Se alguém disser que o mundo virtual e imaginário é melhor de se viver do que o mundo real e verídico não se dá conta de que está com os dias contados. E essa contagem é uma contagem regressiva. É bem verdade que existe alguma seriedade e algumas tentativas de se utilizar das ferramentas virtuais da internet para promover encontros de casais e pessoas, seja para relacionamentos sérios ou amizades. Como sempre digo até aqui, tudo bem. Mas, não vai até aqui, vai até ali, e tantas vezes vai até lá. Como o bem e o mal caminham juntos e isso é comprovadamente ensinado por Jesus na parábola do joio e do trigo, existem dentro deste contexto os perigos advindos da má utilização destes meios para promover segundas intenções. Antigamente as pessoas tinham suas rodas de amizades. E agora se orgulham em ostentar perfis em redes sociais com muitos seguidores. Ficam brincando que são amiguinhos e qualquer particularidade e privacidade de suas vidas, viram fotos para serem compartilhadas publicamente ou não na internet. Nem ao menos conversam com seus amigos pelo celular pois agora basta mandar mensagens instantâneas pelos aplicativos diversos que existem por aí e a conversa ao pé do ouvido ou ao celular ficou no passado. Ahh, tem também as curtidas. Alguma coisa que acho bonitinho e que vi em algum lugar eu curto e compartilho porque é preciso manter meu perfil social ativo. Pela manhã, as pessoas disparam pelo celular mensagens de bom dia com figurinhas. Que bonitinho! Uma gracinha! Por que não ligam mais? Nem se encontram mais para pessoalmente conversarem! Um bate papo sadio, uma conversa regada a uma boa refeição. Nos transportes coletivos, nos carros e pelas calçadas, todos estão de cabeça baixa, como cavalos com suas guias, com seus olhares voltados para o escravizador do smartphone. Pobres pessoas, andam com o aparelhinho na mão. Nem guardam na bolsa por medo de perder algum instante dos acontecimentos ou alguma mensagem ou chamado online. Tão destrutivo que é o lado ruim deste mundo virtual, que atualmente em alguns países já existem estatísticas que comprovam que as redes sociais já estão no ranking de motivos que levaram a separações entre casais. Como o diabo se utiliza de tudo que existe para promover as suas ofertas, uma avalanche de pessoas se empobrece espiritualmente através do mundo virtual, das redes sociais e da internet. Muitos religiosamente não deixam de abrir o seu perfil social e seu mensageiro instantâneo todos os dias, mas abrir um bom livro, sentar à mesa em família para fazer uma refeição, ou na sala para assistir um programa familiar, ou quem sabe ainda alimentar a sua alma com os escritos bíblicos, isso fica condicionado para quando der tempo. É claro que existe o lado bom da internet, todos sabem. O problema é que ele encosta na fina linha que o separa do lado escuro. Se não houver um amadurecimento muito sério da pessoa, uma firmeza de propósitos (Provérbios 28,26) e uma real intenção de não se envolver com o perigo (Eclesiástico 3,27) sabemos muito bem que podemos fazer bom uso disso tudo. E esse bom uso faz com que a tecnologia nos sirva e não nos torne seus escravos e veículos de perdição. Jesus não vai ligar no celular de ninguém. Ele nos ouve na medida em que estamos na santa missa, na medida que fazemos nossas orações e conversamos diretamente com ele frente ao Santíssimo Sacramento ou onde estivermos. Ele se relacionava com todos pessoalmente e espera de cada um de nós que sejamos santos e não modernos e tecnológicos. Se precisamos ser seus imitadores para entrarmos no céu, precisamos mais do real e menos do virtual. fonte: Jefferson Roger
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