Como bem sabemos caro leitor, não é de hoje que a igreja católica ensina uma coisa na teoria e na prática faz outra coisa, bem ao estilo condenado por Jesus dos fariseus. Fico aqui a pensar o quanto a igreja que Jesus fundou o desagrada com seus membros pecadores que tanta baderna fazem dentro dela. Ainda bem que ela (a igreja) é santa e que Jesus nos garantiu que as portas do inferno não prevalecerão contra ela mas que o inferno faz um estrago aos seus membros e faz padecer na caminhada a igreja militante, isso não resta dúvidas a ninguém. Apenas resta dúvidas para aqueles que querem não enxergar a profundidade das coisas. Eu particularmente ando entristecido por fazer parte de uma igreja tão suja por dentro e que varre tanta coisa para debaixo do tapete. Os membros dessa igreja em sua maioria seguem o papa e não Jesus, ou ainda a Santíssima Trindade e muitos são os exemplos que qualquer pessoa interessada, com algumas horas de séria pesquisa pode comprovar a questão. Por aqui, neste artigo irei apenas citar um simples exemplo de como é o comportamento da igreja católica. Comportamento que não é bom, já quero adiantar. É o caso dos ministros extraordinários da sagrada comunhão, que nada mais são que leigos instituídos pela igreja para ajudar o sacerdote em algumas de suas atividades que o sacramento da ordem elencam como exclusivas deste ministério. Já começa aí o problema, acompanhem o raciocínio, que é pessoal e portanto livre de aceite ou não. Segundo São Tomás de Aquino em sua publicação Suma Teológica, ele descreve as razões pela qual a distribuição do corpo de Cristo deve ser feita apenas por quem tem o sacramento da ordem. São elas: Primeiro, porque... é ele que consagra assumindo o lugar de Cristo. Ora, o próprio Cristo distribuiu o seu Corpo durante a Ceia. Portanto, assim (como) a consagração do Corpo de Cristo cabe ao padre, é também a ele que cabe a sua distribuição. Segundo, porque o padre foi instituído intermediário entre Deus e os homens. Por conseguinte, como tal, é ele que deve encaminhar a Deus as oferendas dos fiéis e também levar aos fiéis as dádivas santificadas por Deus. Terceiro, porque, por respeito por este Sacramento, ele não é tocado por nada que não seja consagrado. Por causa disto, o corporal e o cálice são consagrados e igualmente as mãos do padre o são, para tocar este Sacramento. Assim, nenhuma pessoa tem o direito de o tocar, a não ser em casos de necessidade como, por exemplo, se o Sacramento cair no chão, ou casos semelhantes" (Summa, III pars, Qu. 82, art 3). Pois bem, se alguém acha que o santo não tem razão porque são outros tempos e outra realidade aproveito para dizer que um dos frutos do Concílio Vaticano II foi a definição de que a Suma Teológica deveria ser estudada e aprendida por todo o clero. Sinal claro da importância que igreja dá para este doutor. Mas, em tempos que são outros, como dizem muitos, estes atiram no próprio pé porque acham que a messe é grande e os operários são poucos, então, por conta da falta de vocações sacerdotais, vamos diminuir o sacro ofício consagrado de se distribuir o corpo do Senhor para poder permitir que qualquer leigo de boa índole, mesmo que isso desagrade aos céus, distribua a eucaristia. E os padres defendem a questão alegando muitas atividades e que sem os ministros leigos não dariam conta do recado. Vou dar um exemplo. Numa missa em paróquia de bairro, normalmente um sacerdote distribui a comunhão no corredor central dos bancos e dois ministros ficam nas laterais junto a parede. Dessa forma são quatro filas que se formam e em aproximadamente 5 a 7 minutos a comunhão é distribuída a todos. Este é um uso irregular dos mesc's porque se as filas laterais sem unissem as filas do meio a celebração iria aumentar apenas 7 minutos, já que o padre leva 7 minutos para dar conta de duas filas centrais. Já no altar os mesc's apenas abrem o sacrário, entregam as âmbulas ao sacerdote no altar e no final da distribuição colocam as reservas eucarísticas de volta ao sacrário. Pelo amor de Deus, isso o padre pode fazer. São apenas alguns metros do altar até o sacrário, mesmo que o sacrário esteja na capela do santíssimo. Padres preguiçosos talvez? Algum compromisso depois da missa que não permite que ela passe um pouco de uma hora de duração? E vejam que o exemplo acontece em uma situação cotidiana e que eu presenciei em várias missas em toda a arquidiocese de Curitiba, não só na paróquia em que eu vivo. Sem "multidão excessiva" que justificaria o uso "extraordinário" dos ministros leigos, uma vez que duração da missa se tornaria demasiado excessiva, como recorda tantos documentos da igreja entre eles a Redemptionis Sacramentum, só para citar um exemplo. Desta forma, como podemos ver, a causa até é aceitável, mas o uso que se faz do antídoto para o problema não é. Os ministros leigos são utilizados de forma regular em desacordo com a própria determinação da igreja através de seu magistério. Sem falar nas aparições que Jesus e Maria fizeram ao longo da história da humanidade condenando esta prática, que também tem condenação bíblica tanto no antigo quanto no novo testamento. Infelizmente para as pessoas de bem que aceitam essa investidura lhes é ensinado apenas o porquê da situação, bem ao estilo evangélico/protestante. Posso afirmar isso porque eu fiz o curso de mesc e vivenciei a "lavagem cerebral" que o clero ou outros leigos querem fazer nos ansiosos candidatos para a missão de ministro extraordinário. E só para constar eu não quis ser investido no cargo porque ciente do uso irregular que desagrada Jesus, não convém agradar aos homens (Gálatas 1,10 - Atos 5,29) O erro é da igreja que faz uso errado desta função. Se é para ser extraordinário porque usar de forma cotidiana tornando uma prática regular? Este mau exemplo de prática doutrinária exige dos céus o oitavo sacramento, o sacramento da santa ignorância, já dizia Monsenhor Athanasius, Padre Amorth, Padre Duarte Sousa Lara e Padre Paulo Ricardo, só para mencionar alguns exemplos de grandes sacerdotes. Artigo relacionado: Missa Tradicional x Mesc's fonte: Jefferson Roger
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