Jesus é muito direto quando nos adverte que não devemos ficar justificando nossas atitudes por conta de atitudes das outras pessoas. Em Lucas 4,24 lemos que “Atendei ao que ouvis: com a medida com que medirdes, vos medirão a vós, e ainda se vos acrescentará.” Não podemos chegar na frente do justo juiz no dia de nosso julgamento e querer dizer que fulano fez coisa bem pior do que eu. Jesus nesta hora bem poderia dizer que é ele quem irá julgar a cada um segundo a verdade dele. Não iremos convencer Jesus de que podemos receber a recompensa da glória e passarmos pela porta estreita apresentando a nossa verdade. Nem podemos negociar pois não se trata de um debate sobre quem está com a razão. Em sua frente iremos receber o julgamento e a sentença. O tempo de obras ficou para trás. Muitas pessoas não conseguem viver as exigências do evangelho porque misturam suas interpretações pessoais e suas verdades as de Jesus e dessa salada toda querem tirar um cristianismo analgésico e sem cruz. Afinal, pensam elas que Deus irá me poupar assim que ele ver que tem gente que faz coisa muito pior. Só que existe um grande problema nisso tudo. Os termos de comparação. Dependendo do termo de comparação que utilizarmos, aos nossos olhos, seremos pessoas muito boas. Se alguém se comparar a uma pessoa que é um psicopata, estuprador de menores e assassino em massa, com requintes altíssimos de crueldade, facilmente ela irá se achar uma boa pessoa, um verdadeiro “santinho”. Agora, se alguém se comparar a Virgem Santíssima, ao Padre Pio, a Santa Tereza, aos anjos e santos de Deus, e ao próprio Jesus, aí a coisa muda completamente de figura. Por este prisma é possível dizer que estamos longe de alcançarmos a estatura de Cristo, pedida a nós pelo Pai Eterno. Eis então a questão. Nossa meta é sermos como Jesus (1ª Coríntios 11,1), cada dia melhores e melhores. Não sermos melhores que os outros, que fazem coisas muito piores que nós. Devemos ser melhores pessoas, pessoas como Jesus. Seus imitadores. Jesus nos ensinou em Lucas 18,11-14 que devemos agir segundo nossa condição de pecadores. Não temos motivos para agradecer por não agirmos como alguém que age pior que nós. Nós estamos a agir pior que alguém. E todos estão a agir num grau maior e menor que será julgado por Jesus. Não poderemos dizer no dia do julgamento: Jesus, eu cometi estes cinco erros, estes cinco pecados, mas olhe Jesus, aquele sujeito ali cometeu coisa pior, só um erro dele, só um pecado dele supera todos estes meus cinco erros e pecados. Nada disso, numa fala dessas com certeza no mínimo Jesus poderia fazer a mesma cara quando ele se lamentou com os apóstolos (Mateus 17,17).
Jesus irá julgar o que fizemos de bom, o que fizemos de mau, o que deixamos de fazer de bom, o que deixamos de fazer de mau e o seu parâmetro, ao olhar nossos corações, é a lei divina, é a verdade que liberta. O Verbo de Deus, a porta do céu (João 10,9) espera de nós que nos comportemos como filhos de Deus. A jornada de cada um para a céu não admite competição. Não devemos pensar que se fizermos menos coisas ruins do que nosso irmão, ele irá perecer e nós não. O julgamento do juízo segue critérios divinos, não humanos. fonte: Jefferson Roger
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