“O desejo de Deus está inscrito no coração do homem, já que o homem é criado por Deus e para Deus; e Deus não cessa de atrair o homem a si, e somente em Deus o homem há de encontrar a verdade e a felicidade que não cessa de procurar. Mas esta "união íntima e vital com Deus" pode ser esquecida, ignorada e até rejeitada explicitamente pelo homem. Tais atitudes podem ter origens muito diversas: a revolta contra o mal no mundo, a ignorância ou a indiferença religiosas, as preocupações com as coisas do mundo e com as riquezas, o mau exemplo dos crentes, as correntes de pensamento hostis à religião, e finalmente essa atitude do homem pecador que, por medo, se esconde diante de Deus e foge diante de seu chamado. "Alegre-se o coração dos que buscam o Senhor!" (Sl 105,3). Se o homem pode esquecer ou rejeitar a Deus, este, de sua parte, não cessa de chamar todo homem a procurá-lo, para que viva e encontre a felicidade. Mas esta busca exige do homem todo o esforço de sua inteligência, a retidão de sua vontade, "um coração reto", e também o testemunho dos outros, que o ensinam a procurar a Deus.” (CIC 27, 29 e 30) Em Ezequiel 18,20-24 temos que “É o pecador que deve perecer. Nem o filho responderá pelas faltas do pai nem o pai pelas do filho. É ao justo que se imputará sua justiça, e ao mau a sua malícia. Se, no entanto, o mau renuncia a todos os seus erros para praticar as minhas leis e seguir a justiça e a equidade, então ele viverá decerto, e não há de perecer. Não lhe será tomada em conta qualquer das faltas cometidas: ele há de viver por causa da justiça que praticou. Terei eu prazer com a morte do malvado? - oráculo do Senhor Javé. - Não desejo eu, antes, que ele mude de proceder e viva? E, se um justo abandonar a sua justiça, se praticar o mal e imitar todas as abominações cometidas pelo malvado, viverá ele? Não será tido em conta qualquer dos atos bons que houver praticado. É em razão da infidelidade da qual se tornou culpado e dos pecados que tiver cometido que deverá morrer.” E com este pequeno trecho das escrituras caros leitores, que podemos bem ver o quanto o nosso bondoso de Deus (Mateus 19,17) não se cansa de nos oferecer as suas moradas eternas para estarmos com ele na felicidade do paraíso (João 14,1-4). Como é bom podermos olhar para nossos erros e pecados, aprender com eles, encara-los de frente e apoiados no Cristo, deixarmos para trás essa vida que vivemos até então e que tanto desagradava ao Pai Eterno. Como é bom podermos ensinar a santa palavra de Deus, e com nossos exemplos, como nos recorda o catecismo da igreja católica em seu número 30, sermos testemunhos na vida das pessoas de que elas “tem jeito”, existe “solução para suas vidas”. Não a solução do mundo, não a paz do mundo (João 14,27) mas aquilo que vem de Jesus. Ele que nos ensinou a amar os inimigos e a sermos os últimos, os humilhados, aquele que dá com alegria e que serve ao irmão. Jesus nos ensina que o pecado de alguém, já superado (pelo pecador) e perdoado por Ele (Jesus Cristo), não deve ser motivo de preconceito. Ninguém atire a primeira pedra e não condene exercendo a função do Ressuscitado. Não podemos dizer que amamos a Deus que não vemos se não amamos ao irmão que vemos (1ª João 4,20). Feliz daquele que assume a sua conversão e dá pleno testemunho de vida, pois assim encoraja os irmãos a não se esconderem no erro, pois não há nada que perante Deus fique oculto (Lucas 12,2). fonte: Jefferson Roger
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