sexta-feira, 28 de abril de 2017

Maridos Agitados

É preciso moderar os prazeres sensíveis, do contrário um desequilíbrio irá se instalar no indivíduo e a partir de então a inquietude não deixará em paz enquanto não for saciada a busca pelos desejos de todas as espécies. Se dermos asas aos pedidos do corpo e do coração e permitirmos que eles subjuguem a nossa razão, iremos ceder e mais cedo ou mais tarde nossa parede de defesa será penetrada pelo aceite das tentações. E uma rachadura que seja pode se alastrar e levar a ruína toda a parede. Não é à toa que sabedoria nos ensina que devemos combater contra três inimigos. O diabo, o mundo e a carne. O mal, como bem sabemos, está muito organizado no mundo que vivemos e seria muita ingenuidade de nossa parte pensar o contrário. O maligno, é claro, também não vamos cometer aqui o erro da ingenuidade, anda por trás de tudo que não é bom, porque ele sabe aproveitar suas oportunidades. Afinal, como já sabe que não vencerá no fim dos tempos, precisa agora trabalhar sem cessar para ceifar dos céus quantos mais ele puder. Para isso, se utiliza do que o mundo oferece e da concupiscência presente em cada um de nós. Então, como vimos, é contra o mundo, a carne e satanás que devemos lutar.

Claro que não é fácil essa batalha, sabemos disso, Jesus nos disse que sem ele nada podemos fazer (João 15,5), e se ele disse nada, significa que nem lutar neste vale de lágrimas podemos sozinhos. Precisamos sempre da ajuda celeste. Aqueles que tentam sozinhos, comprovam a verdade dita na pele por nosso salvador e começam a reclamar que as coisas não vão bem. Claro que não irão, tenta-se lutar sozinhos! Sendo assim, dizia eu no início do artigo sobre a necessidade da moderação dos prazeres sensíveis. Moderação conseguida através da virtude da temperança, que nos traz o equilíbrio em tudo. Ótima virtude a se pedir ao Espírito Santo. Ela nos coloca em nosso devido lugar e acalma nosso coração permitindo que não sejamos soterrados pelo mal ao mesmo tempo que nos mantemos com o olhar voltado para a eternidade.

Uma temperança muito necessária na vida das pessoas. As esposas que o digam. Muitas possuem em suas casas maridos destemperados, que pensam que sua sala de estar é o local de seu trono real. A cozinha da casa é onde sua serva prepara suas refeições, local destinado ao proletariado. Seu quarto é seu aposento real onde ele deve ser servido pela mulher que precisa se comportar como um objeto para a realização do prazer. Maridos agitados, que acham que ser o chefe da casa é a mesma coisa que ser um ditador, um imperador ou um gangster comandante da máfia. Se as coisas andam assim, já deu para se notar que falta alguma coisa: oração.

Através da oração, que é nosso diálogo com Deus, aprendemos a nos configurar a sua vontade, reconhecermos que não existe uma saída que nos leve ao céu que não seja a do próprio Cristo. Se somos maridos agitados, deixamos de ser maridos companheiros, maridos amigos e aquele por quem nossas esposas se apaixonaram. Se começamos de um jeito e no percurso mudamos nossa conduta trazendo coisas ruins para dentro de casa, de nossa família, foi porque em algum ponto da caminhada, fomos tomados por uma crise pelagiana e deixamos de contar com a ajuda celeste. Deixamos de contar com Jesus, aquele que nos alivia, o manso e humilde de coração, e passamos a formular nossa própria regra que acaba por não dar certo uma vez que possui muitos elementos do mundo. E quem se faz amigo do mundo se torna inimigo de Deus, nos ensina Tiago 4,4. Oração, muita oração. Oração pedindo a temperança e um coração configurado ao de Jesus pois como se diz em Efésios 5 é preciso nos aproximarmos de nossas esposas como nos aproximaríamos do sacrário. Nosso lar, a igreja doméstica precisa ser regada pelas novidades diárias que Deus nos concede a cada dia. Numa casa onde Deus é o rei dos corações, não existe rotina porque a cada dia se recebe a graça de poder viver mais um pouco ao lado da família, que precisa em seus membros, ajudarem-se a chegar ao céu.


fonte: Jefferson Roger
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quinta-feira, 27 de abril de 2017

As mulheres de hoje em dia

Em toda a história da humanidade é fato de que a parte comportamental do ser humano tem passado por muitas transformações e influências ao longo dos tempos. Seu próprio amadurecimento e autoconhecimento colaborado pelas ciências exatas e humanas fizeram com que o homem enxergasse cada vez mais o que existe dentro de si. Muitos porquês têm sido respondidos, muitas coisas que se pensavam ser assim, acabaram por se entenderem que eram de outra forma. Continuamos ainda a falar da esfera comportamental do ser humano. De tempos para cá, ouviu-se falar de muitas maneiras de se estudar e de se aprimorar no que tange ao homem e sua maneira de ser. Os chamados cursos de relações interpessoais ganharam campo e espaço na esfera acadêmica e empresarial. Mais adiante os denominados cursos de autoajuda também se embrenharam no tumultuo da busca pelo saber e se autoconhecer. O motivo é justo, quanto mais pudermos aprender sobre nós mesmos enquanto maneira de agir melhor será para nós mesmos e para nossa relação com as pessoas. Motivo justo, volto a repetir porque nos parece que o objetivo maior é a boa e sadia convivência entre as pessoas. Mas... lá vamos nós, por que nem sempre funciona? Por que será que tanto conhecimento às vezes não adianta tanto? Vamos, com a luz das sagradas escrituras, colocar um pouco de luz sobre a questão. Trata-se do conhecimento inteligente e puramente intelectual, buscado nesse aprendizado. Ele difere da sabedoria que se for divina como nos atesta o livro de São Tiago 3,17 nos diz que “A sabedoria, porém, que vem de cima, é primeiramente pura, depois pacífica, condescendente, conciliadora, cheia de misericórdia e de bons frutos, sem parcialidade, nem fingimento.” Sabedoria então que não pode faltar na vida da pessoa. Ela que é um dos sete dons do Espírito Santo (sabedoria, inteligência, conselho, fortaleza, ciência, piedade, temor de Deus) muito nos é necessária enquanto caminhamos por este vale de lágrimas assim como todos os dons. Sabedoria para agirmos segundo as coisas que não passam e para aquilo que é melhor para o outro em primeiro lugar. Fortaleza para que nossos problemas não acabem conosco. Através da fortaleza nós fazemos aquilo que damos conta e entregamos a Deus o que não damos conta. Dons importantíssimos que sem dúvida alguma precisamos pedir a Deus. Haja vista nossas mulheres de hoje em dia, que vivem sob um cenário bem sobrecarregado. São mães, donas de casa, trabalham fora, esposa e é claro, mulher. Não uma super mulher, uma mulher maravilha mas sim, uma pessoa que precisa ser entendida como ser humano e respeitada em sua dignidade. Mulheres não são objetos dos maridos, não são empregadas dos filhos, nem escravas dos patrões. São filhas de Deus, que por seu amor incondicional e dons celestes assumem a graça especialíssima da maternidade e do zelo pelas pessoas. Elas são as esposas, são as mães que cuidam dos seus, as funcionárias dedicadas e acima de tudo, em comunhão com Jesus são, ao seu mando, imitadores de Cristo (1ª Coríntios 11,1). Se não são, lhes falta algo, lhes falta, assim como pode faltar a qualquer um de nós, a humildade em perceber que sozinhos não podemos fazer nada. Jesus nos alertou que sem ele nada podemos fazer (João 15,5) e que aquele que se humilhar será exaltado (Mateus 23,12). O orgulho e o ego são inimigos da humildade que Jesus nos incentiva a praticar tendo um comportamento de alguém que serve e é o último. As mulheres de hoje em dia e também cada um de nós, não devemos almejar sermos super, pois podemos ser algo infinitamente maior: filhos de Deus e herdeiros do seu reino, predestinados para a santidade. Se filhos, somos herdeiros nos recorda o apóstolo. Existe algo melhor? Artigo relacionado: Minha mulher está sempre cansada O desequilíbrio das pessoas fonte: Jefferson Roger
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A vigilância do casal

Quando se passa muito tempo de uma vida em convivência com uma pessoa, torna-se fato de que essa pessoa se tornará quem mais nos conhece. Mesmo que ela diga que passou tanto tempo conosco e não nos conhece não pode ser verdade. Alguém que divide sob o mesmo teto tudo que a vida nos impõe, se assume para si o compromisso confirmado na presença de Deus, no ato do sacramento do matrimônio, essa pessoa, que agora é o cônjuge, irá passar pela purificação que faz parte dessa condição criada no princípio (Gênesis 2,24). O que Deus uniu, não separe o homem, confirmou mais tarde Jesus. Sendo assim, essa realidade pensada e criada por Deus, é muito conhecida por nosso cruel inimigo número um, que quer arrastar quantos puder para seu lado. Ele não mede esforços para ceifar a salvação eterna da vida das pessoas. Nós sim, agimos de forma bem diferente e quantas vezes nosso esforço nem chega ao patamar mínimo. Com uma alma para salvar e uma única vida para fazer isso, sem sabermos o quanto ela dura, ficamos a brincar com fogo e correndo o risco de nos queimarmos. Existe sempre a história do leite derramado. Depois, não adianta chorar. Pois bem, dizia eu que o danado do diabo se mete em toda parte. Ele como lemos na carta de São Pedro nos espreita como um leão procurando a quem dar o bote. E por que espreita? Porque ele sempre anda atrás de uma brecha para se enfiar. O diabo não precisa que abramos toda a porta do nosso coração e permitamos que ele entre com suas oferendas. Basta uma fresta consentida para ele conquistar o resto. Se dermos espaço e dialogarmos, as ocasiões de pecado podem se tornar pecados capitais e deste ponto em diante os pecados graves começam a despontar no fim do túnel, aguardando a derrocada do cristão. Se sozinho precisamos ser vigilantes, quanto mais se vivemos uma vida a dois ou ainda uma vida em família. Na carta de São Tiago 3,16 lemos que “onde houver ciúme e contenda, ali há também perturbação e toda espécie de vícios." E vejamos, caro leitor, a beleza das sagradas escrituras. Não se trata de um ciúme que inevitavelmente brota de um coração que muito ama alguém e quase não se controla mas sim de um ciúme que é conhecido como doentio, porque ele invade os limites que lhe cabe. Um ciúme assim é gerador de brigas (contendas) e de forma capital todos sabemos que as brigas deixam feridas, que mesmo que cicatrizem deixam marcas que podem virar “armamento” em futuras discussões, caso os entreveros não tenham sido resolvidos. E assim, nesse ambiente vai se instalando satanás. Ele vai fomentando mais e mais discussões, causando constante perturbação que vai se alastrando para todas as áreas da vida e vai paralelamente implantando as tentações que, na fragilidade da batalha, levam as pessoas aos vícios, que são muitas vezes os pecados. Efésios 4,26-27 vai nos dizer que “mesmo em cólera, não pequeis. Não se ponha o sol sobre o vosso ressentimento. Não deis lugar ao demônio.” Porque como bem sabemos, se cedermos, cairemos. A vigilância se não for constante assim como a doação, renúncia e perdão mútuo, fatalmente um casal vai sofrer duramente as investidas do mal. E o maligno sabe muito bem qual membro de uma família deve tentar para derrubar a família inteira. Já sabemos pela boca do próprio Jesus que sem ele não podemos fazer nada (João 15,5). Sozinhos dificilmente conseguimos resolver os problemas. Sozinhos, já dizia Santa Catarina de Sena, “só conseguimos nos condenar e sem a ajuda dos demônios”. Somos muito bons em promover nossa própria miséria mas muito débeis em reconhece-la e nos humilharmos perante Deus para que ele estenda sua mão. O orgulho trabalha contra nossa humildade. Não deve ser assim e nem precisamos temer isso porque Jesus disse que “quem se humilhar será exaltado”. Artigo relacionado: Como andam as coisas? fonte: Jefferson Roger
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quarta-feira, 26 de abril de 2017

Fundarei a minha Igreja

Em Mateus 16,18 Jesus disse: “Por isso, eu te digo: tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a ‘minha’ Igreja, e as forças do Inferno não poderão vencê-la.” Como vemos neste trecho bíblico a igreja de Cristo foi fundada sobre a profissão de fé de Pedro, proferida no versículo dezesseis, quando ele responde a Jesus – Mateus 16,15-16 – “E vós”, retomou Jesus, “quem dizeis que eu sou?” Simão Pedro respondeu: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo”. E depois desta sentença, Jesus acrescentou estas palavras a São Pedro: “Eu te darei as chaves do Reino dos Céus: tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus”. Sendo assim, por isso em outra passagem, nosso salvador nos disse que “quem vou ouve (aos apóstolos e sua sucessão), a mim ouve”.

Desta forma podemos compreender que ainda em vida Jesus criou a sua igreja. E o fato, além de não deixar margem para possibilidades, foi confirmado em muitas épocas da história. Interessante é ressaltar aqui que na época de Napoleão Bonaparte, este para querer aumentar a rapidez de suas conquistas militares e territoriais, ouviu de um de seus conselheiros a seguinte motivação. “Por que o Senhor não funda uma religião? Assim as pessoas iriam aderir mais facilmente a sua causa!” Ao passo que Napoleão respondeu e com sua resposta confirmou a máxima do evangelho no que tange a fundação da igreja. Ele disse: “para fundar uma religião é preciso duas coisas: ser crucificado e ressuscitar no terceiro dia. A primeira eu não quero e a segunda eu não posso”. E com essas belíssimas palavras, muito acertadas não paira sobre a questão nenhuma dúvida.

Como está biblicamente comprovada a fundação da igreja de Jesus Cristo e posteriormente com sua morte e ressurreição, a religião católica, o cristianismo que contém a sucessão apostólica, as outras denominações religiosas não partiram de Cristo, partiram de outros fundadores humanos, se desmembrando da igreja primitiva dos primeiros cristãos que encontramos em Atos dos Apóstolos e gerando suas próprias linhas de pensamento. A esses, Jesus intitulou-os como os ramos que não dão fruto e que o pai, os arrancará da videira, que é Jesus (João 15,1-5). Abaixo cito alguns exemplos de igrejas fundadas em épocas diferentes pelos homens.

Como vemos caros leitores, a separação do catolicismo trouxe como resultado novas denominações religiosas, são várias, citei aqui apenas algumas. Há quem queira alfinetar a questão trazendo à tona a questão das várias denominações católicas também e o fato não pode deixar de ser mencionado. As mesmas limitações humanas que lá criaram denominações religiosas não católicas e suas consequentes igrejas, aqui também foram responsáveis por dividirem por questões doutrinárias o catolicismo gerando, de forma resumida, através dos cismas, a igreja católica romana e a igreja ortodoxa e suas variações.

Caro leitor, já podemos perceber que todo o esforço humano, por esbarrar em suas limitações, faz o que faz, ou seja, nem tudo faz certo. Pelo mundo afora a questão sempre será debatida em conversas inconclusivas e sem fins objetivos. Toda defesa que se faça aqui, ali ou acolá irá, cedo ou tarde, se deparar com alguma barreira. A barreira da limitação humana. Nós podemos chegar até certo ponto, depois não podemos ir adiante. O que precisamos reter em nossas mentes e corações, no fim das contas, é o fato de que precisamos fazer parte do corpo de Cristo, seja ele peregrino (aqui na terra), padecente (no purgatório) ou triunfante (nos céus), porque não fomos criados com fins para a condenação e portanto temos de Deus, a disposição e a liberdade para chegarmos ao conhecimento da verdade. Não uma liberdade para que escolhamos qual nos convém, o apóstolo já nos alertou em suas cartas que nem tudo nos convém, mas sim uma liberdade que nos permita escolhermos a verdadeira religião, a verdadeira igreja, aquela fundada por Jesus e relatada em Mateus 16,18. Não cabe aos homens, tentar por seus meios elevar e instituir seus caminhos para o céu. Buscar a verdade não é buscar o que nos convém e melhor satisfaz nossas necessidades e sim buscar aquele que é “O caminho , a verdade e a vida”, e por onde ninguém vai ao pai senão por ele. Qualquer esforço fora disso não trará benefício nenhum, nem para o corpo e nem para a alma.

Video relacionado:


Duração = 9min46s


fonte: Jefferson Roger
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segunda-feira, 24 de abril de 2017

Nem só de pão vive o homem

Mas de toda a palavra que sai da boca de Deus. Isto foi dito por Jesus quando aconteceu o episódio da tentação do deserto. Jesus após os quarenta dias, nos contam as sagradas escrituras, teve fome. O diabo o tentou lhe dizendo para transformar as pedras em pães e levou de Cristo uma “chapuletada” daquelas! O diabo não é bobo, mas é burro! Convenhamos caro leitor, como é que ele foi achar que Jesus, em sua fraqueza humana, neste retiro espiritual no deserto que antecedia suas atividades públicas de pregação da boa nova, iria ceder à tentação da comida? A bíblia é clara em nos contar que Jesus foi conduzido pelo espírito ao deserto. Uma coisa é ser conduzido, outra coisa é ser arrastado na marra. Como Jesus, segunda pessoa da Santíssima Trindade, vive em comunhão com o Pai e o Espírito Santo colocava em curso sua atitude, mesmo para fazer a vontade do Pai, porém, de comum acordo com ele. “Burro” do diabo, sem querer ofender os animais, porque Jesus que ensinou para primeiro buscarmos o reino de Deus e a sua Justiça e tudo o mais nos será acrescentado, era uma pessoa que ensina e mostrava com se fazia. Esse foi um dos motivos do insucesso de satanás ao tentar o Cristo. A tentação foi vencida não porque Jesus era Deus com o Pai, mas porque ele agiu segundo a ordem das coisas, primeiro o Reino de Deus. E de fato as coisas são assim mesmo, para qualquer um de nós. Este episódio das tentações do deserto serve para nos ensinar que não devemos ceder as tentações do mundo colocando-as adiante das coisas celestes, que não passam. Isso o diabo sabe, como já lemos no início do artigo, ele não é bobo. E por ser, ao contrário, bem esperto, utiliza a tentação da gula, um dos pecados capitais, para promover uma derrocada maldita na vida das pessoas. Por que capital? Porque são pecados que podem levar a outros pecados. Assim como o dinheiro que rende na poupança ou rende numa aplicação bancária chamada de plano de capitalização, esses pecados, que geram novos pecados, são perigosos porque arrastam as pessoas por vias muito difíceis de se dar meia volta e retornarem. As pessoas tornam-se escravas desses pecados e aqui, como vemos e sabemos, tornam-se escravas do alimento. Tudo isso gera um grande paradoxo porque senão existir um equilíbrio facilmente o alimento, que é necessário para a sobrevivência, humana acaba por tornar-se item de idolatria e a pessoa fica com a mente embotada pela comida não sendo mais capaz de trata-la como é preciso. É a chamada “gastrimargia” que pode ser traduzida por “loucura do estômago”. A pessoa se vicia em comer até a saciedade desordenada e suas consequências. Acontecem os ganhos de peso, as doenças, as depressões, a baixa autoestima, as farras gastronômicas acompanhadas de noitadas, bebedeiras e também dos entorpecentes, outros pecados consequentes da luxúria e assim, os pequenos passos aparentemente inofensivos levam a pessoa de uma ponta para outra. No início são exageros culinários, alguns excessos; mais tarde, a comida começa a substituir área importantes da vida e no outro lado, a saúde física e por associação, a saúde espiritual sufocam e soterram a pobre alma que escolheu entrar por esse caminho ao invés de entrar pelo caminho que Cristo fez quando foi conduzido pelo Espírito ao deserto para se preparar. Comer é muito bom, muito prazeroso, os alimentos criados por Deus para nos servir e manufaturados pela inteligência humana, dom de Deus, para nos atender muito são necessários, porém, o olhar sobre eles deve sempre ser um olhar sobrenatural. Dessa forma não iremos esquecer a finalidade deles e conseguiremos aproveitar esse bem que o criador nos deixou sem nos mancharmos nas seduções do mundo e do diabo. Eis aí, um grande auxiliar, muito recomendado pela igreja, a prática do jejum. Meio muito eficaz para manter a pessoa ciente do valor dos alimentos, sua necessidade e seu lugar na vida de cada um. Artigos relacionados: Toda a sexta-feira é dia de penitência O jejum da tecnologia fonte: Jefferson Roger
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A Reta Final

Esta expressão é de grande familiaridade no meio das pessoas. Numa corrida de automóveis ouvimos o narrador dizer que, por exemplo, o campeão da corrida apontou na reta final e cruzou a linha de chegada recebendo a bandeirada. Também ouvimos em outro evento esportivo a mesma expressão quando quem narra comenta que o atleta entra pela reta final para terminar a maratona olímpica em primeiro lugar. E assim caro leitor vamos, acostumados com esse significado, transferindo essa expressão para outras atividades da vida, fazendo uma acertada analogia com a origem da fala “reta final”. No entanto, se olharmos com um pouco mais de cuidado veremos que qualquer reta final acaba por se tornar o início de uma coisa nova, de uma nova etapa. No mesmo exemplo da corrida de automóveis que demos, a cada corrida vencida, os competidores aguardam pela próxima etapa do campeonato. Quando o campeonato termina, os corredores aguardam pelo próximo ano, para a disputa do próximo campeonato. Os maratonistas olímpicos, da mesma forma, a cada competição, continuam suas preparações para a próxima prova do calendário anual sendo assim, ano após ano.

Como podemos perceber, a natureza humana, que tem em seu cerne imitar a natureza divina, possui dentro de si um sentimento que lhe impulsiona sempre a se movimentar, sempre a seguir um rumo, sempre a seguir uma direção, sempre a progredir e melhorar. É próprio do ser humano não estacionar em sua evolução pois se algo assim vem a acontecer, esta inércia na vida da pessoa, traz com ela consequências não muito sadias. Desta forma, já que somos a única forma de vida do planeta composta por corpo e alma, podemos transportar esta condição de inquietude e busca incessante do homem por algo mais, para a esfera espiritual. E aqui especificamente falaremos da catequese católica. Período em que, por cerca de cinco anos, um pouco menos ou um pouco mais, nossas crianças, jovens, adolescentes e também os adultos convertidos e regressos para o caminho de Jesus, passam por um convívio mais intenso na Igreja de Cristo (Mateus 16,18) onde se busca nessa caminhada ouvir o eco da palavra de Deus em suas vidas, aprender com ela, crescer com ela e receber os frutos da experiência pessoal que se espera e procura fazer com Deus.

O que ocorre algumas vezes, é que aquele que está vivendo a experiência de ser catequisando, seja em que fase de sua vida for, passa por uma tendência de tratar as etapas da catequese como períodos concluídos, períodos de encerramento e até mesmo de formatura, como se fossem etapas de ensinos e cursos acadêmicos, cujos propósitos são bem diferentes. O ensino acadêmico visa o progresso pessoal na vida profana, nas coisas do mundo. O ensino catequético visa o progresso espiritual com fins para a vida eterna. No entanto é preciso ressaltar que eles acabam por influenciarem-se entre si. Isso é fácil de se ver pois uma boa formação catequética termina por formar uma pessoa também para ser um outro Cristo no mundo. Da mesma forma o ensino acadêmico contribui para a compreensão de toda a criação divina e sua interação com as interferências do homem.

Com isso percebemos que não podemos ficar estanques em nossa caminhada, seja material ou espiritual. Uma pessoa que se forma em medicina, nunca para de estudar, pois é preciso sempre acompanhar a evolução dos problemas que afetam a saúde da humanidade. Uma pessoa que trabalha em informática precisa sempre estar estudando os avanços tecnológicos. Da mesma forma o cristão católico não pode deixar que sua catequese seja apenas um acontecimento que tenha um início e fim, falando-se no aspecto temporal. Jesus deu-nos a dica, ele disse “sem cessar”. E por quê? Simples de se ver. Não se tem notícia neste mundo de que o diabo “pendurou a chuteira, se aposentou” e resolveu deixar as pessoas em paz para que possam trabalhar pela sua salvação pessoal e a salvação dos irmãos. Muito pelo contrário, o diabo não se distrai e não mede esforços para convencer quantos puder a aderirem a sua rebeldia contra Deus. “Rogai por nós, agora e na hora de nossa morte” é o que rezamos na oração da Ave-Maria e também rezamos pedido a Deus no terço de São Miguel que “dignai-vos, nós vo-lo pedimos, de sermos preservados por ele de todos os nossos inimigos, a fim de que na hora de nossa morte nenhum deles nos possa inquietar”. Como podemos ver, o combate segue até a hora de nossa morte e, portanto, é preciso a cada “reta final” de nossas vidas, de nossa caminhada, seguirmos para a próxima etapa, na busca de um crescimento como pessoas mais humanas e mais cristãs, imitando (1ªCorintios 11,1) as duas naturezas de Jesus. Do contrário, se não crescermos e não nos esforçarmos, corremos o risco de ouvir de Jesus aquelas palavras do sermão da montanha “que recompensa tereis?” (Mateus 5,46).


fonte: Jefferson Roger
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quarta-feira, 19 de abril de 2017

Somos Perfeitos ou Imperfeitos?

Nem uma coisa e nem outra. Vamos entender como são as coisas caro leitor. Como bem sabemos, biblicamente falando, fomos criados a imagem e semelhança de Deus e para muitos aí começam os problemas e a grande confusão que se propaga na vida das pessoas promovem muitas inseguranças, dúvidas e se, nos deixarmos levar por pensamentos de curto alcance, seremos derrotados muito facilmente pela tentação do desânimo. Quando o sujeito começa a pensar que foi feito a imagem e semelhança de Deus e olha ao mesmo tempo para sua vida, uma das perguntas que cedo ou tarde poderá surgir é a de que: se Deus é perfeito (Mateus 5,48), como é que o ser humano criado a sua imagem e semelhança (Gênesis 1,26) parece tão diferente do agir divino e dá tantas cabeçadas pela vida? Ora, se somos seus semelhantes por que agimos tão diferente? As coisas não são tão difíceis quanto podem parecer, vamos com calma seguir uma linha de raciocínio para entendermos como tudo funciona.

Uma anta não foi criada a imagem e semelhança de Deus, nem uma muriçoca. Nós, seres humanos, únicos na terra a possuir corpo e alma sim. Aqui já podemos vislumbrar uma primeira direção. A imagem e semelhança tem, num primeiro momento, um caráter físico. Mas como fica então a questão do Espírito Santo, que apareceu em forma de pomba? Então todas as pombas foram feitas a imagem e semelhança dele? Agora bagunçou tudo! Bagunçou caro leitor? Não bagunçou não, senão a bagunça seria maior ainda porque em Atos dos Apóstolos lemos que o Espírito Santo apareceu em forma de línguas de fogo. Para esclarecermos a questão de forma resumida, as escrituras trazem, para bem descrever, em forma de representações simbólicas a figura de pessoas e acontecimentos pois, se acreditamos na Santíssima Trindade, fica fácil entender que são três pessoas, e não duas pessoas e uma pomba, ou duas pessoas e um amontoado de línguas de fogo. Vejamos um exemplo. Podemos dizer assim: Você viu aquele carro? Passou neste cruzamento como um avião, voando baixo, parecia até um caça militar! Ou ainda mais este: Eu vi o palhaço do Joãozinho alegrando a todos com suas macaquices! E então, foi um carro ou um avião que passou pelo cruzamento, ou o carro passou do mesmo modo que anteriormente tinha passado um avião? E Joãozinho tinha um palhaço, estava ele fantasiado de palhaço ou Joãozinho era o nome do macaco que fazia suas macaquices? Percebem? A comparação é simples mas demonstra como se dão as coisas na bíblia. Por isso é preciso sempre a luz do Espírito Santo para bem compreender os seus escritos sagrados.

Sendo assim, se a forma já entendemos quanto a semelhança da criatura humana para com seu criador, ainda resta a questão comportamental, que tange o espírito de cada um. Somos perfeitos ou imperfeitos? Nem um e nem outro. Somos perfectíveis. E aqui mora a beleza de tudo. Deus, ser perfeito não nos criaria imperfeitos porque não seria possível entrarmos no céu, morada do três vezes santo. Nossa busca pela perfeição conforme lemos em Mateus 5,48 nos diz que somos capacitados para alcançar a perfeição, que é o mesmo que alcançar a santidade, pois somente como santos passaremos pela porta estreita. Os salvos, mas ainda não santos, se morrem, completam seu processo no purgatório. Se morrem como santos, caminham para as moradas eternas. Deus, em sua infinita sabedoria nos fez perfectíveis para que possamos passar do estado em que estamos para a estatura de Cristo. Assim como o corpo humano de um atleta, por exemplo, melhora suas capacidades através do treinamento, ou uma pessoa melhora suas faculdades através dos estudos, assim o conjunto humano de corpo e alma, é capacitado para crescer no amor subindo pelos degraus das provações e tentações do vale de lágrimas. Todos são criados por Deus com o propósito divino da santidade, que é perfeita, para um dia chegarem à pátria celeste. Não somos imperfeitos, pois se fossemos não seria justo da parte de Deus exigir de nós que carregássemos a cruz de cada dia, porque não teríamos condições de transforma-la em passaporte para o céu. Se fossemos criados perfeitos não nos faltaria nada e então não haveria sentido algum em existir provações e tentações pois o que é perfeito é aquilo que não lhe falta mais nada. Como somos perfectíveis somos maleáveis e suscetíveis e isso nos permite compreender o porquê de nossa condição.


fonte: Jefferson Roger
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terça-feira, 18 de abril de 2017

O propósito de não mais pecar

Uma coisa é muito certa, embora sejamos predestinados à santidade existe dentro de nós a natureza e inclinação para o mal chamada de concupiscência. “Se dissermos: “Não temos pecado”, enganamo-nos a nós mesmos, e a verdade não está em nós” – nos recorda o apóstolo em 1ª João 1,8. E mais, no livro dos Provérbios cap. 24,16 encontramos o relato de que aquele que é justo perante Deus peca até sete vezes por dia. Pois bem, se o homem justo, tem essa condição, o que dirá do pecador que precisa aceitar o convite de Jesus à conversão e mudança de vida? “Arrependei-vos e crede no Evangelho” – Marcos 1,15. Sendo assim, nossa realidade exige uma contrapartida frontalmente encarada com muita seriedade. Se pecamos, sabemos que pecamos e temos consciência disso, ficar navegando por esses mares, acostumando-se com a convivência dos pecados irá, cedo ou tarde, naufragar a pessoa que julgou poder conciliar sua vida com os desejos de Deus. O viver bem para o cristão, passa muito longe do sentido material e corporal da palavra “bem”. Ele traz um “q” a mais, que é o “bem espiritual” que se realiza numa consolação que vem dos céus. Este bem traz alívio de consciência e uma paz interior que impulsiona a pessoa a seguir em frente, caminhando na vontade de Deus, sendo capaz de suportar qualquer “como”, já que ela encontrou o verdadeiro “porquê”. E nem é preciso acreditar na teoria, cada um pode fazer a experiência e comprovar por si só os benefícios de se aproximar de Deus.

E este convite constante à conversão, de forma muito bela é chamada por Santo Ambrósio da seguinte forma. Ele a descreve como sendo dividida em duas possibilidades. A conversão da água, que nos vem pelo batismo, e a conversão das lágrimas, que nos vem pelo arrependimento, pela penitência. “Uma penitência que precisa ser, antes de tudo, interior. A penitência interior é uma reorientação radical de toda a vida, um retorno, uma conversão para Deus de todo nosso coração, uma ruptura com o pecado, uma aversão ao mal e repugnância às más obras que cometemos. Ao mesmo tempo, é o desejo e a resolução de mudar de vida com a esperança da misericórdia divina e a confiança na ajuda de sua graça. Esta conversão do coração vem acompanhada de uma dor e uma tristeza salutares, chamadas pelos Padres de aflição do espírito, arrependimento do coração – CIC 1431”.

E movidos por esse sentimento, por esse arrependimento do coração, devemos então recorrer a Deus, único a perdoar nossos pecados. “Cristo instituiu o sacramento da Penitência para todos os membros pecadores de sua Igreja, antes de tudo para aqueles que, depois do Batismo, cometeram pecado grave e com isso perderam a graça batismal e feriram a comunhão eclesial. É a eles que o sacramento da Penitência oferece uma nova possibilidade de converter-se e de recobrar a graça da justificação. Os Padres da Igreja apresentam este sacramento como “a segunda tábua (de salvação) depois do naufrágio que é a perda da graça CIC 1446”.

No entanto, como Cristo confiou a seus apóstolos o ministério da Reconciliação, os Bispos, seus sucessores, e os presbíteros, colaboradores dos Bispos, continuam a exercer esse ministério. De fato, são os Bispos e os presbíteros que têm, em virtude do sacramento da Ordem, o poder de perdoar todos os pecados “em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo”. Ao celebrar o sacramento da Penitência, o sacerdote cumpre o ministério do bom pastor, que busca a ovelha perdida; do bom samaritano, que cura as feridas; do Pai, que espera o filho pródigo e o acolhe ao voltar; do justo juiz, que não faz acepção de pessoa e cujo julgamento é justo e misericordioso ao mesmo tempo. Em suma, o sacerdote é o sinal e o instrumento do amor misericordioso de Deus para com o pecador. Portanto o sacerdote, o confessor, não é o senhor, mas o servo do perdão de Deus, seu instrumento pelo qual a graça divina atinge o penitente pois, recordemos mais uma vez, só Deus perdoa os pecados mas esse mesmo Deus, na pessoa de Jesus Cristo que é um com o pai, concedeu aos apóstolos e sua sucessão essa condição intercessora: João 20,21-23 – “Disse-lhes (Jesus) outra vez: A paz esteja convosco! Como o Pai me enviou, assim também eu vos envio a vós. Depois dessas palavras, soprou sobre eles dizendo-lhes: Recebei o Espírito Santo. Àqueles a quem perdoardes os pecados, ser-lhes-ão perdoados; àqueles a quem os retiverdes, ser-lhes-ão retidos. A graça concedida pelo amor de Deus está aí. Recebe-la não está fora de nosso alcance, basta darmos o primeiro passo, aceitarmos o convite divino e, como nos lembra o catecismo no número 1431, firmarmos o propósito de mudança de vida que consiste também no propósito de não mais pecar.

Vídeo relacionado:

Duração - 6min20s

fonte: Jefferson Roger
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segunda-feira, 17 de abril de 2017

A gravidade do pecado

Convenhamos, o trabalho dos servos do mal está sendo muito bem feito ao longo de toda a história da humanidade. Um dos objetivos deles é: modificar o conceito de pecado para que ele não seja mais “enquadrado” como pecado e assim pode-se comete-lo sem que sua gravidade ofenda a consciência, que passa a viver num estado de embotamento. Afinal se para mim uma coisa não é pecado, posso faze-la e não estando eu errado, nem perdão preciso mais pedir! Que alegria, enfim o paraíso aqui na terra! Triste realidade que o saldo do inimigo aponta e registra no meio das pessoas. Eles atuam nas seguintes frentes: no mundo farmacêutico, no mundo da mídia, no mundo educacional e no mundo político. Nestes quatro grandes grupos se concentra toda a investida das forças do mal. Vou escrever apenas uma linha de exemplos para comprovar porque o material e as evidências são amplos e pode-se escrever por horas sobre essas verdades comprovadas.

A vaidade que prende a pessoa ao apego materialista, colocando idolatricamente o corpo em primeiro lugar é gerenciado pela industria farmacêutica e de cosméticos. A vaidade afasta a pessoa do foco eterno pois ela corre o risco de não cuidar da sua alma por estar voltada ao cuidado aparente do corpo, que é um cuidado nesse caso estético, vaidoso. Nos meios de comunicação de várias formas de mídia acontecem os maciços investimentos em propaganda para “vender” ideias contrárias as verdades celestes. A catequese passa a ser dada pela televisão e internet, por exemplo, e não mais pelas sagradas escrituras. Dessa forma, a mídia fica insistentemente “pregando” seus valores, ideais e verdades para as pessoas. No plano estudantil, existe a infiltração nas salas de aulas de conteúdo profano e oposto ao que Deus tem a nos ensinar, através de materiais paradidáticos impróprios e grades curriculares que propõe uma abertura para o aprendizado de ideologias que se afastam do evangelho. Por fim, o lobby político fica com a parte de criar e aprovar leis que visam impor para a sociedade um comportamento e conceitos completamente contrários ao que vem dos céus.

Com isso tudo em prática, o comum passa a ser o certo, porque afinal, todos praticam. Quem não adere é a ovelhinha negra, isolada e excluída. Essas ovelhinhas, no entanto, tem um dono, Jesus Cristo, o bom pastor, aquele que dá a vida por suas ovelhas. Será que somos minoria? Nós os cristãos? Os católicos? Aqueles que procuram viver o evangelho? Ou quem segue a Deus nesse mundo ainda é maioria frente aos que não seguem? Num olhar que se volta para o horizonte do cenário parece difícil enxergar um desfecho, embora ele exista. A fé nos garante que Deus está no comando e o diabo não faz mais do que barulho. Infelizmente esse barulho tira a atenção dos ensinamentos de Deus que são passados a cada um no silêncio das orações. Jesus já nos mostrava, quando se retirava para orar ao pai. Ele buscava o silêncio. O mundo, com sua barulheira quer soterrar a cada um com sua avalanche de prazeres e conceitos para que não possamos ouvir a Deus e viver o que ele nos pede. Quando ele vende um cosmético pregando que você pode manter sua beleza cultivando sua vaidade, ele está querendo nos soterrar. Quando os programas de tv pregam que beijar qualquer um na boca e transar com alguém que não seja seu cônjuge é permitido, ele está querendo nos soterrar. Quando ele ensina nas escolas, num livrinho de histórias que o papai noel transou com a chapeuzinho vermelho e tudo bem, ele está querendo nos soterrar. Quando ele aprova leis que vão contra e não tem poder para superar as leis divinas e as impõe na sociedade, como a aprovação do aborto até doze semanas ou o casamento de pessoas de mesmo sexo, equiparando-as com o santo matrimônio constituído biblicamente, ele está querendo nos soterrar.

No fim, tudo não passa de uma tentativa de desmanchar o conceito de pecado, reinventa-lo, transformar em detalhe e deixar de lado o criador de todas as coisas visíveis e invisíveis, e aplicar o que eles chamam de “inevitável evolução da humanidade”. Deus nos livre de cairmos nessa tentação de abandonar a nossa cruz por conta de um pouco da lama dos pecados, com isso sujando nossa única e tão preciosa alma.


fonte: Jefferson Roger
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Os pastorinhos de Fátima

Jacinta Marto e Francisco Marto, ela com sete anos e ele com nove anos, por ocasião dos eventos de Fátima, Portugal, onde aconteceram a aparição do Anjo e as aparições da Virgem Santíssima no ano de 1917. De vida muito simples e singela em sua pouca idade eles foram eleitos para testemunharem esse grande acontecimento que aconteceu no século XIX. Uma coisa, no entanto, é preciso destacar. Foca-se algumas vezes no fato em si deixando um pouco de lado a profundidade das mensagens de Maria, que, como sempre digo por aqui, são um puxão de orelha na humanidade que insiste em viver sem seguir os ensinamentos de Jesus, deixados em seu evangelho. Até mesmo a igreja em sua pompa e soberba procura por todos os meios se esquivar desses puxões de orelha com suas atitudes escrupulosas. Muitos afirmam que Maria é mãe da igreja, a chamam de Rainha nas orações, mãe de Jesus mas, o que ela pede, aconselha e orienta é um detalhe que “pode ser deixado de lado”, afinal, macetam a tecla de que quem salva é Jesus! Ainda bem que, embora sejam muitos, graças a Deus, não são todos, pois existem aqueles que seguem Jesus por meio de Maria e nem por isso amam menos o Cristo, salvador da humanidade.

E assim foi com esses dois irmãozinhos. A pequena Jacinta e seu irmão, que por terem morrido cedo, viveram por pouco tempo a experiência estudantil, local em que eram tidos (no ambiente escolar) de comportamento solitário assim como em suas atividades pastoreiras pelos montes e arbustos. Ela e Francisco eram de família pobre, mas não ao ponto de passarem dificuldades. Eram os mais novos de sete irmãos e dois meio irmãos. Por percursos da vida e de sua grande devoção e inclinação religiosa a pequena Jacinta foi acolhida em Lisboa no Orfanato Nossa Senhora dos Milagres. Local onde se sentia imensamente bem, por estar na companhia de pessoas consagradas. Ali, destaca-se a sua grande afeição a Madre Godinho, a qual carinhosamente Jacinta passou a chamar de madrinha.

Depois dos eventos de Fátima, conta-se que Nossa Senhora apareceu isoladamente para Jacinta até a sua morte aos dez anos de idade, que aconteceu em 1920. É neste período que Madre Godinho colheu vários relatos da pequena pastora e entre eles alguns alcançaram destaque e muita evidência em virtude de seu sério apelo enraizado nos fundamentos do Cristo. Sem dúvida as palavras de Jacinta, tão inspiradas, tão graves e tão cheias de sabedoria, podem ser consideradas como verdadeiros ensinamentos e percebamos o toque divino sobre essa pequena criança. Palavras sem dúvida inspiradas e dirigidas sobretudo para as pessoas, iludidas em geral pelos falsos prazeres da vida e, que se deixam arrastar pelos maus exemplos dos costumes e modas imorais. Que o que nos fala a pastorinha de Fátima, sirva-nos como se fosse dito diretamente para cada um.

Diz a pequena Jacinta: "Os pecados que levam mais almas para o Inferno são os pecados da carne. Virão muitas modas que vão ofender muito a Nosso Senhor. As pessoas que servem a Deus não devem andar com a moda. A Igreja não tem modas. Nosso Senhor é sempre o mesmo. Os pecados do mundo são muito grandes. Se os homens soubessem o que é a eternidade, fariam de tudo para mudar de vida. Os homens perdem-se porque não pensam na morte de Nosso Senhor e não fazem penitência. Muitos matrimônios não são bons, não agradam a Nosso Senhor e não são de Deus.” E realmente, caro leitor, basta um vislumbre pelo mundo para conferirmos as proféticas palavras da menina. E percebam vocês um detalhe, ela disse que “a igreja não tem modas”. E realmente não tem, mas tem coisa pior dentro dela, já sinalizada pelo Papa Paulo VI: “A fumaça de satanás que a invadiu”, que se transformou em vícios venenosos que tanto mal fazem aos seus membros. Alguns exemplos? Diz Santa Teresa de Calcutá: “o pior mal de nosso tempo é a comunhão na mão”. Ou ainda os “irregulares” ministros extraordinários da sagrada comunhão, que de extraordinário não tem mais nada. As ginásticas litúrgicas dentro da santa missa, promovida muitas vezes pelo confuso e disperso movimento da renovação carismática que não é 100% católico. Que saudade da “Tradição”. O Papa Francisco foi mais um papa que afirmou que tradição e sagradas escrituras não podem existir em separado, elas se complementam. Que saudade dos santos padres; hoje em dia nem todos os padres caminham buscando a santidade. A música sacra e religiosa? Agora existem bandas musicais e ritmos profanos que se adaptam às letras dos cânticos. E a lista vai longe, nem preciso enumerar, basta a cada um percorrer diligentemente o seio da igreja de Jesus Cristo para ver o estrago dentro dela. Ainda bem que as portas do inferno não prevalecerão sobre ela pois não se tem notícia de que Jesus seja um mentiroso, do contrário como ele e o pai são um, se assim o fosse, vã seria a nossa fé. Mas o estrago está por aí, para quem quiser ver. Sem dúvida uma das táticas do inimigo é promover seus pecados com a roupagem da novidade em forma de modas. O que está na moda não é rezar o Santo Rosário todos os dias, comungar e confessar com frequência, ler a bíblia, viver segundo o evangelho,constituir família nos moldes bíblicos, pensados, desejados e criados por Deus: pai, mãe e filhos. A mensagem de Jacinta, que já está beatificada e quando de sua exumação foi encontrada com seu corpo incorrupto, que viriam muitas modas se concretizou. A moda se disfarça na modernidade, contaminando o progresso em muitas áreas. Ou aderimos a moda, nos fazendo amigos do mundo e inimigos de Deus (Tiago 4,4), ou aderimos a Deus, pois estamos no mundo mas não pertencemos a ele. Aqui é um vale de lágrimas, um lugar de provações, onde num curto espaço de tempo iremos conquistar o céu. Se não queremos provações, não almejemos o céu.


fonte: Jefferson Roger
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quarta-feira, 12 de abril de 2017

O jogo da baleia azul

Pois bem, caros leitores, nós do site vinde-benditos também iremos contribuir para suas reflexões com este artigo cujo tema é a mais nova mania que se iniciou pela internet na Rússia, depois se alastrou pela Europa e agora permeia por outras partes do mundo. Trata-se do jogo virtual, acessível pelos smartphones denominado “baleia azul”, o qual para participar é preciso ser convidado. Como funciona o jogo. Basicamente ele é um jogo no estilo “chefinho mandou”. Você se cadastra no aplicativo e começa a receber uma série de tarefas para cumprir. A cada tarefa cumprida você precisa comprovar o “êxito” enviando ao responsável pelas tarefas uma imagem ou algo semelhante. Até aí parece tudo bem mas, tem sempre o “mas” e tem sempre o “se”. Se as tarefas não fossem como são, que aliás são rotuladas como desafios, tudo para estimular o desejo de aventuras que naturalmente brota na juventude e, sobretudo, se alguém não a vive de forma saudável e sadia, seria apenas mais um jogo que não ofereceria muito pano pra manga. Porém, não é assim, o jogo consiste num total de cinquenta desafios onde o último desafio é o de tirar a própria vida. Ele foi objetivamente e intencionalmente produzido para o público que está ansioso por ser ouvido, visto no mundo, ser saciado de atenção e aventuras, mas, num campo que não faz parte da saudável vida que precisa acontecer e que, atenção, nasce no seio familiar. Pois quando não nasce neste ninho a juventude passa a andar sobre o manto da vulnerabilidade. No Brasil, já existem investigações que apontam para um primeiro caso de morte relacionada a este jogo. Também em contrapartida, existe um movimento que se intitula “baleia rosa”, que é exatamente o oposto da mutilação e dos horrores promovidos por esse jogo macabro. A todos mais uma vez, fica sempre o alerta, que já é antigo. O ser humano não nasceu para viver só, precisa da realidade pensada, deseja e criada por Deus que se chama família. E assim como a pessoa precisa da família, esta mesma família precisa de Deus, senão, nem ela estará segura se alguns de seus membros se lançarem ao mundo, se contaminarem com ele e trouxerem para suas casas o mal que o infectou lá fora. Mal físico e espiritual. Portanto, esse não é o último jogo de internet que irá aparecer, já tivemos o “ressuscitado” tabuleiro ouija, o jogo do Charlie, o jogo do desmaio, o jogo do pokémon go e a lista nunca termina. O que fica de mensagem e alerta é o fato de que, espiritualmente falando, e deve ser assim, porque não é contra os homens de carne e sangue que é a nossa batalha mas contra os espíritos malignos que andam pelos ares, já nos dizia São Paulo em Efésios 6,12; uma vigilância então, precisa acontecer em tempo real. Vigilância extrema porque o diabo anda a nos espreitar como a um leão buscando a quem devorar nos recorda São Pedro na sua primeira carta em 5,8. E se não é extrema essa vigilância, nos distraímos e distraídos agimos com a guarda baixa e assim colocamos nossa integridade física e espiritual sobre perigo de destruição e danação. É como a pessoa que decide experimentar o cigarro alegando que quando quiser pode parar. Depois ela supera isso, só que negativamente e acaba por entrar no mundo das drogas. Sempre a desculpa é que pode desistir quando quiser e o motivo é sua curiosidade e busca da felicidade, só que, detalhe, onde ela não existe. Assim agem todos os mecanismos que de alguma forma entorpecem a mente acarretando ao corpo todo o tipo de danos. Primeiramente os danos são pessoais, no corpo, depois na mente, na alma e no coração. Também se alastram seus efeitos colaterais de variadas espécies sobre os que nos cercam. Aqui falo das famílias, que também serão afetadas pois um de seus membros trouxe as mazelas do mundo para dentro do lar. Trouxe a semente do mal para dentro de casa. Por isso é imprescindível contarmos com toda a ajuda celeste, sempre importantíssima e indispensável para mantermos fora de nossas casas, todas as formas de mal. Assim, dessa forma, pais e filhos unidos em torno do Cristo e em comunhão, conseguirão proferir na oração do Pai Nosso, um sincero desejo de que Deus, “não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal, amém!” Artigos relacionados: O jogo do Charlie Regido por Deus Pokémon Go, pode ou não pode? Tempo x Vício fonte: Jefferson Roger
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terça-feira, 11 de abril de 2017

A alegria de chegar em casa

Nossa casa é um local sagrado e abençoado, local onde se concilia a família, célula básica da sociedade, querida, pensada, planejada e criada por Deus, local onde vive a igreja doméstica. Nossa casa, pode ser simplesmente um abrigo contra as intempéries, ou ainda pode ser um local que nos proporcione condições para o descanso e a nutrição física. Porém, pode ser muito mais e dentro desse mais, muita coisa pode estar inserida aí. Como estamos a perceber e com certeza, todos nós podemos muito bem exemplificar com testemunhos de toda a natureza, próprios ou aprendidos, a casa pode ser apenas uma casa ou pode ser mais, pode ser um lar. “Lar doce lar”, como a muito tempo se ouve esta expressão ou “um inferno”, como também se ouve dizer por aí. Local de alegrias e de tristezas, de sorrisos e choros, de felicidades e dificuldades, local de aconchego e de desavenças, local de vida e local de morte, física ou espiritual. Nossa realidade enquanto seres humanos não nos permite ficarmos afastados de tudo, tampouco permite abraçarmos a tudo. Não damos conta sozinhos (João 15,5), facilmente sem o dom da fortaleza, concedido pelo Espírito Santo de Deus, nossos problemas irão acabar conosco e nos deixar doentes, de forma física ou espiritual. Sendo assim, quando perdemos o foco que deve sempre nos apontar para a eternidade para com isso ficarmos atentos dos porquês de nossas vidas, corremos o risco, o famoso risco das tentações das mais variadas espécies e gravidades. Atingidos pela tempestade de pedra dos pecados em nossas vidas vamos permitindo que o verde campo semeado por Deus em nossas famílias vá dando lugar ao cinzento pó das pedras que caem sobre nós e não conseguimos superá-las. Ao contrário, algumas delas até acolhemos pois, vamos recordar? Tentamos sozinhos resolver tudo, deixamos Deus de fora de nossas dificuldades. Ele que sempre está a estender a mão e nós preferimos virar o rosto. Acordemos, nos arrependamos. Hoje, não sabemos se para nós existirá amanhã. Deus nos concede o agora. E certos desse agora precisamos colocar a mão na massa. Cruzar os braços de nada vai adiantar pois Deus não quer filhos inúteis (Eclesiástico 15,20-21). E como seus filhos, devemos trabalhar para a salvação nossa, mas também do próximo. A começar pelo próximo que mora dentro de nossas casas. Como é bom estar longe de casa e não ver a hora de voltar para o lar. Encontrar os filhos, a esposa, o marido, mãe, pai, irmãos. Quando saímos logo cedo para nossos compromissos seculares estamos sob os cuidados divinos. Não sabemos se voltaremos vivos para casa, ou se algum membro voltará. Será que pela manhã, saímos estando de bem com todos? Ou deixamos o lar com alguma desavença? Para nós é uma alegria voltarmos para casa? É uma alegria estarmos em casa com todos? Quando todas as respostas que podemos dar são positivas é sinal de que estamos no caminho certo. Agora, quando alguma resposta não é positiva algo não está indo bem e pode ser que a culpa seja nossa. A tendência humana egoísta de colocar a culpa em alguém, gosta muito de se mostrar nesses momentos de dificuldades e então o ilibado cidadão se apressa a apontar e acusar os errados. Nada disso, Jesus disse para primeiro olharmos a trave que está em nossos olhos porque senão agirmos assim, não mudarmos de atitude, onde estivermos, em que casa estivermos os problemas serão os mesmos, porque nós somos os causadores. A mudança, a conversão é sempre necessária, porque agora nesta casa, neste lar em que vivemos, precisamos praticar todas as virtudes divinas em vista de morarmos num lar infinitamente melhor, nossa morada celeste, nosso lar eterno, preparado por Jesus a cada um (João 14,2). Cuida do seu povo e da sua religião fonte: Jefferson Roger
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segunda-feira, 10 de abril de 2017

Enfim, a Semana Santa

Obaaaa, mais um feriadão se aproxima! Oportunidade de fazer aquela viagem... afinal, já vimos no início do ano quais feriados terão dois ou três dias de duração. Deste ponto em diante basta programar o passeio e vivaaa, vamos descansar dos trabalhos e demais atividades. Merecemos não é mesmo! Damos um duro danado para pagar tantos impostos, pagar nossas contas e despesas, manter nossos confortos e por conta disso, nosso tão escasso tempo merece um parêntese para que eu possa descansar e relaxar. Ora, também sou filho de Deus, dizem alguns. Tudo errado! E muito errado dependendo do contexto em que se insere a programação pessoal. Vamos entender. Como sempre gosto de dizer, muito católico quer seguir Jesus somente até o domingo de ramos. Dali para frente começa a subida da serra e então aqueles que optarem por continuar seguindo o Cristo irão perceber que não é fácil. É um caminho cheio de renúncias e esforço contínuo ou alguém conhece uma maneira de seguir Jesus sem sentir o peso da cruz? Pois bem, falava eu do contexto, que pode ser prejudicial ou não. Primeiramente cabe ao católico não só acreditar humanamente falando em Jesus, é preciso mais... 1ª Coríntios 15,12-20 – “Ora, se se prega que Jesus ressuscitou dentre os mortos, como dizem alguns de vós que não há ressurreição de mortos? Se não há ressurreição dos mortos, nem Cristo ressuscitou. Se Cristo não ressuscitou, é vã a nossa pregação, e também é vã a vossa fé. Além disso, seríamos convencidos de ser falsas testemunhas de Deus, por termos dado testemunho contra Deus, afirmando que ele ressuscitou a Cristo, ao qual não ressuscitou (se os mortos não ressuscitam). Pois, se os mortos não ressuscitam, também Cristo não ressuscitou. E se Cristo não ressuscitou, é inútil a vossa fé, e ainda estais em vossos pecados. Também estão perdidos os que morreram em Cristo. Se é só para esta vida que temos colocado a nossa esperança em Cristo, somos, de todos os homens, os mais dignos de lástima. Mas não! Cristo ressuscitou dentre os mortos, como primícias dos que morreram!” Como vemos, a fé, dom de Deus, nos garante essa certeza que vemos muito bem colocada nesta passagem da carta aos Coríntios. Pois se não cremos nem com o olhar da fé, mais necessário que o olhar humano, pois o complementa, realmente, só será mais um feriadão. Agora, se entendemos a profundidade do que esta semana representa na vida de cada um, então a semana santa e o tríduo pascal são acontecimentos esperados com muita expectativa e alegria. Mesmo que saiamos a passeio, deixando o reduto de nossas paróquias, estaremos com o Cristo nas celebrações, onde quer que estivermos.
Se no dia de finados, os cemitérios ficam abarrotados de pessoas que vão visitar seus entes queridos de forma saudosa por que Jesus não é para tantos uma pessoa querida, ao ponto que queiramos ficar com ele, que ressuscitou, vamos relembrar, a maior quantidade de tempo possível? Minha nossa viu, quando alguém faz alguma coisa porque gosta de nós, ficamos muito contentes e agradecidos e comumente uma atitude de volta é a de querer de forma recíproca agradecer a benfeitoria que recebemos. Pelos menos, se vê que muitos agem assim, agora, por que para com Jesus, que fez a benfeitoria das benfeitorias e continua fazendo diariamente por amor a cada um, é esquecido por muitos em todos os feriados religiosos? Quanta ingratidão, depois no dia do juízo vão querer se safar de que jeito? Cara a cara com o messias, sem ter para onde correr, perante o tribunal do juízo? O tempo de preparação da quaresma, que antecedeu a semana santa, não foi apenas um período litúrgico onde não se rezou o “glória”; muito mais que isso, por esse tempo fizemos uma caminhada junto a Jesus até o domingo de ramos. Agora é o momento onde os meninos são separados dos homens. Aqui a fé é empunhada, o coração é elevado e o brado cristão que mantém o cerne católico da razão orienta a consciência, todos convergindo para um mesmo ponto, onde mente, corpo e coração, se unem a alma para como membros do corpo de Cristo, vivermos a esperança de uma vida eterna na glória dos céus. Ou então, será mais um feriadão, mais uma folga estendida e assim vamos levando a vida deixando Jesus de lado e procurando, com nossas atitudes no aqui e agora, sermos como o rico da parábola (Lucas 16,19-31). Artigo relacionado: Aproveitamos os feriados? fonte: Jefferson Roger
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sexta-feira, 7 de abril de 2017

Ser um espelho para o outro

Aprendei de mim que sou manso e humilde de coração – essa frase foi dita por Jesus Cristo. Ela está ligada diretamente com a necessidade que temos de ser como ele, de ser seus imitadores (1ª Coríntios 11,1). Se precisamos ser seus imitadores, se precisamos ser um reflexo do Cristo no mundo, precisamos, com toda a certeza, aprender com ele como são as coisas, aprender com ele como agir, aprender com ele o que fazer e o que não fazer, aprender com ele como nos comportar. Eu fico pensando no momento que Jesus disse essa frase, o aprendei de mim; que alívio deve ter sido para quem ouviu e acreditava em sua palavra e em sua pessoa, saber que o salvador da humanidade, ali, a poucos metros, o qual queriam até tocar, estava afirmando que ele compraria por cada um, qualquer “briga”, qualquer “bronca”, qualquer “angustia, qualquer “coisa”. Pois nos disse, que nos aliviará se o procurarmos. Então fica sempre a pergunta: por que é que as pessoas não procuram em primeiro lugar Jesus? Tentam resolver a vida e seus problemas por meios e recursos próprios e quando todas as tentativas se esgotam, não enxergam outra alternativa a não ser chorar suplicantes aos pés dele?
Porque não foram em primeiro lugar até ele? Vamos responder porque essa é bem fácil! O amor de Jesus e o seu cuidado para conosco possui duas verdades: ele é exigente e de nós exige conversão e renúncia, e ele é doloroso porque nos entrega seus frutos através de nossas cruzes. Como a dor é filha do amor, e ninguém gosta muito dessa tal de dor porque ela está anexada aos sofrimentos, então primeiro as pessoas buscam alternativas que sejam analgésicas, fáceis e que deem pouco ou nenhum trabalho, além de apresentarem resultados imediatos. Se aproximam de Jesus como se ele fosse um curandeiro, um bancário, um latifundiário, um empresário ou, como bem estamos percebendo, aproximam-se de Jesus com uma lista de pedidos e exigências achando que religião é um mecanismo que existe para Deus nos servir. Mas notem, essa aproximação é quando sobrou só ele para socorrer, ou mesmo que não se vá até ele por último, a lista de pedidos e exigências continua na mão. Pois bem, nada disso, através da religião nos ligamos a Deus e nos conformamos à sua vontade. Do contrário ela será um fardo pesado e cheia de proibições que nos ceifam a liberdade para viver livremente mundo afora. Certos disso precisamos de um esforço violento, se almejamos o céu (Mateus 11,12). Muito está em jogo e não só a salvação pessoal. Pois se precisamos ser como o Cristo é porque sendo como ele, teremos que ser exemplo e dar testemunho com nosso comportamento e atitudes, além daquilo que de nossa boca é proferido. Porque dessa maneira não iremos ser como os fariseus, tão criticados por Jesus; eles que falavam e não faziam eram os hipócritas do evangelho. A nós, não nos cabe sermos assim, pois para as pessoas que nos conhecem ou nem tanto assim, precisamos ser para elas como que um espelho. Elas precisam ver em nós o que elas precisam ser. Precisam ouvir de nós, o que elas precisam dizer. Precisam agir, como elas nos veem agindo. E não é justamente assim no seio familiar? Os pais não são um exemplo para seus filhos? Eles vão crescendo e convivendo com o modo dos pais levarem a vida, em vários campos dela. Crescem aprendendo com o que se fala, o que se faz e o que se pensa e como se comporta. Para muitos filhos é inimaginável pensar sequer, que um pai ou uma mãe, faça isso ou aquilo de errado, aja dessa ou daquela maneira que é errado. Eles vão aprendendo com os pais e vão os conhecendo. Na prática, a sociedade resumidamente diz que um filho vê seu pai ou sua mãe como um herói. É uma forma lúdica e um tanto fantasiosa de tentar descrever o que pensa e como o filho vê os pais. Por isso é preciso sempre buscar as razões e os motivos certos na vida porque pensar na possibilidade de dar desgosto a alguém é algo muito triste. Ferir o coração de alguém, magoar, desgostar e toda essa gama de coisas ruins não deve fazer parte do cerne católico. A fila de pessoas que podemos desgostar sempre é grande, não nos enganemos. Ela começa por Deus. Não esqueçamos: “seus imitadores”. Artigo relacionado: Partir o Coração de Alguém fonte: Jefferson Roger
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quinta-feira, 6 de abril de 2017

A mansidão

Mateus 11,28-30 – “Vinde a mim, vós todos que estais aflitos sob o fardo, e eu vos aliviarei. Tomai meu jugo sobre vós e recebei minha doutrina, porque eu sou manso e humilde de coração e achareis o repouso para as vossas almas. Porque meu jugo é suave e meu peso é leve.” Caros leitores, como é bom quando podemos contar com alguém não é mesmo! Aquela pessoa que sabemos que podemos confiar, que podemos realmente contar com sua assistência e melhor ainda, temos a certeza de que ela nos ama e por quê? Porque é a pessoa que fica ao nosso lado nos momentos difíceis. Pergunte para alguém para ela lembrar das pessoas que gostam dela. Facilmente a mãe será a pessoa que encabeçará a lista. O amor de mãe é o mais próximo que podemos viver aqui na terra o amor de Cristo por cada um de nós. Pois bem, Jesus é uma pessoa assim, uma pessoa que compra a briga por nós, que nos diz para irmos ao seu encontro, para busca-lo porque ele dá conta do recado e, diga-se de passagem, pra que melhor? Ele, que possui um amor imenso por nós e um coração misericordioso, que é manso e humilde, segundo suas próprias palavras, está de braços abertos sempre pronto para nos ajudar, naquilo que precisamos e não naquilo que queremos, quando o que queremos não irá contribuir para nossa salvação. Na primeira carta aos Coríntios 11,1 está escrito que devemos ser imitadores de Cristo. Muito bem, ser imitadores por completo, e isso inclui moldarmos nossos corações ao modelo do sagrado coração de Jesus.

E assim tenho feito, tenho procurado com muitas orações e práticas religiosas transformar os vários continentes que existem dentro de mim, semelhantes ao Cristo. Muito tenho ainda que fazer, a batalha é constante e como não sei quanto tempo Deus me irá conceder, agora é hora de agir, pois amanhã talvez não exista para mim. Isso é o que nos recorda o livro do Eclesiástico 7,40 – “Em tudo o que fizeres, lembra-te de teu fim, e jamais pecarás.” E o nosso fim qual é? É a realidade dos novíssimos, morte, julgamento, inferno, purgatório e/ou céu. Não podemos deixar de lembrar, que todo católico precisa estar atento e estar com sua malinha pronta para viagem. Talvez não voltemos para casa do trabalho ou da escola, por isso é preciso sempre fazermos algo na vida como se estivéssemos fazendo pela última vez.

Certa vez, para encerrar o artigo conto este caso que me ocorreu a alguns anos atrás. Certo dia, estava eu a participar de uma missa às 7:30 da manhã perto do local de trabalho. Não era a primeira vez porque já tinha se tornado para mim uma prática diária, uma vez que meu horário de trabalho me possibilitava de participar da missa antes de começar a trabalhar e sem chegar atrasado. O que aconteceu é que numa dessas missas, uma senhora que sempre participava também chegou até mim e me deu um bilhete onde estava escrito: “Filho eu vejo a mansidão de Jesus em ti”. Isso aconteceu no final da missa e sem sombra de dúvidas meu dia foi diferente. Fiquei a pensar: ora bolas, alguém que não me conhece viu em meu comportamento alguma coisa que a levou a sentir em seu coração algo de bom. E ela foi movida pela necessidade em que eu soubesse o que ela sentiu. Se alguém acha que o Espírito Santo de Deus não está envolvido nessas coisas precisa estudar o evangelho e procurar compreender o que é ser católico para poder entender que milagres na vida das pessoas, não são apenas os extraordinários, existem cotidianamente os ordinários. E quando somos tocados por Deus, com essa delicadeza que só pode ser divina, esse esbarrão nos comove e nos faz ver que estamos no caminho certo. Se ficamos muito felizes com essas pequenas confirmações, com esses pequenos carinhos do céu, isto deve afastar a tentação da soberba e vanglória, preservar a humildade e ser um trampolim para buscarmos mais ainda viver em comunhão com Jesus. Sempre será difícil porque o diabo se esforça muito contra isso. Já dizia o Padre Pio que quanto maior a tentação, mais perto de Deus a alma está.

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fonte: Jefferson Roger
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quarta-feira, 5 de abril de 2017

Perdoar e Recomeçar

Pois é, caros leitores, estão aí duas coisas difíceis de se praticar. Perdoar alguém que nos ofendeu e recomeçar a caminhada depois de uma queda, e mais uma queda, e mais outra queda, e depois de tantas quedas. Não bate o desânimo? Tantas quedas, tantas faltas, tantos erros, tantas ofensas contra Deus e como pessoas com a visão turva nos comportamos como quem não enxerga para onde se deve caminhar. Satanás investe muito na tentação do desânimo, para que deixemos de lado o esforço de carregar a cruz, renunciados de tudo, e abracemos o fácil passeio dos prazeres que a ladeira dos ímpios oferece nesta etapa de nossas vidas. Achamos difícil perdoar mas, se queremos o perdão, seja do próximo ou de Deus, sabemos muito bem pedi-lo. E mais, queremos mesmo e pra ontem. Então como é que fica se temos dificuldade em perdoar e clamamos a Deus a justiça sobre o ofensor e ao mesmo tempo queremos dele misericórdia? Não vai dar certo, Deus que é misericordioso, também é justo, e por isso não nos deixará de fora desta questão da justiça. Está lá, na oração do Pai Nosso. Só seremos perdoados se perdoarmos. Bem pensado por Jesus esse requisito. Um Jesus que disse que (João 1,5-10 e 2,4-6) “Deus é luz e nele não há treva alguma. Se dizemos ter comunhão com ele, mas andamos nas trevas, mentimos e não seguimos a verdade. Se, porém, andamos na luz como ele mesmo está na luz, temos comunhão recíproca uns com os outros, e o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo pecado. Se dizemos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e a verdade não está em nós. Se reconhecemos os nossos pecados, (Deus aí está) fiel e justo para nos perdoar os pecados e para nos purificar de toda iniqüidade. Se pensamos não ter pecado, nós o declaramos mentiroso e a sua palavra não está em nós. Aquele que diz conhecê-lo e não guarda os seus mandamentos é mentiroso e a verdade não está nele. Aquele, porém, que guarda a sua palavra, nele o amor de Deus é verdadeiramente perfeito. É assim que conhecemos se estamos nele: aquele que afirma permanecer nele deve também viver como ele viveu.”

E como bem podemos perceber nos versículos acima, quem diz conhecer Jesus mas não guarda seus mandamentos se faz um mentiroso, e só para recordar isso é uma desobediência direta ao oitavo mandamento da lei de Deus. Porém, como vimos, se arrependidos estamos, confessemos os nossos pecados para que ele nos perdoe de toda a culpa. Essa prescrição é antiga e encontramos em Eclesiástico 4,31 – “Não te envergonhes de confessar os teus pecados”. E não devemos sentir essa vergonha porque superior a ela existe a alegria do perdão. Afinal, com exceção do pecado contra o Espírito Santo, todos os pecados arrependidos serão perdoados (Marcos 3, 28-29). Vomitar para fora da alma e do coração tudo que existe de ruim em nós, abala o inferno, pois essa atitude alveja nossa alma com o sangue do cordeiro. Cientes disso então, correremos a pedir perdão a Deus quando cairmos por conta de nossas fraquezas. E entendendo isso não teremos dificuldade nenhuma em conceder o perdão a alguém.

Assim como Jesus estende a mão para a pecadora em João 8, quando concedemos o perdão a alguém, agimos da mesma forma e não fazemos feliz só quem perdoamos, fazemos feliz quem nos ensinou a perdoar. Cicatrizes irão ficar, por conta dos erros cometidos e pecados? Com certeza irão. Todos nós podemos apontar para nossas vidas poucas ou muitas cicatrizes. Mas a questão é o que fazer com elas. Vamos ficar olhando para as marcas dos erros e varre-las para debaixo do tapete? Vamos aprender com elas para não mais errar? Vamos olhar para elas e sempre nos lembrar de que não queremos mais dar aquelas cabeçadas na vida? Vamos a cada vez que olharmos para elas nos alegrarmos porque estão ficando cada vez mais distantes de nós ao ponto de nem ser mais possível quase vê-las, e com isso não corremos mais o risco de cometermos os mesmos pecados? Pois quando se torna a pecar ou pior, reincidir no pecado, Jesus nos adverte em João 5,13-14, no episódio da cura do paralítico – “O que havia sido curado (o paralítico), porém, não sabia quem era, porque Jesus se havia retirado da multidão que estava naquele lugar. Mais tarde, Jesus o achou no templo e lhe disse: Eis que ficaste são; já não peques, para não te acontecer coisa pior.” Porém, caros leitores, é preciso antes de encerrar o artigo, lembrar que o mesmo Jesus nos disse que “para Deus nada é impossível” (Mateus 19,26), pois esse Deus que é amor (1ª João 4,8) se alegra e corre ao nosso encontro para nos perdoar e nos colocar de volta sob seus cuidados (Lucas 15). Sempre podemos recomeçar, mas nunca devemos deixar para recomeçar amanhã, porque não sabemos se iremos fazer parte do amanhã. Deus nos concede o hoje, amemos hoje, perdoemos hoje, nos reconciliemos hoje, sejamos caridosos hoje, nos arrependamos hoje, nos convertamos hoje. Hoje, tem que ser hoje! A graça é diária e sempre presente, no hoje, do contrário seremos como o insensato do evangelho (Lucas 12,16-21) que planejava o seu amanhã mas teria sua alma tomada ainda naquela noite.

Duração - 5min15s


fonte: Jefferson Roger
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segunda-feira, 3 de abril de 2017

O mistério da Dor

Quando pensamos na palavra “dor” logo associamos o conceito da palavra com seu aparente e inseparável companheiro, o “sofrimento”. De fato, é muito difícil desassociar a dor do sofrimento. Alguém já ouviu alguma pessoa de consciência sadia dizer assim: “como eu gosto de sofrer, porque eu gosto de sentir a dor”? Se não ouviu, já presenciou? Alguns poderão dizer que sim, outros poderão dizer que não, não é mesmo! Pois é, já que podemos concordar que uma das consequências do sofrimento é a dor então podemos afirmar que toda a dor nos leva a algum tipo de sofrimento. Este é um pensamento lógico e aqui ainda não entramos na esfera religiosa, que é para onde caminha o objetivo deste artigo. Humanamente falando, não demorou muito para que o ser humano inventasse a tal da anestesia, que tem a finalidade de bloquear as informações transmitidas pelas vias nervosas de nosso aparelho neurológico e com isso evitar que o cérebro avise a pessoa de que ela está a sentir dor. Este é um mecanismo para contornar a dor física, seja voluntária ou não. No entanto, as coisas não param por aí. Existem também sofrimentos que causam uma dor que não é física, uma dor que pode ser sentida na alma e no coração.

Quem já não chorou de tristeza e desgosto, ou pela perda de um ente querido? Não foi um golpe físico que provocou essa dor e sim um golpe psicológico que atinge nosso interior. Através de uma realidade que não nos atinge fisicamente, suas consequências nos invadem mente e coração e nos colocam sob o pesado fardo de uma dor. Uma dor que parece um aperto no coração, uma dor que ofusca os pensamentos e faz aflorar em nós, muitos sentimentos de tristeza e melancolia, todos frutos dessa dor. Porém, existem dores que são bem-vindas e sobre estas até o diabo, nosso cruel inimigo tem ciência, da importância delas. São as dores que são filhas do amor. As dores que brotaram da paixão de Jesus Cristo, por amor a todos nós.

Ele mesmo nos disse em seu evangelho que não existe amor maior do que aquele que dá a vida por seu irmão. E para endossar suas palavras ele mesmo foi crucificado. Ninguém pode dizer que foi da boca para fora que Jesus disse isso porque ele, como sempre, ensinava e dava exemplo mostrando como se fazia. Se, como vimos linhas acima, o sofrimento é uma consequência da dor, e a dor é filha do amor, então aceitar os sofrimentos por amor, é um remédio que muito bem faz para a alma. Religiosamente falando, os sofrimentos involuntários são as provações e tribulações. Os sofrimentos voluntários são as penitências impostas ou praticadas por iniciativa de cada um. Independente da natureza todas provocam algum tipo de dor por conta do sofrimento que lhes é propício. Por isso, abraçar esse sofrimento é atitude muito querida por Deus e muito salutar para salvar almas.

Já dizia o Padre Pio que as almas custam sangue. Os sofrimentos salvam almas. Santa Catarina de Sena nos ensina que quando abraçamos o sofrimento nós paramos de padecer. A dor é filha do amor, dizia a beata Alexandrina Maria da Costa e tantos outros testemunhos de santos e santas que nos provaram que cristianismo sem cruz, cristianismo analgésico simplesmente não existe e nem foi pregado por Jesus. O diabo certa vez disse num exorcismo que o que mais ele odeia é o sofrimento das pessoas porque através do sofrimento as almas são salvas e é por isso que ele quer pregar no mundo o ódio ao sofrimento para que as pessoas odeiem o sofrimento e busquem apenas o prazer, para que com isso deixem de lado o sofrimento e assim ele, satanás, arraste mais pessoas para o inferno. E diga-se de passagem, basta olhar para o mundo para enxergamos como andam as coisas.

Eis aí, um pequeno vislumbre a respeito de tão grande mistério. Porque o sofrimento? Porque a dor? Porque Deus permite tudo isso? Não nos cabe saber tudo (Deuteronômio 29,29), nos cabe apenas viver aquilo que nos foi ensinado pelo Cristo pois tudo que dele veio é de natureza muito clara e mais que suficiente para chegarmos ao céu. Preciso é, portanto, não temer esse amor que vem de Deus e que é exigente e mais ainda, não temer de corresponde-lo na mesma via e se isso, inclui a dor, abracemos as dores. Recebamos sempre as dores vindas. As divinas abracemos, as não divinas ofereçamos a Deus e, de nossa parte, nunca a provoquemos a quem quer que seja, pois de nós Deus espera que sejamos seus imitadores (1ª Coríntios 11,1).


fonte: Jefferson Roger
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Homossexualismo e as Sagradas Escrituras

Embora o tema seja elevado à categoria de polêmico e muito estardalhaço se faça sobre ele, sempre promovido pelo pessoal que é adepto da catequese do príncipe do mundo (João 12,31 e 14,30) que insiste em pregar que essa liberdade é uma consequência natural da humanidade contra a qual não se pode lutar, a questão é muito simples de ser tratada. E não é necessário aqui nenhum tipo de espanto porque o tema tem, antes de tudo, um tratamento bíblico que é comprovado pelo catecismo da igreja católica. É evidente, porém, que humanamente falando, enfrentar e encarar a situação de frente é tarefa que não pode ser feita com a ausência de algum esforço. É preciso, em qualquer instância, uma renúncia da pessoa, na esfera física e espiritual. Existem ainda, aqueles que combatem a questão defendendo com unhas e dentes de que os homossexuais têm direito de liberdade e de expressão quanto a sua opção sexual. Cada vez mais se percebe pelas ruas casais homossexuais de mãos dadas, publicamente aos carinhos e com um ar de peito estufado como quem quisesse mostrar que assumem seu papel e ai de quem for contra; fazem o maior auê e empunham suas bandeiras em favor de suas causas e ideais.
Pois bem, o grande problema deles, ou melhor dizendo, o grande problema que eles criaram para si, é o fato de que essa rebeldia e essa atitude e postura de se colocar contra aqueles que não defendem o homossexualismo esbarra numa fila muito grande de pessoas. Mas, o que é pior, e por isso falo de uma rebeldia, é que a lista começa por Deus. Vamos compreender.

Deus criou o homem e a mulher, viu que isto era bom e lhes deu o mandato de crescerem e se multiplicarem e abençoou o fruto da multiplicação (Salmos 126,3). Deus pensou na história de sua criação uma humanidade constituída pela capacidade de colaborar em seu projeto de amor, estando aberta para a criação. Deus pensou a realidade de homem, mulher, como marido, esposa e sua prole, os filhos. Nem precisa de muito esforço para compreender isso, basta ler o livro do Gênesis em seus primeiros capítulos. Sendo assim, se fosse necessário ainda alguma comprovação cientifica ou biológica disso, bastaria colocar duas pessoas de mesmo sexo durante 30 anos para viverem juntos com a missão de constituírem uma família. Simples fracasso, pois qualquer pessoa que iniciou seu aprendizado sobre sexo saberá que não será gerada nenhuma vida a partir desta união. Não será gerada uma família. Se não for marido, mulher e filhos não é família. E não me venham dizer que dois homens que adotam uma criança constituem uma família. Ou duas mulheres que adotam um cachorro constituem uma família. A parte da sociedade que serve ao mundo e seu príncipe insistem que sim. Insistem que hoje existem vários tipos de famílias. Pois bem, que pensem assim porque agora, no tempo da misericórdia, no tempo da igreja, corpo de Cristo, é o tempo da graça, onde se pode pedir a Deus pela conversão e seu auxílio para deixar o mal, porque depois o leite já derramado não adianta ser chorado.

Mas vamos adiante, estava eu a falar das sagradas escrituras e de como elas embasam esse desejo do criador. Continuemos: Levítico 18,22 – “Não te deitarás com um homem, como se fosse mulher: isso é uma abominação.” Levítico 20,13 – “Se um homem dormir com outro homem, como se fosse mulher, ambos cometerão uma coisa abominável. Serão punidos de morte e levarão a sua culpa.” – Aqui, ser punido de morte e levar a sua culpa significa a segunda morte, a morte da alma que por culpa própria condena a pessoa ao inferno. Vamos em frente agora dando uma passadinha pelo novo testamento. Lá no novo testamento iremos perceber que esta atitude que Deus define como abominável no antigo testamento, afinal se trata de um ato de impureza, uma vez que nosso corpo, que já não nos pertence, pois foi comprado a preço de sangue na cruz e é templo do Espírito Santo (1ª Coríntios), é um corpo destinado para as coisas do céu, para as coisas do espírito, nosso corpo é santo e não pode ser manchado pela luxúria que vem dos pecados da carne que são impuros contra a santidade predestinada por Deus. 1ª Coríntios 6,9-10 – “Acaso não sabeis que os injustos não hão de possuir o Reino de Deus? Não vos enganeis: nem os IMPUROS, nem os idólatras, nem os ADÚLTEROS, nem os EFEMINDADOS, nem os DEVASSOS, nem os ladrões, nem os avarentos, nem os bêbados, nem os difamadores, nem os assaltantes hão de possuir o Reino de Deus”. Gálatas 5,16-21 – “Digo, pois: deixai-vos conduzir pelo Espírito, e não satisfareis os apetites da carne. Porque os desejos da carne se opõem aos do Espírito, e estes aos da carne; pois são contrários uns aos outros. É por isso que não fazeis o que quereríeis. Se, porém, vos deixais guiar pelo Espírito, não estais sob a lei. Ora, as obras da carne são estas: FORNICAÇÃO, IMPUREZA, LIBERTINAGEM, idolatria, superstição, inimizades, brigas, ciúmes, ódio, ambição, discórdias, partidos, invejas, bebedeiras, ORGIAS e outras coisas semelhantes. Dessas coisas vos previno, como já vos preveni: os que as praticarem não herdarão o Reino de Deus!” E para ilustrar com mais uma passagem cito Romanos 1,26-32 onde Deus diz que mulheres que deixam seu uso natural para se entregarem a paixões vergonhosas, homens que ardem de desejo por outro homem e aqueles que além de praticarem isso, incentivam e ensinam outras pessoas, são considerados por Deus, dignos de morte e mais uma vez aqui, fala-se da segunda morte, a morte da alma (Mateus 10,28).

Muito bem, já vimos biblicamente que a questão é pecado. Mas e aí, o que diz a igreja católica? Ela diz no catecismo nº 2357, 2358 e 2359 que é preciso acolher em seu seio essas pessoas que querem superar o homossexualismo, sem preconceito, porém, diz que esse acolhimento visa ajudar a pessoa, mostrando-lhe a verdade e auxiliando em sua caminhada de conversão e renúncia de si mesmo, conforme fazia e nos pede Jesus (Lucas 9,23). Pois ele nunca teve preconceito e acolheu a todos, mas não foi para passar a mão na cabeça de alguém ou para endossar algum comportamento ou conduta, pelo contrário, seu acolhimento sempre foi com o objetivo de pregar a boa nova do Reino, a mando do pai. Ele mesmo disse que para isso que ele foi enviado (Marcos 1,38). Deus que é amor e que não espera nossa conversão para nos amar, merece de cada um, no mínimo o máximo de esforço, e para retribuirmos esse amor de forma plena, precisamos renunciar por completo a nós mesmos, afinal também nos foi dito pelo salvador que devemos pedir ao pai que “seja feita a vossa vontade” e não a nossa. Renunciar significa aceitar que seja feita a vontade do pai. Difícil? Claro que sim, ainda mais se a tentativa for feita sem Jesus (João 15,5), porque ele nos ensina que não podemos nada sem ele e nos ensina que ou estamos com ele ou contra ele. Contra ele é estar contra o seu evangelho. E isso vale para tudo em nossas vidas, se almejamos um dia morar no paraíso.

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fonte: Jefferson Roger
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