Jesus em Mateus 23 nos ensina que não devemos ser como os fariseus, que não agem conforme aquilo que professam. Em outras passagens como no sermão da montanha em Mateus 5 a 7 mais uma vez nos mostra que não devemos cobrar um comportamento do irmão e não agirmos conforme aquilo que cobramos do outro. São Tomás de Aquino nos recorda que “quem não vive o que crê, termina crendo o que vive”. E é a mais pura verdade. Aos poucos a pessoa vai cedendo espaço para a catequese do mundo e deixando de lado a dura e exigente prescrição que o amor de Deus nos apresenta. Desta forma, o desânimo vai se tornando um fardo cada vez mais pesado ao lado da cruz. Em um ombro, o fardo, no outro a cruz. E a medida que a caminhada prossegue a cruz vai perdendo o seu valor e seu propósito e vai se tornando uma cruz de aparência, carregada tão poucas vezes e tantas vezes deixada de lado. Afinal, o fardo do desânimo oferece as delicias dos prazeres. Posso apontar o cisco no olho do irmão sem precisar tirar a trave que está no meu olho (Mateus 7). Errado, é bem o oposto disso. Se nosso comportamento é diferente daquilo que professamos como irão nos levar a sério? Como iremos conquistar respeito e autoridade? Como iremos evangelizar como os apóstolos? Se aceitamos o pecado e o erro em nossas vidas, convivendo com isso ao ponto de nos acostumarmos e parecer natural, como querer que outras pessoas façam o que é certo se nós não nos comportamos conforme nos ensina Jesus? Católicos assim vivem na superficialidade religiosa. Evitam a verdade pura e simples de Jesus a todo o custo, porque a dureza do evangelho cobra de cada um uma postura de humildade, reconhecimento de miséria, incapacidade de seguir sem Jesus e uma constante dependência do Pai Eterno. Muitos ao conviverem com pessoas assim, que pregam uma verdade um tanto distorcida e se comportam de maneira mais distorcida ainda, precisam oferecer a Deus esse infortúnio e não sair agindo como justo juiz que não o somos. Por outro lado, deixado o preconceito de lado e cultivando o respeito, é preciso sempre, como nos recorda o catecismo da igreja católica, apresentar sempre a verdade do Cristo. Ser para o outro uma oportunidade de mudança e conversão. É como está escrito em Provérbios 28,23 – “Quem corrige alguém, encontra no fim mais gratidão do que lisonjas.” Encontra uma gratidão que vem do céu, pois o irmão que insiste no erro pode enxergar em cada um de nós um outro Cristo, abrir seu coração e procurar a conversão que o leva para junto do Cordeiro de Deus. Cada um de nós precisa saber conviver, mas não se acomodar com o que não está certo, muito menos aceitar o errado como se fosse uma imposição. O católico precisa ficar do lado da verdade, do lado de Jesus e de forma total. Ele mesmo disse em Mateus 12,30 – “Quem não está comigo está contra mim; e quem não ajunta comigo, espalha.” fonte: Jefferson Roger
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