sexta-feira, 10 de março de 2017

A Arma

Caros leitores, existe uma realidade que qualquer pessoa possui em sua condição de devoto. Trata-se do “grau”. Especificamente falando fala-se aqui do grau de envolvimento que o fiel tem com a devoção que pratica e professa. Em linhas gerais podemos facilmente encontrar uma pessoa que se diz devota de alguma coisa, mas exerce uma devoção segundo o seu grau de conhecimento e envolvimento. Vejamos bem, não estamos a debater quem é mais devoto ou menos devoto porque parte de Deus não se fazer distinção de pessoas. Tanto verdade é que encontramos esse ensinamento em Atos 10,34, Colossenses 3,25, Efésios 6,9, Romanos 10,12-13 e 1ª Pedro 1,17. Ora, se está muito claro isso e até Jesus nos disse que devemos olhar primeiro para nossa realidade, no sermão da montanha, quando falava do cisco e da trave, não devemos medir nossa devoção pelo grau que outra pessoa tem. Não esqueçamos, cada um com sua cruz. Sendo assim, é possível uma pessoa ser exímia oradora e passar horas em meio a fórmulas e depois sair se vangloriando que reza tantas horas por dia. Jesus já falou sobre isso, usando o exemplo dos fariseus hipócritas, nos alertando que nem todo aquele que diz Senhor, Senhor entrará no reino dos céus e que muitos apenas o honram com os lábios mas seus corações estão longe dele. Como vemos, se queremos mais em nossa devoção, o objetivo tem que ser o mesmo dos santos. Saber mais para melhor poder amar e honrar a Deus e tudo que dele procede. Pois ninguém dá aquilo que não tem e ninguém ama aquilo que não conhece, já diziam também os santos. Pois bem, o devoto de Nossa Senhora, de forma especial me dirijo a ele para contar um pouquinho mais sobre o apelido que o Sacratíssimo Rosário carinhosamente recebeu da própria Virgem Maria. Acompanhemos um trecho do livro de São Luiz Maria, o Segredo do Rosário, que relata esta passagem: “Vendo São Domingos que a gravidade dos pecados dos homens estava obstruindo a conversão dos albigenses, adentrou-se numa floresta perto de Tolosa onde orou incessantemente por três dias e três noites. Durante este tempo, ele não fez nada a não ser chorar e fazer duras penitências a fim de apaziguar a ira do Poderoso Deus. Ele se utilizou de disciplina tão drástica que seu corpo estava dilacerado e finalmente caiu em coma. Nesta hora Nossa Senhora apareceu-lhe, acompanhada de três Anjos, e lhe disse:“Querido Domingos, você sabe de que “arma” a SANTÍSSIMA TRINDADE quer usar para mudar o mundo?” São Domingos respondeu: “Oh, minha Senhora, vós sabeis bem melhor do que eu pois, depois de vosso Filho JESUS CRISTO, vós tendes sido sempre o principal instrumento de nossa salvação.” Nossa Senhora respondeu-lhe: “Quero que saibas que, a principal peça de combate tem sido sempre o Saltério Angélico que é a pedra fundamental do Novo Testamento. Assim quero que alcances estas almas endurecidas e as conquiste para DEUS, com a oração do meu Saltério.” Como vemos caros leitores, o “poder de fogo” do Rosário está endossado pela Virgem Santíssima e está claro que é um desejo do próprio Deus em sua trindade santa, a menos que alguém queira discordar da Mãe de Jesus e chamá-la de mentirosa. Depois no dia do juízo é só se acertar com o filho dela e explicar porque não acreditou na sua mãe que dos céus trouxe para a humanidade está graça tão grande, que só é superada pela santa missa com a eucaristia. Padre Pio, grande devoto que era de Maria sempre se dirigia aos seus confrades em relação ao Rosário como “a arma”. Quando as vezes ele ia para o confessionário para atender os fiéis e acabava por deixar em sua cela o seu santo objeto, sempre dizia aos seus irmãos: “vá até o meu quarto buscar “a arma”. O casal de demonologistas, Ed e Lorraine Warren, sempre ensinavam aos sacerdotes que com eles recebiam aprendizado prático sobre o combate contra as forças demoníacas, que não se devia abrir mão do Rosário. Quando os sacerdotes exorcistas atuam, os leigos que os auxiliam são orientados a exercerem a oração do santo terço para ajudar os possuídos e assim por diante. É fato comprovadíssimo a eficácia divina desta potente oração. Cientes dessa realidade nunca deixemos de lado essa “arma”, precisamos sempre andar armados quando o assunto envolve a salvação de cada fiel. Porque lutar de mãos vazias se podemos lutar armados? Não negligenciemos pois está grande graça, nada de tratar essa bela e simples oração com diminutas artimanhas, como reparti-la durante o dia, fragmenta-la em dezenas ao longo do dia ou recitá-la atropelando as palavras apenas para satisfazer a consciência, bem ao estilo lavar as mãos, igualzinho Pilatos. Nossa Senhora mesmo diz que a graça vem, mas se a oração for meditada e recitada a graça será ainda maior e muito agradará a Deus. Falta tempo para se rezar o terço ou o rosário? Tempo não é desculpa porque tempo é questão de prioridade. Quando oramos queremos ser atendidos mas nossa parte não queremos fazer, rezamos “seja feita a vossa vontade” mas queremos que nossa vontade seja prioritariamente atendida. Devemos ter cuidado com o nosso proceder, para não se tornar maus hábitos que poderão se transformar em condutas que levem aos pecados. Peçamos a Deus a graça de não descuidarmos de nossas devoções, de nos aprofundarmos em suas verdades e de não tratarmos as coisas que vem de Deus como se fossem pesados fardos. Página relacionada: Rosário Vídeo relacionado:
Padre Duarte Sousa Lara - Confissão, Comunhão e Terço Duração - 7min59s fonte: Jefferson Roger

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