A história que retrata a educação familiar, tradicionalmente passada de gerações de pai para filho, é repleta, como todos bem conhecem de vários ditos populares. Na expressão mais acertada da sabedoria popular e fazendo um paralelo com Nosso Senhor Jesus Cristo, os ditados populares são as parábolas do povo. Assim como Jesus, para melhor se fazer compreender, transmitia alguns de seus ensinos por meio das tão conhecidas parábolas, estes ditados contém neles inúmeras verdades muito bem explicadas que por si só estão repletas de muita sabedoria. Esta educação, passada pela tradição familiar (e aí já podemos ver a importância de nossa tradição católica) precisa de fato, ser levada muito a sério e, o que é mais importante, nunca deixar de existir. Não existe essa coisa de que agora meu filho é de maior, é adulto e sabe se cuidar. Nada disso. Jesus ensina a todos, sem distinção de pessoas (Atos 10,34), e com certeza, como bem aprendemos do evangelho, isso inclui crianças, mulheres, homens e idosos. Certa vez, Santa Maria Faustina Kowalska, em seu diário da divina misericórdia, nos contou que uma freira de idade avançada do convento em que ela morava, era uma idosa de muita aplicação em suas práticas religiosas ao ponto de impressionar Santa Faustina. Ela chegou a comentar com a freira idosa a sua admiração ao passo que a bondosa mulher lhe respondeu: “ninguém está dispensado da luta”. Lucas 18,16-17 – “Deixai vir a mim as criancinhas e não as impeçais, porque o Reino de Deus é daqueles que se parecem com elas. Em verdade vos declaro: quem não receber o Reino de Deus como uma criancinha, nele não entrará.” Aqui neste trecho, Jesus, no contexto do evangelho, repreende os apóstolos que impediam que os adultos levassem seus filhos até Jesus, aproveitando para nos ensinar que, além de não ser possível deixar de lado a atenção que se deve dar aos pequeninos, nós adultos, precisamos conservar uma dependência filial para com Deus, exatamente como um filho se comporta com seus pais. Além do mais, Jesus além de ensinar pela sua palavra, o fazia também por seus exemplos. Assim nós devemos ser para com nossos filhos. Não existe outra didática mais apropriada do que aquela vinda dos céus. Precisamos a cada passo, sermos o porto seguro para nossos filhos, em todas as etapas de suas vidas. Com certeza os céus se alegram quando imitamos o amor de Cristo e nos importamos primeiro com o que é bom para o outro. Para os filhos, agindo como o cristo agia (1ª Coríntios 11,1). No entanto a tarefa é bem difícil porque num mundo como o de hoje, onde o marketing do demônio, misturando verdades com mentiras, promove incansavelmente a notícia de que é possível sim, se viver um paraíso já aqui na terra e o que é melhor, sem Deus, bradam os discípulos do demônio e aqueles que querem ser amigos do mundo (Tiago 4,4). A batalha vivida aqui na terra vai durar até o fim dos tempos, é biblicamente comprovado, onde o perseverante apenas é o que será salvo (Mateus 10,22). Empunhemos nossa bandeira de cristãos, que é a nossa cruz (Lucas 9,23) e não relaxemos em nenhuma etapa de nossas vidas para “torcermos o pepino e de ensinarmos os outros a torcerem o pepino”, e como diz o ditado, “desde pequenino”, pois afinal é preciso, como diz o apóstolo quanto aos filhos, “cria-los na educação e doutrina do Senhor” (Efésios 6,4). Artigo Relacionado: Primeiro o Reino de Deus - 30/05/2016 fonte: Jefferson Roger
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