Muitas pessoas de várias denominações religiosas expressam o seu desejo e práticas de diálogo com o altíssimo através de súplicas e outras expressões pessoais que se afastam um pouco dos ensinamentos das sagradas escrituras. E esta prática também acontece entre os católicos. Muitas são as pessoas que contestam as várias orações que existem na bíblia. Dizem que fazem suas orações de forma espontânea ao invés de decorarem as “fórmulas” ensinadas pelas escrituras inspiradas pelo Espírito Santo. Vai saber, não é mesmo, o motivo de cada um, em achar que suas orações substituem aquelas que nos foram dadas do céu. O que dizer então do Livro dos Salmos? Das 150 orações que prefiguram a vinda de Cristo e antecedem o Saltério Mariano entregue por Nossa Senhora a São Domingos de Gusmão? Seja como for, uma coisa é sempre importante ficar bem claro a todos. É muito evidente que a oração que brota de dentro do coração, de forma natural, com fé profunda e reta intenção chega aos céus pelas mãos dos anjos. Porém, os escritos sagrados também nos ensinam que “o Espírito vem em auxílio à nossa fraqueza; porque não sabemos o que devemos pedir, nem orar como convém, mas o Espírito mesmo intercede por nós com gemidos inefáveis. (Romanos 8,26)” E ainda mais, Nossa Senhora em toda a história de suas aparições, sempre com caráter de chamada de atenção, pratica para com a humanidade uma antífona pessoal de forma constante e incansável. Sempre nos recorda a mãe de Deus e nossa mãe: “rezem o Santo Rosário”. Como fica a importância que algumas pessoas dão ao pedido de Maria, que com certeza sabe muito mais do que qualquer ser vivente? Vale lembrar que ela foi especialmente agraciada por Deus (Lucas 1,28). Ou como fica, também incluindo a doutrina da igreja, a oração a São Miguel Arcanjo, elaborada pelo Papa Leão XIII? Pois é, há de se pensar a respeito uma vez que a igreja está sendo conduzida pelo Espírito Paráclito, responsável por todo o ensino (João 14,26). Por fim, vamos recordar o ensinamento de Jesus, nosso salvador. Aquele que nos trouxe a boa nova do Reino de Deus e nos deixou um caminho para ser percorrido de volta. E dentro de seus ensinamentos o messias nos ensinou a maior expressão de todas as orações: a oração do Senhor, o Pai Nosso (Mateus 6,9-13). A oração, única arma do cristão, como nos recorda Santo Antão, sempre será a comunicação direta entre o Pai e o filho. Sob todas as formas. As pessoais mas sobretudo as ensinadas pela luz divina. Deixar de lado ladainhas, rosários, terços e toda forma de oração promulgada pela igreja católica para se dedicar apenas a uma conversa pessoal e informal com Deus é abrir mão do tesouro de Cristo e de sua igreja (Mateus 16,18) e contar apenas com o próprio esforço invalidando as palavras de Jesus que nos confirma que sem ele nada podemos fazer (João 15,5). A igreja militante (na terra), ajuda a igreja padecente (no purgatório) e é ajudada pela igreja triunfante (no céu). A graça concedida por Deus a todos, que é a comunhão dos santos é algo que se recorda em todas as missas de preceito, através da oração do creio. Se essa oração, que é nossa profissão de fé, for rezada da boca para fora, seremos como os hipócritas que nos alerta Jesus (Lucas 7,6). fonte: Jefferson Roger
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