Na bíblia encontramos o ensinamento de que o diabo anda à espreita esperando ocasião para dar o seu bote, assim como faz o leão. Ora, isso não é de se estranhar porque ele não pode nos apresentar suas tentações numa investida direta e frontal pois isso facilmente nos afugentaria do mal que está sendo oferecido. Ele sabe muito bem disso e, portanto, vive a nos tentar às escondidas. Bem verdade também é, que nosso inimigo cruel tem suas audácias. Certas abordagens que faz são verdadeiras demonstrações do seu ódio contra o ser humano, criado a imagem e semelhança de Deus. Basta estudarmos a vida dos santos. Nestas heroicas biografias aprendemos que o diabo ataca com um furor verdadeiramente puro e cheio de ódio por cada um daqueles que muito amam tudo aquilo que satanás odeia. Haja vista o próprio Jesus ser tentado no deserto pelo próprio anjo caído. Nós, pessoas de pouca fé, constantes pecadores, que tantas vezes tropeçamos em pequenas tentações e outras mais em grandes tentações, desatentos não nos damos conta que nossa distração nos faz abrir a guarda e tentar vencer os convites do mal apenas com as próprias forças. Chega a ser meio ingênuo até. Nós fomos criados do pó e recebemos o sopro da vida, os anjos, do fogo e do espírito e sabe-se por isso, pela tradição da igreja, que são seres superiores aos humanos. Do contrário, Deus não seria sábio de colocar uma raça inferior à nossa para nos ajudar a vencer o mal e chegar ao céu. É o oposto, colocou seus anjos, que são superiores a nós para que, em sua principal missão, nos ajudem a alcançar o paraíso. Estamos, portanto, sempre com eles, mas muitas pessoas esquecem deste detalhe e deixam seu fiel escudeiro abandonado não contando com sua ajuda para nada. Nestes casos já se sabe, através dos ensinamentos dos santos, que eles ainda continuam a ajudar seus protegidos através de suas orações e súplicas, embora muito entristecidos por não serem invocados no cotidiano de nossas vidas. Desta forma, como estávamos a falar das tentações, sozinhos desta maneira, somos invadidos em nossa privacidade pelos espíritos malignos tentadores e enfraquecedores de nossa fé. O marido e a esposa são tentados fora de casa. Quando o diabo quer perder uma pessoa ao inferno através do adultério, ele cria oportunidades contra a castidade no caminho para o trabalho, no ônibus, no próprio ambiente de trabalho, pelas ruas, não importa para ele. O que importa é que, quando ele quer separar alguém, aproveita para tentar a pessoa quando está sozinha. Sozinha aqui está no sentido de separada de seu cônjuge. Desta forma mesmo as grandes tentações públicas que promove o inimigo, atinge cada um, mesmo estando numa coletividade, de forma particular. Assim acontece com todos, casados e não casados. Por isso já nos tempos de Santa Tereza de D’Avila, ela ensinava suas dirigidas de que a pessoa não deve ficar sozinha com mais alguém de outro sexo, nem para rezar, pois corre o risco do inimigo descobrir uma fraqueza e oferecer suas tentações. Parece um ensinamento radical mas podemos comprovar facilmente que não se trata disso. Basta um pequeno exemplo: Se duas pessoas casadas e com problemas em casa, começam no trabalho a desabafar entre si sobre o que estão passando, esse ombro amigo compartilhado entre um homem descontente em seu casamento e uma mulher descontente no seu, é ingrediente suficiente para que o diabo tente estes dois levando-os a pensarem que, essa mulher me dá o que quero, esse homem me trata como mereço, e assim unidos pelas mágoas, carentes de atenção e afeto, se entregam a luxúria dos corpos, tomam gosto pois se sentem realizados enfim, e com isso começam sua descida rumo a ladeira dos ímpios onde terminarão condenados ao inferno e satanás mais feliz porque destruiu mais duas famílias. Cuidemos. O católico precisa se tornar perito em amar tudo aquilo que o diabo odeia. Precisa se tornar perito em evitar todo e qualquer tipo de tentação. Precisa ser imitador de Cristo, que passou aqui pela terra sendo constantemente tentado publicamente pelos fariseus e particularmente pelo diabo mas nunca arredou o pé do caminho que devia seguir e nem o olhar de onde devia chegar. fonte: Jefferson Roger
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