Encontramos em Eclesiástico e Coríntios as seguintes exortações: “Não lances os olhos para uma mulher leviana, para que não caias em suas ciladas. Desvia os olhos da mulher elegante, não fites com insistência uma beleza desconhecida. Muitos pereceram por causa da beleza feminina, e por causa dela inflama-se o fogo do desejo. Toda mulher que se entrega à devassidão é como o esterco que se pisa na estrada. Muitos, por haveres admirado uma beleza desconhecida, foram condenados, pois a conversa dela queima como fogo. Não olhes para a mulher de outrem; não tenhas intimidades com tua criada, e não te ponhas junto do seu leito. Não sabeis que vossos corpos são membros de Cristo? Tomarei, então, os membros de Cristo e os farei membros de uma prostituta? De modo algum! Ou não sabeis que o que se ajunta a uma prostituta se torna um só corpo com ela? Está escrito: Os dois serão uma só carne (Gênesis 2,24). Pelo contrário, quem se une ao Senhor torna-se com ele um só espírito. Fugi da fornicação. Qualquer outro pecado que o homem comete é fora do corpo, mas o impuro peca contra o seu próprio corpo. Ou não sabeis que o vosso corpo é templo do Espírito Santo, que habita em vós, o qual recebestes de Deus e que, por isso mesmo, já não vos pertenceis? Porque fostes comprados por um grande preço. Glorificai, pois, a Deus no vosso corpo.” Pois bem, caros leitores, satanás anda por essas veredas porque sabe que as pessoas podem se abrasar (1ª Coríntios 7) e como bem disse o Padre Kemphis, autor do livro “Imitação de Cristo”, quando uma pessoa deseja uma coisa, ela torna-se inquieta enquanto não a obtém. A concupiscência não a deixa em paz e sua alma, coração e mente cedem aos desejos carnais promovendo as mais variadas quedas. Não cuidamos estando de pé (1ª Coríntios 10,12). E o apóstolo é bastante claro, “fugi da fornicação” – 1ª Coríntios 6,18 e “enquanto viver o marido, se (a mulher) se tornar mulher de outro homem, será chamada adúltera – Romanos 7,3. Como vemos caríssimos, não existe saída para aqueles que almejam servir-se do sétimo sacramento, o sacramento do santo matrimônio. E como muitos também sabem, eles santificam porque pelas graças de Deus, recebemos o auxílio necessário para bem podermos vive-lo em todo o seu contexto. Casamento não é como um buffet onde a pessoa se serve somente daquilo que gosta. No casamento a pessoa recebe um combo completo e não pode descartar nada, tem que ficar com tudo. Quando assumem perante a sociedade o contrato civil do casamento, embora muitos católicos não saibam, ali já aconteceu o sacramento uma vez que o desejo de unir-se “como uma só carne” já brotou dentro do coração dos nubentes. Perante Deus, na cerimônia acompanhada pelo sacerdote, testemunha oficial da igreja, estes, os nubentes recebem a benção matrimonial que é dirigida para a mulher, desde os princípios da tradição e assumem, atenção; assumem perante Deus o compromisso de viver o sacramento para a vida toda, com tudo que ele consiste. Pois é, vamos recordar? É um combo completo. Portanto, não devemos dar ouvidos ao canto da sereia promovido pelo nosso inimigo cruel, que se aproveita de nossos momentos matrimoniais difíceis para nos oferecer suas “saídas” de mestre. E encerro o artigo com esta oração retirada do livro de Tobias – “todo aquele que vos honra tem a certeza de que sua vida, se for provada, será coroada; que depois da tribulação haverá a libertação, e que, se houver castigo, haverá também acesso à vossa misericórdia. Porque vós não vos comprazeis em nossa perda: após a tempestade, mandais a bonança; depois das lágrimas e dos gemidos, derramais a alegria.” Como vemos, “paciência” com o próximo, é amor, “paciência” consigo mesmo, é esperança em Deus e “paciência” com Deus, é fé. Artigo relacionado: Porque os casamentos santificam Motéis Os pecados da carne O prazer no adultério e na fornicação fonte: Jefferson Roger
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