Que Jesus Cristo espera de nós, no mínimo o máximo de esforço em nossa caminhada, isso não é novidade para ninguém. Não é novidade também que, mesmo que façamos todo o esforço que pudermos, ainda não será suficiente. Quem nos comprova isso é o próprio Cristo quando nos diz que sem ele nada podemos fazer (João 15,5). Como Jesus, pelo querer do Pai Eterno que quis servir-se de Maria para a salvação da humanidade, e continua querendo assim (Malaquias 3,6 – Isaías 45,23), veio até nós pelo seio virginal da toda cheia de graça (Lucas 1,28), ele, o Cristo cabeça da sua Igreja (Mateus 16,18), único mediador entre Deus e os homens, nos fez por direito divino, passarmos de criaturas à filhos de Deus, pelo batismo, sacramento instituído pelo nosso salvador, assim todos nós, membros do seu corpo, que é a igreja, também fomos gerados para ela (a igreja e corpo de Cristo) por Maria. Afinal, se uma mãe der à luz somente a cabeça sem corpo, isto todos concordariam ser uma aberração da natureza. Como a natureza humana imita a natureza divina, a dupla via é verdadeira. Ela que é toda submissa a Deus, está ali, com seu filho a nos gerar na pia batismal ou mesmo quando a fórmula e a matéria sacramental se fazem presentes em ocasião de perigo. E nem poderia ser diferente porque seu filho Jesus confiou a nós todos aos seus cuidados (João 19,27). Mas é preciso ir além. Neste caminho que nós, predestinados a santidade trilhamos todos os dias, bem sabemos o quão árduo é. Também pudera, nas costas carregamos a cruz, o caminho é subida, não é pavimentado, não é espaçoso e não oferece refresco para ninguém. Já dizia Padre Pio, “quanto maior a tentação, mais perto a alma está de Deus”. É preciso ir além. Jesus nos manda esse aviso no livro do Apocalipse 22,11, onde está escrito “o santo santifique-se ainda mais”. Ou seja, Jesus não nos quer como santinhos, como pessoas que irão entrar no céu, raspando, por pouco, quase que não conseguindo e depois de amargar um longo período de purgatório. Não. Jesus é bem claro nas palavras de seu anjo ao evangelista João: “santifique-se ainda mais”. Como vemos, nunca podemos nos acomodar, nunca devemos achar que o que fazemos já é suficiente para nos salvarmos. Jesus quer mais. Quer mais porque, como somos membros do seu corpo, nos ajudamos mutuamente na caminhada. Os que mais puderem irão contribuir com os que puderem menos. Quanto mais santos formos mais caridosos seremos para com o próximo, sendo ele inimigo ou não (Mateus 5,44). E para irmos além, como nos pede Jesus, nos santificando sempre mais e mais, significa sermos um outro Cristo, que demonstrou que o maior amor é o despojo de sua vida pelo irmão (João 15,13). Neste processo que vivemos ele nos adverte: “Felizes aqueles que lavam as suas vestes para ter direito à árvore da vida e poder entrar na cidade pelas portas (Apocalipse 22,14).” Essa bem-aventurança é a entrega total a causa do seu evangelho, pelo reino dos céus. É o que tantos santos e santas de Deus fizeram ao longo da história e em tantos relatos bíblicos (Apocalipse 7,14). Não nos amedrontemos, aqui o tempo de nossa existência é curto. Nossos sofrimentos passarão, não deixemos passar, portanto, aquilo que realmente importa, a oportunidade de alcançarmos a glória do paraíso. É preciso ir além. fonte: Jefferson Roger
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