No livro do Eclesiástico 3,3 está escrito que “Deus quis honrar os pais pelos filhos, e cuidadosamente fortaleceu a autoridade da mãe sobre eles.” Também São Paulo em sua carta a Timóteo nos fala sobre os deveres que mãe, que tem autoridade sobre os filhos, deve exercê-los em vista à sua santificação e salvação: Timóteo 2,15 – “Contudo, ela poderá salvar-se, cumprindo os deveres de mãe, contanto que permaneça com modéstia na fé, na caridade e na santidade.” Como podemos facilmente perceber, a mulher que recebeu de Deus o dom da maternidade, com ele recebeu os seus deveres, condição integrante, como nos recorda o apóstolo, para a salvação da mulher. Verdade também é, que já no antigo testamento, no livro do profeta Ezequiel 3,20, aprendemos de Deus que se vermos alguém cometendo algo de errado e não o corrigimos, esse alguém, será cobrado pela sua falta, mas nós também seremos cobrados por nossa omissão. Desta forma, não só as mães são cobradas de seus deveres mas todos os que querem aderir ao segmento de Jesus. No entanto a condição da mãe é muito sublime e de tamanha importância. Haja vista Jesus, no alto do madeiro nos ter deixado Maria Santíssima como nossa mãe e mãe da igreja. Por tudo que ela fez e faz em nossas vidas, intercedendo junto ao seu filho, alguém duvida de sua autoridade concedida em forma de graça especial do Pai Eterno? Com certeza não. Maria é o modelo a ser seguido pelas mães. Um mulher que foi toda submissa a Deus e não escolheu “deixar de lado algum ensinamento celeste”. E Jesus é muito duro e direto e vai logo avisando, ele que é a verdade, o verbo: Mateus 10,37 – “Quem ama seu filho mais que a mim, não é digno de mim.” Aqui Jesus adverte para um erro muito frequente que o amor de mãe por seu filho as leva a abrir mão da palavra de Deus porque isso exige conversão, correção. Exige que a mãe pare de passar a mão na cabeça do filho, deixar de lado, ignorar os erros e ainda justificar que outras pessoas fazem muito pior e que isso na bíblia eu não aceito. Nada disso, em Lucas 12,48 lemos que “a quem muito se deu, muito se exigirá. Quanto mais se confiar a alguém, dele mais se há de exigir.” As mães, cuja autoridade foi fortalecida (Eclesiástico 3,3), assim o foi porque delas é exigida, na graça concedida da maternidade que lhes foram confiadas a gestação, o cuidado e a transmissão da palavra celeste para a salvação de quantas vidas forem geradas em seu útero. As mães precisam ensinar os seus filhos que eles devem glorificar a Deus com seu próprio corpo (1ª Coríntios 6,20). Fingir que não é comigo é fácil. Correr atrás da própria salvação também. Mas não é isso que o evangelho nos cobra. Muitos dizem que colocam nas mãos de Deus e são persistentes na oração, como fez Santa Mônica para a conversão de Santo Agostinho. Está correto e deve ser assim. Mas Jesus nos ensina, usando o exemplo dos preceitos e deveres, que devemos fazer aquilo sem deixar isso de lado (Lucas 11,42). Ou seja, a oração, grande arma do cristão, conforme nos atesta Santo Antão, é meio muito eficaz e certo, sem dúvida alguma, mas Jesus espera de nós “as obras”, as atitudes. É necessário parar de caminhar no erro, parar de passar a mão na cabeça dos filhos, pois isso é uma forma de mimo que trará consequências para alma (Eclesiástico 30,7). Ficar do lado do filho mesmo que ele esteja errado não é atitude de mãe, não é atitude cristã. Deus corrige e castiga aqueles que ama (Provérbios 3,12) e nos convida através do ensinamento de São Paulo em sua primeira carta aos Coríntios 11,1 a sermos imitadores de Cristo. Se as mães se omitem perante Jesus em sua direção espiritual, em suas orações, suas obras e em suas confissões, vivem em estado de pecado. As sagradas escrituras são claras e pedem um comportamento alinhado ao evangelho. Jesus quer nossa total adesão e não panos quentes em certas instâncias de nossas vidas. fonte: Jefferson Roger
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