De origem do latim PATRONUS, que quer dizer “defensor, protetor” e derivado de PATER, que quer dizer “pai”, para nós católicos é uma alegria imensa podermos contar com essa assistência celeste por intermédio dos anjos e santos de Deus. Colocarmos nossa vida, nossas questões diárias, nossas causas, nossas obras, nossos afazeres, enfim, todas as coisas que temos na vida sob a guarda e assistência de um padroeiro ou de uma padroeira não poderia existir algo de mais sábio a se fazer. E nós podemos ter vários santos padroeiros e mesmo os anjos. Está graça nos foi concedida por Deus. Trata-se da comunhão dos santos, que bem professamos em nossa oração do creio em todas as missas dominicais e em solenidades. Eu mesmo tenho duas santas padroeiras e dois santos protetores, os quais confio todas as minhas questões de vida, materiais e espirituais. A exceção do meu anjo da guarda, do anjo custódio da minha família e de tantos santos, santas e anjos que invoco para ocasiões específicas, minha padroeira Santa Gemma Galgani eu elegi por afinidade a sua história de vida.
Já São Gregório Magno me encomendei a ele, como meu santo protetor, porque nasci no dia em que se celebra sua memória. Santa Anastácia me encomendei a ela, como minha santa protetora, porque fui batizado no dia em que se celebra sua memória. Meu testemunho é apenas um pequeno exemplo de como as coisas podem ser. Cada um é livre para se encomendar ou invocar a assistência divina daqueles que já vivem na glória do céu. E não se trata de idolatria nenhuma, tanto alegada pelas pessoas que não são católicas. Muito pelo contrário. Idolatria é colocar alguma coisa ou alguém no lugar de Deus, muito diferente da devoção que o católico tem para com os anjos e santos de Deus e para com Maria Santíssima, mãe de Jesus e nossa mãe. Jesus é a cabeça e nós, membros da sua igreja, corpo de Cristo, vivemos o tempo da graça, que é o tempo da igreja. Fazemos parte da igreja militante, no céu existe a igreja triunfante, no purgatório existe a igreja padecente. Se somos todos membros da igreja, corpo de Cristo, fácil é de se perceber porque Deus criou a comunhão dos santos. Uns ajudam os outros.
Não é comum alguém lhe pedir, vez por outra, caro leitor, que você reze por esse alguém? Quando estamos tristes porque alguém que gostamos está a passar por alguma tribulação, não rezamos por essa pessoa? Durante a missa, no momento da oração dos fiéis, não nos unimos com toda a igreja para rezar por tantas intenções? No início da santa missa, não são anunciadas as intenções pelas quais será celebrada a missa? Fiquemos atentos e não façamos as coisas de modo automático. E mais, é preciso termos ciência de que os padroeiros, assim como os protetores possuem todos a missão de trabalharem pela salvação das almas. Eles não fazem a nossa parte, eles nos ajudam. E para isso precisamos nos comportar como Deus espera que nos comportemos pois do contrário, não seremos atendidos se nossos pedidos forem egoístas. Se não forem súplicas Deus não irá conceder o auxílio de que necessitamos, pois ele sempre nos dá o que precisamos e não o que queremos, a menos que nossa vontade se conforme a sua.
Não adianta, portanto, sairmos por aí disparando uma metralhadora de orações para uma infinidade de anjos e santos achando que com isso algum acabará por nos atender. Não é assim, de mãos vazias e sem coração contrito nossos pedidos não passarão de desejos pessoais que não irão contribuir para a nossa salvação. Quando achamos que não somos atendidos é porque não escutamos a resposta que Deus nos deu, porque é uma resposta que não queríamos ouvir. Peçamos, portanto, essa graça a Deus, de que possamos nos configurar aos seus desejos para podermos bem viver a comunhão dos santos em prol da salvação de tantas almas, amém.
Fonte: Jefferson Roger
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