Os santos diziam que bastaria apenas a pregação constante sobre o inferno para levar todos os fiéis ao céu. E não poderiam estar mais acertados nessa afirmação, haja vista Jesus ter sido a pessoa que mais tocou no tema do inferno, justamente para nos ensinar e alertar a respeito dessa realidade que, infelizmente, até os dias de hoje, ainda existam pessoas que não acreditam na questão do inferno. Defendem a tese de que Deus, ser amoroso, não iria criar o inferno para colocar suas criaturas nele, condenadas ao fogo eterno sendo então destinado apenas aos anjos caídos. Dessa forma, todo mundo vai ao céu, defendem esse tipo de gente, pois Deus irá dar um “jeitinho” de purificar sua criatura para poder admiti-la no paraíso. Errado! Triste linha de pensamento porque recebemos do criador a liberdade para escolher viver a eternidade com ele ou sem ele. Eis aí o gancho pelo qual o diabo entra em cena. Como Jesus disse que não se pode ter dois senhores e que aquele que se faz amigo do mundo se torna inimigo de Deus, conforme atesta São Tiago 4,4, o papel de satanás é se produzir para esse encontro. O encontro que tem o objetivo de conquistar aquele que é do seu interesse. Se uma moça irá se encontrar com um pretendente seu, certamente ela vai bem se arrumar, se pentear, se maquiar, se perfumar e, se for mais dedicada ainda, irá procurar aprender de antemão sobre o rapaz, porque o conhecimento é de estimada valia pois ele pode atingir os detalhes da situação. Assim faz o maligno. Para nos conquistar quer se fazer nosso amigo. Mas um amigo do tipo que nos leva para as festanças, para as algazarras. Um tipo de amigo que serve para os momentos de “alegria”, mas a alegria pregada pelo mundo. Um tipo de amigo que conhecemos como o “amigo da onça”, aquele que vai te entregar. Ele é o acusador e pai da mentira, por isso precisa de grandes artifícios para iludir os sentidos, alma e coração humanos, para bem promover a prática da sua “amizade” conosco. Porém, para aqueles que não se deixam enganar, como está escrito nos evangelhos, a “amizade maligna” toma outra direção. Basta recorrermos a vida dos grandes santos para entendermos do que estou a falar. Na vida dos santos é comum conhecermos que as tentações chegavam ao ponto de grandes embates espirituais e até físicos. Para exemplo basta Padre Pio, São João Maria Vianney e Santa Gema Galgani. Sendo assim, no entanto, existe um fato, não importa o modo de ação do diabo, a finalidade dele é uma só: perder a nossa alma no fogo eterno. Ele não se distrai e investe todo o seu ódio, força, inteligência e tempo para levar cada um para junto de si para todo o sempre. Ora, também precisamos enxergar que, por outro lado, se cedemos e queremos viver no erro, seja de que tipo for, prontamente satanás irá te prover tudo de que desejas para seu intento. Mas, problema; cada vez o diabo concede menos e exige mais, na medida em que você se aprofunda na escravidão dos pecados e prazeres mundanos. Ele é o amigo duas caras, não se esqueça, no dia do teu juízo se de mãos dadas com ele decidir viver, sua “cara sorridente” cederá lugar a sua “cara de acusador”, daquele que irá apontar todos os seus voluntários erros e decisões no sentido oposto do evangelho. Pois bem, caros leitores, a escolha pela amizade com Deus ou com nosso inimigo deveria ser uma coisa óbvia, até fácil de decidir não é mesmo? Com Deus no paraíso ou com o diabo no inferno. O problema reside na meia verdade que o diabo usa em seu favor, que é esta: Sofrer agora ou sofrer depois, é uma realidade, que ele fala de outra forma: feliz agora e infeliz depois. Ou, como ele muito faz: feliz agora e o depois deixe para lá, vamos viver a vida. Lembremos, a felicidade divina, que na verdade é a alegria espiritual, se mostra também nas dificuldades ao passo que a felicidade do corpo, que é bem diferente porque é uma realidade apenas do corpo, se mostra nos prazeres. Por isso, cabe ao inimigo confundir com suas mentiras as verdades usando-as pela metade, para fazer cada um errar o alvo querendo ser feliz, que no fundo deve sempre ser, querendo encontrar o sentido de tudo, que sempre virá de Deus. O diabo quer nos vender sua “amizade” aqui neste tempo, uma amizade falsa já que ele nos odeia com todas as suas forças. Essa oferta é como um remédio que se faz doce na boca e quando desce pela garganta deixa um gosto amargo, amigo assim, já está claro, para quê? Portanto eis o remédio: Tiago 4,7 – “Sede submissos a Deus. Resisti ao demônio, e ele fugirá para longe de vós.” fonte: Jefferson Roger
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