fúteis de festanças as deixam cada vez mais sozinhas, gradativamente mais vazias, mais usadas, menos respeitadas tornando-se mais objetos. Também eles, os homens vazios nunca esquecem ao saírem, de promoverem a ostentação dos seus carrões, de exibirem seus peitorais e bíceps, num corpo coberto de perfume, charme e sensualidade para atraírem as fêmeas, mulheres vazias, para se saciarem no coito do pecado. Envoltos com suas amizades para os bons momentos e prazeres carnais da vida, vão ficando apenas mais sozinhos, mais vazios, mais usados, menos respeitados e tornando-se mais objetos. E envolvidos nesse mar de superficialidades, eles esquecem do mais importante: Deus, o amor, a família, os verdadeiros amigos. Por que não tentam, mesmo que de passagem, preencherem esse vazio com um pouco de sadia cultura? Colocarem os pés no chão e viverem um pouco suas vidas reais? Preencherem com as coisas simples da vida? Muitos homens e mulheres vazios nem sabem quantos livros poderiam comprar com o quanto se gasta para comprar um calçado ou roupa de marca. Tão pouco sabem quantas pessoas poderiam ajudar com o dinheiro que se gasta na compra de um Smartphone Galaxy de última geração. Será que sabem? Acho que não mas, se sabem, fingem não saber. Acordem! - Vão assistir uma peça teatral, contemplar um por do sol e toda a beleza da natureza, deixem as redes sociais de lado, desconectem do mundo virtual para se conectarem as suas famílias, façam uma oração, voltem para a igreja, procurem a Deus e peçam por sua mão que está sempre pronta para lhes receber. Tentem ao menos, serem admirados pelo que são, e sejam imitadores de Cristo. E não admirados pelo que têm. A vaidade e a soberba já derrubaram muitas pessoas comuns e também celebridades ao longo da história da humanidade nesta terra e só irão deixa-los mais entristecidos, mais sozinhos a cada passo, mais velhos, menos amados, sempre vazios, homens vazios e mulheres vazias. Vocês podem e devem ser muito mais que um par de seios, uma bunda grande, peitorais e bíceps inchados. Mulher não se resume apenas ao corpo, mulher é inteligência, atitude, delicadeza, carinho e sentimento. Homem não se resume apenas ao corpo, homem é inteligência, atitude, cavalheirismo, carinho e sentimento. Não sejam vazios. Homens que da mesma maneira que as mulheres investem em sua casca provisória chamada corpo. E assim, deixam todos, homens e mulheres, vazios em si, deixam todos de lado a realidade composta por corpo e alma. Cuidam do corpo por motivos errados, egoístas e vaidosos e não cuidam da alma, do coração e da mente. Jogam seus corpos santos na lama do pecado e mancham a túnica de suas almas em todo o tipo de imundícies menos no Sangue do Cordeiro. Tentam prolongar e eternizar o hoje. O hoje de seus prazeres, da sua vida regada a festanças, ao sexo desregrado, ao esforço constante para se sentir um objeto desejado e fonte de pecado aos olhares alheios, sempre idolatrando o seu deus chamado dinheiro que sustenta seus egos, suas vaidades, seus egoísmos e seus prazeres. Esse vazio não pode ser preenchido pelas ofertas do mundo. A inquietude da alma e do coração é fruto da sua ânsia de voltar para seu criador. Voltar para seu Deus da vida. O mundo prega a morte em seus prazeres e Deus prega a vida em nossa subida ao seu encontro. fonte: adaptado de Raimundo Freire por Jefferson Roger
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