Com certeza é uma das expressões que mais se ouve nos circulos das conversas relacionadas ao relacionamento a dois. Muitas vezes, conversas motivadas por traições, como sugere a frase, são palco de uma enorme lista que explica com detalhes a questão de que “quem ama não trai”. Pois bem, mas já parou para pensar e refletir, caro leitor, no outro lado da moeda? Se quem ama não trai e isso é bem verdade e daqui a pouco iremos comprovar biblicamente, então por que homens e mulheres traem tanto? Facilmente somos tentados a deduzir pela lógica que, se a pessoa trai é porque não ama. E pior, se ela diz que ama o outro e mesmo assim trai então é mentirosa. De cara então, podemos ver que, por baixo, a traição acarreta na desobediência do primeiro mandamento, sexto, oitavo, nono e décimo mandamentos da lei de Deus. De um bote só, o infeliz pecador que da boca para fora diz que “ama”, no fundo, se é verdade que não trai quem ama, seu ato pecaminoso lhe rouba o estado de graça e o joga no lamaçal do pecado de forma bem profunda. E se a traição é reincidente e corriqueira, como um pecado grave de estimação e consciente, pior ainda, porque, como nos ensina Santo Tomás de Aquino, essa atitude de se cultivar uma obstinação ao pecado, consiste no gravíssimo pecado mortal contra o Espírito Santo, que só para recordarmos o próprio Jesus disse que é o único pecado que não tem perdão. Que situação gravíssima! Será que é possível tirarmos alguma coisa daqui? Vejamos. Jesus nos deu o mandamento de amarmos uns aos outros como ele nos amou (João 13,34). Também disse que não existe amor maior do que aquele que dá a vida por seu irmão (João 15,13). Ainda encontramos nas escrituras que devemos amar nossas esposas como Cristo amou sua igreja e se entregou por ela (Efésios 5,25). Esse é o amor que não trai” Alguém já ouviu falar de alguma coisa que Jesus disse de um jeito e fez de outro? Suas ações, suas condutas e seu modo de agir, pensar, falar e ensinar são incontestáveis em todos os tempos. Aqueles que se julgam sábios com suas inteligências limitadas em vão agem quando tentam refutar alguma coisa que partiu de Jesus. Pobres dessas pessoas porque a elas as coisas foram escondidas e reveladas aos pequeninos (Lucas 10,21). Sendo assim, um casamento que começa a todo vapor e logo que esbarra em seus desafios já conduz os membros do casal a pecarem contra a castidade e contra tantos outros mandamentos com tanta felicidade, como pode ser? Simples. Trata-se aqui de um amor puramente humano, suscetível às quedas do pecado. Na etapa do namoro, o bem estar da companhia desejada, suas feições e traços corporais induzem homem e mulher a concluir que esta paixão vivida trata-se de amor. Muito pelo contrário. O que se sente é um sentimento que tem muito mais raízes na natureza corporal do que na natureza espiritual. Se esta paixão não amadurecer para o status de amor sadio e duradouro que irá ao longo do tempo se transformar mas nunca deixará de ser amor, fatalmente este próprio tempo irá se encarregar de fornecer as condições ideais para esta paixão que é passageira acabe por tornar este casamento também passageiro. E aqui os distraídos e ignorantes a respeito do que vivem premiam mais uma conquista do diabo. Desta forma é preciso acordar logo deste sono de pecado e buscar transformar o que sentimos pelo outro em verdadeiro amor. Talvez seja tarde. Talvez ficaram marcas e cicatrizes que mancharam o resto da existência. Não importa, para Deus tudo é possivel (Mateus 19,26). Se você por culpa própria aumentou o peso da sua cruz nada mais é necessário do que mais esforço para carrega-la. Não há outro jeito. Olhar para trás agora irá fazer você recordar seus erros mas, se com eles não aprender nada, nunca adiantará olhar para a frente porque se não entregamos nossa vida por completo a Deus, ficamos vivendo com culpas, remorsos e ressentimentos e impedidos de nos configurarmos ao Cristo desfigurado. fonte: Jefferson Roger
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