Nossa casa é um local sagrado e abençoado, local onde se concilia a família, célula básica da sociedade, querida, pensada, planejada e criada por Deus, local onde vive a igreja doméstica. Nossa casa, pode ser simplesmente um abrigo contra as intempéries, ou ainda pode ser um local que nos proporcione condições para o descanso e a nutrição física. Porém, pode ser muito mais e dentro desse mais, muita coisa pode estar inserida aí. Como estamos a perceber e com certeza, todos nós podemos muito bem exemplificar com testemunhos de toda a natureza, próprios ou aprendidos, a casa pode ser apenas uma casa ou pode ser mais, pode ser um lar. “Lar doce lar”, como a muito tempo se ouve esta expressão ou “um inferno”, como também se ouve dizer por aí. Local de alegrias e de tristezas, de sorrisos e choros, de felicidades e dificuldades, local de aconchego e de desavenças, local de vida e local de morte, física ou espiritual. Nossa realidade enquanto seres humanos não nos permite ficarmos afastados de tudo, tampouco permite abraçarmos a tudo. Não damos conta sozinhos (João 15,5), facilmente sem o dom da fortaleza, concedido pelo Espírito Santo de Deus, nossos problemas irão acabar conosco e nos deixar doentes, de forma física ou espiritual. Sendo assim, quando perdemos o foco que deve sempre nos apontar para a eternidade para com isso ficarmos atentos dos porquês de nossas vidas, corremos o risco, o famoso risco das tentações das mais variadas espécies e gravidades. Atingidos pela tempestade de pedra dos pecados em nossas vidas vamos permitindo que o verde campo semeado por Deus em nossas famílias vá dando lugar ao cinzento pó das pedras que caem sobre nós e não conseguimos superá-las. Ao contrário, algumas delas até acolhemos pois, vamos recordar? Tentamos sozinhos resolver tudo, deixamos Deus de fora de nossas dificuldades. Ele que sempre está a estender a mão e nós preferimos virar o rosto. Acordemos, nos arrependamos. Hoje, não sabemos se para nós existirá amanhã. Deus nos concede o agora. E certos desse agora precisamos colocar a mão na massa. Cruzar os braços de nada vai adiantar pois Deus não quer filhos inúteis (Eclesiástico 15,20-21). E como seus filhos, devemos trabalhar para a salvação nossa, mas também do próximo. A começar pelo próximo que mora dentro de nossas casas. Como é bom estar longe de casa e não ver a hora de voltar para o lar. Encontrar os filhos, a esposa, o marido, mãe, pai, irmãos. Quando saímos logo cedo para nossos compromissos seculares estamos sob os cuidados divinos. Não sabemos se voltaremos vivos para casa, ou se algum membro voltará. Será que pela manhã, saímos estando de bem com todos? Ou deixamos o lar com alguma desavença? Para nós é uma alegria voltarmos para casa? É uma alegria estarmos em casa com todos? Quando todas as respostas que podemos dar são positivas é sinal de que estamos no caminho certo. Agora, quando alguma resposta não é positiva algo não está indo bem e pode ser que a culpa seja nossa. A tendência humana egoísta de colocar a culpa em alguém, gosta muito de se mostrar nesses momentos de dificuldades e então o ilibado cidadão se apressa a apontar e acusar os errados. Nada disso, Jesus disse para primeiro olharmos a trave que está em nossos olhos porque senão agirmos assim, não mudarmos de atitude, onde estivermos, em que casa estivermos os problemas serão os mesmos, porque nós somos os causadores. A mudança, a conversão é sempre necessária, porque agora nesta casa, neste lar em que vivemos, precisamos praticar todas as virtudes divinas em vista de morarmos num lar infinitamente melhor, nossa morada celeste, nosso lar eterno, preparado por Jesus a cada um (João 14,2). Cuida do seu povo e da sua religião fonte: Jefferson Roger
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