Os dons e o chamado de Deus são irrevogáveis, assim encontramos o ensinamento nas sagradas escrituras quando lemos a carta aos Romanos 11,29. E não há nada de especial aqui ou de novidade para o cristão que pretende seguir o evangelho deixado por Jesus e todos os seus ensinamentos. Quando ele mesmo nos ensina que é preciso carregar a cruz dia após dia e pregar o evangelho a toda a criatura e ainda vigiai e orai para não cairdes em tentação, em poucas palavras de nós, no mínimo ele espera o máximo de nosso esforço. Afinal, Jesus diz para aprendermos com ele que é manso e humilde de coração, mas que também nos mostrou que é preciso arregaçar as mangas e labutar. Tanto é verdade esse seu exemplo deixado que nos quatro evangelhos dá para se contar nos dedos quando Jesus estava, podemos dizer, em momentos de lazer. Em contrapartida o que mais se vê é sua incansável caminhada por todas as regiões próximas de onde ele vivia para pregar a boa nova do reino. E foi Jesus mesmo quem nos contou essa verdade (Lucas 4,43). Desta forma, feito esta pequena reflexão sobre a realidade do católico, entramos por aqui na questão do chamado vocacional, que como já vimos na carta aos Romanos é um dom irrevogável e que deve ser levado a sério, cultivado e regado todos os dias como uma plantinha. Alguém conhece uma plantinha de vaso que se não cuidarmos continua a florescer e criar lindas e viçosas folhas? Eu não conheço. Pensem numa violeta, caros leitores, só para fins análogos. Se não se dedicar ela não floresce. Quem já teve ou tem sabe do que falo. Pois bem, assim são nossos dons. Não podem ficar no armário ou na estante juntando poeira. Isso traduzindo para nossa realidade espiritual significa cruzar os braços, igual os apóstolos fizeram entre a Ascensão de Jesus e o dia de Pentecostes. Ficaram escondidos com medo. Se não se lembra basta dar uma olhadinha em atos dos Apóstolos para reavivar a memória. Não deve ser assim, se todo o fiel batizado e crismado tem um compromisso como membro do corpo de Cristo que é a sua igreja, falemos então da figura do catequista. Chamado a estar nas primeiras fileiras da evangelização das pessoas que estão chegando à esta igreja e para aquelas que já estão nela. O catequista é uma pessoa que não tira férias. O período da catequese tem sim, algumas paradas, mas o catequista precisa continuar a sua tarefa de aprofundamento religioso, sempre mantendo uma grande intimidade com suas práticas religiosas. Alguém deixa de escovar o dente ou de tomar banho? Tira férias dessas atividades? Com certeza não e porque então, com as questões espirituais muitos relaxam em seus cuidados? Somos um composto de corpo e alma, o cuidado precisa existir para ambos. O mundo com sua catequese se renova e sempre busca meios de promover seus prazeres terrenos que no final das contas abrem possibilidades para que muitos desistam da subida para a pátria celeste. O catequista não pode relaxar, não pode fraquejar e deve ter sempre em mente este porquê – 1ª Pedro 3,15. Porque é preciso ser catequista, porque é preciso conhecer bem a religião que pratica. Dentro e fora do ambiente catequético, a evangelização continua. Nas orações, nas leituras, nas meditações e reflexões, nos rosários e nos exemplos, fora e dentro de casa. É preciso sentir-se “catequista”, assumir o chamado, as responsabilidades e a confiança que Deus colocou sobre si. Receio da missão? Recorra aos Corações Santíssimos de Jesus e de Maria, nossos primeiros catequistas. Artigo relacionado: Como o profeta Jonas A catequese em 5D fonte: Jefferson Roger
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