quinta-feira, 6 de abril de 2017

A mansidão

Mateus 11,28-30 – “Vinde a mim, vós todos que estais aflitos sob o fardo, e eu vos aliviarei. Tomai meu jugo sobre vós e recebei minha doutrina, porque eu sou manso e humilde de coração e achareis o repouso para as vossas almas. Porque meu jugo é suave e meu peso é leve.” Caros leitores, como é bom quando podemos contar com alguém não é mesmo! Aquela pessoa que sabemos que podemos confiar, que podemos realmente contar com sua assistência e melhor ainda, temos a certeza de que ela nos ama e por quê? Porque é a pessoa que fica ao nosso lado nos momentos difíceis. Pergunte para alguém para ela lembrar das pessoas que gostam dela. Facilmente a mãe será a pessoa que encabeçará a lista. O amor de mãe é o mais próximo que podemos viver aqui na terra o amor de Cristo por cada um de nós. Pois bem, Jesus é uma pessoa assim, uma pessoa que compra a briga por nós, que nos diz para irmos ao seu encontro, para busca-lo porque ele dá conta do recado e, diga-se de passagem, pra que melhor? Ele, que possui um amor imenso por nós e um coração misericordioso, que é manso e humilde, segundo suas próprias palavras, está de braços abertos sempre pronto para nos ajudar, naquilo que precisamos e não naquilo que queremos, quando o que queremos não irá contribuir para nossa salvação. Na primeira carta aos Coríntios 11,1 está escrito que devemos ser imitadores de Cristo. Muito bem, ser imitadores por completo, e isso inclui moldarmos nossos corações ao modelo do sagrado coração de Jesus.

E assim tenho feito, tenho procurado com muitas orações e práticas religiosas transformar os vários continentes que existem dentro de mim, semelhantes ao Cristo. Muito tenho ainda que fazer, a batalha é constante e como não sei quanto tempo Deus me irá conceder, agora é hora de agir, pois amanhã talvez não exista para mim. Isso é o que nos recorda o livro do Eclesiástico 7,40 – “Em tudo o que fizeres, lembra-te de teu fim, e jamais pecarás.” E o nosso fim qual é? É a realidade dos novíssimos, morte, julgamento, inferno, purgatório e/ou céu. Não podemos deixar de lembrar, que todo católico precisa estar atento e estar com sua malinha pronta para viagem. Talvez não voltemos para casa do trabalho ou da escola, por isso é preciso sempre fazermos algo na vida como se estivéssemos fazendo pela última vez.

Certa vez, para encerrar o artigo conto este caso que me ocorreu a alguns anos atrás. Certo dia, estava eu a participar de uma missa às 7:30 da manhã perto do local de trabalho. Não era a primeira vez porque já tinha se tornado para mim uma prática diária, uma vez que meu horário de trabalho me possibilitava de participar da missa antes de começar a trabalhar e sem chegar atrasado. O que aconteceu é que numa dessas missas, uma senhora que sempre participava também chegou até mim e me deu um bilhete onde estava escrito: “Filho eu vejo a mansidão de Jesus em ti”. Isso aconteceu no final da missa e sem sombra de dúvidas meu dia foi diferente. Fiquei a pensar: ora bolas, alguém que não me conhece viu em meu comportamento alguma coisa que a levou a sentir em seu coração algo de bom. E ela foi movida pela necessidade em que eu soubesse o que ela sentiu. Se alguém acha que o Espírito Santo de Deus não está envolvido nessas coisas precisa estudar o evangelho e procurar compreender o que é ser católico para poder entender que milagres na vida das pessoas, não são apenas os extraordinários, existem cotidianamente os ordinários. E quando somos tocados por Deus, com essa delicadeza que só pode ser divina, esse esbarrão nos comove e nos faz ver que estamos no caminho certo. Se ficamos muito felizes com essas pequenas confirmações, com esses pequenos carinhos do céu, isto deve afastar a tentação da soberba e vanglória, preservar a humildade e ser um trampolim para buscarmos mais ainda viver em comunhão com Jesus. Sempre será difícil porque o diabo se esforça muito contra isso. Já dizia o Padre Pio que quanto maior a tentação, mais perto de Deus a alma está.

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fonte: Jefferson Roger

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