sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

Qual é o plano? Procurar, Achar e Matar

Pois muito bem caros leitores, se o título deste artigo lhe é familiar, informo que sua suspeita está certa. Ele foi retirado de um diálogo entre os atores Jason Statham e Silvester Stallone que contracenaram no filme Os Mercenários – parte 2. Na ocasião após um desfecho imprevisto na conclusão da missão, eis que o vilão do filme termina por tirar a vida de um dos integrantes da equipe de Stallone, que foi interpretado pelo ator que na atualidade vive o personagem Thor nos filmes da Marvel. Revoltados com o acontecido, Jason Statham pergunta qual será o plano e Stallone responde o que fariam em decorrência da atitude do vilão. E o que esse tipo de introdução pode nos oferecer neste artigo caros leitores? Vamos acompanhar.

Deixando de lado o caráter “hollywoodiano” das produções cinematográficas, vamos transportar a pergunta e a resposta para a nossa realidade de católicos batizados e filhos de Deus. Lá, no filme, o inimigo ceifou uma vida e os “mocinhos” em troca decidem puni-lo com a morte. Por aqui, na realidade cristã que vivemos temos que agir da mesma forma mas dentro da nossa condição cristã. Vamos entender.

Em nossa vida qual é o nosso plano? Em nossa vida qual é o plano de Deus? A pergunta é bem pertinente ao caso mas vamos estreitar um pouco as coisas para fazermos uma boa analogia. Nosso inimigo cruel, o diabo, que como o ladrão, só vem para roubar, matar e destruir (João 10,10) não se cansa de atuar em nossas vidas oferecendo suas tentações, sempre que deixamos alguma brecha para que ele possa explorar. Ele quer roubar nossa felicidade, quer matar nossa fé e quer destruir nossa família. Pode ter certeza e nunca se engane, ele não tem nada de bom a oferecer e por isso fica com suas mentiras transformando as desgraças resultantes dos pecados em grandiosas soluções aliadas aos apegos materiais e aos prazeres. Se a brecha é enxergada ele entra e se cedemos, pecamos. Então o plano qual é? Encontrar todas as brechas que possuímos e fecha-las para que não entre mais nada de mal em nossos corações.

Devemos procurar as brechas, achar essas brechas e elimina-las. Mas é para procurarmos de olhos bem abertos e coração sincero, não como crianças que de olhos vendados brincam de cabra cega. Fingir que não vemos ou deixarmos num cantinho os pecados de estimação, de nada irá adiantar. Procurar é procurar, não fingir que procuramos. Lembre-se, Deus vê os corações. Em seguida o que ainda permanece em nossos corações devemos, com uma busca detalhada, encontrar todos os venenos cancerosos da alma que ainda estão incubados nele. Achando devemos mata-los, sem dó nem piedade porque não existe veneno que não seja maligno. Isso é conversa furada de satanás. Como bem rezamos na oração de São Bento “o cálice que tu me ofereces, bebe o teu próprio veneno”. O católico só bebe na fonte da água viva da qual nunca iremos tornar a ter sede.

Então, se planejamos um dia vivermos na eternidade celeste, vivendo aqui na terra o plano de amor que Deus reservou a cada um, precisamos procurar sempre nos mantermos no caminho do Cristo, achando em cada provação a razão porque estamos a passar por ela pois é por amor de Deus para conosco que elas acontecem. A cada provação vencida, crescemos no amor e na fé, matando pedaço por pedaço o homem velho que precisa pela conversão nascer de novo (João 3,3).


fonte: Jefferson Roger
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quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

Quem sou eu

Precisamos nos perguntar sempre isso. Quem somos nós, o que estamos fazendo de bom, de ruim, pra que estamos servindo nessa vida. O bem que fazemos é o suficiente? Quanto mal fazemos? Temos dons que colocamos a serviço do povo de Deus? Temos tanto a refletir sobre nossa condição humana, nossa existência, nossas qualidades e defeitos. Nossas insistentes teimosias que tanto nos afastam das pessoas, de Deus e do evangelho. Pobre de cada um de nós, recebemos tanto de Deus e ainda reclamamos. Fazemos o bem para quem gostamos e ainda esperamos uma medalha de honra ao mérito por isso. Por outro lado nossos inimigos por eles nem rezamos, como nos manda Jesus. Ele nos manda, não nos convida a isso.

Muitos dizem que não somos obrigados a nada, que tudo é um convite. Que Deus está sempre a nos convidar. Verdade, mas quando alguém resolve entrar num time de futebol a convite precisa seguir regras de jogo e regulamentos do time. Ao aceitar o convite com ele vem as obrigações e deveres, assumidos de forma consciente.

Assim é nossa vida cristã, ao abraçarmos a causa de Cristo e o projeto de amor de salvação de Deus, assumimos o compromisso de vivermos segundo a vontade de Deus negando os prazeres do mundo e as ofertas do inimigo.

Olhemos para nossa vida, olhemos para nossos comportamentos, estamos agrando a Deus? Foi por isso que ele mandou seu filho morrer na cruz? Para fazermos o que estamos fazendo, para viver como estamos vivendo?

Estamos dando desgosto para as pessoas, maltratando elas? Mentindo pra elas? Nos comportando mal? No fundo nossas atitudes Jesus diz que estão sendo feitas para ele. A coisa é séria e o buraco sempre é mais embaixo. A peneira não serve para tapar o sol, não adianta tentar inventar outro caminho mais analgésico para se chegar aos céus. Não adianta, ou vivemos por onde, que se trata de viver por ele, com ele e nele, o Cristo Ressuscitado ou não vai dar certo.

Se não agirmos conformes, seremos apenas uma casca, hipócritas que como os fariseus não passavam de aparências e só falavam da boca pra fora, segundo os apontamentos do próprio Jesus Cristo.

E concluo com algumas sábias palavras do Padre Kemphis, autor do livro Imitação de Cristo: “Não confies em ti mesmo, mas põe em Deus tua esperança. Faze de tua parte o que puderes, e Deus ajudará tua boa vontade. Não confies em tua ciência, nem na sagacidade de qualquer vivente, mas antes na graça de Deus, que ajuda os humildes e abate os presunçosos. Não te reputes melhor que os outros para não seres considerado pior por Deus, que conhece tudo que há no homem. Não te ensoberbeças pelas boas obras, porque os juízos dos homens são muito diferentes dos de Deus, a quem não raro desagrada o que aos homens apraz. Se em ti houver algum bem, pensa que ainda melhores são os outros, para assim te conservares na humildade, pois de contínua paz goza o humilde; no coração do soberbo, porém, reina a inveja e iras sem conta”.


fonte: Jefferson Roger
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Chuveiro Espiritual

Somos um campo de batalha, um composto de corpo e alma numa luta constante para configurarmos todos os continentes desse corpo ao modelo de Jesus Cristo. Nisso, nossa religião tem papel fundamental. Para isso ela serve e é isso que ela quer dizer. Religião é “religar-se a Deus”. E é claro que uma vez “religados”, precisamos nos esforçar para não rompermos a ligação, não abandonarmos os motivos que nos fazem ficar unidos a Deus.

O diabo que não tem mais o que “fazer da vida” a não ser ficar atazanando todo mundo, pois quer perder a alma de cada um fazendo que a pessoa se associe a sua rebeldia, não se cansa de investir pesado contra cada um de nós. Ele sabe que se não se esforçar ao máximo irá perder um a um de nós. E como nem ele sabe quanto tempo Deus nos concede, não existe de sua parte, tempo a se perder. Bobos de nós que não agimos da mesma maneira. Nos comportamos como se o amanhã em nossas vidas sempre fosse existir e por isso sucumbimos a tentação do amanhã e vamos deixando de lado importantes atitudes que ontem já deveriam ter sido tomadas. O católico precisa estar de malas prontas. Não sabe quando chega a hora da partida onde a transformação da morte irá nos colocar diante do justo juiz. Já pensou o tempo acabar e morrermos em estado de pecado grave? Minha nossa, ferrou tudo!

Por isso a importância de recorrermos sempre ao sacramento da eucaristia e o sacramento da confissão. A confissão mantém nossa alma em estado de graça, é um verdadeiro chuveiro espiritual que nos mantém puros e prontos para receber na comunhão o hospede de nossa alma, Jesus.

É preciso, como diz Nossa Senhora em suas aparições, muita oração de nossa parte para podermos ter consciência de nossos pecados e bem confessa-los. É preciso sempre, como bem se ensina no evangelho, também um propósito de mudança. É preciso lutar para não nos tornarmos um católico habitudinário. Este tipo de pessoa sofre muito em sua caminhada porque faz pouco esforço para se manter em pé caindo com muita frequência. Isso é um risco para a vida do cristão porque o inimigo se aproveita de nossa fraqueza para tentar nos convencer de que não vamos conseguir mesmo e quer nos comprovar por conta de nossas quedas. Ele insiste em dizer que caímos tanto porque não conseguimos viver o exigente evangelho, mas procura nos enganar dizendo que Jesus é misericordioso e que vai nos permitir entrar no céu e que, portanto, podemos viver como bem quisermos deixando a confissão e a comunhão de lado. Nada dessa vida de constantes práticas religiosas e devocionais, nada desse exagero medieval dessa igreja de mais de dois mil anos. Não perca tempo, Jesus já te salvou na cruz, aproveite a vida porque ela é curta. E tantas outras besteiras que o encardido vomita e que de tantas vezes falar, muitos acabam comprando como verdade.

Um dos segredos para sermos santos, que no fundo é sinônimo de sermos felizes, além sem sombra de dúvida do sacramento da comunhão, é o sacramento da confissão. Não pode haver dúvidas, temos que nos esforçar ao máximo para não cairmos, mas tão importante quanto esse esforço, se dá no fato de que precisamos levantar todas as vezes, quantas forem preciso. Não há limites para a confissão, não há limites para a comunhão. Não se mede esforços para nossa salvação. Quando morrermos não podemos estar caídos por causa do pecado, devemos estar em pé, chagados devido a nossa caminhada buscando os céus. O sangue que derramarmos física e espiritualmente por causa de Jesus e por seu amor, ainda que na atrição será contado no veredito. Se tomamos banho com frequência para assear nosso corpo porque não temos o mesmo zelo pela nossa alma?

Padre Duarte Sousa Lara - Confissão, Comunhão e Terço
Duração - 7min59s


fonte: Jefferson Roger
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Nosso tempo e os filhos

Enquanto pequenos colhemos a experiência de nossas relações com nossos pais. Indiferente a situação que passamos, todos sem exceção tivemos alguma experiência dentro do contexto pais e filhos. E aqueles que não tiveram essa experiência ou julgam não a ter tido, saibam que isso é sim uma experiência. Crescíamos dentro de um lar tradicional, pensado e desejado por Deus. Pai, mãe e filhos. Ou crescemos numa estrutura diferente, com a presença de avós paternos e maternos. Ou crescemos fora do lar em que nascemos. Não importa o cenário. Importa sim, como agimos se a vida nos concedeu sermos pais e mães, genitores ou não.

Todo o exemplo que adquirimos em nosso primeiro lar, mesmo que esse lar não tenha sido onde nascemos e sim onde fomos acolhidos, todo o exemplo traz sempre uma lição. Se o exemplo é mau, aprendemos com ele a não fazermos igual. Se o exemplo é bom, aprendemos com ele que devemos fazer igual. Por isso, este ponto de vista, coloca até mesmo satanás como um evangelizador em favor do evangelho. Isso mesmo, caros leitores, e nem precisamos nos escandalizar. Porque se os maus exemplos nos instruem basta olharmos para a conduta do demônio para aprendermos como não se deve agir, porque até sabemos onde isso vai parar. Ao lado dele, esquentando a bundinha no fogo eterno do inferno preparado para satanás e os seus. Em contrapartida percebemos o quanto o inimigo se esforça para disfarçar sua reputação e suas reais intenções e digamos, tristemente, ele faz um bom trabalho. Quantos não caem nas tentações e nas ofertas saborosas dos pecados disfarçadas em pratos saborosos. Pobre povo, rezemos pelos pecadores e nos incluamos.

Pois bem, dizia eu que crescíamos aprendendo com os exemplos. Depois quando adultos chega a hora de colocarmos em prática tudo. Outros tempos, novos desafios, porém, o que muitos esquecem é de que um pecado sempre será pecado, não muda de geração em geração pois do contrário Deus seria um mentiroso e não seria justo para com todas as gerações da humanidade se a cada século “mudasse as regras” (Malaquias 3,6 – Isaías 45,23).

Eis então que somos pais, padrastos ou responsáveis, não importa, somos chamados a dedicar nosso tempo aos filhos, enteados ou tutelados. Não temos, quando assumimos essa responsabilidade, um tempo que é somente nosso. Olhem para as mães. Não existe uma verdadeira mãe que não se doe pelos filhos. Tudo é por eles, seu salário, seu tempo, sua dedicação, seus pensamentos, tudo. A mãe ama e por isso se importa primeiro com o que é melhor para os filhos. Mães deitam tarde da noite depois que todos foram para a cama. Algumas ainda trabalham o dia todo e precisam aguentar o marido que pensa que é o rei do lar, sentado em seu trono egoísta esperando que a mulher o sirva em toda as suas necessidades afetivas, materiais e é claro, egoístas. Nada disso. Não temos mais um tempo que é nosso quando nos tornamos pais. Agora temos sim, por quem vivermos. Se são filhos em idades diferentes, precisam de cuidados e atenções diferentes, mas o amor é capaz de preencher a cada um com uma medida transbordante. Assim não fica nenhuma criança, nenhum adolescente, nenhum jovem e nenhum jovem-adulto sem o amor necessário e divinamente inspirado.

Como os filhos são um dom de Deus (Salmos 126,3) e não uma bagagem e uma fonte de prejuízo financeiro, não devemos nós nos afastar do juramento feito no altar por ocasião do matrimônio, onde dissemos o nosso sim a Deus para educarmos os filhos na doutrina e temor (Efésios 6,4).


fonte: Jefferson Roger
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Meu povo se perde por falta de conhecimento

Esta passagem encontramos, caros leitores, no livro do profeta Oseias cap. 04. Lá Deus chama a atenção dos sacerdotes, porém, graças a beleza infinita da sagrada escritura, que precisa ser entendida num contexto e num todo, nós que somos uma nação de sacerdotes (Apocalipse 1,6) não ficamos excluídos por completo de certas obrigações de estado, que não são de exclusividade daqueles que recebem o sacramento da ordem, porque, em primeira instância, somos batizados. Sendo assim, quando Deus afirma que seu povo se perde por falta de conhecimento, claramente aponta para o clero, que não está arrebanhando suas ovelhas, porém, não quer dizer que todo o povo deva cruzar os braços e esperar cair a instrução no seu colo. A verdade que Deus nos coloca de que iremos nos perder na medida em que não tomarmos conhecimento das verdades celestes, requer de cada um, um movimento constante na direção do criador. Existe a passividade da pregação mas existe a pró-atividade em arregaçar as mangas e querer “querer” preencher a sua alma com aquilo que só Deus pode nos dar.

Até a paganização mundana defende essa ideia. Se a pessoa não se preparar através da aquisição de conhecimento ela dificilmente irá galgar degraus mais prósperos na esfera de sua vida. Vai tentar passar num concurso público federal ou num vestibular de curso bem concorrido sem um bom conhecimento sobre os assuntos das provas para você ver se adianta alguma coisa; só vai acabar em gasto de dinheiro na inscrição e uma tarde ou uma manhã para se comprovar o que já se sabia: de que devia ter estudado mais, devia ter adquirido mais conhecimento. “Ah, mas fiz o concurso para ver como eu estava, vai que por sorte eu conseguia entrar.” Esse é o pensamento das pessoas que querem sempre seguir por atalhos, para economizar tempo em suas vidas procuram as “facilidades” que o mundo oferece. Aí mora o perigo porque um comportamento minimalista, principalmente frente as questões de fé de nossa religião católica é tudo que nosso inimigo cruel mais deseja, para que ele possa misturar suas mentiras com as verdades celestes, confundir os distraídos e com isso convence-los de que ladeira abaixo em linha reta é melhor que ladeira acima sinuosamente.

Sempre digo a muitos que dentro desse processo de se aprender uma coisa é muito importante. A humildade. Na verdade, a humildade entra por qualquer lugar e se encaixa muito bem onde ela chegar, não é à toa que ela vem dos céus. Mas me refiro aqui enquanto conhecimento adquirido porque conservar a humildade sempre irá nos permitir dizer:

“eu sei bastante, mas não sei o bastante” – isso é importantíssimo em nossas vidas materiais e sobrenaturais. A humildade nos mantém dependentes de Jesus para tudo, assim como o exemplo de vida de Santa Terezinha do Menino Jesus e da Santa Face, que sonhava em ser uma grande santa, mas como tinha consciência de sua pequenez, contentava-se em, nos pequenos gestos, oferecer tudo a Jesus e depender dele para tudo.

Se Deus afirma que podemos nos perder por falta de conhecimento não deixemos de lado o que está em jogo, que á a nossa única alma que possui uma única chance, que é uma única vida para alcançar o céu. O hábito de aprender precisa ficar impregnado em nosso coração e mente. Precisamos ser inquietos quando o assunto é aprender, sobretudo as verdades essenciais e necessárias para nossa salvação e a de nossos irmãos. Pois já dizia Jesus que a verdade nos libertará, corramos atrás dela através do conhecimento, amém.


fonte: Jefferson Roger
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terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

Maria Santíssima e a Eucaristia

A palavra Eucaristia significa agradecer, dar graças. Por isso receber a santa comunhão, receber a eucaristia é receber o hóspede da alma, com um coração e alma profundamente “agradecidos” a Jesus e dispostos a renunciar as coisas que passam. Do contrário inúmeras comunhões recebidas não terão em nós um efeito eucarístico e toda a grandeza do amor de Deus, não passará de um rito. Mas, e Maria Santíssima, que meditava tudo em seu coração? (Lucas 2,19 e 51)

Deus quis enviar seu filho Jesus por meio dela, não quis que ele chegasse na terra já como adulto. Como Deus poderia, mas não quis, quis servir-se de Maria para a salvação e redenção dos homens. Maria, que é mãe da igreja nos entregou seu filho, gerou em seu ventre o salvador. Com o seu sim, nos abriu a possibilidade de nos encontrar com aquele que veio para nos salvar. Ela, toda agraciada por Deus, bem nos ensina que devemos fazer tudo o que ele nos disser. E mais ainda. Sua vida toda reclusa e diminuída, para conservar o propósito de Deus para a humanidade nos traz uma essencial verdade. Onde está o filho, aí está sua mãe. Ela esteve presente na concepção em seu ventre e na morte de cruz. No céu intercede por todos junto ao seu filho. Sua intercessão poderosa já era sentida ainda em vida, quando já no cenáculo os apóstolos, reunidos em torno dela estavam em oração. Por isso é que aproximar-se da Virgem Santíssima só resulta numa coisa: ela irá nos levar ao seu filho Jesus, não existe outra coisa que ela faça, como submissa que é ao seu filho, pois também é criatura, embora paradoxalmente seja sua mãe na ordem da graça, Maria não fica com nada para ela. Tudo ela entrega para Jesus.

Sendo assim, Maria Santíssima que também recebe o título de Mãe da Eucaristia, assim o é porque nos ensina a sermos configurados ao Cristo para podermos, com um coração semelhante ao dela, recebermos a hóstia santa para podermos colher os frutos e graças que o céu tem a nos conceder para nosso bem eterno. Se um rapaz se interessa por uma moça, bom negócio é fazer amizade com a mãe, conquistar o coração dela para bem poder ter melhores chances com a filha. Pois a mãe conhece bem a filha e pode ensinar o que a moça espera de um rapaz.

Assim deve ser nossa relação com a mãe de Deus e nossa mãe. Temos dificuldades em nos aproximarmos de Jesus? Recorramos a sua mãe, ela vai nos auxiliar, nos ensinar o que ele quer e espera de nós, vai nos ajudar em nossas necessidades e vai nos apresentar ao seu filho da maneira que lhe agrade, porque, vale mais uma vez lembrar, Maria não fica com nada para si, entrega tudo para Deus. Amar Maria é reconhecer o amor de Deus por seus filhos, que com sua delicadeza nos entregou Maria, a cheia de graça, para ser a estrela guia que sempre irá nos apontar para Jesus. Não existe medo em seguir Maria, porque ela está sempre com seu filho. Quem ama Maria não deixa de amar seu filho Jesus. Quem recorre a ela não irá receber nada diferente a não ser Jesus.

Já dizia São Filipe Neri: “A devoção ao Santíssimo Sacramento e a devoção à Santíssima Virgem são, não o melhor, mas o único meio para se conservar a pureza. Somente a comunhão é capaz de conservar um coração puro aos 20 anos. Não pode haver castidade sem a Eucaristia.” E também São Francisco de Sales: “Duas espécies de pessoas devem comungar com frequência: os perfeitos para se conservarem perfeitos, e os imperfeitos para chegarem à perfeição.” E completa Santo Ambrósio: “Eu que sempre peco, preciso sempre do remédio ao meu alcance.” E para confirmar, Santa Teresa de Ávila: “Não há meio melhor para se chegar à perfeição”. “Não percamos tão grande oportunidade para negociar com Deus. Ele [Jesus] não costuma pagar mau a hospedagem se o recebemos bem”.


fonte: Jefferson Roger
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sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

Corpo de Cristo

João 6,54,56 – “Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna; e eu o ressuscitarei no último dia. Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele.” Olá caros leitores, cumprimento os assíduos e os eventuais, todos sejam sempre benvindos. Vamos lá, para muitos, quem sabe a grande maioria, esta afirmação de Jesus pode passar despercebida e sufocada pelo cotidiano apressadíssimo que o mundo impõe para a vida das pessoas. Nem param para pensar que Jesus está dizendo literalmente que precisamos comer da sua carne e beber do seu sangue. Vamos entender um pouco a teologia por trás desta verdade para afastarmos para bem longe qualquer tentativa de diminuir a questão para patamares puramente materiais e até com um tom que beira alguma semelhança com rituais pagãos. Vejamos. Todos sabemos que em nosso sistema cardiovascular, responsável por irrigar todas as células do corpo, inclusive as presentes na estrutura ósseo muscular, recebe de outros sistemas o que é necessário para bem prover o corpo e dessa forma pode então levar a “vida” para todos os cantos do corpo humano. Ora, bem sabemos também que se uma pessoa sofrer algum acidente e for acometida por um ferimento que lhe cause grande perda de sangue, se o problema não for solucionado, sem sangue o corpo definha e perde suas funções, morre. Já a estrutura muscular que possuímos, bem alimentada pelos nutrientes que o sangue leva, além de outros componentes pode se manter saudável e sustentar todo o conjunto, nos mantendo em pé, nos protegendo de machucarmos nossos ossos, tendões e órgãos internos, sustentando com eficiência e equilíbrio de esforço nos mantendo num estado de bom funcionamento. Uma musculatura fraca e frágil e uma composição sanguínea comprometida não operam adequadamente e promovem, por conta disso, deficiências, falências e consequências mais sérias para todo o conjunto. E qualquer um de nós sabemos onde isso vai dar. Pois bem, Jesus Cristo a segunda pessoa da Santíssima Trindade, cheio de poder e glória, veio ao mundo assumindo um corpo humano. Após sua passagem por aqui, ressuscitou e subiu aos céus num corpo glorioso, que passou pelo que passou e mostrou do que é capaz um Deus que nos ama. Pensemos no âmago da questão. Este corpo de Jesus vivo, rei dos reis, misericordioso e justo juiz, do qual aqui na terra muitos queriam apenas tocar em suas roupas porque sabiam que ficariam curados. É o corpo que nos foi deixado a partir da santa ceia. Pensemos na imensidão da graça, recebermos fisicamente e espiritualmente esse diviníssimo corpo, que pode tudo em nossas vidas e é capaz de nos tornar um homem novo. É o seu sangue que se mistura ao nosso, é sua carne que se mistura à nossa. Penetra-nos e vai se alastrando pelo nosso corpo, alma e coração, nos renovando, nos preservando, nos mantendo na direção certa e nos curando. Por isso é importante recebermos o hóspede de nossa alma da melhor maneira que nos é possível. Quando vamos receber uma visita em nossa casa e nos preparamos deixando o ambiente limpo, preparamos uma recepção com um belo almoço e depois deixamos a tv de lado para darmos atenção para a visita, com certeza ela irá se sentir muito bem acolhida e irá perceber o quanto a queremos bem, e não só para uma visita. Se, ao contrário, “jogarmos” a visita num sofá e dedicarmos a ela a atenção que sobrar no meio de tantas coisas que não queremos abrir mão por ela, que veio nos ver, não pode sendo assim as coisas, resultar em alguma alegria. Quem nos visitar e for recebido desta segunda forma irá sem dúvida entristecer e desgostar. O corpo de Cristo não é um biscoito, não é um comprimido para dor de cabeça, não é um pão abençoado, ele faz de nós um sacrário vivo quando o recebemos de forma frutuosa. Nada de mastigar o pão dos fortes, nada de comunga-lo de forma sacrílega. “Ah, vou comungar porque faz bem” – nada disso. Isso não é brincadeira e não vai ficar de graça. Como diz a escritura – Gálatas 6,7 – “Não vos enganeis: de Deus não se zomba. O que o homem semeia, isso mesmo colherá.” Que façamos nós sempre um esforço para que a nossa comunhão com o Cristo Ressuscitado seja frutuosa pois do contrário ela não atingirá o coração, onde nascem todas as coisas e mudança alguma irá acontecer. Pois onde está o nosso tesouro, lá está o nosso coração (Mateus 6,21) e é no coração que nascem todas as coisas (Mateus 15,18-19), sejam más ou boas. Afastar-se da santa comunhão por comodidade, fraqueza, descrença ou seja lá qual for o motivo que o inimigo lhe encucou, ou tentar lhe encucar, nunca será um motivo suficiente para abandonarmos Jesus e troca-lo por qualquer outra coisa. Comungar uma vez na vida não tem preço. Santos choravam quando alguma enfermidade lhes impedia de participar da missa e comungar. Nos esforcemos, se não estamos em condições de comungar, tomemos vergonha em nossas caras e partamos para a briga. Com uma decisão firme e propósitos de conversão brotados do coração, essa disposição será amparada por quem mais nos quer no céu, ao autor da graça e ele não se deixará vencer pela sua ovelha perdida, se alegrará pelo retorno do filho pródigo. Artigo relacionado: Acreditar na Eucaristia? fonte: Jefferson Roger
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quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

Comunhão diária e confissão frequente

Lucas 22,19 – “Tomou em seguida o pão e depois de ter dado graças, partiu-o e deu-lho, dizendo: Isto é o meu corpo, que é dado por vós; fazei isto em memória de mim.” João 20,22-23 – “Depois dessas palavras, soprou [Jesus] sobre eles dizendo-lhes: Recebei o Espírito Santo. Àqueles a quem perdoardes os pecados, ser-lhes-ão perdoados; àqueles a quem os retiverdes, ser-lhes-ão retidos.” Tiago 5,16 – “Confessai os vossos pecados uns aos outros, e orai uns pelos outros para serdes curados. A oração do justo tem grande eficácia.” Pois muito bem caros leitores. A fé da igreja católica, apostólica, romana de mais de dois mil anos professa que Jesus, na última ceia, como vimos no trecho do evangelho de São Lucas, através da transubstanciação, se faz o pão da vida e que dá a vida eterna, nos entregando o mandamento de o fazermos em sua memória, que consiste em o fazermos até a sua segunda vinda gloriosa. Também no mesmo ceio da igreja, administradora dos sacramentos deixados pelo mestre como sinais visíveis e eficazes da graça, aprendemos que, conforme lemos no evangelho de São João e no livro de Tiago, a confissão dos pecados é pedida por Jesus, que inclusive capacitou os apóstolos, primeiros sacerdotes, a agirem na pessoa de Cristo e também exortou a todos, assim nos confirma São Tiago, a realizarmos essa prática. Ou seja, ninguém foi dispensado de se confessar. A menos que não almeje o céu. E atenção, confessar-se direto com Deus é uma falta de humildade e uma forma de escapar da vergonhosa penitência que a confissão exige. É possível? Sim. Permitido? Claro que sim. Mas como sem a absolvição sacramental dada “in persona Christi” pelo sacerdote, que é apenas um meio, pois é Deus que perdoa, aquele que busca confessar-se direto com o criador pode ter a certeza de que teve uma contrição perfeita? Graça extraordinária, especialíssima e rara? Se existe o sacramento da reconciliação com Deus, deixado pelo Cristo Jesus, porque abrir mão? Na hora de pecar, não falta “coragem”, mas para confessar sobra “vergonha”? É preciso se colocar no real lugar que nossa condição de pecadores nos põe e parar de ficar tentando se “automedicar”. A graça concedida por Jesus aos apóstolos na santa ceia, a nós foi deixada de igual maneira. Seu corpo, sangue, alma e divindade nos é permitido receber pois como mesmo nos ensinou Jesus, precisamos da comunhão com ele se queremos a vida eterna. E porque não receber Jesus o máximo que podemos em nossas vidas? Mas, existe a outra faceta da história. Como nos alertam as sagradas escrituras, a comunhão com o Cristo precisa ser frutuosa e para isso precisamos da contrição dos pecados, propósito de emenda ao seguimento de Jesus, abandono do homem velho e num processo de conversão, que precisa ser contínuo, confessarmos de forma direta, simples, objetiva e em tom de acusação pessoal, nossos pecados graves, mortais e os pecados capitais que são uma armadilha diária e que, como o nome já dá a entender, são um veículo para nos conduzirem aos pecados maiores. Porém, é preciso confissões bem feitas para podermos receber comunhões frutuosas. Não se trata de fazer por fazer, confessar por confessar, comungar por comungar. Desta forma, cometemos sacrilégios ao comungar e fazemos uma confissão com absolvição inválida. Para isso recomendo que o leitor assista neste site dois vídeos do sacerdote Paulo Ricardo, onde ele, de forma catequética e bem explicada, dá os fundamentos dessas duas realidades, a comunhão diária e a confissão frequente. Na aba confissão, você pode encontrar o vídeo de como bem se confessar, além de um conteúdo um pouco mais detalhado sobre os exames de consciência. E na aba vídeos você pode encontrar o vídeo sobre comunhão eucarística diária e confissão frequente. Boa leitura a todos, sucesso em suas caminhadas rumo aos céus e que Maria Santíssima e seus anjos da guarda lhes ajudem a exercerem digna e corretamente suas práticas religiosas católicas de modo a bem agradarem a Deus, servindo-lhe, amando-lhe e glorificando lhe agora e para todo o sempre, amém. Artigos relacionados: Cuide da confissão Confessemos os nossos pecados Má confissão fonte: Jefferson Roger
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terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

Beata Imelda e São Tarcísio














Nossa Senhora em algumas de suas aparições nos diz: “aprendam com a vida e o exemplo dos santos”. E não se trata, embora algumas pessoas sejam tentadas a achar, que isso é uma novidade. Primeiro porque Nossa Senhora já deixou muito claro em toda a história de suas aparições que ela nunca traz nada de novo, suas aparições são queridas por Deus porque a humanidade não segue o evangelho de seu filho Jesus. Segundo porque, como boa conhecedora do que nos ensina seu filho, ela apenas está, com suas palavras, nos recordando uma passagem da carta aos Hebreus 6,12 – “sejais imitadores daqueles que pela fé e paciência se tornaram herdeiros das promessas”. E aqui muitos podem perguntar: “que promessas?”.

Ora bolas, querido cristão, as promessas de Jesus! Tanto as misericordiosas quanto as de justiça. As promessas da glória eterna para os perseverantes (Mateus 10,22). Pois bem, se assim, comprovadamente bíblico e atestado por Maria Santíssima e pela santa tradição católica, haja vista esta crença ser inclusive professada em todas as missas dominicais (no creio rezamos: “não comunhão dos santos”), este desejo de Deus, que todos sejam salvos e cheguem ao conhecimento da verdade, pois quer que todos os que confiou a Jesus não se percam, nos concedeu essa graça especial da comunhão dos santos.

A Igreja de Jesus Cristo (Mateus 16,18) é uma realidade que ultrapassa a matéria. Se divide em igreja padecente (situada no purgatório), igreja militante (situada aqui na terra) e igreja triunfante (já na glória dos céus) e onde estão nossos queridos irmãos e irmãs em Cristo Jesus que já trilharam o caminho deixado por ele. Os santos e santas de Deus. E porque, como diz Nossa Senhora aprender com eles? Simples, estudar a vida dos santos nos faz compreender que a salvação se destina a todos. Pessoas de todos os tipos e situações, todas as classes e etnias, todos os níveis sociais, enfim, Deus não faz distinção de pessoas (Atos 10,34).

Com o maravilhoso exemplos dos santos, que se iniciam já nos livros da bíblia, podemos comprovar que também somos capazes de conseguir. Afinal, com o auxílio e intercessão deles, que já estão na presença da Santíssima Trindade e próximos de Maria Santíssima, podemos de mãos desatadas e corações e mentes abertas, nos entregarmos aos desígnios divinos. Todos somos convidados a sermos imitadores de Cristo (1ª Coríntios 11,1). Tantas pessoas ao longo de nossa história já o fizeram. E a história nos mostra que não existe idade para isso. Como a parábola dos operários da vinha que foram chamados ao trabalho ao longo de todo o dia, assim é em nossas vidas. Toda hora é hora de trabalharmos pela salvação de nossas almas e a dos outros. E de forma contrária, o que não pode acontecer é que a vida deles, os santos, sirva para nos desanimar, muito pelo contrário.

Se rezamos a Deus pedindo o sufrágio para as almas do purgatório (igreja padecente), se rezamos a Deus pedindo pelos que vivem aqui conosco na terra (igreja militante), se rezamos a Deus pedindo que nos conceda na comunhão com os santos a assistência e o auxílio deles para não nos desviarmos do caminho de Jesus (igreja triunfante), não devemos jamais desanimar. Só estaremos sozinhos nessa batalha se desistirmos de acolher toda a ajuda celeste, providenciada e querida por Deus. O jovem Tarcísio e a pequena Imelda Lambertini, ainda muito novos foram chamados por Jesus e inspirados por ele, a nutrir um amor grandioso pela santa comunhão.

O pão da vida que nos protege aqui e nos concede meios de evitar o mal e buscar o reino de Deus levou Tarcísio a entregar sua vida para protege-lo dos profanadores, e levou Imelda a morrer (literalmente) de amor por recebe-lo dentro de si. Com exemplos assim percebemos que não podemos ficar longe nem diminuir a importância em nossas vidas dessa graça que para nós não deve ter preço. Comungar de forma frutuosa o Corpo de Cristo, como diz Nossa Senhora, vale mais que mil aparições dela. Santos choravam quando por alguma grave enfermidade eram impedidos de irem à missa e comungar. 

Enquanto isso muitos, confortavelmente, vão adiando seu encontro máximo com o ressuscitado através da eucaristia simplesmente dizendo que não podem comungar porque estão em pecado. Mas o que é isso? Toma-se vergonha na cara, arrepende-se, se converte e confessa! “Ah... mas não vou me confessar porque logo estarei pecando de novo.” Essa então, que já ouvi de muito católico é pior ainda. É um atestado de fraqueza completo. A pessoa admite que não consegue se livrar do veneno do pecado ou não quer se livrar dos seus pecados de estimação e fica apostando todas as “suas fichas” em Jesus Misericordioso, que vai os levar ao céu de qualquer jeito, pois dizem que está escrito na bíblia que “quem crer e for batizado será salvo”.

Pobres cristãos, tentam viver um cristianismo sem cruz, um cristianismo analgésico, algo que simplesmente não existe (Lucas 9,23). Sejamos sinceros em nossa realidade e humildes quanto a nossa situação (João 15,5) pois virar as costas para Deus e abraçar os ensinamentos do mundo e suas modas só nos afasta dos céus (Tiago 4,4).

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fonte: Jefferson Roger
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segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

Jesus disse "Eu sou"

Caros leitores, Jesus disse que ele e o pai são um (João 10,30) e quem o vê, vê o pai (João 12,45). Desta forma vamos iniciar o artigo retomando um pequeno trecho do livro do Êxodo onde nosso criador já nos ensina sobre esta questão do “ser”. Êxodo 3,13-15 – “Moisés disse a Deus: “Quando eu for para junto dos israelitas e lhes disser que o Deus de seus pais me enviou a eles, que lhes responderei se me perguntarem qual é o seu nome?” Deus respondeu a Moisés: “EU SOU AQUELE QUE SOU”. E ajuntou: “Eis como responderás aos israelitas: (Aquele que se chama) EU SOU envia-me junto de vós.” Deus disse ainda a Moisés: “Assim falarás aos israelitas: É JAVÉ, o Deus de vossos pais, o Deus de Abraão, o Deus de Isaac e o Deus de Jacó, quem me envia junto de vós. Este é o meu nome para sempre, e é assim que me chamarão de geração em geração”.

Ainda no livro da antiga aliança (o antigo testamento) encontramos outras passagens onde Deus ao ensinar e conduzir o seu povo, afirma sua autoridade e majestade dizendo: “Eu sou o Senhor, seu Deus. Ora, em Malaquias 3,6 – pelo profeta ele nos diz “Eu sou o Senhor seu Deus e não mudo” e ainda em Isaías 45,23 – “minhas palavras não serão revogadas”. Pois bem, muitos podem cair na tentação de achar que Deus tem algum problema de insegurança e por isso precisa sempre ficar afirmando para o povo que ele é Deus. Mas não se trata disso, em português bem baixo, é o povo que é cabeça dura mesmo e precisa ouvir esta verdade até que ela se torne algo natural e impregnado na natureza humana. E vemos que, como sempre, Deus tinha razão, haja vista até os dias de hoje essa máxima religiosa não ter entrado na cabeça de tantas pessoas. Muitos nem creem em Deus. Então onde está o exagero? Não existe.

Já, após decorrido a plenitude dos tempos, a revelação completa do pai nos é dada pelo Cristo, que como já sabemos é um com ele. Por isso também ouvimos de sua boca a grande expressão do “Eu sou”. Fiquemos atentos por um momento no evangelho de São João, onde podemos encontrar grandes ensinamentos que nos acalentam, nos confortam e nos deixam seguros de que, com Jesus, a vitória é certa.

João 6,35 – “Jesus replicou: EU SOU o pão da vida: aquele que vem a mim não terá fome, e aquele que crê em mim jamais terá sede.”
João 6,41 – “Murmuravam então dele os judeus, porque dissera: EU SOU o pão que desceu do céu.”
João 6,48 – “EU SOU o pão da vida.”
João 6,51 – “EU SOU o pão vivo que desceu do céu. Quem comer deste pão viverá eternamente. E o pão, que eu hei de dar, é a minha carne para a salvação do mundo.”
João 8,12 – “Falou-lhes outra vez Jesus: EU SOU a luz do mundo; aquele que me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida.”
João 8,23-24 – “Ele lhes disse: Vós sois cá de baixo, EU SOU lá de cima. Vós sois deste mundo, eu não sou deste mundo. Por isso vos disse: morrereis no vosso pecado; porque, se não crerdes o que EU SOU, morrereis no vosso pecado.”
João 8,57-58 – “Os judeus lhe disseram: Não tens ainda cinquenta anos e viste Abraão!... Respondeu-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo: antes que Abraão fosse, EU SOU.”
João 10,7 – “Jesus tornou a dizer-lhes: Em verdade, em verdade vos digo: EU SOU a porta das ovelhas.”
João 10,9 – “EU SOU a porta. Se alguém entrar por mim será salvo; tanto entrará como sairá e encontrará pastagem.”
João 10,11 – “EU SOU o bom pastor. O bom pastor expõe a sua vida pelas ovelhas.”
João 10,14 – “EU SOU o bom pastor. Conheço as minhas ovelhas e as minhas ovelhas conhecem a mim,”
João 11,25 – “Disse-lhe Jesus: EU SOU a ressurreição e a vida. Aquele que crê em mim, ainda que esteja morto, viverá.”
João 14,6 – “Jesus lhe respondeu: EU SOU o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim.”
João 15,1-2 – “EU SOU a videira verdadeira, e meu Pai é o agricultor. Todo ramo que não der fruto em mim, ele o cortará; e podará todo o que der fruto, para que produza mais fruto.”
João 15,5 – “EU SOU a videira; vós, os ramos. Quem permanecer em mim e eu nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer.”
João 18,37 – “Perguntou-lhe então Pilatos: És, portanto, rei? Respondeu Jesus: Sim, EU SOU rei. É para dar testemunho da verdade que nasci e vim ao mundo. Todo o que é da verdade ouve a minha voz.”


fonte: Jefferson Roger
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sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

Vida em abundância e migalhas? – Como fica?

E disse Jesus: Mateus 13,12 – “Ao que tem, se lhe dará e terá em abundância, mas ao que não tem será tirado até mesmo o que tem.” E ele ainda repetiu em Mateus 25,29 – “Dar-se-á ao que tem e terá em abundância. Mas ao que não tem, tirar-se-á mesmo aquilo que julga ter.” E Jesus segue adiante, em João 10,10 temos: “O ladrão não vem senão para furtar, matar e destruir. Eu vim para que as ovelhas tenham vida e para que a tenham em abundância.” E o apóstolo ainda acrescenta em Romanos 5,17-18 – “Se pelo pecado de um só homem reinou a morte (por esse único homem), muito mais aqueles que receberam a abundância da graça e o dom da justiça reinarão na vida por um só, que é Jesus Cristo! Portanto, como pelo pecado de um só a condenação se estendeu a todos os homens, assim por um único ato de justiça recebem todos os homens a justificação que dá a vida.”

E assim, caros leitores, nestes poucos trechos da sagrada escritura encontramos algumas verdades celestes que nos são esclarecidas. Em Mateus vemos que Jesus nos ensina que o servo inútil é ramo que não produz frutos e que pela sua escolha em receber a recompensa já aqui na terra, lhe aguarda a condenação. Já no discurso do bom pastor, Jesus coloca o ensinamento de uma vida em abundância, mas, abundância na graça, pois em outra parte da bíblia encontramos a exortação para sermos seus imitadores e como bem sabemos de sua própria boca, ele não tinha nem onde recostar a cabeça. Não se trata de crucificar aqueles que vivem sua vida sob os preceitos do evangelho e depois de buscar primeiro o reino de Deus e sua justiça, também se empenham para terem uma vida com mais bens e confortos materiais. Isso é possível e muito bem-vindo desde que, como disse Jesus, o reino de Deus seja buscado em primeiro lugar. A vida em abundância de bens materiais não nos será concedida se Deus perceber que primeiro queremos ela, isso ele mesmo já explicou biblicamente.

Pois bem, o artigo fala também das migalhas, vamos a elas? Marcos 7,24-30 – “Em seguida, deixando aquele lugar, foi para a terra de Tiro e de Sidônia. E tendo entrado numa casa, não quis que ninguém o soubesse. Mas não pôde ficar oculto, pois uma mulher, cuja filha possuía um espírito imundo, logo que soube que ele estava ali, entrou e caiu a seus pés. (Essa mulher era pagã, de origem siro-fenícia.) Ora, ela suplicava-lhe que expelisse de sua filha o demônio.

Disse-lhe Jesus: Deixa primeiro que se fartem os filhos, porque não fica bem tomar o pão dos filhos e lançá-lo aos cães. Mas ela respondeu: É verdade, Senhor; mas também os cachorrinhos debaixo da mesa comem das migalhas dos filhos. Jesus respondeu-lhe: Por causa desta palavra, vai-te, que saiu o demônio de tua filha. Voltou ela para casa e achou a menina deitada na cama. O demônio havia saído.” Aqui caros leitores Jesus nos mostra que é preciso ser igreja, ser membros do corpo de Cristo e viver essa realidade (os filhos) pois para eles e para isso que ele veio, para os que querem fazer parte com ele na vida eterna. Os que ainda não fizeram esse encontro com Jesus, ficam do lado de fora da porta da igreja mas, aos poucos o Espírito Santo vai os atraindo, e aos poucos eles vão provando o amor de Jesus (as migalhas) até o ponto de se converterem, se arrependerem e procura-lo (logo que soube que estava ali, entrou e caiu a seus pés).

E assim podemos ver que as migalhas do evangelho não se tratam de migalhas de bênçãos e graças que muitos julgam viver nesta terra porque acham que estão tendo mais tribulações, problemas e dificuldades do que coisas boas. A vida é repleta de tudo, e isso inclui as tribulações, tentações e provações, permitidas por Deus, para crescermos no amor, aprendermos o valor das coisas boas e o não valor benéfico das ruins.


fonte: Jefferson Roger
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quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

Encontrar-se com Jesus

Todo bom católico que recebeu os sacramentos da iniciação e uma catequese sabe e consegue compreender que seu encontro com Jesus atinge dois planos. O plano corporal e o plano espiritual. Todos sabem mas deixam para depois a questão do seu juízo, onde frente a frente com Jesus Misericordioso, mas também justo juiz, terão o encontro de suas vidas, que não irá se repetir e os frutos dele terão alcance infinito na existência de cada um. Pois bem, enquanto o derradeiro olhar de Jesus não nos alcança, revelando em nossa alma como Deus vê a gravidade de nossas ofensas contra ele através dos pecados, nós, que estamos deste lado da vida, vivendo uma realidade que pode tocar a matéria, podemos viver a cada dia um encontro com o Ressuscitado. De fato, se cremos nele e no seu evangelho, sabemos que em cada igreja, na capela do santíssimo existe um sacrário onde Jesus está ali. Quase sempre abandonado e sozinho, triste por ninguém recorrer a ele em primeiro lugar, só o procurando como último recurso, com uma lista de exigências em que as pessoas insistem de chamar de oração. Pode até ser, mas a oração é um diálogo com Deus e não um falar e ouvir de uma via.

Ademais também na santa missa, valiosíssima graça que recebemos de Deus podemos, além de aprender com ele, recebe-lo através da santa comunhão. Enfim, são graças e mais graças que estão aí, aos olhos e alcance de todos que queiram se aproximar e fazer essa experiência que muda vidas. Hoje, no dia em que publico este artigo pude me encontrar com ele logo pela manhã. Em meio aos afazeres do dia, no trabalho que exerço, me foi possível passar próximo a paróquia em que moro e por conta de um compromisso que assumi em fazer alguns reparos nos computadores da Igreja, resolvi dar uma paradinha para pegar alguns arquivos necessários para os consertos que estou a fazer em minha residência.

Mas isso não foi o que aconteceu embora tenha acontecido. Vamos esclarecer. Cheguei ao local, peguei a chave da Igreja com o secretário, abri a igreja e... sozinho, fui tomado de uma imensa paz. A Igreja que sempre encontro em atividade, com suas missas e celebrações, agora estava fechada por conta do horário. Entrei, olhei para os bancos, as paredes, contemplei num relance a via sacra e me dirigi até o sacrário, pude me persignar, me ajoelhar, beijar e conversar com Jesus. Não sei quanto tempo durou, também não era importante pois o importante era que eu estava ali. Parece que o tempo parou, o silêncio do local foi quebrado por minha voz que precisava conversar com ele. Agradecer muitas coisas, mas muitas coisas mesmo que eu, embora pecador, pecador e pecador, incapaz de ama-lo com um coração puro, recebo de Jesus um amor misericordioso que vai até as últimas consequências. Jesus me quer no céu muito mais do que eu mesmo, porque nem me esforço tanto o quanto deveria e por isso preciso de conversão constante.

Os minutos foram passando e eu não queria sair dali, vim com meu “pendrive” resgatar do computador alguns arquivos, mas quem me resgatou do mundo naquele momento e se fez ouvido para mim, me abençoando e me dando forças para seguir em frente foi Jesus. Os que me conhecem e que por ventura estão a ler este artigo, já sabem que eu abri o berreiro a chorar. Exatamente como Padre Pio, que não entendia como as pessoas não conseguiam se emocionar e derramar lágrimas perante essa grandeza imensurável que é a misericórdia de Jesus e seu amor por cada um de nós. Me despedi dele e fui falar com Nossa Senhora. Só depois fui tratar do assunto que me levou a Igreja. Mas, é assim que deve ser. “Buscai primeiro o Reino dos Céus e a sua justiça e tudo mais vos será acrescentado” – Mateus 6,33. Poderia eu ter feito uma genuflexão ao entrar e ao sair e me persignar, mas fui arrastado para um contato mais íntimo com o meu salvador. Fui até a Igreja porque me faltava alguns arquivos do computador, mas Deus me mostrou que eu saí de lá com muito mais do que isso. Amém!


fonte: Jefferson Roger
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O dinheiro no lugar de Deus

Caros leitores, transcrevo um resumo de uma matéria do R7 onde mostra claramente o que acontece com as pessoas quando elas não seguem os mandamentos de amor (Mateus 22,37-40) deixados por Jesus: “amar a Deus sobre todas as coisas e o próximo como a ti mesmo”. Leiam a matéria aplicando um olhar sobrenatural e percebam o afastamento de Deus no coração de muitos (Jeremias 5,23) e a substituição com a idolatria ao dinheiro. Segue a matéria: “O Espírito Santo fez o dever de casa. O governador Paulo Hartung saneou o Estado. Equilibrou as contas públicas. É exemplo a ser seguido pelos outros Estados. No ano passado esse era o discurso dos jornalistas, dos economistas, dos experts. Silenciaram nos últimos dias. Silenciaram também 87 pessoas, assassinadas desde a última sexta-feira. A violência no Espírito Santo está diretamente ligada aos planos de austeridade impostos pelo governo estadual nos últimos anos. Como o crescimento da violência no Brasil - e do desemprego e do desespero - está diretamente ligada aos planos de austeridade impostos pelo governo federal desde 2014. Quando os arrochos nacional e local se somam, as vítimas se multiplicam.

O que os 10.300 policiais militares do Espírito Santo querem? É a PM com o mais baixo piso salarial do país, R$ 2460,00. A média do Brasil é R$ 3980,00. Eles não têm aumento há sete anos, e há três anos o governo estadual nem repõe as perdas da inflação. Os PMs também reivindicam a renovação da frota de veículos, a melhora das condições do hospital da polícia, e a compra de coletes à prova de bala, que estariam em falta. É fácil de argumentar que não devia existir Polícia Militar, só civil. Mas vamos deixar isso para lá no momento, e reconhecer que o que os PMs do Espírito Santo pedem não é muito. É muito pouco: salário mais próximo da média nacional e condições mínimas para fazer seu trabalho, que é bem perigoso. Em vez de negociar com a polícia militar, o governador pediu ao governo tropas do exército. Chegaram lá e tomaram tiros dos bandidos. Vitória segue paralisada, comércio e escolas fechadas, ônibus não circulam. Os turistas fogem das praias capixabas. Os corpos se acumulam no departamento médico legal, que não dá conta de tanta morte. A Polícia Civil está avaliando se adere à greve. E as esposas dos PMs seguem protestando nas portas dos quartéis. Qual a proposta concreta do governo do Espírito Santo para a PM? Nenhuma. A questão é que se o governador cede aos PMs, terá que ceder aos policiais civis. E depois ao resto do funcionalismo.

Nos últimos tempos ouvimos muito o argumento de que "o Brasil está quebrado" - o país, os estados, as cidades - o que exigiria medidas duras. "Herança Maldita" que exige cortar na carne, no osso. Nos salários, aposentadorias, direitos. Na verdade, a conta é outra. O Brasil não está quebrado. O que o Brasil não pode mais se permitir é ter 99% dos brasileiros pagando muitos impostos, e o 1% dos brasileiros mais ricos pagando quase nada de impostos. Nossos milionários pagam pouco imposto de renda como pessoa física, pagam pouco imposto de herança, e como pessoa jurídica pagam também pouquíssimo imposto. Além disso as grandes empresas têm toda espécie de benefícios do Tesouro Nacional. Empréstimos de pai para filho do BNDES e BB, dívidas perdoadas, "desonerações" etc. Ontem o Espírito Santo já contava 75 assassinatos, depois de três dias de greve da PM. Ontem o Itaú, o maior banco do Brasil, publicou o seu balanço. No ano de 2016, com a maior recessão que o país já viveu, o Itaú lucrou R$ 22 bilhões. Se esse lucro fosse taxado em 50%, ainda assim seria um belíssimo lucro. O que dá para fazer com R$ 11 bilhões? Escola, estrada, esgoto.

Ainda podemos botar na conta o tanto que se desvia na corrupção, que sabemos não é pouco. E o que se sonega, que sabemos que é muito. Segundo a Procuradoria da Fazenda Nacional, a sonegação de impostos no Brasil pode chegar a R$ 500 bilhões por ano. Para você comparar: o Bolsa-Família custa R$ 27 bilhões por ano. Na prática, os brasileiros pobres e da classe média sustentam as benesses dos brasileiros super ricos, a mamata dos sonegadores e a sujeira da corrupção. Então falta dinheiro para cobrir as necessidades básicas da população. Se a gente parar de sustentar os ricos, o Brasil equilibra as contas rápido. E se além disso os ricos passarem a pagar a sua parte, o Brasil rapidamente vai ser tornar... rico.

Vamos encarar a realidade: tem dinheiro de sobra para o Brasil ser um país melhor para todos. Esta é a única pauta que importa, a pauta que precisamos impôr a cada dia, e também a cada nova eleição. Basta cobrar mais imposto de quem pode pagar mais, o que nunca aconteceu. Bater forte na sonegação e nos sonegadores, o que nunca aconteceu. E bater forte na corrupção e nos corruptores, o que começou a acontecer - mas só começou e agora, pelo jeito, parou. Na prática, o que está sendo feito pelos nossos governantes, e apoiado pelos economistas, colunistas, especialistas, é o contrário do que precisa ser feito. O Espírito Santo de hoje é o Brasil de amanhã."

Rezemos caros leitores pedindo a intercessão de Maria Santíssima, mãe de Jesus e nossa mãe, Rainha e Padroeira de nosso país, para que Jesus nos conceda suas graças, força e paz para podermos passar pelas tribulações que acometem o Brasil atingindo tantas famílias e tantos lares.


fonte: adaptado do R7
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quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

Castidade, Obediência e Pobreza

Quando muitos ouvem falar estas palavras, mais precisamente se pronunciadas juntas, já remetem o seu entendimento ao voto religioso que uma pessoa consagrada faz ao entrar para uma determinada ordem. Tanto homens como mulheres assumem esse compromisso ao se entregarem a este estilo de vida celibatário e casto que é a vida de um religioso. Todavia, o que os católicos esquecem é que esta entrega feita através dos votos, para ingresso numa congregação, nada mais é do que uma entrega, vamos dizer assim, jurídica e, aqui vem o mistério da coisa porque também existe a entrega diária na prática, pedida a todos nós por Jesus.

Para os menos atentos é preciso esclarecermos muito bem uma coisa. Todos aqueles que são batizados, membros do corpo de Cristo e que recebem a economia da salvação através dos sacramentos da Igreja de Jesus e de seu evangelho, é convidado a fazer esta entrega. Vamos esclarecer. O voto de castidade que o cristão católico deve fazer consiste na fidelidade a Jesus. Sim, ser casto significa ser fiel a um apenas. Então ou se está com Jesus ou contra ele (Mateus 12,30). O voto de obediência consiste na obediência da sua palavra, seus mandamentos e seu evangelho (Deuteronômio 4,2 – Mateus 5,19). Consiste em assumir a condição de criaturas de Deus e viver segundo a sua vontade, assim como rezamos na oração que o próprio Cristo nos ensinou.

Já o voto de pobreza, confundido por muitos, consiste no desapego as coisas do mundo. Não se trata de adotar uma vida como os monges do deserto. Este estilo é uma atitude voluntária a mais. Trata-se de, estando no mundo, mas não sendo dele, usufruir do que Deus criou para nosso bem-estar sem colocar essa criação acima do criador. Também neste voto de pobreza encontramos o desapego pelas coisas materiais. Mais uma vez é preciso clareza. Este tipo de desapego não proíbe a bonança material, pelo contrário, ela evita que o espírito deixe de viver as coisas do espírito e passe a viver segundo as coisas da carne. Sobre isso a todos Jesus tratou de enfatizar quando disse em Mateus 5,2 – “Bem-aventurados os que têm um coração de pobre (pobres de espírito em algumas traduções), porque deles é o Reino dos céus!”.

Pois bem caro leitor, mais claro que as sagradas escrituras não pode haver. E este fato foi comprovado em inúmeros testemunho na vida dos santos. Quantos se entregaram heroicamente a estes três convites que Deus nos faz ao ponto de entregarem até suas vidas em martírio para não ofender, trair e desgostar aquele que nos criou por amor. Já na bíblia encontramos nos dois testamentos alguns exemplos de martírios e a lista dos que lavaram suas vestes no sangue do cordeiro aumenta a cada dia. Mesmo em tempos como os que vivemos hoje. Basta lembramos do estado islâmico que inutilmente se vê obrigado a decapitar cristãos que não deixam Jesus Cristo de lado por medo da morte e para abraçar a “religião” destes terroristas.

Pobres de nós, quando fraquejamos por simples tribulações e dificuldades na vida e como crianças que mal aprenderam a andar, caímos mui facilmente perante pequenas tentações. Vamos acordar. Sabemos que não é fácil, nunca foi para ninguém e nunca será porque a cruz de cada dia (Lucas 9,23) não é a exceção, é a regra. Se sabemos que não podemos sozinhos (João 15,5) é porque insistimos em tentar sem o Cristo em nossas vidas.


fonte: Jefferson Roger
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terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

O católico autossuficiente

Se há uma coisa que emperra a nossa vida espiritual, especialmente em tempos de Internet, é a ilusão da autossuficiência. As Escrituras ilustram o seu perigo quando dizem que " Deus resiste aos soberbos, mas dá a sua graça aos humildes – Tiago 4,6". A oração cristã por excelência que encontramos no evangelho de Lucas 18,9-14: "Meu Deus, tem piedade de mim que sou pecador!", dizemos a respeito dela possuir excelência por constituir, ao mesmo tempo, "uma confissão do pecado e uma oração por misericórdia", coisa que absolutamente todos os membros da Igreja são chamados a repetir. Mesmo estando na glória do Céu, é justamente o fato de terem sido alcançados pela misericórdia de Deus o que os santos cantam dia e noite, como comprova o Apocalipse: "Foste imolado e resgataste para Deus, ao preço do teu sangue homens de toda tribo, língua, povo e raça – Apocalipse 5,9".

E, estando na glória dos céus, a falar então dos santos, sobre isso reflete o Cardeal Newman: “O que é para os santos que estão nos Céus tema de gratidão sem fim é, enquanto estão no mundo, o motivo da sua humilhação perpétua.” Qualquer que seja o seu avanço na vida espiritual, nunca deixam de se ajoelhar, nunca deixam de bater no peito, como se o pecado lhes fosse estranho enquanto estavam na carne. E mais ainda, mesmo o mais favorecido da gloriosa companhia a quem Jesus lavou em seu Sangue; eles nunca se esqueceram do que eram por nascimento; confessam, todos juntos, que são filhos de Adão, e da mesma natureza dos seus irmãos, cercados de enfermidades na carne, qualquer que seja a graça concedida a eles e seu aperfeiçoamento. Alguns podem se voltar para eles, mas eles sempre se voltam para Deus; alguns podem falar dos seus méritos, mas eles só falam dos seus defeitos. O jovem sem mácula, o maduro de idade avançada, o que pecou menos, o que se arrependeu mais, o semblante jovem e inocente e os cabelos grisalhos se unem numa mesma ladainha: 'Ó Deus, tende piedade de mim, que sou pecador!'...”

E assim percebemos que a humildade não é uma máscara que os santos colocam para disfarçar o que realmente são. Muito ao contrário, como ensinava Santa Teresa d'Ávila às suas irmãs, ser humilde é "andar na verdade": em primeiro lugar, a verdade de que somos criaturas e só por isso já nos encontramos infinitamente distantes de Deus, como diz o salmista: "Diante da vossa presença, não é justo nenhum dos viventes – Salmos 142,2"; em segundo lugar, a verdade de que somos pecadores — "todos pecaram e estão privados da glória de Deus – Romanos 3,23" — e, com as nossas faltas, só o que fazemos é aumentar ainda mais o abismo que nos separa do Criador.

A verdade é que não alcançaremos a santidade enquanto continuarmos sentados em frente a um computador, vivendo um catolicismo cômodo de Facebook; enquanto continuarmos comprando livros e mais livros para a nossa biblioteca, na ilusão de sermos salvos pela "alta cultura"; enquanto acharmos que tudo ficará bem quando o mundo for simplesmente conservador. Não foi para fundar um grupo nas redes sociais, uma sociedade literária ou uma agremiação política que Cristo veio a este mundo. Continua sendo necessário entrarmos na Igreja, e nela perseverarmos, para alcançarmos a salvação. E concluo, com as acertadas palavras do Cardeal Newman: “As nossas realizações seculares não nos valerão de nada se não se subordinarem à religião. O conhecimento do Sol, da Lua e das estrelas, da Terra e de seus três reinos, dos clássicos ou da História, nada disso nos levará para o Céu. Podemos dar 'graças a Deus' porque não somos como os analfabetos e os estúpidos; mas aqueles a quem desprezamos, se tudo o que souberem for pedir a misericórdia dEle, então sabem o que se deve saber para obter o Céu, muito mais do que todas as nossas letras e toda a nossa ciência."


fonte: adaptado de padrepauloricardo.org
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sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

Estais Preparados

Em Mateus 24,44 e Lucas 12,40 encontramos o ensinamento de Jesus para “estarmos preparados” porque ele nos diz que não sabemos a que hora ele virá. Aqui o ensino que deve ser absorvido é, inicialmente, particular. Como Jesus nos ensinou que só Deus sabe o dia e a hora do juízo final, a questão de nossa passagem para a próxima etapa de nossas vidas consiste num acontecimento marcado pela transformadora morte que inevitavelmente irá, ou nos pegar preparados ou nos pegar despreparados. Em cima disso trabalha incansavelmente o diabo. De forma bastante sutil ele investe nas pessoas com a tentação do amanhã. Instigando cada um a deixar suas obrigações acéticas religiosas para amanhã e enquanto isso ocupar-se com as propostas do mundo. Putz, morri, acabou o meu tempo, deixei de fazer o necessário para salvar a minha alma e ao contrário não ajuntei meus tesouros onde a traça e o ladrão não destroem (Lucas 12,33). Já pensou caro leitor, sair uma frase dessas de nossa boca quando estivermos sendo levados à presença de Jesus, mortinhos da silva? Que dureza hein, pararmos na sua frente e recebermos dele um olhar que primeiramente é de tristeza, sim, porque tantos navios passaram em nossa frente enquanto estávamos ilhados em nossas vidas sem pedir ajuda e não os enxergamos. Em segundo lugar, um olhar misericordioso, porque como católicos, não podemos deixar de acreditar que Jesus, aquele a quem Deus confiou todos os filhos porque não quer que nenhum se perca, não derrame sobre nós a sua verdade e sua misericórdia libertadora e salvadora. Porém, eis que seu olhar, em terceiro lugar, e acreditamos nisso porque em todas as missas dominicais assim rezamos, será um olhar do justo juiz, que está sentado a direita do pai donde a de vir à julgar os vivos e os mortos. Podemos fazer uma analogia com um aluno que será submetido a uma prova oral. O aluno se preparou recebendo as aulas, as matérias, teve tempo para recorrer ao seu professor e tirar todas as dúvidas, pode pedir auxílio aos seus amigos, familiares, pessoas mais próximas. Pode ainda por conta própria ir atrás de mais informações para melhor compreender seu aprendizado e pode dentro desse tempo que lhe coube, estar preparado para qualquer arguição surpresa que seu mestre pudesse anunciar. Pois em tempos antigos era assim, não se avisava quando iria ter avaliação, o aluno precisava estar sempre pronto para uma eventual prova, fosse ela escrita ou oral. Mas, o aluno levado, aquele que em pouco tempo se juntava em amizades nada produtivas e com direções diferentes que a sua, esse se via em maus lençóis quando o inesperado compromisso da avaliação batia a sua porta. O católico não pode ser assim. A mala sempre deve estar pronta para a viagem de ida rumo à pátria celeste. Diante de Jesus no dia do juízo não será possível pedir alguma prorrogação de prazo ou alguma chance extra. Neste dia nos cabe prestar contas e ouvir a sentença que justamente iremos receber. No cotidiano da vida estamos sempre a nos prepararmos para muitas coisas. Para irmos bem na prova nos preparamos, para passarmos num concurso nos preparamos, para nos encontrarmos com a namorada ou namorado nos preparamos, para irmos ao trabalho nos preparamos, para viajar de férias nos preparamos e por aí vai. Jesus quando nos disse para buscarmos primeiro o reino de Deus e a sua justiça, dizia nas entrelinhas e de forma direta, para bom entendedor, que era preciso nos prepararmos. Não houve rodeios, não sabemos quanto tempo temos então o que importa é o que fazemos com o tempo que nos é dado. Ou ouvimos o mundo ou ouvimos Jesus, temos uma decisão. Estamos com Jesus ou nos tornamos inimigos de Deus se nos tornarmos amigos do mundo – Tiago 4,4. Artigo relacionado: A incerteza da hora da morte fonte: Jefferson Roger
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quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

É preciso ser exemplo e testemunhar com a vida

Efésios 5,2 – “Progredi na caridade, segundo o exemplo de Cristo, que nos amou e por nós se entregou a Deus como oferenda e sacrifício de agradável odor.” Filipenses 3,17 – “Irmãos, sede meus imitadores, e olhai atentamente para os que vivem segundo o exemplo que nós vos damos.” 1ª Pedro 1,15-16 – “A exemplo da santidade daquele que vos chamou, sede também vós santos em todas as vossas ações, pois está escrito: Sede santos, porque eu sou santo (Levítico 11,44).” Eis aí caros leitores, alguns poucos trechos bíblicos que nos recordam que aquele que é o caminho, a verdade e a vida (João 14,6) precisa ser imitado (1ª Coríntios 11,1) e esta imitação precisa acontecer em todas as áreas de nossa existência. Afinal qual a dimensão de nossa fé? Talvez não saibamos mas uma coisa precisa ficar clara: ela não pode ser uma fé percentual. Pois assim deixamos, numa tendência ensinada pela catequese do mundo, de nos esforçarmos naquilo que mais exige de nós um compromisso cristão. Para muitos católicos não é esforço nenhum ir a um barzinho e passar despercebidas duas ou três horas confraternizando com seus amigos; mas, participar de uma santa missa na vigília pascal, que também tem uma duração similar, já é algo a se pensar. Pois bem, a questão do exemplo, do ser exemplo e de se dar o exemplo não poderia ficar de fora das investidas do inimigo cruel da humanidade. Satanás deixa claro que os bons exemplos cultivados pelo mundo consistem naquilo que todo mundo faz, tornando o comum uma coisa certa. Nada disso, nem tudo que é comum é certo. Até fora da religião isso é patente. Entretanto o cenário está aí, postos aos olhos de todos. Sobretudo aos olhos de Deus, aquele que vê no oculto e que nos recompensará segundo nossas obras (Mateus 6,6 – Apocalipse 22,12). A cada um, no mínimo Deus espera de nós o máximo de esforço. E este máximo esforço precisa, como já dito linhas acima, permear todos os campos de nossa vida, corporais e espirituais. Sempre alguém precisa ser exemplo, precisa evangelizar com exemplos, precisa se espelhar em exemplos que possuem a origem divina, que é o Cristo. Ora, infelizmente, também existe a recompensa para os maus exemplos. Vamos apenas a um exemplo bíblico? Acompanhemos: Eclesiástico 19,3 – “Aquele que se une às prostitutas é um homem de nenhuma valia; tornar-se-á pasto da podridão e dos vermes; ficará sendo um grande exemplo, e sua alma será suprimida do número dos vivos.” Como disse, é apenas um exemplo entre tantos e este em particular nos mostra que a derrocada da pessoa atinge a sua natureza completa, corpo e alma, já que a realidade do pecado, que é espiritual, recebe maior ou menor contribuição do corpo. Enfim, em nossa existência como humanidade e membros do corpo de Cristo que é a sua igreja (1ª Coríntios 12 – Efésios 5) somos convidados a dar exemplo, ser exemplo e seguir exemplos. Exemplos do Cristo, exemplos dos apóstolos como vimos em Filipenses e exemplos das pessoas que conhecemos e que nos identificamos com o caminho que elas estão seguindo, pois percebemos que é o caminho do evangelho. Portanto, é preciso de nossa parte, para que nos sintamos agraciados e para que sempre agradeçamos a Deus por estarmos cumprindo, dentro do nosso esforço católico, um bom papel como cristãos batizados, como pais, irmãos, amigos e como aquele que precisa ser para o próximo sal e luz, pedirmos a graça de sermos bons exemplos, com aquilo que fazemos e falamos, procurando acertar e ensinando a se levantar em cada queda, através dos sacramentos. Assim nos enxergam as filhas e filhos, assim enxergam esposas e maridos, assim enxergam as pessoas que convivem conosco em maior ou menor grau, como a autora da lembrança da foto, carinhosamente feita por uma católica chamada Karuê, seguidora deste site, grande pessoa que também procura viver o caminho da porta estreita levando aos outros os seus exemplos. Sejamos assim, unidos ao Ressuscitado como membros do seu corpo e “membros uns dos outros – Efésios 4,25”. Artigo relacionado: Os maus exemplos fonte: Jefferson Roger
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Ou santos ou nada

É preciso servirmos ao Senhor nosso Deus, em santidade e justiça, em sua presença, todos os dias de nossa vida, assim encontramos escrito no evangelho de São Lucas 1,74-75. Portanto, para que isso ocorra de fato é preciso sem cessar renovar o sentimento de nossa alma e nos revestir do homem novo, criado a imagem de Deus – Efésios 4,23-24, pois sem esta santidade da qual falamos, ninguém poderá ver o Senhor – Hebreus 12,14. Uma santidade almejada que tem como termo final a vida eterna na glória dos céus – Romanos 6,22 e por isso, devemos trabalhar para conquista-la fazendo nossa parte dentro do projeto de amor que Deus tem para cada um de nós. Como diz o apóstolo: “ponde agora os vossos membros a serviço da justiça para chegar à santidade – Romanos 6,19.” Para chegarmos a uma santidade, que na verdade é o mesmo que encontrarmos a alegria. Assim nos esclarece as sagradas escrituras no livro do Eclesiástico 30,22-25 – “Não entregues tua alma à tristeza, não atormentes a ti mesmo em teus pensamentos. A alegria do coração é a vida do homem, e um inesgotável tesouro de santidade. A alegria do homem torna mais longa a sua vida. Tem compaixão de tua alma, torna-te agradável a Deus, e sê firme; concentra teu coração na santidade, e afasta a tristeza para longe de ti, pois a tristeza matou a muitos, e não há nela utilidade alguma.” Eis a nossa vocação, nossa finalidade. Quem a realiza em sua existência é uma bênção para si e para os outros e vence as fantasias que muitas vezes são males que nos estragam e nos fazem pensar que algo é mais difícil do que realmente é. Deus quando nos criou, já tinha o seu plano traçado de antemão. Não nos criou primeiro e depois cruzou os braços, coçou a cabeça e colocou a mão no queixo para pensar: “e agora o que faço com o homem?” – Nada disso, já nos criou em vista de suas boas obras e para que cada um investisse sua vida nelas. Porque? Já sabemos, por causa da vida eterna! E esta é a beleza da coisa porque belo não é fazer nossa vontade e sim a vontade de Deus. Sem Jesus nada podemos fazer – João 15,5. Por isso precisamos tomar o seu “jugo”. Precisamos nos emparelhar com Ele. Imaginemos um touro muito forte emparelhado conosco: juntos vamos arrastar muito peso! Estejamos no “jugo” de Jesus e tudo será leve. Para realizarmos o sentido de nossa vida, precisamos, constantemente, renovar os sentimentos da nossa alma (Efésios 4,23) e assumirmos: Ou santos ou nada! Eu quero ser santo, eu só posso ser santo, pois quem não é santo acaba sendo nada. Eu preciso pedir a Deus a graça de querer “querer”. Deus não nos oferece mudanças simplistas. Ele quer nos mudar, quer fazer de nós pessoas cheias de Seu Espírito. Nossa reação, diante das situações da vida, farão de nós pessoas novas ou não, homens novos, nascidos do Espírito Santo (João 3). Onde há vontade, existe um caminho. Deus espera nossa decisão. Na hora em que nos decidirmos, o Senhor nos dará a graça. As obras de Deus não se fazem pela força nem pelo poder, mas pelo Espírito Santo. Deus, que é trino, santíssima trindade não quer uma multidão de filhos infiéis e inúteis (Eclesiástico 15,22), quer de santos e como, embora misericordioso também é justo, não nos apresentaria um preço a pagar acima de nossas capacidades. Quem acha que não consegue fazer alguma coisa em prol de sua santidade para alcançar a vida eterna é porque está tentando fazer sozinho, sem a comunhão dos santos, sem a ajuda dos anjos, sem o auxílio da Virgem Santíssima e principalmente sem o preciosíssimo cuidado de Jesus. Deus nos quer no céu e sempre demonstra que não está de braços cruzados nos esperando, nós é que muitas vezes cruzamos os nossos, batemos o pé e ficamos esperando que, sem fazermos nossa parte, seremos admitidos na glória. Artigo relacionado: Sermos Santos fonte: Jefferson Roger
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quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

Maria, intercessora sublime

Ela, como Rainha do Céu e Mãe da Igreja está sempre presente em nossas vidas, inclusive no momento da renovação do Sacrifício do Calvário, sempre de modo especial. Ninguém acompanhou Nosso Senhor como ela, nenhum dos apóstolos, absolutamente ninguém, desde a concepção até a morte pavorosa. Por isso mesmo, muitos católicos pedem a ela que os acompanhe o tempo todo, durante toda a vida e até na Celebração da Santa Missa. Mas esse carinho filial para com a Mãe de Deus não muda o fato de que toda a Celebração da santa Missa é feita "por Cristo, com Cristo e em Cristo", dirigida a Deus Pai, em Comunhão com o Espírito Santo. Sim, podemos rogar pela presença de Maria a todo instante, mas o católico que não concentra todas as suas atenções em Nosso Senhor Jesus Cristo durante o sublime momento da Comunhão está perdido; precisa de ajuda urgente! É mais do que evidente que não é a Maria que adoramos e nem é a ela que suplicamos pela salvação das nossas almas. Cremos que ela intercede, mas sabemos que é sempre Cristo Quem concede. Não é o corpo dela que oferecemos a Deus e nem é a ela que pedimos perdão. Também não é do corpo de Maria que somos membros, mas do de Cristo, o nosso (como gostam de dizer os protestantes) "único e suficiente Salvador". Citamos a Missa porque, como já foi dito (leia no artigo abaixo relacionado a reflexão sobre a santa missa) e é patente, trata-se do culto cristão católico por excelência. Todavia, indo além, veremos que todos os atos realizados, de modo geral, no culto católico, possuem apenas um único fundamento: adorar e bendizer o Nome santo de Deus. Maria, por vontade do mesmo Deus, tem uma participação ativa importantíssima em todo o culto divino. Cremos que os santos do Céu rezam conosco, e também os anjos de Deus. Assim, Maria está presente, como poderosa intercessora, e cremos que sua presença é um auxílio excelente. Ainda assim, mesmo nas solenidades de exaltação da Virgem santíssima, todas as orações, ainda que em reverência e homenagem a ela, são, no fundo, sempre dirigidas a Deus. O papa Francisco, em sua visita ao Brasil, rezou assim diante da imagem de Nossa Senhora Aparecida: "Mãe Aparecida, assim como vós, um dia, também eu me sinto hoje diante do vosso e meu Deus, que nos propõe para a vida uma missão...". Por maior que seja a santidade de Maria, e por mais agraciada, assim como nós ela serve a Deus. Quando Nossa Senhora das Graças apareceu a Sta. Catarina Laboré, diante do Altar da capela à Rue du Bac, a santa viu a Mãe de Cristo, toda gloriosa, humildemente ajoelhar-se diante do Santíssimo, assim como nós fazemos (e ainda que tantos de nós, miseráveis pecadores, não o façamos!). Num Mistério de proporções incompreensíveis, o Cristo, seu Filho, que um dia lhe foi submisso, é ao mesmo tempo seu Pai e Senhor. Artigo relacionado: Será que os católicos adoram Maria? fonte: adaptado de ofielcatolico
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Será que os católicos adoram Maria Santíssima?

Os evangélicos acusam os católicos de adorar Maria Santíssima, os católicos dizem que não. Qual a diferença? O católico ajoelha na frente da estátua de Maria, pede pra ela, diz pra ela todos os louvores que na Bíblia se diz que pertencem somente a Deus e que Deus não divide a sua glória com ninguém, conforme vemos em Isaías 42,8. Como é que fica? Caros leitores, vamos com calma, o Catecismo da Igreja Católica nos ensina que “a idolatria não diz respeito apenas aos falsos cultos do paganismo. Continua a ser uma tentação constante para a fé. Ela consiste em divinizar o que não é Deus. Há idolatria desde o momento em que o homem honra e reverencia uma criatura em lugar de Deus.”

A Santíssima Virgem é, com razão, venerada pelos cristãos com culto especial, de um modo ou de outro, desde que existiu Igreja, e não haveria como ser diferente. Tanto é assim que a Igreja distingue três tipos de culto: o de latria, que significa adoração; o de dulia, que quer dizer honra, veneração; o de hiperdulia, que significa acima, mais alto. Todas, de origem grega.

O culto latria (adoração) é prestado única e exclusivamente a Deus. Só Deus pode ser adorado e só Cristo –, Deus feito homem –, é nosso Salvador. O próprio Cristo disse, reafirmando o Mandamento divino imutável, de forma categórica: “Adorarás o Senhor teu Deus e somente a Ele servirás” (Mateus 4, 10).

O culto de dulia é de honra e de veneração, semelhante ao respeito e reverência que, também por Mandamento divino, temos de prestar a nossos pais terrenos. É este o culto que prestamos aos santos e anjos do Céu.

O culto chamado hiperdulia, prestado exclusivamente à Virgem Maria, é também um culto de honra e de veneração, idêntico ao que prestamos aos santos e santos anjos, porém tem um caráter especial, destacado, mais elevado, pela dignidade incomparável da santíssima Virgem, de quem o Senhor tomou sua carne. Sobre ela, já falamos muito por aqui.

Sendo assim, há diferença entre o culto prestado a Deus e aquele prestado à Maria santíssima? Claro e evidente que sim. É necessário dizer que o culto de hiperdulia, que pode ser corretamente traduzido por "grande veneração", não se equipara absolutamente ao culto de adoração. Se houver dúvida sobre isto, basta observar a essência do principal e maior ato de adoração da Igreja Católica: a santa Missa.

O Centro e Auge da Missa não é Maria, e sim Jesus Cristo. Já a Procissão de entrada é realizada com a Cruz de Cristo à frente (e não alguma imagem de Maria). Depois, temos o Ato Penitencial, que é o momento em que a assembleia reunida suplica perdão a Deus-Trindade (e não a Maria). A seguir, no Glória, não é Maria a ser glorificada, mas o mesmo Deus Criador e Salvador. A Liturgia da Palavra também não é a récita do saltério ou de algum louvor mariano, e sim as leituras do Velho e do Novo Testamento, culminando com o Evangelho de Nosso Senhor, precedido de um Salmo de louvor ou ação de graças a Deus (não a Maria). Durante a santa Missa, como parte do rito, é obrigatória a oração do Pai-Nosso, porque ensinada pelo Cristo, mas não se reza a Ave-Maria (a não ser, facultativamente, ao final da missa). Antes da Comunhão, reza-se o Cordeiro de Deus, e então vem a Consagração do Pão do Céu, a própria Eucaristia, que para a nossa fé é "o Centro da vida da Igreja" (CIC 1343): este, que é o momento máximo da Missa e da vida de piedade e devoção do cristão, é um momento de adoração ao Senhor, e somente a Ele. Por fim, na benção apostólica que conclui os ritos, roga o sacerdote: "O Senhor esteja convosco!" (O Senhor, e não Maria) e a seguir: "Abençoe-vos o Deus todo-poderoso, Pai e Filho e Espírito Santo", com a seguinte conclusão: "Ide em paz e que o Senhor sempre vos acompanhe!".


fonte: adaptado de ofielcatolico
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