O ano era 1999, o dia era 02 de janeiro, um sábado. O noivo faltando meia hora para a celebração matrimonial ainda tomava banho em seu apartamento, no qual morava sozinho. Muito tranquilamente o homem que sempre honrava (e ainda honra) compromissos com horários marcados estava ainda a lavar os cabelos mas com a cabeça nos minutos que antecediam a marca das 19:00 horas. Desligou o chuveiro, enxugou-se, fez aquela higiene dos bons cheiros pelo corpo e vestiu o seu terno. Dali onde morava, seu carro marca wolkswagen, modelo Apollo levaria poucos minutos até a igreja antiga do bairro do Portão. E de fato levou mesmo, quando eram 18:55h já estava eu de pé em frente a porta da igreja aguardando o término de uma celebração anterior que teve início às 18:00. Evidentemente todos os convidados estavam ali fora também. A noiva se desmanchava em nervosismo porque até então, faltando 5 minutos para às 19:00, nada do noivo chegar. Sem necessidade, o noivo é um rapaz pontual. Se caso alguma coisa desse errado ele, como bom corredor, poderia continuar o caminho até a igreja correndo e com muita facilidade porque a distância era muito pequena para seus padrões. Pois bem, deu-se a cerimônia, com atrasos e tudo o mais. Meia noite e sete minutos do dia seguinte, o casal de nubentes, agora marido e mulher seguiram rumo ao seu novo lar, aquele apartamento em que o noivo morava sozinho. Hoje o ano é 2017, é o dia 02 de janeiro e são 17:21h. Passaram-se 18 anos, apenas 18 anos. Somos uma família, marido, esposa e três filhas. Uma já subiu aos céus, se chama Clara, já faz pouco mais de um ano que se foi. Agora olha por nós lá de cima. Para minha vida já se passaram 45 anos e mais 4 meses. Como diz minha esposa “é uma luta constante”. Ainda bem porque se o matrimônio não trouxesse tribulações e dificuldades elas viriam por outros meios, com plena certeza. Muitos reclamam de suas esposas, de seus maridos, de seus filhos, de seus parentes e essas reclamações muitas vezes possuem uma base um tanto egoísta. Ora, se pararmos para pensar iremos enxergar que quem escolheu nosso marido, nossa mulher e nossos filhos foram Deus. “Seja feita a sua vontade”, rezamos na oração do Senhor. Se não acreditamos porque então rezar pedindo isso? E os filhos? Perante o altar durante o matrimônio assumimos educar na fé da igreja e nos princípios católicos os filhos que Deus nos mandar! Mesmo parecendo que saímos por aí a escolher algum par ideal, se a pessoa tem um coração voltado para Jesus ela não pode negar que foi pela providência divina que as coisas aconteceram e acontecem. Do contrário irão tentar resolver as coisas sozinhas e sempre irão “dar com os burros na água” achando que divórcios, separações, consultórios de psicologia e terapias irão resolver as coisas. Deus se entristece quando ele não é o primeiro a quem recorremos em nossas necessidades. Sendo assim, alguém que nos ama tanto a ponto de entregar seu filho por nós na cruz não iria fazer escolhas erradas quando o que está em jogo é a salvação de cada um. A melhor mulher que você pode ter é a que Deus te deu. O melhor marido que você pode ter é aquele que Deus te deu. Os melhores filhos são os seus. Nada de ficarmos olhando para a realidade dos outros, que são deles próprios e ficarmos “cobiçando as coisas alheias”. Sejamos felizes com a vida que levamos e com o que temos porque é preciso ser “alegres na esperança, pacientes na tribulação e perseverantes na oração – Romanos 12,12. Artigos relacionados: Meu casamento vai mal, será? O matrimônio Porque os casamentos santificam Casamento não é alvará Único casamento possível sob os olhos de Deus Isso que dá fazer filho com um velho Quem ama não trai Casou? ... e agora? fonte: Jefferson Roger
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