O comportamento que as pessoas tem em falar a respeito de outra pessoa, seja o que for, navega por águas muito delicadas do comportamento humano e suas consequências. Como nos recorda o livro de São Tiago 3,8-10, o poder de nossas palavras atuam na atmosfera humana como uma flecha, como uma flor, como um veneno, como um afago, como um calmante, como uma sentença e de tantas outras formas. O que falamos para alguém pode ter muito peso e ser muito considerado por quem se dirige a palavra ou pode espiritualmente “matar” essa pessoa. Como se diz na oração do perdão do ato penitencial na santa missa, peca-se por palavras. Utilizadas para nossa comunicação, de forma tão natural não se dá, por muitas pessoas, a devida importância para o legado que elas podem construir. A palavra tem o poder de criar, de destruir, de cativar, de abençoar e de maldizer. Jesus nos ensinou que não devemos fazer ao outro aquilo que não queremos que nos façam. Aqui, após este pequeno início, passamos a refletir sobre a questão das blasfêmias, ofensas, calúnias, difamações e xingamentos que muitas pessoas proferem contra outras, direta ou indiretamente. Vejamos como está escrito no livro de São Tiago 3: (A língua) “É um mal irrequieto, cheia de veneno mortífero. Com ela bendizemos o Senhor, nosso Pai, e com ela amaldiçoamos os homens, feitos à semelhança de Deus. De uma mesma boca procede a bênção e a maldição. Não convém, meus irmãos, que seja assim.” E como muitos agem conforme não convém, já dizia o apóstolo São Paulo, a atitude comum do tititi e do bafafá, as populares fofocas e disque me disque passam a se tornar uma prática do dia a dia na vida de tantos ao passo que falar “mal das pessoas, pelas costas ou não, mas precisamente pelas costas” se torna um vício que por fim termina em se instalar no coração, caso medidas corretivas não tomem lugar na situação. Em outra passagem do evangelho Jesus nos ensina que não devemos nos importar com o cisco no olho do irmão uma vez que temos uma trave em nossos olhos. Pessoas que agem assim, falando mal de tudo e de todos, parecem se esconder atrás de uma máscara, ilibando-se de tudo e de todos e se colocando num pedestal. Os hipócritas, assim chamados por Jesus, os fariseus, muito por ele são condenados. Afinal, é importante se saber que a palavra hipócrita quer dizer máscara, personagem. Aquele que também é conhecido como “duas caras” age dessa maneira. Enfim caros leitores, na prática que benefício pode ter alguém que fala mal de alguém? Jesus que nos pede para rezarmos pelos que nos odeiam e maldizem exige de cada um de nós um compromisso muito além do que a fraqueza humana consegue suportar. Por isso é que não conseguimos sozinhos, já nos alertava o salvador da humanidade (João 15,5). É preciso então, um esforço constante para não somarmos, com essa atitude de maldizer, pecadinhos sobre pecadinhos e assim, como nos recorda Santo Agostinho, por não teme-los ao comete-los, treme-los ao conta-los, pois seremos cobrados pelas obras (Apocalipse 22,12). Pecados maiores surgem pelos pecados menores e não da noite para o dia. Evitemos o mal sobre todas as formas que nossas palavras podem produzir para no dia do juízo não sermos condenados pelo justo juiz por aquilo que poderíamos ter evitado tão facilmente nos agarrando ao coração misericordioso de Jesus e nos colocando sob a proteção de Maria Santíssima. Artigo Relacionado: Brigar, Discutir e Xingar fonte: Jefferson Roger
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